Surpreendida pelo Destino
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Capítulo 5 "A carta"

No final do segundo semestre foi proposto a todos os alunos um projeto Com o título "Um pouco de mim" Todos iriam contar em uma carta algo sobre a sua vida e quando chegassem ao final de semestre trocaria de carta com o seu colega.

Eles não colocariam nomes em suas cartas.

Hoje é a festa de aniversário da escola, e iniciariamos com a leitura dessas cartas para que cada aluno pudesse refletir e respeitar o seu colega, independente de sua cor, raça ou da sua condição social.

Antes da leitura das cartas, o diretor agradeceu a todos pela presença e contando como seria o acampamento de verão.

Após a fala, todos aplaudiram, estavam todos ansiosos pelo fim do semestre.

Eu já estava contando os meses e preparando o coração de minha mãe pra que ela me deixasse ir, eu nunca tinha viajado sozinha só com mamãe ou com meus irmãos, que ficavam o tempo todo vigiando o que eu fazia.

"Já tenho quase 18 anos não sou mais uma criança, posso viajar sozinha, eu posso me cuidar muito bem. "

Esse era o meu discurso.

Enquanto eu estava pensativa a festa não parava.

O Zucca o Thalles e o Thalesson não tinham limites pra palhaçada o tempo todo nos fazendo rir, as risadas da Carmem e da Baby eram tão altas que até o diretor ouviu e olhou furioso.

Eu pedi que eles fizessem silêncio, afinal eu não queira ir para a sala de detenção, e ter que preencher uma lista sobre como devo me comportar no ambiente escolar.

Pensando nessa possibilidade, todos concordaram em fazer silêncio.

Naquele momento, o diretor anunciou que a próxima apresentação seria a leitura das cartas e pediu pra ninguém saísse do lugar em que estava. E começou a chamar os alunos, escolhidos oito alunos de cada turma, eles deveriam escolher uma das cartas e ler em voz alta.

Cada carta que era lida, nos trazia uma reflexão de como a vida era difícil pra algumas pessoas, nós não sabíamos de quem se tratavam as cartas, já que não havia remetente nem destinatário, na verdade os reais destinatários éramos nós.

Depois de passar por todas as turmas chegou a vez da minha turma, e depois de lida a penúltima carta, eu fui escolhida para ler a última, eu já estava um pouco emocionada com as cartas anteriores, subi no palco e comecei a leitura da carta.

*

" A vida para min não foi muito fácil quando nasci .

Nem sabia falar ainda pra que eu fosse maltratada por alguém. Fui rejeitada pelo meu pai, aquele que deveria me proteger dos perigos desse mundão me rejeitou.

Fui criada pela minha mãe, mas não tive carinho, nem uma palavra de consolo.

Minha mãe pouco se importava comigo, a maior parte do tempo eu ficava com a vizinha, que tentava me dar um pouco de tudo que minha mãe não me dava.

Morei com minha mãe até os meus 10 anos.

Mas um dia quando acordei ela não estava mais lá.

Ei comecei a procura-la desesperadamente.

‐-- Mamãe, mamãe cadê você?

Eu chamava, mas, ninguém respondia.

Eu corria pela casa, e nada.

Até que achei um bilhete que dizia:

- Eu tentei, mas não consigo, não posso mais ficar com você, não consigo te dar o carinho de mãe.

Estou indo embora, e espero que você ache a família que eu não pude te dar.

Adeus"

**

Após terminar a leitura da carta, olhei ao redor procurando pelo autor da carta, e os meus amigos pareciam fazer o mesmo, mas, sem sucesso.

Desci do palco e fui me juntar a turma, mas, percebi, mas, percebi que estava faltando alguém do grupo dos esquisitos, era a Mathilda ela havia sumido da festa, deixei o grupo ali e sai para procura-la pela a escola, quando passei pela sala de detenção ouvi alguém chorando tão alto que não me contive e entrei.

Quando olhei era a Mathilda estava com os olhos vermelhos de tanto chorar.

Ela me viu e se assustou.

-Vá embora! Eu não quero que ninguém me veja assim.

Ela disse tentando me afastar.

Mas, eu ignorei o pedido dela. Eu queria saber porque ela estava chorando.

-Amiga o que foi? Porque você está chorando?

Mas ela continuou a chorar e me pediu pra sair porque ela queria ficar sozinha.

Ela não quis explicar e continuou a chorar.

Ela disse que queria ficar sozinha.

Eu resolvi não insistir, quando ela estivesse pronta ela contaria.

Eu ficaria por perto caso ela precisasse de alguma coisa pois, no nosso grupo estávamos sempre dispostos a ajudar.

Depois eu tentaria descobrir o que realmente estava, acontecendo.

Matilda, sempre foi durona, por isso nós a chamamos de "Chefa".

Não era normal vê-la chorando.

*

A festa prosseguiu e quando terminou fomos pra casa de Baby para fazer uma sessão de filmes.

Todos acharam estranho a Mathilda não participar do nosso encontro, ela nunca perdia uma reunião de amigos.

Mais tarde a Mathilda nos ligou pedindo desculpas por não ter ido a reunião na casa da Baby, ela disse que não estava se sentindo muito bem, e nos convidou pra irmos a sua casa no fim de semana, que ela iria contar o que estava a acontecendo.

                         

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