O Arrogante Irresistível
img img O Arrogante Irresistível img Capítulo 8 8-Victor
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Capítulo 10 10-Marcela img
Capítulo 11 11-Marcela img
Capítulo 12 12-Marcela img
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Capítulo 15 15-Marcela img
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Capítulo 17 17-Marcela img
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Capítulo 19 19-Marcela img
Capítulo 20 20-Victor img
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Capítulo 39 39-Marcela img
Capítulo 40 40-Lucia img
Capítulo 41 41-Victor img
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Capítulo 8 8-Victor

DIA ANTERIOR...

Marcela passou uma semana me evitando depois que nos beijamos, não sei o que deu nela para não querer mais me ver, nem falar comigo direito e não quer e isso está me matando, eu ligo para ela quase todos os dias mas ela não atende e quando atende sempre arruma um jeito de me dispensar, até na clínica atrás dela eu fui mas ela não quis conversar comigo, disse que estava ocupada. Lucas me disse que vai com a Lucia na casa dela hoje, eles vão fazer uma sessão de filmes e eu queria muito ir até lá, mas acho melhor não porque ela já está pau da vida comigo e eu não quero ela me odiando ainda mais.

Agora são 19:00hs e estou de saída da empresa, mais uma vez passo pela clínica onde Marcela trabalha e a vejo entrando em um táxi "ah como eu queria beijar essa mulher agora, só para matar a saudade que estou sentindo dela" Fico observando o táxi dela indo embora e depois eu faço o mesmo indo pra casa, não vai adiantar ir atrás dela já que ela não quer me ver e nem falar comigo, porra eu nunca fiquei assim por uma mulher e agora estou assim, literalmente correndo atrás dela.

Chego em casa e encontro meu pai no escritório, ele me pergunta como foi a movimentação na empresa hoje e resolvo me sentar para conversar um pouco com ele, conversa e vai conversa vem eis que surge o nome dela.

- Sabe meu filho... Estou me perguntando, o que pode ter acontecido para Marcela não aparecer mais por aqui? Já que ela gostou tanto de estar nessa casa, não é? - Pergunta me olhando torto e eu engulo a seco.

"Será que meu pai desconfia de alguma coisa? Droga!"

Putz! Se ele souber que ela não vem mais aqui por minha causa eu vou ouvir um longo sermão.

- Não aconteceu nada papai, ela só está muito ocupada, trabalhando demais. - Digo tranquilamente tentando parecer convincente.

- É, foi a mesma coisa que a Lúcia me disse quando fui perguntar pela Marcela. - Ele se levanta da sua cadeira vindo até a mim. - Sabe filho, essa menina é muito especial pra mim, ela me lembra muito a sua mãe e isso me faz querer cuidar dela. - Diz pensativo e cabisbaixo.

- Como assim papai? Em que a Marcela lembra a mamãe? - Pergunto curioso e ao mesmo tempo desconfiado.

- Ah filho, sua mãe era a mulher mais linda que eu já vi na minha vida... Ela era meiga, carinhosa e sempre se preocupava mais com os outros do que com si mesma, ela era uma mulher muito educada além de muito inteligente, exatamente como a Marcela, e é por isso que eu me encantei por essa jovem moça. - Diz com os olhos brilhando pelas lágrimas que se formam rapidamente, eu me levanto o encarando surpreso.

- Como assim papai? O senhor está apaixonado pela Marcela? - Pergunto com medo de saber a resposta porque seria crueldade ter que disputa o amor da Marcela com meu próprio pai.

"Mas espera um pouco! Eu não estou apaixonado por ela, não posso estar, ou estou? Meu Deus o que está acontecendo comigo?"

- Como...? - Papai pergunta surpreso e com os olhos arregalados. - Pelo o amor de Deus filho! Eu gosto sim da Marcela mas não dá maneira que você está imaginando... Santo Deus... - Diz pondo a mão no peito respirando fundo. - A Marcela e como uma filha pra mim, se eu e sua mãe tivéssemos conseguido realizar o nosso sonho de ter uma filha ela seria exatamente como a Marcela... Mas aquele terrível acidente nos tirou a oportunidade de concretizar o nosso sonho, então eu passei a ver na Marcela a filha que eu não pude ter além de você. - Ele diz me deixando mais aliviado, mas eu percebo na sua voz o carinho que ele tem pela Marcela.

