Além do tempo
img img Além do tempo img Capítulo 3 Cornelio
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Capítulo 6 Mude sua atitude img
Capítulo 7 ciumes img
Capítulo 8 Pensamentos img
Capítulo 9 Bilhar img
Capítulo 10 Segredos img
Capítulo 11 Casamento img
Capítulo 12 Casamento parte 2 img
Capítulo 13 Frieza img
Capítulo 14 Desconfiança img
Capítulo 15 Depósito escuro img
Capítulo 16 Basta img
Capítulo 17 Tentar te esquecer img
Capítulo 18 Mal estar img
Capítulo 19 Amadureça img
Capítulo 20 Princípio de aborto img
Capítulo 21 Segredos img
Capítulo 22 Prontuário img
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Capítulo 3 Cornelio

Amâncio sentado olhando diante de si na varanda, hora olhando se alguém chegava, outra hora olhando para a foto em sua mão. Suspirou triste.

Amâncio de baixa estatura, careca, um pouco acima do peso, a pele era queimada pelo sol forte. Seus olhos verdes. Sua face enrugada, sobrancelhas grossas que quase se juntavam.

Amâncio ainda era apaixonado por Giuliene, se recusava admitir.

Considerava seu maior erro ter a deixado por Diniz sua atual esposa.

Ao ver Diniz se aproximando enfiou a foto no bolso disfarçadamente.

Diniz com pouco mas de 165 de altura, cabelos pretos e olhos castanhos sua marca registrada era a forma ignorante de falar.

- Mas uma vez pensando naquela menina. - disse ríspida - Só lembra que tem pai quando precisa de alguma coisa. - alfinetou

Mary evitava muito contato com o pai. Por causa da sua madrasta que fazia questão de lhe provocar na frente do seu pai.

A vida de Diniz era provocar situações constrangedora a Mary. Além disso Mary odiava quando pai falava mal de sua mãe.

Isso lhe causava grande raiva.

- Sinto falta da minha filha. - confidenciou Amâncio

- Quando precisar ela aparece. - disse com prepotência - só lembra que tem pai quando precisa de dinheiro. - disse enquanto saia.

- vai aonde?- Amâncio perguntou

- Estou indo resolver umas coisas. - disse sem olha-lo- E buscar a Debbie.

" Aí não suporto mas esse idiota. Que burrice fiz na minha vida com esse homem. Achei que era uma coisa e fui enganada." Diniz entrou no carro luxuoso e saiu

Viu a mensagem no celular, assim que estava longe ligou.

- Oi querido. Já estou indo. Aquele velho nojento me atrasando. - disse fazendo cara de nojo. - só estou com ele ainda, por que não darei meu braço a torcer.

Diniz traíra ao longo dos anos Amâncio várias vezes.

A mente de Soraya nos últimos dias ia e vinha a mesma situação da discussão de Daniel e Mary.

" Não entendo como os dois chegaram a esse ponto!" pensava tentando entender o que havia acontecido

E veio a sua mente a lembrança de Daniel pequeno.

Daniel chorava sem parar, em volta da mãe.

-Mãe deixa eu ir na madrinha brincar com ela. - choramingava - Por favor! - suplicou

- Daniel agora não posso ir. - argumentou

- Por favor mãe. - suplicou novamente

- está bem. - suspirou vencida. - te deixarei lá se comporte.

Soraya voltou de suas lembranças e balançou a cabeça.

" como pode? quando pequeno implorava para ficar perto da Mary! Agora parece que a odia. " Pensou confusa

A mente de Daniel fervilhava. Ainda não tinha conseguido escapulir do serviço na transportadora. Bufava de raiva.

- Que cara é essa maninho. - Meryen zombava do irmão - Em breve você consegue. - piscou o olho rindo

- Hoje sábado.! Papai tinha que inventar mas serviço. - resmungou enquanto colocava umas caixas no caminhão.

Meryen parou perto do pai sorridente. Olhavam para Daniel trabalhando revoltado.

