Mr.X : Volume II
img img Mr.X : Volume II img Capítulo 4 O momento chegou
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Capítulo 6 Carma img
Capítulo 7 Acordo img
Capítulo 8 Quinze dias img
Capítulo 9 Oportunidade img
Capítulo 10 Sentimentos img
Capítulo 11 Pontapé img
Capítulo 12 Só... img
Capítulo 13 Financiador img
Capítulo 14 Lição dada... img
Capítulo 15 Lição aprendida img
Capítulo 16 Cumprindo promessas img
Capítulo 17 Déjà vu img
Capítulo 18 Vicenzo img
Capítulo 19 Indiferente img
Capítulo 20 Hipóteses img
Capítulo 21 Cuidado! img
Capítulo 22 Provocação img
Capítulo 23 Tradição img
Capítulo 24 Feliz Navidad img
Capítulo 25 Karenina img
Capítulo 26 Sedução img
Capítulo 27 D.R. img
Capítulo 28 Perdida img
Capítulo 29 Rendida img
Capítulo 30 Ação img
Capítulo 31 Lisboa img
Capítulo 32 "Duny" img
Capítulo 33 Carlos de Saias img
Capítulo 34 Carpaccio img
Capítulo 35 Entrar ou ficar img
Capítulo 36 Onde está Dália img
Capítulo 37 Casca img
Capítulo 38 O que eu quero img
Capítulo 39 Universo Particular img
Capítulo 40 Dia seguinte img
Capítulo 41 Homens img
Capítulo 42 Suíça img
Capítulo 43 Caixa de Pandora img
Capítulo 44 Explosão img
Capítulo 45 Reação img
Capítulo 46 Escolhas img
Capítulo 47 Realidade img
Capítulo 48 E agora img
Capítulo 49 Livro 3: ( RE) COMEÇO img
Capítulo 50 Em suas mãos img
Capítulo 51 À sua maneira img
Capítulo 52 Surpresa! img
Capítulo 53 Dália's Day img
Capítulo 54 Primeiro encontro img
Capítulo 55 À NÓS img
Capítulo 56 Namorando img
Capítulo 57 Affaires à part img
Capítulo 58 Cumprimentos ao Chefe img
Capítulo 59 Entre nós img
Capítulo 60 Momentos img
Capítulo 61 Dia D, ou dia S... img
Capítulo 62 Caliente img
Capítulo 63 O troco img
Capítulo 64 Mamá Y Papi img
Capítulo 65 Sinais img
Capítulo 66 Contas img
Capítulo 67 Certeza img
Capítulo 68 Toda brincadeira tem um pingo de verdade img
Capítulo 69 Diferente img
Capítulo 70 Marisol img
Capítulo 71 Pós img
Capítulo 72 Crise img
Capítulo 73 Versão img
Capítulo 74 Olha quem veio para o jantar. img
Capítulo 75 Limite img
Capítulo 76 Proposta img
Capítulo 77 Sem saída img
Capítulo 78 Vendida img
Capítulo 79 Pegar ou largar img
Capítulo 80 360º img
Capítulo 81 Ruptura img
Capítulo 82 Depois... img
Capítulo 83 Aos trabalhos img
Capítulo 84 Um passo de cada vez img
Capítulo 85 De volta ao passado img
Capítulo 86 Colega de quarto img
Capítulo 87 Atos e Fatos img
Capítulo 88 Fardo img
Capítulo 89 Direito de saber img
Capítulo 90 Em pratos limpos img
Capítulo 91 Complicado img
Capítulo 92 Amor... img
Capítulo 93 De agora em diante img
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Capítulo 4 O momento chegou

Dois dias depois...

Acordei bem disposta. Arrumo meu quarto, ajeito pela milésima vez a mala da maternidade, ajudei minha mãe com a casa, nem parecia estar grávida, exceto pelo meu barrigão. A noite sentamos eu, meu pai e minha mãe para assistir televisão enquanto espero Carlos chegar, o que não demora muito. Ele chega e vai direto tomar banho, jantar e dormir.