- Me perdoe papai, eu não quis ofende-lo, eu não imaginava que depois de tantos anos o senhor ainda sofre tanto a morte da mamãe... Me perdoe. - Me aproximo mais o abraço forte.

- Não se preocupe filho está tudo bem. - Diz retribuindo o abraço.

- Bom papai, eu vou subir e descasar um pouco, estou exausto, preciso de um bom banho para relaxar... Tenha uma boa noite. - Me solto dele e saio do escritório em seguida.

Subo para o meu quarto pensativo na conversa que tive com meu pai "meu Deus, como pude pensar que meu pai estaria apaixonado por ela? Eu sou mesmo um idiota!" Vou direto para o banheiro e tomo um banho bem demorado para relaxar o corpo, ultimamente eu ando um pouco tenso, tá legal eu ando muito tenso, mas a culpa é dela, só dela por estar me desprezando dessa maneira, eu nunca fui desprezado na minha vida mas, como diz o ditado "para tudo tem a sua primeira vez" e eu não estou gostando nada disso, a sensação de ser desprezado e horrível, Marcela fez questão de deixar bem claro que nós só seríamos amigos e nada mais, mas como vamos ser amigos se ela nem quer fala comigo? Afasto os meus pensamentos dela e termino o meu banho, me seco e visto uma cueca box me jogando na cama, me esforço para conseguir dormir e pouco tempo depois já estou dormindo.

♡♡

Na manhã seguinte me levanto as 08:30 e vou tomar o meu banho para despertar, coloco uma bermuda, uma camisa simples e os meus tênis de corrida e desço para tomar café da manhã.

- Bom dia Sr. Victor! - Lúcia me cumprimenta assim que me ver.

- Bom dia Lúcia! Meu pai já desceu para tomar café? - Pergunto olhando a minha volta procurando por ele.

- Já sim senhor, eles estão no jardim tomando sol. - Diz enquanto serve o meu café.

- Tudo bem, eu falo com ele depois... Estou com pressa. - Digo tomando uma golada do meu café.

Termino o meu café o mais breve possível pois tenho que ir na minha boate onde sou sócio com o Lucas, preciso resolver alguns assuntos por lá e não pode passar de hoje. Comprei essa boate quando ela estava falindo, o lugar era feio e precisava de reformas por dentro e por fora, e foi o que eu fiz, deixei a boate mais moderna e sofisticada, chamei o meu melhor amigo que também é o meu melhor funcionário na empresa para ser meu sócio na boate, eu mesmo só vou até lá quando tenho que resolver alguma coisa, fora isso deixo tudo nas mãos do Lucas, eu confio plenamente nele e não tenho do que me queixar. Chego na boate e o encontro no escritório revisando alguns documentos.

- Que bom que você chegou Victor, temos problemas com uma das dançarinas cara. - Diz enquanto eu me sento no sofá que há próximo a porta de entrada do escritório.

- Como assim? Que tipo de problema? - Pergunto o encarando atento.

- Se trata de uma das garotas nova que contratamos essa semana, parece que ela desmaiou ontem enquanto servia algumas mesas, e os boatos que está rolando entre as meninas é que a garota pode estar grávida. - Diz me encarando preocupado.

- Como assim grávida? Quem é essa garota...? Quando as contratamos todas negaram estar grávidas. - Pergunto já meio irritado.

- Ela se chama Juliana, eu a chamei para conversar e ela continua negando que está grávida, ela só repete que precisa do emprego. - Diz suspirando fundo.

- É, mas eu quero ter certeza disso. - Falo convicto do que eu vou fazer.

- E o que você pretende fazer? Como pretende arrancar a verdade dela? - Pergunta curioso.

- Simples...! Pede para uma das meninas ir até uma farmácia e comprar um teste de gravidez, e chame essa tal Juliana para vir até aqui agora mesmo! - Digo em um rom firme e logo ele atende ao meu pedido.