- Vamos aproveitar que ele está trabalhando. - Paul disse rindo - aposto 20 que não leva 30 minutos para ele sumir. - disse olhando Meryen

- Aposto 50 que em menos de 20 minutos. - Meryen apertou a mão do pai fechando a aposta. - Afinal hoje é sabado!

Se afastaram para observar o que Daniel iria fazer. Assim que encontrou a oportunidade fugiu do trabalho.

Meryen rindo pegou dinheiro da mão do pai, afinal ganhou aposta com 15 minutos Daniel escapou.

- Espero que antes dele ir atrás dela tome banho. - Meryen falou fazendo Paul rir

Mary encostou na parede respirando fundo. Agradecia a Deus por ter acabado seu dia de trabalho. Dormirá pouco na noite passada, lhe causando fadiga.

Para seu desânimo, seu celular tocou e era Melissa.

- Oi Mellis - falou desanimada

- Diva vamos! - disse rindo

- Vamos aonde mulher de Deus? - perguntou Mary

- Então.. - Melissa começou a enrolar

- Para de enrolação. - resmungou - Já até sei. Está me enrolado por que Daniel também vai. - afirmou

- Diva encontro na casa do Gaspar hoje. - disse animada. - Vamos meu anjinho. - disse melosa

- vou pensar. Vou desligar. - disse olhando em volta- Quando estiver em casa te ligo.

As amigas se despediram, Mary trocou de roupa e saiu do hospital.

Gaspar ligou para Daniel o convidando para a reunião de amigos. Daniel não estava com disposição nenhuma de ir.

Mas Gaspar o provocou, que era bom não ir então. Assim a Mary poderia curtir em paz.

Daniel esbravejou e respondeu que iria. Fazendo Gaspar cair na gargalhada, afinal tocou no ponto fraco do amigo.

Olhou as horas e saiu apressado.

Soraya conversava com Francesca lhe contando as suas dúvidas nos últimos dias. Para Soraya era incompreensível a situação.

Daniel fazia questão em brigar menosprezar Mary. Ao seu ver Mary não merecia isso.

- E uma situação estranha.- disse Francesca enquanto bebericava seu chá - Antes, ele fazia questão de está perto dela. Me ligava perguntando, quando ela viria aqui. - Francesca disse rindo lembrando das travessuras

--cresceram. - Soraya disse rindo - Ela parece não se importar com a opinião dele.

- A Mary sofreu muito. Teve uma infância difícil. - Francesca disse relembrando de algumas situações. - A mãe lutou muito. Porém valeu a pena. A Mary e uma moça batalhadora. - afirmou

- Daniel tinha prazer em ficar vigiando ela. - disse Soraya lembrando

- Nisso não mudou em nada. - Francesca disse rindo - Ele a cerca de todos os lados. De duas a uma, vão acabar se casando ou vão chegar ao ponto do ódio ser tão grande, que não suportara olhar um para o outro.

Daniel estava a espreita para ver Mary sair do hospital. Fazia questão de saber do horário de cada plantão.

Mary juntou suas coisas , ia saindo distraída quando alguém a esbarrou. Sua bolsa caiu afastada, e o que a outra pessoa carregava foi junto.

Mary se desequilibrou braços fortes a segurou.

- Me desculpe. - uma voz masculina chamou atenção de Mary - Que distraído que sou.

Mary levantou rosto e se deparou com belo par de olhos castanhos, um sorriso encantador em seu rosto bem barbeado.

O Homem que a segurou a soltou, começou a pegar as coisas espalhadas pelo chão.

Mary ficou paralisada admirando.

- Me desculpe. - entregou a Mary seus pertences. - Eu sou o Pietro. - se apresentou

- Mary. - Estendeu a mão para cumprimenta-lo - você é o novo ortopedista? - perguntou

- Sim. - sorriu - Espero ter o prazer de trabalhar com você! - deu um sorriso torto - vou indo tem um paciente me esperando.

Mary apenas assentiu, caminhou para a saída. Pensando no novo médico.

Pietro quase 2 metros de altura, cabelos pretos, olhos castanhos dono de um sorriso perfeito e uma voz aveludada. A pele bronzeada pelo sol.