Estamos assistindo novela, quando sinto uma pontada na barriga, então noto que estou em uma posição desconfortável para Juan e me ajeito. Alguns minutos depois uma nova pontada, então me recordo do que a Rúbia disse e passei a cronometrar minhas dores, como se fosse a coisa mais natural do mundo, que estão se sete em sete minutos.

- Mãe - digo me levantando com um pouco de dificuldade - Tomarei um banho, pois o Juan parece que nascerá ainda hoje.

- Como é que é? - pergunta minha mãe histérica. Ela se levanta do sofá e pergunta - Dália, desde que horas está sentindo dor? Oh , meu Deus! Ramón, levanta, a Dália está em trabalho de parto. Temos de ir para o hospital imediatamente.

- Mãe, calma - peço segurando seus braços, mantendo a calma - Ainda tenho muito tempo até lá.

Vou até o meu quarto, onde Carlos está apagado, pego a mala da maternidade e coloco na porta. Em seguida entro na banheira cheia de água morna. Fico passando a mão em minha barriga, tentando relaxar, curtir meus últimos momentos assim como Juan...

- Então, como estão duas dores? - pergunta minha mãe me assustando.

- Ainda tenho tempo - respondo de olhos fechados.

- E agora, como está as dores?

- Igual estavam há cinco minutos, mãe.

- Agora, já podemos ir, né?

- Mãe... por favor... SAIA DO MEU BANHEIRO!

Saio do banho e cronometro as dores, finalmente estão a cada cinco minutos. Visto um pijama confortável e me olho no espelho pela última vez de barrigão. Sento na cama e chacoalho Carlos que demora a acordar.

- Carlos, acorda, o Juan vai nascer - digo. Carlos salta apavorado da cama, andando de um lado para o outro. - O que foi?

- Precisamos nos apressar - responde ele , nervoso correndo pelo quarto desorientado - Cadê a mala? As chaves? Já avisou seus pais? Já colocou a roupa? Cadê minhas calças?

- Carlos, meu amor, relaxa - digo sorrindo com o jeito atrapalhado do meu marido - Está tudo pronto, só você se vestir.

Em poucos minutos, estamos saindo de casa rumo a maternidade. Carlos segura em minha mãe e me olha: estamos indo em direção a nossa nova aventura.

***

Duas horas da manhã

Chegamos ao hospital, fui atendida pelo plantonista, Ruy que me conduziu até a sala da triagem, onde realizou aquele horrível teste de toque para saber qual era a minha dilatação.

- Bom, você está com três de dilatação e tem de chegar a dez para ele nascer - explica Ruy, sério. - Pode ir até à sala de parto para se preparar e aguardar os próximos exames.

Fui para a sala de parto me preparar. Fiquei aguardando com o Carlos a chegada da Rúbia que veio imediatamente para minha sala.

- Então o Juan decidiu nascer? - pergunta Rúbia fazendo um novo exame de toque. - Só para constar, será mesmo parto normal?

- Sim, sem dúvida - respondo. Eu sempre quis parto normal, pois tenho pavor de operação - Eu quero uma epidural e somente isso. Não quero nenhum tipo de ação sem minha autorização. Quero que esse parto seja o mais natural possível.

- Como quiser - diz Rúbia olhando para a enfermeira - Aplique a epidural e faça todos os procedimentos. Agora só nos resta esperar o Juan começar a querer realmente sair.

Depois da epidural, ligaram os eletrodos para acompanhar meu ritmo cardíaco e o do Juan. Carlos ficou no quarto comigo. Eu ainda sentia as dores, porém mais leves e suportáveis por conta da epidural. Então a Rúbia voltou e fez mais um exame de toque.