Alguns minutos depois ele volta com a garota, ela parece assustada e angustiada por alguma coisa, eu preciso fazer isso com ela pois não quero mulheres grávidas aqui, essa é uma das normas da casa.

- O senhor quer falar comigo? - Pergunta ela me encarando receosa.

- Sim! Sente-se por favor! - A observo atentamente apontando a cadeira a minha frente. - Fiquei sabendo que você passou mal no meio do expediente, e quero saber se você está bem...? Se está com algum problema de saúde? Ou se está grávida? - A encaro desconfiado e ela fica branca igual a um papel.

- Não senhor! Eu estou bem e não estou grávida. - Diz meio nervosa e eu percebo que suas mãos tremem.

- Só tem três coisas que eu não admito na minha boate Juliana... Drogas, mulher grávida e mulher fazendo programa... Minha boate tem regras e para trabalhar aqui você tem que seguir essas regras ou você está fora. - Digo tranquilamente e ela entra pânico.

- Por favor senhor Victor eu preciso desse emprego... Para trabalhar a noite eu só consegui esse aqui... Por favor eu não fiz nada... -Diz já quase chorando e eu a encaro atento.

Ouço duas batidas na porta e em seguida uma das dançarinas entra com uma sacola na mão e entrega para o Lucas.

- Aqui está o teste de gravidez senhor Lucas. - Diz a dançarina entregando a sacola e sai em seguida passando por Juliana que tem uma cara de apavorada.

- Bom Juliana, eu tenho quase certeza de que você está grávida, mas você está me dizendo que não então pensei que você não iria se importar em fazer um teste de gravidez, só para garantir o seu emprego não é mesmo? - A entrego o teste de gravidez e ela quase desmaia ali na minha frente.

- Me desculpe Sr. Victor mas, eu não vou fazer esse teste. - Diz de cabeça baixa.

- E eu posso saber o porquê você não vai fazer o teste Juliana? - Pergunto cruzando os braços e ela começa a chorar.

- Porque eu... eu ... estou grávida. - Confessa chorando ainda mais, Lucas pega um copo de água dá para ela beber e assim se acalmar.

- Porque você mentiu quando perguntamos se está grávida? Porque nos escondeu isso se sabe das normas da casa, Juliana? - Pergunta Lucas meio alterado.

- Porque eu preciso desse emprego... O pai do meu filho me abandonou e não que essa criança... Eu moro de aluguel e o que eu ganho no outro emprego não vai dar para cobrir as despesas de casa... E sustentar uma criança, por isso eu menti e peço desculpas aos senhores, mas eu preciso desse emprego. - Diz chorando compulsivamente e eu me surpreendo com o que ouço.

Depois de ouvir a história dela eu fico pau da vida por saber que esse canalha teve coragem de abandonar uma mulher grávida, muitas crianças queriam ter a chance de crescer ao lado de um pai e de uma mãe e não podem porque os perderam e esse covarde está simplesmente abandonando o próprio filho, isso é muito cruel pra uma criança, eu até queria deixar Juliana continuar aqui mas se eu permitir que ela fique, vou estar sendo injusto com as outras que mandei embora, só que nenhuma tinha uma história tão triste como a da Juliana, eu fiquei realmente comovido mas mesmo assim eu não posso quebrar as minhas regras, então decido fazer algo que surpreende até a mim mesmo.

- Eu vou te ajudar Juliana, mas aqui você não vai mais poder ficar. - Digo decidido e ela me encara surpresa quando digo que vou ajudá-la.

- Como assim? Como o senhor vai me ajudar? - Pergunta curiosa.

- Eu tenho uma proposta para te fazer... Se o seu objetivo é ter um bom salário para manter a sua casa e conseguir sustentar o seu filho, eu posso te oferecer um emprego na minha empresa e te garanto que com o salário que você vai receber lá, você não vai precisar se preocupar com mais nada, nem vai precisar trabalhar em dois empregos... E então? O que me diz? - Digo tranquilamente ela coloca um sorriso de orelha a orelha e isso me deixa satisfeito.

