GAME OVER em CARUARAS // Conto Bradockiano //
img img GAME OVER em CARUARAS // Conto Bradockiano // img Capítulo 1 Parte: I (Agreste Punk)
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Capítulo 6 Parte: "VI" A BOCA DO INFERNO img
Capítulo 7 O CENTRO OCO Parte "VII" img
Capítulo 8 [SOBRE O ANTIGO MONTE BOM JESUS] Parte "VIII" img
Capítulo 9 Parte "VIII img
Capítulo 10 Parte: "X" img
Capítulo 11 Parte: "XI" img
Capítulo 12 Parte "XII" (Macabel Calisteu & As Bolas de Ferro, O DEUS BARRIGA: II) img
Capítulo 13 A APOSENTADORIA (Indo para a 3ª guerra mundial) Parte: "VIII" img
Capítulo 14 Parte: "XIV" (MARIA QUEFE & AS BOLSAS DOS OUTROS...) img
Capítulo 15 Parte: "XV" img
Capítulo 16 Parte: "XVI" img
Capítulo 17 Parte: XVII (A Maldição da Lagoa da Porta ou 4 40 400 4000: A Máquina Crowlyana do Tempo) img
Capítulo 18 Parte XVIII img
Capítulo 19 Parte XIX img
Capítulo 20 Parte: "XX" A ESCURIDÃO DEBAIXO DA CAMA (O retorno do bandido Barata Preta) img
Capítulo 21 UM BANDIDO CHAMADO CEMITÉRIO (O exército de noiados fantasmas) img
Capítulo 22 Parte: XXIII img
Capítulo 23 ENTRE AMIGAS (Uma amizade daquelas) img
Capítulo 24 Linha 113 ou O ÔNIBUS DA MEIA NOITE (O retorno do bonde para o crime) img
Capítulo 25 Parte: XXIV img
Capítulo 26 O ASSALTO ou UM BONDE PARA O CRIME Série: CONTOS BRADOCKIANOS img
Capítulo 27 Parte: "XXVII" img
Capítulo 28 Parte: "XXVIII" img
Capítulo 29 Parte: "XXVIII" OS HOMÚNCULOS img
Capítulo 30 "Parte: "XXX" ALÉM DO ALMOXARIFADO (O segundo depósito) img
Capítulo 31 TERRA MALDITA: Ou IPOJUCA ASSOMBRADO (A conjuração do fantasma do escritor: José Condé) img
Capítulo 32 Parte: "XXXII" img
Capítulo 33 Parte: "XXXIII" img
Capítulo 34 A CASA MAL-ASSOMBRADA (O bonde para o crime ressurge) img
Capítulo 35 Parte: "XXXIV" img
Capítulo 36 A NOITE DOS ÍNDIOS CARIRIS FANTASMA img
Capítulo 37 Parte: "XXXVI" img
Capítulo 38 A CRUZ DA MADRUGADA (O maníaco do Rosário retorna) img
Capítulo 39 Parte: '39': GRAVIDEZ ELETRÔNICA ou (Janaína, a Origem) img
Capítulo 40 Parte: 40 XL img
Capítulo 41 Parte: XLI 41 img
Capítulo 42 Parte final [...] Game Over em Caruara (...) img
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Iram F. R. "Bradock"
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Capítulo 1 Parte: I (Agreste Punk)

Parte: I (Agreste/Punk)

A aproximadamente 637 metrôs de altitude, (acima do nível do mar) sobre as luzes do planalto da Borborema era o Morro da Onça Mecânica, (imediações da Pedra do Enterro, comandada por o lendário traficante Caveira), Mirante Norte...:

"Caruaras hoje tô na tua não, mas um dia, um dia vossa senhoria ficará na minha...".

Pensa Ciça do "Poico" lá do cume fitando as estrelas, (depósitos de almas) no firmamento roxeado da Princesinha do Agreste/punk:

- Tá o maior 'babado' visse? 'Mulé'. - disse Rosinha arrumando os seus cabelos e reclamando do vento quente como estufa.