- Você evoluiu para cinco de dilatação, mas o bebê está ótimo - diz Rúbia sorrindo - Agora descanse, pois, teremos um longo e árduo caminho pela frente.

Carlos começa a mexer nos meus cabelos e eu sou levada para o mundo mágico dos sonhos.

***

Seis horas da manhã.

Uma dor insuportável me desperta, me jogando para frente. Carlos se levanta e vem em minha direção segurando em minha mão.

- O que foi meu amor? - pergunta.

- Dor... preciso de mais epidural - respondo com dificuldade.

Carlos chama a enfermeira que vem com o anestesista e aplicam a epidural. Porém, as dores aumentam e a epidural não faz mais efeito.

***

Nove horas da manhã

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa - grito de dor em cima da cama. Olho para o Carlos que está ainda segurando minha mão e aperto fazendo com que ele franzisse a testa - Tira ele de dentro de mim!!!!!!! Deeeeeeeeeeeusss

- Calma, amor - pede Carlos, tranquilo - Respira... respira...

- Calma é o caralho!!!! - grito pra ele - Tenta respirar...quando você tiver... com um bebê empurrando... sua vagina loucamente, filho da puta!

- Calma, Dália. Vai dar tudo certo - diz Carlos ignorando completamente minha raiva. - Xingar faz bem.

- Odeio você!!!!! Porra! caralho! merda! Eu odeio você!!!! - xingo com gosto - Eu vou morrerr!!!!!! Ele tá me matando!!!!!! Tire ele daqui!!!!!!

Então sinto algo molhado no meio das minhas pernas. Levanto o lençol e uma poça de água surge: minha bolsa finalmente estourou. Carlos aproveitou a deixa e foi chamar a enfermeira que veio, trocou meu lençol e me examinou.

- Agora está bem perto - diz ela, pensando que isso iria me tranquilizar.

*****

Onze horas da manhã.

- ALGUÉM ME DÊ UMA EPIDURAL, PELO AMOR DE DEUS!!!!! - grito enquanto sinto meu corpo ser destruído por dentro.

- Dália, adora não vale mais a pena dar, pois o bebê irá nascer. - explica Rúbia tentando me acalmar.

- Claro que vale, por favor, só um pouquinho - imploro.

- Aguenta firme - diz Rúbia saindo.

É fácil para ela dizer quando não se tem uma criança brincando de boxe com seu útero.

***

Meio-dia

- Temos um nove de dilatação - diz Rúbia fazendo o exame de toque - Estamos prontos para pôr o Juan no mundo.

Rapidamente levantaram a cama e me colocaram na posição para o parto. Eu já não sinto mais nada, a única coisa que desejo é que o Juan nasça o mais rápido possível. Carlos continua ao meu lado, aguentando minha fúria, meus xingamentos e apertos de mão.

- Vamos lá , Dália - diz Rúbia - Dê tudo de si.

- Ohh Deussss! - grito fazendo força até sentir ele encaixando. Então volto a me encostar na cama - Tirem ele daí!!!!

- Mais uma vez, Dália - pede Rúbia.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA- grito ao sentir a cabeça dele saindo. Então desabo na cama ,sem forças.

- Ele está preso - diz Rúbia com um tom preocupado. Sinto a obstetra fazer um corte e então uma sucção - Só mais uma vez, Dália.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA- grito fazendo toda força que tinha em meu corpo.

Desabo na cama, parece que tudo está andando em câmera lenta, vejo Carlos olhando para baixo e em seguida me olhando, emocionado. Ele diz algo, mas não entendo... até que escuto um gemido.A enfermeira se aproxima com um pano verde e coloca em meus braços.

Nada no mundo se compara aquela sensação de ter o meu Juan que estava dentro de mim durante nove meses , em meus braços a procura de peito. Ele suga forte, me olhando, como se soubesse o tempo todo quem sou eu. Nesse momento sou a pessoa mais completa do mundo.

            
            

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