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O portal me puxa, caio no chão me levanto o mais rápido possÃvel, no meu rosto tem folhas secas grudadas retiro elas com minha mão, estou assustada olho em redor, estou numa floresta, numa floresta? Como isso é possÃvel? Está de noite, consigo ver um pouco das estrelas, as árvores tampam um pouco o céu escuro acima de mim, por sorte tem a lua que clareia mesmo que seja pouco ajuda bastante, estou com frio e assustada, onde estou? Tenho que sair daqui, eu penso, mas por onde ir? Sigo um caminho aleatório, estou usando um cropped branco e uma calça larga e tênis branco, queria estar de casaco, m
inha barriga está arrepiada, por sorte a calça tampa um pedaço considerável da barriga. Ouso barulhos na floresta, começo a andar mais rápido, tomara que eu não encontre um animal aqui, mas como não vou achar nessa floresta? Quando percebo estou correndo, essa floresta não tem fim? Quase caio várias vezes, bato a cara em vários galhos, estou cansada e com fome, paro e olho em redor , vou morrer aqui? Onde estou ? E minha famÃlia sabe que eu não estou em casa? Estou em desespero, respiro fundo, Eu vou sair daqui, eu vou sair daqui... Repito para mim mesma.
Continuo em passos lentos, seja lá onde eu estiver indo.
Ouso um barulho atrás de mim, me viro rápido não enxergo nada. Me viro para frente para continuar o caminho.
- Uma garotinha como você não devia estar andando pela floresta sozinha. - Uma voz masculina ao longe fala, a voz vem de atrás de mim, me viro assustada, forço a visão e vejo uma silhueta ao longe que está em cima de um cavalo. Ele se aproxima devagar.
- O que está fazendo aqui? - O homem pergunta.
- Estou perdida. - É o que consigo dizer quase sem voz, outras silhuetas ao fundo aparece, são 5 ao total, conto rápido, estão todos de cavalo.
Quatro estão parados, mais um se aproxima, ele desce do cavalo, agora consigo ver ele melhor, é um homem grande, um brutamonte, seus olhos escuros igual a noite que me cerca, ele tem uma cicatriz no canto da boca que desce até o pescoço, ele me observa de cima a baixo que me faz encolher, me concentro em sua cicatriz, ele vê eu olhando sua cicatriz e da um sorriso assustatador.
- Você não é daqui, não? - ele pergunta, se aproximando. Estamos a dois braços de distância.
- Eu estou perdida. - eu repito, estou com medo, não conheço eles, o homem segura a corda do cavalo preto assustador, o homem nunca desvia o olhar.
- Você não devia estar aqui. - o homem responde, meu corpo arrepia, coloco os braços sobre a barriga, para me esquentar e me acalmar.
- Só me diga como sair daqui. - eu falo com a voz desesperada.
- Vamos te levar ao rei - ele responde. Rei? - Não tente fugir, se tentar vamos dar você de alimento para os animais. - O homem sorri com um sorriso que me dá medo. - O rei vai adorar o brinquedinho.
- Rei? - eu pergunto, eu tento não pensar na ameaça dele.
- Não sabe o que é um rei? - ele pergunta e olha para traz, ele gragalha, os outros brutamontes também gargalha com ele.
Os quarto brutamontes começam a se aproximar, meu coração está acelerado, todos os meus sentidos gritam Corra, corra...
- Eu tenho que ir. - eu respondo. O homem a minha frente fecha a cara.
- Não vai a lugar nenhum. - ele grita, me dando um susto não confio neles, então eu viro de costa para correr, o homem me puxa pelo braço, com um sorriso diabólico, não sei como ele chegou tão rápido, consigo ver seu rosto melhor, sua cicatriz vai do pescoço até perto da boca, seus olhos são só escuridão, seu fÃsico forte, se eu tiver que lutar com ele não terei a menor das chances, ele é um brutamonte, ele segura meu braço com força está me machucando, dou uma juelhada em suas partes baixas que faz ele cair de joelhos e soltar meu braço ele da um urro, nessa hora eu corro, os outros vem atrás de mim, sei que não vou fugir de cinco brutamontes, e ainda de cavalo, eu me bati em vários galhos, meu corpo dói, estou cansado, eles tão me cercando, uma fecha vem até minha perna, que me faz gritar de dor e chingar tudo ao meu redor.
