Diniz com pouco mas de 165 de altura, cabelos pretos e olhos castanhos sua marca registrada era a forma ignorante de falar.
- Mas uma vez pensando naquela menina. - disse ríspida - Só lembra que tem pai quando precisa de alguma coisa. - alfinetou
Mary evitava muito contato com o pai. Por causa da sua madrasta que fazia questão de lhe provocar na frente do seu pai.
A vida de Diniz era provocar situações constrangedora a Mary. Além disso Mary odiava quando pai falava mal de sua mãe.
Isso lhe causava grande raiva.
- Sinto falta da minha filha. - confidenciou Amâncio
- Quando precisar ela aparece. - disse com prepotência - só lembra que tem pai quando precisa de dinheiro. - disse enquanto saia.
- vai aonde?- Amâncio perguntou
- Estou indo resolver umas coisas. - disse sem olha-lo- E buscar a Debbie.
" Aí não suporto mas esse idiota. Que burrice fiz na minha vida com esse homem. Achei que era uma coisa e fui enganada." Diniz entrou no carro luxuoso e saiu
Viu a mensagem no celular, assim que estava longe ligou.
- Oi querido. Já estou indo. Aquele velho nojento me atrasando. - disse fazendo cara de nojo. - só estou com ele ainda, por que não darei meu braço a torcer.
Diniz traíra ao longo dos anos Amâncio várias vezes.
A mente de Soraya nos últimos dias ia e vinha a mesma situação da discussão de Daniel e Mary.
" Não entendo como os dois chegaram a esse ponto!" pensava tentando entender o que havia acontecido
E veio a sua mente a lembrança de Daniel pequeno.
Daniel chorava sem parar, em volta da mãe.
-Mãe deixa eu ir na madrinha brincar com ela. - choramingava - Por favor! - suplicou
- Daniel agora não posso ir. - argumentou
- Por favor mãe. - suplicou novamente
- está bem. - suspirou vencida. - te deixarei lá se comporte.
Soraya voltou de suas lembranças e balançou a cabeça.
" como pode? quando pequeno implorava para ficar perto da Mary! Agora parece que a odia. " Pensou confusa
A mente de Daniel fervilhava. Ainda não tinha conseguido escapulir do serviço na transportadora. Bufava de raiva.
- Que cara é essa maninho. - Meryen zombava do irmão - Em breve você consegue. - piscou o olho rindo
- Hoje sábado.! Papai tinha que inventar mas serviço. - resmungou enquanto colocava umas caixas no caminhão.
Meryen parou perto do pai sorridente. Olhavam para Daniel trabalhando revoltado.
- Vamos aproveitar que ele está trabalhando. - Paul disse rindo - aposto 20 que não leva 30 minutos para ele sumir. - disse olhando Meryen
- Aposto 50 que em menos de 20 minutos. - Meryen apertou a mão do pai fechando a aposta. - Afinal hoje é sabado!
Se afastaram para observar o que Daniel iria fazer. Assim que encontrou a oportunidade fugiu do trabalho.
Meryen rindo pegou dinheiro da mão do pai, afinal ganhou aposta com 15 minutos Daniel escapou.
- Espero que antes dele ir atrás dela tome banho. - Meryen falou fazendo Paul rir
Mary encostou na parede respirando fundo. Agradecia a Deus por ter acabado seu dia de trabalho. Dormirá pouco na noite passada, lhe causando fadiga.
Para seu desânimo, seu celular tocou e era Melissa.
- Oi Mellis - falou desanimada
- Diva vamos! - disse rindo
- Vamos aonde mulher de Deus? - perguntou Mary
- Então.. - Melissa começou a enrolar
- Para de enrolação. - resmungou - Já até sei. Está me enrolado por que Daniel também vai. - afirmou
- Diva encontro na casa do Gaspar hoje. - disse animada. - Vamos meu anjinho. - disse melosa
- vou pensar. Vou desligar. - disse olhando em volta- Quando estiver em casa te ligo.
As amigas se despediram, Mary trocou de roupa e saiu do hospital.
Gaspar ligou para Daniel o convidando para a reunião de amigos. Daniel não estava com disposição nenhuma de ir.
Mas Gaspar o provocou, que era bom não ir então. Assim a Mary poderia curtir em paz.
Daniel esbravejou e respondeu que iria. Fazendo Gaspar cair na gargalhada, afinal tocou no ponto fraco do amigo.
Olhou as horas e saiu apressado.
Soraya conversava com Francesca lhe contando as suas dúvidas nos últimos dias. Para Soraya era incompreensível a situação.
Daniel fazia questão em brigar menosprezar Mary. Ao seu ver Mary não merecia isso.
- E uma situação estranha.- disse Francesca enquanto bebericava seu chá - Antes, ele fazia questão de está perto dela. Me ligava perguntando, quando ela viria aqui. - Francesca disse rindo lembrando das travessuras
--cresceram. - Soraya disse rindo - Ela parece não se importar com a opinião dele.
- A Mary sofreu muito. Teve uma infância difícil. - Francesca disse relembrando de algumas situações. - A mãe lutou muito. Porém valeu a pena. A Mary e uma moça batalhadora. - afirmou
- Daniel tinha prazer em ficar vigiando ela. - disse Soraya lembrando
- Nisso não mudou em nada. - Francesca disse rindo - Ele a cerca de todos os lados. De duas a uma, vão acabar se casando ou vão chegar ao ponto do ódio ser tão grande, que não suportara olhar um para o outro.
