As duas faces do meu chefe
img img As duas faces do meu chefe img Capítulo 8 4.1 Capítulo
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Capítulo 30 15.2 Capítulo img
Capítulo 31 16 Capítulo img
Capítulo 32 16.1 Capítulo img
Capítulo 33 17 Capítulo img
Capítulo 34 17.1 Capítulo img
Capítulo 35 18 Capítulo img
Capítulo 36 18.1 Capítulo img
Capítulo 37 19 Capítulo img
Capítulo 38 20 Capítulo img
Capítulo 39 20.1 Capítulo img
Capítulo 40 21 Capítulo img
Capítulo 41 21.1 Capítulo img
Capítulo 42 22 Capítulo img
Capítulo 43 22.1 Capítulo img
Capítulo 44 22.2 Capítulo img
Capítulo 45 23 Capítulo img
Capítulo 46 23.1 Capítulo img
Capítulo 47 23.2 Capítulo img
Capítulo 48 24 Capítulo img
Capítulo 49 24.1 Capítulo img
Capítulo 50 25 Capítulo img
Capítulo 51 26 Capítulo img
Capítulo 52 27 Capítulo img
Capítulo 53 27.1 Capítulo img
Capítulo 54 28 Capítulo img
Capítulo 55 28.1 Capítulo img
Capítulo 56 29 Capítulo img
Capítulo 57 29.1 Capítulo img
Capítulo 58 30 Capítulo img
Capítulo 59 31 Capítulo img
Capítulo 60 31.1 Capítulo img
Capítulo 61 32 Capítulo img
Capítulo 62 33 Capítulo img
Capítulo 63 33.1 Capítulo img
Capítulo 64 34 Capítulo img
Capítulo 65 34.1 Capítulo img
Capítulo 66 35 Capítulo img
Capítulo 67 36 Capítulo img
Capítulo 68 36.1 Capítulo img
Capítulo 69 37 Capítulo img
Capítulo 70 37.1 Capítulo img
Capítulo 71 38 Capítulo img
Capítulo 72 38.1 Capítulo img
Capítulo 73 39 Capítulo img
Capítulo 74 39.1 Capítulo img
Capítulo 75 Epílogo (Parte 1) img
Capítulo 76 Epílogo (Parte 2) img
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Capítulo 8 4.1 Capítulo

-Mesmo estando separada? Não podemos recorrer a essa causa? –Pergunto esperançosa.

-Tentarei o máximo diminuir essa dívida, mas é difícil quando eles têm sua assinatura como prova. Essa dívida foi feita quando vocês ainda estavam casados e está no seu nome infelizmente. –Ele suspira do outro lado da linha. –Eu não queria comentar isso com você, mas é importante que saiba. O fato de você não ter recorrido a essa dívida no começo complica ainda mais a sua situação. –Ele tenta me explicar o que estava acontecendo, porém me sinto ainda mais confusa e desesperada.

-Não consigo acreditar que estou passando por isso. Tem que haver uma forma de provar que Ivan está por trás disso. –Digo decepcionada.

-Farei tudo que estiver ao meu alcance. –Diz gentilmente.

-Obrigada. –Agradeço logo após me despedir, pois não tinha mais o que dizer.

Respiro com certa dificuldade pelo susto e pelo baque daquela notícia. Não consigo aceitar ou acreditar que terei que trabalhar para pagar uma dívida exorbitante que não é minha e que foi feita para a amante do meu ex-marido.

Tem algo mais humilhante do que isso? Acredito que não.

Procuro focar minha mente em outras coisas e quando vejo Drevitch volta em uma hora em ponto.

Ao passar pela minha sala ele franze uma de suas sobrancelhas bem desenhadas que contrastavam com sua barba grande e ruiva. Engolindo meu desespero sorrio enxugando rapidamente algumas lágrimas que escaparam dos meus olhos.

O cumprimentando como se nada estivesse acontecendo.

-Você está bem? Está um pouco pálida. –Ele me observa preocupado.

-Estou bem. –Afirmo.

-Você deveria estar em horário de almoço. –Ele observa o relógio e somente agora percebo que não havia ido almoçar.

Com um sorrisinho amarelo minto descaradamente.

-Almocei aqui mesmo e como estou me situando no ambiente resolvi voltar mais cedo.

Ele semicerra os olhos, mas não questiona.

-De acordo com a agenda senhor tem uma reunião em 10 minutos. –Observo a agenda.

-Venha para sala de reuniões. –Ele não pede e sim ordena.

Levanto-me o seguindo pelos corredores em direção a sala de reuniões a direita.

Praguejo por ter que segui-lo em um momento como esses onde me encontro tão debilitada mentalmente. Jogo meus problemas pessoais de lado ou não conseguira seguir meu trabalho com total dedicação. Uso os benefícios das respirações que aprendi em uma revista, para acalmar meus pensamentos e meu coração.

Sou forte o suficiente para aguentar minhas dores sozinha. Se Ivan acha que conseguirá me derrubar dessa forma está completamente enganado.

Pego um bloco de anotações sobre mesa e sento onde me é indicado por ele anotando os pontos importantes da reunião.

