Capítulo 5 Parte: V (Agreste Punk)

"Isso é zuada de rodinhas de patins... Não! Será? A Gangue dos Patins. Mas aqui na periferia?".

Pensa aquele ex "bot" com coração.

- Dona Janaína? - indaga uma voz andrógina, (sobre patins) por suas costas siliconadas.

- Sim! Eu "merma". - Retruca parando e fitando para trás.

- A senhora vai ter que ir com a gente. - disse um jovem, (carregando algo alongado e sólido em uma das mãos) tinha cabelos esbranquiçados e lápis negro nos olhos.

- Oxe! E é polícia é? - indaga querendo tirar um sarro da situação.

- É não, baby! Acho que é pior. - retruca depois de lhe bater forte com um pedaço de barrote de madeira sintética de cerca ou cercado de sítio.

Janaína caíra mole nos braços Já de outro integrante sobre patins. Lhe colocara em um carro voador e partira sob as vistas ocultadas por as poucas janelas quebradas e gradeada da comunidade/coletivo, (Zona Periférica) do Bairro do Centenário.

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- Meu nome é Gangrena Pivete! O rei dos 'noiados'. - Exclama um jovem com blusão e capu ainda no meio do beco/portal que levara a Rua Degredo.

Janaína (a ginoide grávida) fora roubada/sequestrada por alguém que plantara o nome do líder dos noiados; Gangrena Pivete e entregara a Gangue dos Patins? (...) Será isso?

No interior dos domicílios os "holovisores" ligados no culto holográfico a Jaci da Conceição.

***

- Oh! Tu que já estais no seio da terra... E eis devorado por vermes... Mas teu espírito vive aprisionado em outra dimensão... Lacrado... Exorcizado em um mundo paralelo... Entre o céu, (firmamento e o próprio inferno)... Vem até mim... Oh criatura do umbral... Sobe a terra e se materializa... - exclama Branco Tita dentro de um círculo de sal grosso.

Branco Tita evocara o fantasma de Nego Pilantra.

- Ei, doidão passa tudo que tu tem... Tudo! Agora se não eu boto o senhor pra falar com o capeta agorinha "mermo". - exclama um cara alto transparente com um holograma quântico de uma faca/pexeira em uma das mãos.

- Mas não tenho nada aqui! - retruca aterrorizado.

- Tem não? Vou te mostrar a ideia como é... Retruca enfurecido, após sacar uma faca holográfica com sua navalha melada por ectoplasma.

- Não! Não faça isso! Leve o que quiser, mas não trouxe nada.

- Então 'pra' o nada é que você vai, seu pilantra nojento. - Retruca Nego Pilantra semi materializado.

Lhe desferila três facadas... Na altura do tórax...

Sangue e plasma começara a escorrer pernas abaixo indo ao chão sintético.

"Meu corpo tá ali... Caído sangrando e ninguém faz nada! E por que eu tô aqui em pé"?

Pensa arrepiando-se e começando a desaparecer progressivamente.

Pois acabara de torna-se um fantasma.

- O espectro de Nego Pilantra. (Ex guarda Recarregável do Monte) aparecera e fizera sua vítima lá na esquina do antigo Play Time, (hoje funciona uma farmácia) no local. - disse o comissário.

Câmeras filmara todo o ato. Porém o tal espírito/bandido não fora indentificado nas imagens da mesma.

***

- Quem tá usando meu nome? - Indaga o líder do Exército de Noiados.

- Sei não! Mas gritaram que era o Gangrena Pivete rei dos noiados. - disse o holograma quântico de Bizonho.

- Que doideira, já não basta minhas tretas, e agora tem um 'cuzão' por aí, plantando meu nome. Vai engolir a língua. - disse aquele jovem delgado de cabelo amarelo e lateral/tempora na régua.

- Temos que agir Gangrena meu Veio. - disse Bizonho.

- De um salve para a Gangue dos Flanelinhas e os vendedores de Flores Luminosas. Invoque o acordo. Todos na Praça Coronel Porto em baixo das estátuas do Coronel Ludugero e Otrópe.

- Já me passaram a fita é a gangue dos Patins, usando meu nome.

- Eles vão saber como é o inferno. Vão andar em rodinhas no quinto dos infernos.

- Tá pensando que ter gangue é só passear em cima de rodas... Já passou o tempo de rolimãs... - Retruca um integrante da gangue das Flores Luminosas.

Eram aproximadamente cinco para meia-noite de inverno nuclear.

E todos e todas ali... Três gangues reunidas:

- Usaram meu nome, então se tão usando o nome de um 'cabeça' de outra gangue, daqui a pouco vão tomar nosso território aqui na Praça Coronel Porto.

- Já perdemos a Praça do Rosário Velho e agora querem nos "fuder" além do que já somos 'fudidos'. - Disse em um discurso épico Gangrena Pivete segurando um cachimbo, (improvisado) feito de lata de refrigerante.

- É isso aí! - exclama outro 'noiado' mais atrás e continua: - E se fizeram isso com nosso lider... Podem fazer com qualquer um... Homem é homem é o gato bebe leite artificial.

- Oia eles ali... - disse um "noia/cracudo" com dedo em riste que mais parecia uma arma.

A tal gangue logo percebera que não tinham nenhuma chance.

- Fugar galera, agora!!! - Grita insanamente Vandinho Bateria.

- Malditos! 'vai' usar meu nome no inferno! - Retruca também a gritar no meio da Avenida Agamenon Magalhães.

Como uma guerrilha de cangaço moderno e urbano.

Alguns integrantes da Gangue dos Patins escorregaram em uma espécie de óleo vegetal estragado e extremamente escorregadio.

Já outros não conseguira fazer nenhuma manobra. Se chorara com uma motocicleta voadora em baixa via. Tivera afundando de tórax na hora.

- Oia Gangrena que presente.

- Chupa! Papai agora o inferno na terra vai começar.