Daniel estava a espreita para ver Mary sair do hospital. Fazia questão de saber do horário de cada plantão.
Mary juntou suas coisas , ia saindo distraída quando alguém a esbarrou. Sua bolsa caiu afastada, e o que a outra pessoa carregava foi junto.
Mary se desequilibrou braços fortes a segurou.
- Me desculpe. - uma voz masculina chamou atenção de Mary - Que distraído que sou.
Mary levantou rosto e se deparou com belo par de olhos castanhos, um sorriso encantador em seu rosto bem barbeado.
O Homem que a segurou a soltou, começou a pegar as coisas espalhadas pelo chão.
Mary ficou paralisada admirando.
- Me desculpe. - entregou a Mary seus pertences. - Eu sou o Pietro. - se apresentou
- Mary. - Estendeu a mão para cumprimenta-lo - você é o novo ortopedista? - perguntou
- Sim. - sorriu - Espero ter o prazer de trabalhar com você! - deu um sorriso torto - vou indo tem um paciente me esperando.
Mary apenas assentiu, caminhou para a saída. Pensando no novo médico.
Pietro quase 2 metros de altura, cabelos pretos, olhos castanhos dono de um sorriso perfeito e uma voz aveludada. A pele bronzeada pelo sol.
Distraída caminhava até uma pessoa lhe chamar atenção.
- Não fala mas com seu pai?- indagou Amâncio
- Desculpa pai estava distraída. - se virou para o pai. - como o senhor está?
- Bem. - respondeu seco - Esqueceu que tem pai? - perguntou cínico
- Tenho trabalhado e estudado, quase não tenho tempo livre. - argumentou
- Sua mãe tem feito sua cabeça. - afirmou - Para me procurar só quando precisa de dinheiro. - disse cheio de si
- Olha pai, realmente não tem me sobrado tempo livre. - se defendeu - Minha mãe não tem nada com isso.
- sua mãe sempre fez sua cabeça contra mim. - acusou
Mary cerrou os punhos furiosa. Giuliene nem tocava no nome de Amâncio. Como se simplesmente Amâncio não existisse, como se a terra o havia tragado.
- sua mãe te educou muito mal. - proferiu mas uma acusação.
- Não coloque nome da minha mãe no meio. - Mary falou tentando se controlar - Tudo o senhor acusa a minha mãe! Isso é cansativo.
- sua mãe e culpada de tudo isso. - acusou - Não te ensinou ser uma boa filha como a Debbie.
Mary se irritou, odiava ser comparada a queridinha.
- Bom se a Debbie é a sua preferida fique com ela.- esbravejou irritada - Afinal, você não me considera sua filha.
- como ousa falar assim comigo? - perguntou Amâncio enraivedecido
- Você só sabe me cobrar atenção.- gesticulou com os braços - E me abandonou quando tinha 3 anos. E sim vou defender a minha mãe. Pois ela sempre fez tudo por mim. - disse com tom de voz alterado
Amâncio não gostou das palavras de Mary. Se sentiu afrontado. Levantou o braço para dar um tapa em Mary. Seu braço foi puxado se virou para olhar, quem puxava.
- Não se atreva bater nela. - Daniel disse com firmeza - Escutar a verdade machuca não é? Se encosta a mão nela acertará as contas comigo. - Daniel ameaçou
- Daniel não se meta nisso. - Mary tentava puxar Daniel
- solta meu braço moleque. - Amâncio encarou Daniel
- vou te mostrar quem é o moleque - Daniel puxou- o pelo colarinho da camisa
- Daniel por favor para com isso. - pediu
- Mary entra no carro. - ordenou Daniel, a encarou - Entra no carro. - disse firme
Mary se encaminhou para o carro, resmungando.
- Escuta aqui.- Daniel estava alterado - se for para fazer isso com a Mary nunca mas se aproxime dela.
- você vai fazer o que moleque?- Amâncio perguntou debochado - E apenas um moleque.
- O moleque aqui vai te mostrar. Como uma homem de verdade age. - as palavras de Daniel foram ameaças
Jogou Amâncio longe saiu esbravejando.
" Quem esse velho pensa que é? Não passa de um corno manso. Enche a boca para falar da Debbie, idiota. Essa daí metade da cidade já passou a mão." Pensava se irritando ainda mas
Daniel entrou dentro do carro sem dizer uma palavra. Deu partida no carro e saiu cantando pneus irritado.
- Por que se meteu? Não precisava da sua ajuda. - Mary quebrou silêncio
- E deixar aquele idiota te bater?- perguntou arrogante
- veio bancar o herói! - Mary disse irritada
- Ninguém vai te agredir na minha frente . - irritado socou volante
Daniel levantou a mão para Mary ficar em silêncio . Parou na frente da casa a olhou sério.
- Obrigada . - Mary agradeceu abrindo a porta
Daniel a puxou pelo braço com firmeza.
- Não quero você se humilhando pelo idiota do seu pai. - a olhou dentro dos olhos
Mary assentiu.
Daniel a puxou pela nuca para beija-la. Mary relutou tentando se afastar. Mas Daniel a venceu, Mary respondeu o beijo. Quando lhe faltou o ar se afastaram.
Mary voltou para a realidade e deu um tapa em Daniel.
- Nunca mas me beije novamente. - esbravejou antes de sair
Daniel sorriu a vendo brava.