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Elly estava dolorida, e sonolenta. Ela escutou a porta abrir e abrindo os olhos pode ver Elizabeth, a velha que cuidava dela. A idosa a ajudou a se sentar na cama e em seguida a se levantar, ela a enrolou em um cobertor espesso e a guiou a seu quarto. Elly tomou um banho quente e se deitou em sua cama para descansar ! A velha saiu e apagou as luzes.
Seguindo em direção ao quarto do homem que acompanhará Elly naquele quarto, ela parou em frente a sua porta, bateu e uma voz ecoou :" entre-", a idosa entrou e se deparou com o homem sentado em uma poltrona, de pernas cruzadas, seu olhar fixava o chão e seu rosto era sombrio. Ela pensou em dizer algo, mas o medo a conteve! Depois de muito hesitar ela pensou nas palavras e disse:
---" A garota está mal, temo que fique doente por está noite..." _ ela parou, apenas suspirou fundo. continuou- "precisava ser tão duro com ela-
---" ela desobedeceu minha ordens! "- num salto ele se levantou da cadeira e berrou!! Elizabeth assustou-se. A velha desistiu de falar e saiu, batendo a porta. Deixando o homem em sua escuridão, ele sentou-se novamente em sua cadeira e lembrando-se das palavras da velha pensou que talvez estivesse certa, chamou um dos criados e ordenou que na manhã seguinte preparasse um bom café e chamasse a moça . Está na hora de conhecer seu dono!
A noite passou e o sol raiou. E Elly já estava acordada, Elizabeth surpreendeu-se ao entrar no quarto e ver a moça praticamente pronta!! A idosa ordenou que colocassem um bom vestido e uma boa maquiagem na moça, a mesma não questionou.
Elly estava pronta e a velha a conduziu ao salão, em leves passos. Chegando a sala Elly pode ver Um homem, ela não sabia quem era, mas o senso e a lógica a conduziu a descobrir. Ela sentou-se a mesa e fixou o vidro que cobria as ferragens da mesa, o homem a olhou de canto e voltou seus olhos celular, ele tossiu baixo, parecia envergonhado, e finalmente quebrou o silêncio que cobria o cômodo:
---" Arthur" _ ele pausou, ela o fixou com um olhar desentendido. Ele pensou e refez a frase- " meu nome é Arthur!". Agora sim! Ela parecia ter entendido, porém não pareceu ligar. Ele ordenou que o café fosse servido e assim que o foi feito mandou os criados se retirarem.
---" É você? ... o tal homem que fez eu pai me trair?! Que comprou-
---" eu não fiz seu pai te trair, apenas comprei a bela mercadoria que ele tinha!" -Ele a interrompeu, ela olhou fixamente para o homem que fazia o mesmo, sentiu o olhos encherem. Mas n ela não choraria, não daria esse gosto a ele.
---" meu pai ele-" _a jovem sentiu um nó se formar em sua garganta, mas continuou - "ele nunca faria isso, aquele homem nunca me venderia, ainda mais para alguém que me abusaria!!!" - quando percebeu, Elly já estava de pé e berrando com Arthur, e ele estava calmo! Continuou a olhar para ela, tomando mais um gole de seu café preto. Dando de ombros, respondeu a moça:
---" mas fez." - ele suspirou e então desviou o olhar de Elly, voltando a olhar o celular -" eu não abuso de você. Se não quer ser punida, se comporte de forma adequada!
Elly arrastou a cadeira pra trás e correu para sair dali, mas foi inútil, a única porta que acessava o cômodo estava trancada! Ela ouviu o sons das chaves batendo umas com as outras, se virou e viu que estavam nas mãos de Arthur! A raiva cobriu seu corpo, e sua vontade era se jogar no homem e o estrangular, mas recobrou os sentidos quando a voz de Arthur ecoou por entre as paredes do cômodo:
---" se você me desobedecer, eu a farei ser punida, mas se for Boa para mim ,então eu farei o mesmo a você...- ele a olhava fixamente novamente. Elly não soltou uma palavra mais, durante todo café, e assim que acabaram, seguiram lados opostos. Elizabeth a informou que assim seria durante todos os dias, assim como almoço e jantar.
Mais tarde, a idosa informou a jovem que, agora ,poderia passear entre os jardins da casa. Elly não pensou duas vezes e logo informou a velha que desejava ir ao jardim. O brilho em seus olhos eram mais que notáveis, e Elizabeth já sabia do que se tratava, mas o fez mesmo assim. Chegando ao jardim Elly se perdeu em sua grande vastidão, pensou que era infinito!! Com flores e arbustos de todos os tipos e cores possíveis, o jardim gramado era quase tão lindo quanto, quem sabe, a alvorada!! Tinha também uma grande árvore no centro, onde era vista de todos os cantos do jardim, mas tinhas outras árvores ao redor da grande árvore fazendo um espiral. Os arbustos e flores foram plantados ao redor de todas as árvores. Elly se viu uma criança e começou a correr entre as árvores, o som dos pássaros realmente fazia seu coração cantar! Elizabeth não pode se conter abrindo um sorriso grande e largo enquanto a jovem chamava seu nome e pedia para acompanha-la naquela brincadeira de criança. A idosa se recusou com gentileza e sentou-se em um banco de madeira que se encontrava abaixo de uma árvore. Elly fez o mesmo ,porém para o lado oposto da idosa.
---" É tão bom assim finalmente sair da casa?"_ a velha questionou.
---" Você não imagina o quanto!!"_ a menina parecia tão feliz que seus olhos brilhavam. Desviando o olhar da velha, Elly fixou o olhar em uma das janelas e percebeu que Arthur a observava. Ela sentiu o corpo arrepiar, desviou o olhar como quem faz birra e voltou a conversar com Elizabeth.
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Em seu escritório, enquanto analisava alguns documentos, Arthur pode ouvir risadas vindas do jardim. Ele aproximou-se da janela par conferir e viu Elly e Elizabeth sentadas, conversando. Sorriu ao ver o quão brilhante e bonito pareciam os olhos e o sorriso da moça, mas recobrou os sentidos quando percebeu que a jovem havia descoberto sua presença e voltou a seus afazeres.