- Eu nem sei como agradecer Sr. Victor, muito obrigada... Deus vai recompensa-lo por esse ato de bondade. - Diz se debulhando em lágrimas e eu respiro fundo sorrindo satisfeito.

- Me agradeça cuidando muito bem desse bebê, e o amando incondicionalmente, ok? - Ela balança a cabeça concordando.

- Sim senhor eu vou fazer isso... É uma promessa. - Diz limpando o rosto ainda com um largo sorriso no rosto.

- Ótimo, então passe na minha empresa na segunda feira e acerte tudo para você começar assim que acertar as suas contas no seu atual emprego, tudo bem assim? - Me levanto me aproximando dela e ela assente. - Agora pegue as suas coisas e vai pra casa, não quero mais te ver nessa boate, ouviu bem? - A encaro sério e ela rapidamente se levanta.

- Sim senhor, eu vou agora mesmo... Mais uma vez obrigada. - Diz empolgada e sai apressada nos deixando a sós.

Depois que Juliana vai embora conversando com Lucas sobre o que eu fiz em relação a Juliana, e apesar de surpreso ele me apoiou como sempre, passo um tempo mais com Lucas e depois vou para minha corrida na praia, eu preciso espairecer um pouco.

Cheguei na praia umas 11:00hs e fui direto para quiosque do Renato tomar uma água de coco, Renato e eu ficamos amigos depois que passei a vir no quiosque dele com mais frequência... Depois de passar tanto tempo conversando com meu amigo e tomando água de coco eu me desanimei de fazer a caminhada, o sol já estava bem quente então eu saio do quiosque e vou em direção ao mar, eu gosto de ouvir o som do mar pois isso relaxa a mente.

Caminho na beira da água por alguns minutos e resolvo procurar um lugar para me sentar e admirar aquele mar lindo a minha frente, ando um pouco mais a frente e não acredito no que estou vendo, é ela sentada ali de olhos fechados ouvindo a quebrada das ondas, linda como sempre, me aproximo mais e paro na sua frente, ela está tão distante em seus pensamentos que nem me ouve chamá-la da primeira vez, então chamo seu nome mais uma vez e finalmente ela abre os olhos.

- Oi...! - Digo admirando sua beleza.

- Oi! - Ela me encara surpresa mas desvia os olhos para o mar.

- Você sumiu, está sempre ocupada, não está mais falando comigo como antes e nem foi mais lá em casa ver o meu pai... Sabia que ele sente a sua falta? - Comento me lembrando da conversa que tive com ele e me aproximo mais dela.

- Me desculpe, eu ando trabalhando bastante e também estou ajudando minha colega de trabalho com alguns assuntos... Por isso não estou indo ver o seu pai, eu ando chegando muito cansada em casa e o meu corpo só quer saber de cama. - Sei que não está mentindo pois vejo sinceridade na sua voz.

- E porque não está mais falando comigo direito? Porque está me evitando? - Questiono erguendo o seu queixo para que olhe para mim.

Quando os seus olhos encontram os meus ela ofega, e de repente desvia os seus olhos para minha boca me deixando inebriado de desejo, me uma vontade imensa de beijá-la e eu quase pulo em cima dela aqui mesmo, mas antes que eu o faça ela desvia os seus olhos de volta para o mar.

- Não estou te evitando... Eu apenas não estou tendo tempo é só isso. - Diz sem me olhar e percebo que mentiu para não falar a verdade, sei que ela está mentindo porque quando ela a faz ela não olha nos meus olhos.

- É só isso mesmo? Ou você está com medo de mim? - Pergunto erguendo uma sobrancelha.

- Medo de você...? Porque eu teria medo de você? Claro que não é isso. - Diz com a voz trêmula e percebo o seu nervosismo.

- Sei lá, ultimamente quando eu chego perto você fica nervosa... Tensa e mal fala comigo... Está sempre evitando me olhar nos olhos, evita ficar perto de mim. - Digo com um pequeno sorriso e ela cora.

- Claro que não... É só impressão sua. - Ela tenta parecer calma mas sei que não está.