Coloco a mão na perna está sangrando, mais não posso parar continuo correndo mais devagar, a dor está insuportável, a ideia da morte não é tão ruim agora.
Para a minha sorte eles estão um pouco longe, me escondo atrás da árvore e me abaixo, tentando fugir abaixada que faz minha perna sangrar e dor mais, mordo meu lábio para conter a dor, vejo eles cercando a área, estão me procurando, sai do campo de visão deles, isso pode me dar um tempo.
Igual um animal eu continuo abaixada andando de quatro, não sei se vou conseguir ir muito longe, a dor está latejante, estou me sentindo mal, posso desmaiar a qualquer hora.
Vejo o fim da floresta, estou arrastando o meu corpo no chão tô cansada de mais, minha perna dói.
Para a minha surpresa dou de cara com uma praia, me arrasto pela areia agora a dor me avisa que ainda estou machucada, olho para traz para a floresta, vejo barulho de cavalo , meu corpo arrepia.
Olho para a frente, tem só uma casinha pequena e simples, estranho não ter mais casa aqui , é um lugar maravilhoso, mais não tenho tempo para investigar e admirar a paisagem, continuo olhando para frente, vejo uma silhueta sentado na arreia observando as ondas do mar.
Não tem para onde eu fugir, na minha traz tem uma floresta, na minha frente uma casinha simples, ao meu lado esquerdo tem mais floresta, e ao meu outro lado tem água.
Eu continuo com pouco da força que me resta, a casa está longe, não posso gritar vou chamar atenção e isso não é bom, me arrasto o máximo que posso sinto que vou desmaiar agora a dor está insuportável.
A silhueta se mexe virando o rosto para o lado,
consigo perceber que é um homem, ele me vê e vem em minha direção, ele se aproxima e se abaixa ao meu lado.
- O que aconteceu?. - um homem de cabelos pretos, fÃsico forte, ombros largos pergunta. Ele limpa a areia da minha bochecha. - Você está fria. - sua mão quente contra a minha bochecha e até confortante, mas ele pode ser um vigarista tenho que tomar cuidado, o que importa, eu não aguento mais, ele olha para minha perna e encosta na fecha, que faz eu gemer de dor.
- Tem um caras me preseguindo. - falo quase sem voz.
Ele frenza a testa.
- Os capangas do rei - ele fala pensativo. - Logo eles chegarão aqui. - ele fala sério, sinto vontade de gritar e correr, mais não tenho mais forças, ele pode ser aliado deles.
Ele me pega no colo e me carrega.
- Me larga eu consigo. - eu falo com a voz fraca, estou com enjôo.
- Você não consegue nem andar. - ele fala olhando em meu rosto, devo confessar que ele é lindo, ainda mais com a luz do luar em seu rosto.
Ouso barulho, eles estão vindo, estou em desespero quero correr, mais não consigo, parece que o menino, que está me segurando também escutou, ele apura os passos, vamos até sua pequena e humilde casa, ele entra para dentro comigo nos braços, ele me coloca num banco perto do fogo. Agora consigo ver melhor seus olhos cor de mel.
- Fique aqui, não saia e não faço barulho. - ele fala sério, eu concordo com a cabeça, não posso fazer muita coisa mesmo, se ele quiser me entregar me entregue estou cansada para fugir novamente, escuto barulho de cavalo, o garoto se afasta de mim e vai até a porta de sua humilde casa.
Ele abre a porta e sai para fora e fecha a porta novamente, posso ouvir a voz do homem que golpiei.
- Não viu uma garota correndo por aqui, nós vimos sangue na areia. - ele pergunta sua voz sério, apesar do garoto me mandar ficar ali sem fazer barulho, eu preciso escutar melhor e conversa vou para a parede um canto discreto e observo pelo um buraco na sua casa, vejo seus rostos e o rosto do homem ou garoto que me ajudou não sei bem, ele parece ser só um pouco mais velho que eu.
- Não, vocês estão procurando no lugar errado - ele fala sua aparecia é séria, sua voz sai dura, ele encara todos eles, não demostrando medo.
O soldado está com raiva, acho que ele pode querer atacar o garoto.