Distraída caminhava até uma pessoa lhe chamar atenção.

- Não fala mas com seu pai?- indagou Amâncio

- Desculpa pai estava distraída. - se virou para o pai. - como o senhor está?

- Bem. - respondeu seco - Esqueceu que tem pai? - perguntou cínico

- Tenho trabalhado e estudado, quase não tenho tempo livre. - argumentou

- Sua mãe tem feito sua cabeça. - afirmou - Para me procurar só quando precisa de dinheiro. - disse cheio de si

- Olha pai, realmente não tem me sobrado tempo livre. - se defendeu - Minha mãe não tem nada com isso.

- sua mãe sempre fez sua cabeça contra mim. - acusou

Mary cerrou os punhos furiosa. Giuliene nem tocava no nome de Amâncio. Como se simplesmente Amâncio não existisse, como se a terra o havia tragado.

- sua mãe te educou muito mal. - proferiu mas uma acusação.

- Não coloque nome da minha mãe no meio. - Mary falou tentando se controlar - Tudo o senhor acusa a minha mãe! Isso é cansativo.

- sua mãe e culpada de tudo isso. - acusou - Não te ensinou ser uma boa filha como a Debbie.

Mary se irritou, odiava ser comparada a queridinha.

- Bom se a Debbie é a sua preferida fique com ela.- esbravejou irritada - Afinal, você não me considera sua filha.

- como ousa falar assim comigo? - perguntou Amâncio enraivedecido

- Você só sabe me cobrar atenção.- gesticulou com os braços - E me abandonou quando tinha 3 anos. E sim vou defender a minha mãe. Pois ela sempre fez tudo por mim. - disse com tom de voz alterado

Amâncio não gostou das palavras de Mary. Se sentiu afrontado. Levantou o braço para dar um tapa em Mary. Seu braço foi puxado se virou para olhar, quem puxava.

- Não se atreva bater nela. - Daniel disse com firmeza - Escutar a verdade machuca não é? Se encosta a mão nela acertará as contas comigo. - Daniel ameaçou

- Daniel não se meta nisso. - Mary tentava puxar Daniel

- solta meu braço moleque. - Amâncio encarou Daniel

- vou te mostrar quem é o moleque - Daniel puxou- o pelo colarinho da camisa

- Daniel por favor para com isso. - pediu

- Mary entra no carro. - ordenou Daniel, a encarou - Entra no carro. - disse firme

Mary se encaminhou para o carro, resmungando.

- Escuta aqui.- Daniel estava alterado - se for para fazer isso com a Mary nunca mas se aproxime dela.

- você vai fazer o que moleque?- Amâncio perguntou debochado - E apenas um moleque.

- O moleque aqui vai te mostrar. Como uma homem de verdade age. - as palavras de Daniel foram ameaças

Jogou Amâncio longe saiu esbravejando.

" Quem esse velho pensa que é? Não passa de um corno manso. Enche a boca para falar da Debbie, idiota. Essa daí metade da cidade já passou a mão." Pensava se irritando ainda mas

Daniel entrou dentro do carro sem dizer uma palavra. Deu partida no carro e saiu cantando pneus irritado.

- Por que se meteu? Não precisava da sua ajuda. - Mary quebrou silêncio

- E deixar aquele idiota te bater?- perguntou arrogante

- veio bancar o herói! - Mary disse irritada

- Ninguém vai te agredir na minha frente . - irritado socou volante

Daniel levantou a mão para Mary ficar em silêncio . Parou na frente da casa a olhou sério.

- Obrigada . - Mary agradeceu abrindo a porta

Daniel a puxou pelo braço com firmeza.

- Não quero você se humilhando pelo idiota do seu pai. - a olhou dentro dos olhos

Mary assentiu.

Daniel a puxou pela nuca para beija-la. Mary relutou tentando se afastar. Mas Daniel a venceu, Mary respondeu o beijo. Quando lhe faltou o ar se afastaram.

Mary voltou para a realidade e deu um tapa em Daniel.

- Nunca mas me beije novamente. - esbravejou antes de sair

Daniel sorriu a vendo brava.

            
            

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