O assunto abordado na reunião é o sabor do vinho e sua durabilidade, a cada questionamento e pergunta me sinto completamente perdia como um peixe fora d'água.

Percebo que ele me levou até lá na única intenção de mostrar a importância dos detalhes e a complexidade por trás de uma sofisticada taça de vinho.

Realmente preciso aprender e entender o básico das indústrias Drevitch para assumir o cargo de secretária pessoal de um CEO tão importante, pois essa reunião me deixou intrigada.

A reunião demorou cerca de duas horas e acabou atrasando as demais. Sai tarde da empresa e perdi o ônibus. Fiquei no ponto por mais tempo do que gostaria e sinceramente não era legal esperar em um lugar tão sombrio como aquele.

Apesar de ter muitas pessoas em volta é um ponto onde os marginais gostam de passear e aprontar, mas é o lugar mais perto de onde trabalho que passa o ônibus para o meu bairro. Com a condição financeira abalada por Ivan, não posso me dar o luxo de vir trabalhar de táxi já que minha vida financeira se resume em economizar todo o centavo possível do meu salário para pagar uma dívida que não é minha.

Cheguei em casa tarde e encontrei minha filha e Ellen dormindo. Não jantei, pois não tinha fome devido ao mar de pensamentos que me assolavam e assombravam. Na verdade estou sem comer nada o dia todo, mas isso não faz diferença.

Se eu soubesse onde Ivan se enfiou juro por todos os deuses dessa Terra que iria pessoalmente dar uma boa e bela surra nele e faria questão de mandar um processo sobre ele por usar meu nome injustamente.

***

Dormir tem sido algo quase impossível e a semana passou tão rápido que mal percebi. Minha cabeça continua a mil e em poucos dias conheci diversas variações de humor do senhor bonitão que chamo de chefe.

Ele é um homem centrado e inteligente, mas também é complexo e esconde coisas que me fazem querer entende-lo. As vezes ele é um pouco bruto e mal educado, mas a maior parte do tempo é compreensivo. Ele é um mar de sentimentos e a cada dia que se passa me deixa conhecer um de seus lados novos. Talvez ele tenha transtornos bipolares, ou não, não sei, mas é uma possibilidade.

Retiro aqueles pensamentos da minha mente ao perceber que hoje era sexta-feira véspera da viagem que não pude recusar.

Estava concentrada na revisão de um e-mail quando me assusto ao ouvir o telefone tocando com ramal do senhor Drevitch piscando em vermelho.

-Em que posso ajudá-lo? –Atendo.

-Venha até minha sala. –Curto e grosso desliga o telefone sem esperar uma resposta.

-Claro. Educação em primeiro lugar. -Encaro o telefone sem saber o porquê do mal humor repentino, mas faço o que me foi ordenado.

Bato antes de entrar e o encontro concentrado em seu computador, seus dedos habilidosos digitam rapidamente sem nem mesmo olhar para o teclado.

-Está dispensada por hoje Srta. Ravallo. –Continua seus afazeres me ignorando.

-Ainda são quatro da tarde senhor. –Digo sem entendê-lo.

-Arrume suas malas e não esqueça nada para o fim de semana, aconselho roupas leves e um belíssimo vestido de festa. –Desvia os olhos do computador me observando por cima dos óculos de grau.

-Hum... Desculpa senhor, mas não tenho um vestido de festa.

Nunca precisei de um vestido de festa, não um para as festas que ele é acostumado a ir.

Ele analisa meu corpo descendo seus olhos até meus pés e depois retorna a subir olhando em meus olhos novamente. A esse ponto sinto minhas bochechas se esquentarem de vergonha e troco os pés incomodada.

-Me envie suas medidas que por mensagem que dou um jeito nisso. Para você não se atrasar Thiago meu motorista está te esperando para leva-la para casa. –Observando minha reação com um sorriso no rosto.

-Obrigada Senhor. –Falo rapidamente saindo o mais rápido que posso de sua sala.

Não esperava a gentiliza dele e sim o mal humor, mas desta vez confesso que fui surpreendida.

Me recosto na porta envergonhada e coloco as mãos em minha bochecha tentando aliviar a sensação térmica do meu corpo. Agradeço por Amanda não estar ali naquele momento, afinal não saberia disfarçar meu constrangimento. Ela é um amor e eu adoro sua amizade, mas não quero que ela tenha conclusões erradas sobre mim e nosso tão complicado chefe bipolar.

Na verdade tenho muito a agradece-la, não sei o que seria de mim sem suas piadas sem sentido quando estou me sentindo desanimada ou triste por culpa de Ivan. Eu precisava contar para alguém sobre tudo o que se passava em minha vida e Amanda acabou sendo a vítima para ouvir minhas lamentações e no final ela quer matar Ivan assim como eu quero.

Disperso esses pensamentos focando no que realmente deveria fazer minhas malas já estavam prontas, pois Ellen já havia preparado tudo, mas aproveito a oportunidade que me foi dada para ficar umas horas a mais com minha filha.

            
            

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