- Tudo bem... Então vamos fazer um teste? - Pergunto e ela me encara curiosa mas também confusa.

- Como assim...? Que tipo de teste...? O que você vai fazer...? - Me questiona ainda curiosa.

- Calma! Eu não vou fazer nada demais... Só vou fazer isso! -Digo me pondo sobre ela fazendo-a se deitar na areia.

Ela fica ainda mais ofegante e isso me excita pra caramba, olho dos seus olhos para sua boca e meu desejo de tê-la só aumenta ainda mais e isso me enlouquece. Ela tenta sair do meu aperto mas quanto mais ela se mexe mais excitado eu fico, não consigo me controlar e deixo escapar um gemido de prazer.

- Ahhh... Se acalma Marcela...! Eu não vou fazer nada contra a sua vontade... Fica tranquila. - Peço a encarando sério. - Mas bem que eu queria fazer. - Encaro a sua boca, louco para beijá-la.

- Eu estou tranquila...! Agora saia de cima de mim... Por favor...? - Retruca ainda ofegante.

- Não parece que você está tranquila, você parece muito nervosa. - Sorrio saindo de cima dela quando ela me empurrou para longe.

- O que parece ou deixa de parecer não me interessa...! Eu preciso ir... Com licença! - Diz irritada já se levantando e saiu andando se afastando de mim.

Mas por impulso eu me levanto e vou atrás dela segurando-a pelo braço e puxo-a para mim, assim que sinto o seu corpo contra o meu eu puxo ela pela nuca beijando-a ferozmente, ela tenta se afastar nos primeiros segundos mas logo se rende retribuindo ao beijo "porra que saudades dessa boca maravilhosa, o que essa mulher está fazendo comigo?" Sei que ela vai me odiar ainda mais depois disso mas eu precisava sentir o seu gosto nem que fosse pela última vez.

- Isso foi só para eu me lembrar o quanto você é gostosa. - Digo me soltando dela e vou embora em seguida antes que ela me mate, porque sei que ela vai querer fazer isso.

- Que cretino filho da mãe...! Ai que ódio desse cara! Eu te odeio Victor! Eu te odeio... - Ouço ela esbravejar enquanto eu me afasto.

Vou para casa sorrindo feito um bobo pensando naquela boca que eu acabei de beijar, me pergunto o porquê a minha necessidade de ter essa mulher é tão grande? Porque eu ainda estou correndo atrás dela se ela já disse milhares de vezes que não me quer? E mesmo assim eu não consigo desistir dela, e essa química que rola entre nós quando estamos perto um do outro eu não entendo, mas depois da conversa que tive com meu pai percebi que ele está certo, Marcela é mesmo uma mulher especial e deve ser por isso que eu não consigo desistir dela, ou será que eu estou me apaixonando por ela? Será que o pouco tempo que passamos juntos foi o suficiente para que eu realmente me apaixonasse por ela? Meu Deus! Eu preciso procurar um tratamento porque eu estou ficando louco, essa mulher está me deixando louco! Não é possível que eu esteja apaixonado, eu acho que isso é coisa da minha cabeça, só pode ser isso pois não estava nos meus planos me apaixonar por ela.

Saio dos meus pensamentos assim que chego em casa e já são 15:20hs, estou morrendo de fome então vou até a cozinha e peço a Lucia que prepare algo para mim e leve para o meu quarto, subo e vou direto para o banheiro, tomo o meu banho e saio enrolado em uma toalha, depois de me secar e me vestir adequadamente Lúcia chega com uma bandeja bem caprichada.

- Com licença Sr. Victor! Aqui está o que o senhor pediu. - Diz colocando a bandeja na mesa na varanda do meu quarto.

- Muito obrigado Lúcia. - Agradeço indo até ela.

- Imagina senhor, se precisar de mais alguma coisa é só chamar. - Diz saindo da varanda e logo sai do quarto.

Me acomodo a mesa para comer mas quando vou tocar na comida o meu celular toca.

- Fala Lucas...? Por favor não me diga que tem mais problemas meu irmão... Eu quero distância de problemas por hoje. - Peço preocupado me levantando da mesa já preocupado em ter que resolver mais algum problema.