- Onde está a garota, ela foi atinginda na perna. - ele fala com raiva, o garoto não se abala.
- Eu não vi, já falei, quantas vezes vou ter que repetir - ele responde com seu rosto sério.
Um alÃvio sobe sobre mim, pelo menos sei que ele não é aliado deles, mas logo desaparece quando o brutamonte fala.
- Posso então procurar. - ele pergunta, fazendo menção de ir para dentro da casa, o menino estende o braço a sua frente o impedindo, meu medo só cresce
- Não vai entrar - ele responde. Espero que eles não ataque o garoto, ele me ajudou.
- Grayson não estou brincando. - o brutamonte fala, então o nome do garoto e Grayson, consigo perceber que Grayson está irritado, um músculo de sua bochecha se meche.
- Saiam da minha propriedade. - ele fala com dureza.
- Você não manda aqui alteza. - o brutamonte fala com deboche. Alteza? Como assim?
Grayson da um sorriso diabólico, que faz dois dos homens recuarem para trás.
- Não me desafiem - Grayson fala, acho que ele não teria a menor chance contra os brutamontes mais eles recuam, não sei porque.
- Você conhece as regras, se nós souber que você está com a garota... - ele fala mais é interrompido por Grayson.
- Vão fazer o que Cris? - ele pergunta com deboche, Grayson não tem a menor chance eu penso.
O brutamonte que eu ataquei se chama Cris.
Ele recua, sinto como se ele pudesse matar Grayson com o olhar, mas vão embora, sinto um alÃvio e um medo ao mesmo tempo, Grayson tá voltando.
Não tenho tempo de fugir, ele entra e me vê espiando, penso que vai brigar comigo, mais apenas sorri e pega o meu braço me levando para o banco para perto do fogo.
- O que eles querem com você? - ele pergunta me olhando nos olhos eu desvio o olhar e olho para minha perna. - Você está gelada. - ele fala, ainda estou muito cansada. Ele olha para minha perna. - Temos que ajeitar isso. - ele fala só dele encostar em minha perna doi. Ele rasga a perna da minha calça onde está machucado, dói quando ele faz isso, a flecha atingiu na minha coxa. Então a calça foi rasgada da minha coxa para baixo deixando minha perna exposta, agradeço por a fecha não ter atingindo mais para cima, se não eu teria que tirar a fecha sozinha.
- Obrigada. - eu falo, ele me olha confuso para mim. - Por não contar para aqueles brutamontes onde eu estava.
Grayson ri quando chamo eles de brutamontes, eu sei que devia fugir daqui, não conheço Grayson mais não tenho para onde ir e ele parece melhor dos que os brutamontes.
- Ele são insuportaveis. - ele fala olhando para minha perna machucado, sinto frio, me aproximo do fogo. Quase não consigo me mexer, a dor está forte, cravo as unhas na palma da mão para me ajudar a aguentar a dor.
Grayson amara uma faixa apertada na minha perna, ele faz a faixa com o próprio parte da minha calça que ele rasgou, para segurar o sangue, a dor e insuportável, mordo meus lábios, mas não adianta muito, ele puxa a fecha devagar, para não me machucar mais, minha vontade é de arrancar ela rápido. Ele tira a fecha e coloca no chão.
- A parte mais difÃcil já foi. - ele fala como se fosse uma consolação.
Não consigo pensar muito bem, não posso ficar mais aqui tenho que ir para minha casa, levanto sobre minha perna boa, ela fraqueja e quase caio se não fosse pro Grayson, ele tem que parar de me salvar, coloco a mão na perna, está sangrando cada vez mais.
Me viro para ele ainda de pé, ele está me mantendo de pé, para conseguir olhar melhor para ele.
- Tenho que ir, eles podem voltar. - eu falo, não consigo pensar muito bem, e tudo dói.
Seguro sua mão com firmeza.
- Você é insistente, garota você tá machucada e tá sangrando, precisamos lidar com isso primeiro, essa fecha está envenenada vai fazer você delirar. - ele fala com delicadeza me observando a cada movimento, isso me dá mais medo, entro em desespero, tenho que ir para o hospital, onde é o hospital aqui?
- Eu tenho... Eu tenho..- nessa hora tudo se apaga, não vejo nada não sinto nada.