Vou te Destruir*
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Capítulo 5 Benjamin Giordano

Dias atuais...

Estava encostado em uma das paredes da boate próximo ao bar tomando meu uísque quando avistei a morena de cabelos cacheados dançando sensualmente no meio da pista de dança. Ela e a garota loira de cabelos longos estavam praticamente se esfregando uma na outra e isso era sexy pra caralho, não sei se era a roupa justa moldando seu corpo cheio de curvas ou a forma como balançava ao som de Anitta, tudo fez meu corpo incendiar, senti todo o meu sangue correr direto para o meu pau. Minhas retinas fotografavam cada centímetro seu, desde o vestido tubinho preto que ia até os joelhos até o tecido colado no corpo como uma segunda pele e um decote que deixava sua costa completamente exposta terminando bem abaixo da cintura moldando a sua bunda. Engoli em seco.

A forma como a garota movia os quadris estava me deixando hipnotizado, nem mesmo pesquei, não podia perder nenhum detalhe seu. A bela mulher parecia estar de olhos fechados, mas o pisca-pisca das luzes da boate não me dava certeza. Senti como se tivesse parado de respirar, permitindo que todas as minhas ações existissem ali somente para admirá-la. Soltei o ar que nem mesmo percebi que estava prendendo quando a música parou. Tomei mais um gole da minha bebida, tentando me recompor, mas aquela era uma visão perfeita, aquela mulher era tudo que eu precisava nessa noite.

O dia tinha sido de cão. Eu precisei literalmente suar a camisa, não costumava me preocupar com meu trabalho, pois sempre fazia tudo de forma bem planejada, calculando cada passo de modo certeiro. Não podia errar. Eu precisava estar sempre atento a tudo, está a pelo menos um passo à frente.

Depois de todo o trabalho sujo eu deveria ter ido embora, não estava nos planos vir até a Codec, mas quando Dominic me ligou avisando para encontrá-lo aqui não tive escolha, eu precisava estar sempre disponível para ele. Quando voltamos do Arena achei que o serviço havia sido finalizado, mas ao que tudo indicava ficaram algumas pontas soltas. E como eu disse, não podemos errar, por isso, estou aqui aguardando o momento exato de agir e encerrar tudo ainda esta noite.

Eu trabalho com o Dom há quase quatro anos, e nesse período nunca deixamos nada escapar. Sempre estamos ligados e fazemos muito bem nosso trabalho, somos ambos muito controladores e aguçados. Dom trabalha para Lorenzo Novatore há mais de dez anos como uma espécie de braço direito nessa operação específica que se trata de tráfico de armas. O tal Novatore, nunca vi pessoalmente, seu contato ocorre sempre por intermédio de Dominic.

Nós nos conhecemos aqui onde hoje é a boate, na época era apenas um prédio velho com um bar caindo aos pedaços. Eu estava tomando uma cerveja quando uma confusão se iniciou e um cara caiu ao meu lado sendo cercado por três caras, ambos chegaram em cima dele desferindo vários socos, chutes, e pontapés. Eu não deveria, mas entrei na briga que não era minha para ajudá-lo, achei uma covardia três contra um, que ainda por cima estava praticamente desmaiado. Depois de uma luta bastante cansativa com os três homens, me abaixei e ajudei Dom a se levantar, ele me olhou com uma cara assustada, mas logo o tranquilizei e levei-o para fora da bar em direção ao meu carro, estava quase desacordado, só deu tempo de me dizer seu endereço e apagou no banco do carona. Eu o levei até sua casa, cuidei de seus ferimentos e aguardei até que acordasse, quando despertou já de manhã arregalou os olhos me encarando, pegando rapidamente sua arma e apontou em minha direção. Eu não pisquei, apenas olhei tranquilamente em sua direção dizendo que só estava ali porque ele havia levado uma surra que o fez desmaiar e eu tinha o ajudado com os caras e o levei para casa. Recobrando a consciência ele me agradeceu e a partir daquele momento nos tornamos quase que inseparáveis. Um pouco depois desse episódio nos tornamos grandes amigos e sócios na Codec, Dominic também me ajudou a fazer parte da equipe de Lorenzo, onde eu teria mais acesso a várias informações, embora ele não soubesse das minhas intenções. Eu nunca havia pensado que um dia me envolveria com caras tão barra pesada tão pouco com qualquer tipo de tráfico, mas ali estava eu, cada vez mais envolvido nos trabalhos sujos da Novatore e Dom cada vez mais confiando em mim.

Uma luz veio forte em meu rosto e pisquei algumas vezes, percebendo que a morena me encarava de maneira intensa como se me conhecesse de algum lugar, ali fiquei tenso e alerta já me aproximando dela, pois precisava ter certeza de que não me conhecia.

Cada passo que eu dava me aproximando notava sua expressão ficar mais estranha e confusa, ela tinha um olhar até meio engraçado sobre mim e estava de boca aberta me encarando.

Quando cheguei bem próximo fitando-a indaguei descaradamente -Você tá gostando?

- O-O quê?- ela pareceu ter saído de um transe.

- O que tá fazendo?- segurei seu pulso quando a doida levantou suas mãos em direção ao meu rosto

- Uau, você tem essas covinhas!!

O quê?

Essa garota é maluca?

- Hm, é...me desculpe, e-eu... - pigarreou - acho que me empolguei, são lindas

Não brinca?!! Ela tentou enfiar o dedo na covinha da minha bochecha? Quem faz isso com um total estranho?