- Calma irmãozinho! Eu liguei para te chamar para ir na boate mais tarde só que dessa vez para se divertir, eu vou levar as meninas lá mais tarde e eu acho que vou precisar de reforço para cuidar daquelas duas teimosas. - Diz rindo me deixando confuso sem entender nada.

- Como assim cara? De quais meninas você está falando...? Por acaso não seria a Marcela e a Lúcia, seria? - Pergunto já irritado só de imaginar Marcela dançando no meio daquele monte de homens bêbados na boate.

- As próprias meu amigo, elas queriam sair sozinhas para uma noite só de garotas mas, eu convenci elas de irem comigo a uma boate que elas ainda não tinham ido, pelo menos elas vão estar no nosso território e as nossas vistas. - Lucas diz confiante e eu respiro fundo.

- Tudo bem cara você fez o certo, pelo menos lá na boate se tiver algum problema a gente resolve do nosso jeito. - Falo mais tranquilo.

- Então você vai, não é? Por favor irmão eu vou precisar de ajuda. - Apela por ajuda e eu sorrio.

- Pode apostar que sim, não vou perder essa noite por nada. - Digo já com o meu pensamento na minha pequena.

- Beleza então irmão, a gente vai passar pra pegar a Marcela as 20:00hs, vê se não se atrasa valeu? Até mais tarde. - Diz empolgado já se despedindo.

- Valeu, deixa comigo irmão até mais tarde. - Me despeço e desliguei em seguida.

Termino de comer e pego o meu notebook para responder alguns e-mails, depois vou ver o meu pai e converso por algum tempo com ele e mais uma vez ele pergunta pela Marcela, eu preciso arrumar um jeito de trazê-la para vê-lo, ele está muito triste por ela não estar mais vindo aqui e eu me sinto culpado por isso, eu vou ter que conversar com ela e pedir para que ela venha pelo menos uma vez na semana falar com ele, nem que para isso eu tenha que ficar fora de casa quando ela vier já que ela não quer falar comigo, ainda mais depois que beijei na praia hoje, o pior é que eu sei que ela me quer mas fica fugindo de mim, parece até que está com medo de mim mas não entendo porque "mas eu vou descobrir, ah se vou!"

Olho no relógio e já são 19:10, vou tomar um banho e me arrumar para sair mas não me demoro muito no banho, em poucos minutos já estou terminando de me arrumar. Depois de já arrumar espero Lucas vir buscar Lúcia para irmos juntos até o apartamento da Marcela, mas quando chegamos lá preferi esperar no carro para não correr o risco dela me jogar pela janela já que hoje mais cedo na praia eu ouvir ela dizer que iria me matar, e não duvido nada, do jeito que ela é esquentadinha é bem capaz mesmo que ela me mate.

Estou encostado no meu carro rindo sozinho com os meus pensamentos quando vejo ela saindo pela portaria do prédio e, "puta que pariu! Como essa mulher consegue ficar ainda mais gostosa do que já é?" Admiro-a de cima abaixo e ela está perfeita, maravilhosa então percebo que essa noite com certeza eu vou matar um, e vai ser o primeiro que encostar nela além de mim, porque o segundo não vai nem querer chegar perto quando ver o estrago que vou no primeiro.

- Lúcia? O que o seu patrão está fazendo aqui...? Por acaso ele está te seguindo? - Marcela questiona Lúcia enquanto eu babo por ela, mas essa mulher é muito marrenta mesmo.

-Desculpa Marcela, foi eu quem chamou ele para vir, eu não pensei que você fosse se importar. - Lucas se defende preocupado com a reação dela.

- E eu não me importo Lucas, com tanto que eu não tenha que entrar no carro dele por mim tudo bem. - Diz ela se mostrando calma, mas que mulherzinha orgulhosa viu?

- Fica tranquila, eu vim com o meu carro e você vem com a gente, tudo bem? - Diz Lucas e ela concorda.

- Tudo bem, então vamos logo por favor. - Diz ela indo para o carro dele.

            
            

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