- Oxe! - exclama Ciça já curiosa como ninguém.

Nenhum vento mais batia em seus cabelos.

"Oxe! Cortaram o vento de novo foi?".

Pensa Ciça querendo se mostrar para a sua velha amiga de confidências.

- Eu também tenho um "babado" 'pra' te contar visse?

- Hum... O que? Fala porque hoje tô de "TPM" visse? Nem meu macho aguentou ficar em casa comigo hoje. Danou-se no mundo "pra" beber com aqueles amigos vagabundos que ele insiste em manter. - retruca Rosinha tirando uma selfie de ambas ali com toda aquela paisagem, ( Pata de Vaca, Pau Ferro, Ipê Roxo, aroeira/pimenteiras bioluminiscentes da cidade inteligente.

- Hum... Mas já? Quando é "pra" mim dizer qualquer coisa tu fica que nem uma quenga safada e menstruada.

"Eita P***".

Pensa.

- Eita! (...) - exclama Ciça com espanto. Depois comenta:

- Por mim! Eu botava 'pra' correr meio-dia em ponto, no nosso caso meia-noite eterna né?

- Calma Mulé! Oxe! - exclama Rosinha tentando amenizar.

- Três gangues tão se juntando aqui em Caruaras. - comenta Rosinha a boca pequena.

- E quais são? E quem disse? - indaga Ciça do "Poico" sem dar muita atenção para o caso 'fofocal'.

- Mulé a Gangue de Vendedores de Flores Artificiais, a Gangue dos Flanelinhas e Os Noiados Fantasmas. - Disse fitando os quatro cantos com medo de alguém mais ouvir aquele forte 'bochicho' e continua: - Quem me falou é que tu não vai acreditar. - completa Rosinha posicionando o seu decote.

- O espírito vingador de Nenzinha do Bonde "pra" o Crime? - indaga Ciça fitando os cabelos dreads com suas pontas coloridas da amiga.

- Ela 'merma' veio a mim depois de assassinada e falou comigo aqui. - confirma Rosinha no ato.

- Vixe! Minha Jaci da Placa Mãe. - exclama Ciça arrepiando-se na hora e fitando as cúpulas das torres da igreja holográfica de Santa Luzia dos Olhos Eletrônicos,

Ambas fitavam, [lá de cima] as imediações do anfiteatro, (situado no Marco zero de Caruaras) ao lado da Primeira Igreja Holográfica, essa de Santa Jaci da Conceição.

- Tô te falando 'Mulé', vá por mim!- retruca a amiga.

- Será que é verdade? - indaga novamente Ciça.

- Dizem que tão em missão 'pra' provar que podem ser melhor que a outra... Atacando direto em toda parte qualquer hora qualquer dia eterno. Mas a conversa que tá rolando que vão se unir. - disse Rosinha.

"Unificar três gangues? Sei... Isso vai dá merda!".

Pensa Ciça.

- Hum... 'Apoi' tem que se ligar ainda mais...

Comenta retocando o baton metálico a amiga.

- Pois é... - concorda Ciça do "Poico" acendendo um cigarro elétrico.

Ambas erguiam suas bocas loucas de baton e davam baforadas homéricas de fumaça artificial rumo ao firmamento da "cybercidade".

Mais a frente, (em outro espaço/local) do morro; um grupo reza fervorosamente por a tal vinda da santa Jaci da Conceição.