- Ok, mas não pode sair tocando a bochecha das pessoas assim, é um tanto rude, não acha? Bom, ao menos vejo que você parece está muito bem, eu realmente me preocupei, achando que você estava com algum problema - a repreendi sem deixar de provocá-la

- Como assim? Eu estou ótima, e já pedi desculpas, não é como se eu saísse por aí enfiando o dedo nas covinhas de bochechas alheias...hm, o que quis dizer com problema?

- Entendi...você é bem estranha...Oh, Porra...me desculpe eu não quis dizer isso, me expressei de forma bastante grotesca, me perdoe por isso! Hmm... você é autista? - quase ia falando uma merda, mas me lembrei de Noah.

- Como é que é? - perguntou irritada com a mão na cintura me encarando. A imagem dela e fez querer rir porque ela parecia um Pinscher, mas tentei resistir

- Eu não quis ser indelicado, ok?! Eu só estou perguntando, me desculpe se pareci invasivo é que você estava me encarando de um jeito que pareceu o meu priminho Noah, ele é autista, mas depois vi que você estava diferente com uma cara sinistra, mas aí quando me aproximei voltou a me encarar do outro jeito tentando enfiar o dedo em minha bochecha - disse segurando o riso

- Entendi - respondeu com desinteresse fazendo biquinho - Não, não há problema algum comigo e eu não sou autista e havendo alguém na sua família com autismo você deveria saber que muitos são sensíveis a lugares barulhentos como este aqui. Além disso, para sua informação , eu não estava encarando você - riu com desdém - V-você se acha não é? É tão pretensioso...quer soltar a merda do meu braço, por favor?! - estava ainda mais irritada comigo e deu um solavanco puxando seu braço de meu agarre.

- É. Você tem razão, Noah é totalmente o oposto de você que pelo que vejo é completamente maluca - Não consegui mais segurar meu riso. A garota olhou-me como se quisesse me esfolar vivo

- E o que você quer? Por que está aqui?

- Já disse, achei que estivesse em apuros, que poderia está passando mal ou sei lá...e vim ajudar você

- Bom, já viu que estou ótima e que não preciso de sua ajuda, então pod...

- Vamos nessa cara!!!- Dom atraiu minha atenção. Vi no mesmo instante que havia algo errado e olhei para ele questionando silenciosamente.

- Vamos logo que já te explico - sussurrou em meu ouvido. Mas, antes de segui-lo voltei minha atenção para a garota e perguntei - Qual o seu nome mesmo?

- Por que quer saber?- achei ainda mais graça de sua reação mas, me mantive sério esperando

- Anda cara, vamos logo porra!! - Dominic agora parecia ainda mais preocupado com algo e eu entendi que a brincadeira tinha acabado, mas precisava saber o nome dela

- Eu não tenho a noite toda gatinha - ela arregalou os olhos espantada e como se para se livrar logo de mim respondeu rispidamente - Aby.

Aby. Combina com ela.

- Ei idiota! não vai me dizer o seu nome?!!- ela gritou do meio da pista, mas eu não tinha mais tempo hoje, então olhei em sua direção uma última vez com um sorrisinho de canto seguindo Dominic

- Cara você só pode tá de sacanagem. Que porra foi aquela com a filha do Novatore? - Dom perguntou e meu coração falhou uma batida. O quê?

- Eu não sabia quem ela era. Como é que eu poderia saber que ela é filha do cara, porra? - E era a mais pura verdade eu não tinha como saber quem era ela, apesar de saber muito sobre Novatore, não tinha focado muito em sua filha. Eu até tinha algumas poucas fotos dela, mas acho que de quando era mais nova, totalmente diferente, seu cabelo era liso e na maioria ela estava com óculos de grau.

- Se tivesse visto o e-mail que te enviei hoje cedo saberia, caralho. Ela é o motivo de estarmos aqui hoje. Ele quer que fiquemos de olho nela. Parece que deu merda com alguma transação das últimas cargas e tem um cara na cola do Novatore

-Meu computador deu um problema no display, mandei pra assistência...que tipo de problema?

- Algumas caixas foram extraviadas, ao que tudo indica essa já é a quarta carga que tem esse tipo de problema. Deve ter alguém na cola pegando as armas, suspeitamos de Mikhail. Temos que ficar de olho nela. Mas, com os olhos não com o pau - o idiota me repreendeu com um sorriso sarcástico

Olhei-o irritado por me falar aquela merda. O que ele tava pensando que era algum idiota? Mas é claro que não iria me envolver com ela, principalmente agora sabendo quem é, não vou arriscar pôr tudo a perder. Tenho um objetivo e meu trabalho todo está em prol de alcançá-lo e nada nem ninguém vai me distrair.

Seguindo Dom passamos pela área vip no andar de cima, chegando em uma sala reservada da boate, o escritório, onde tínhamos uma visão geral da pista de dança, assim poderíamos ficar de olho em tudo e conversar protegidos do barulhos já que a parede era toda feita de vidro fumê blindado e a prova de som. Enquanto ele repassava as informações eu olhava em direção ao centro da boate tomando mais uma dose de uísque observando a movimentação, foi quando olhei para baixo e a vi, rebolando ao som de"Crazy in love" parecia leve e feliz jogando os braços e depois passando as mãos pelos cabelos e pelo corpo de forma sensual e linda pra caralho. Sentindo cada fibra do meu corpo tensionar cerrei os punhos. Aquela visão dela tão solta e sexy me fez enrijecer e fiquei preso naquele momento admirando-a.

Talvez o fato de está tão mexido seja pela falta de sexo durante a semana, eu realmente nunca havia ficado tanto tempo sem, e esses sete dias estão acabando comigo, eu preciso foder.

Quando notei Dom se aproximando de mim desviei meu olhar rapidamente de Aby, para evitar qualquer insinuação, não queria que ele percebesse o quanto essa garota havia mexido comigo.

                         

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