***

Os estrondos da Princesa do Agreste não eram mais terríveis que os pingos da chuva/fina ácida de inverno nuclear, (queimando os Tecidos das vestes nos varais das casas e casebres com telhados de placas solares e lâmpadas bioluminiscentes ao som da rabeca do triângulo e sanfona virtual/instrumental/clássico tema do nordeste/agreste/punk... faz brotar/acionar um holograma de um trevo de quatro folhas por entre as fendas da terra seca/rachada... [Vez por outra chuva/forte ácida] Carroças de burro com musculosas pernas mecânicas, (fruto de uma hibridização com o DNA da raça boi/touro mitológico: "Miura") e monomotocicletas abandonadas... automóveis flutuadores/híbridos e suas oxidadas carcaças, eis tua face oh! Caruaras... Independente/emancipada/iluminada de um Pernambuco Assombrado... ex Capitania/Estado... Terra da cana de açúcar artificial e do holograma de plantações de algodões, (ouro branco). dos muros altos e espessos do Grupo Condomínio partindo do Morro da Onça Mecânica ao (antigo Campo de Monta) Parque 18 de Maio.

Três dias antes...

***

Rua 15 de novembro, [antiga Rua da Frente] imediações do terminal de ônibus flutuante.

A poetisa/Trovadora fora despejada de uma quitinete imunda e vagabunda junto com a também poetisa Magally que rumara para a Praça do Rosário Velho, (seu antigo lar, embaixo do banco de concreto inteligente lá na parte leste), setor da gangue; "Bonecas Siliconadas"... Já no oeste a outra gangue; 'Travestis Amputados'. Já Maria não tinha mais aquela mesma relação com a amiga. Que também estava em situação de rua.

Certa hora aberta da noite eterna/madruga alta a trovadora estava deitada, (enrolada com um grosso cobertor com suas tramas feitas de resíduos de algodão sintético colorido; 'abafa-bufa') sob um alpendre de certa loja, [de cascas de camarão, revolucionário/alternativo/produto invés do plástico que também um dia fora revolucionário em substituição a estopa feita da planta sertaneja Caroá ainda no início do século XX.] Loja essa com sua frente toda gradeada. Um barulho ficando cada vez mais próximo, (...) era zuada de rodas, pequenas rodas em rápido movimento... De rodinhas/rolimãs de patins..., (...).

Quando um alguém, (sexo indefinido) aproximara-se e jogara algo, (uma espécie de líquido inflamável) em uma garrafa pet de um refrigerante raro, (existente somente no mercado paralelo) de uma marca vagabunda qualquer.

- Ei, cara faça isso não! O que eu fiz? 'Pra' você vir dá um banho em mim? Heim? - indaga a poetisa sem crer no que havia acontecido com sua pessoa.

"Será um 'cara mermo'? Não dar "pra" definir é tão andrógino".

Pensa em meio a uma aflição ímpar.

"Isso é gelado, parece 'gasosa'".

Pensa Maria a Poetisa ainda sem acreditar, mas as cenas que se segue não se tem nem palavras:

- Toma isso aqui puta safada! - exclama um jovem, [pré adolescente] cabelos longos, pintado de branco neve, as laterais de suas têmporas com designer feita na régua, [corte de duas faces]. Sacara uma caixa de fósforo, (coisa rara naqueles dias de reset econômico e sociedade desigual/distópica.

Fogo no corpo da Trovadora Maria Meia-noite. Agonia, dor e gritos! (...)

- Aí. Por que você fez isso? Não fiz nada com você, nada. Socorro! Tá queimando...

Seu corpo, (da poetisa/Trovadora realmente estava em chamas... Ao olhos de 'bots', andróides, ciborgues, híbridos e até puro sangue, (humano da gema).

Maria saíra correndo, (sua pele em chamas, derretendo) abanando os braços em claro sinal de dor e desespero por as ruas da Zona Central. Tipo aquela lendária cena da menina correndo nua depois de mais um bombardeio com napalm por os americanos na guerra do Vietnã.

- Eu tô no inferno! Tô queimando. Me ajuda! Ajuda eu. - grita sentindo seu corpo encolher, (perdendo água) definhar em meio a tanta dor.

Correria de uns 'Bots' com Coração para apagar aquelas chamas da poetisa por as ruas com asfalto fino e esburacada... A risadagem de seres eletrônicos, (sem nenhum sentimento ou código de ética ou moral).

Continua...

            
            

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