Capítulo 4 LUA NOVA 🌒

Sinto falta do meu celular, o tempo passa devagar, Grayson está tomando banho, e eu estou arrumando minha trança logo sairemos, Grayson me deu outras roupas, a calça e apertada, a camisa é um pouco solta e tem um capuz e é de manga comprida, tem botas também elas são confortáveis, minha roupa inteira é preta para se camuflar de noite, Grayson logo aparece, está usando preto também. Está usando uma calça larga, botas camisa de manga comprida com capuz também.

Grayson se aproxima e entrega uma adaga em minha mão, olho confusa para ele.

- Caso precise se proteger. - ele fala, Grayson também tá levando uma adaga. - Vamos levar só uma adaga de cada um, se levarmos mais coisas vai atrapalhar. - ele fala, eu concordo com a cabeça, começo a procurar um lugar para guardar a adaga.

Grayson está arrumando a bota, ele olha para mim, ele termina de arrumar a bota e se aproxima, ele é alto, fico pequena perto dele.

- Posso? - ele pergunta apontando para minha cintura.

- Sim. - respondo baixo.

Ele pega a adaga e coloca num cinto preto, e logo coloca na minha cintura, ele coloca e se afasta rápido, ele também tem o mesmo cinto, esses cintos são para guardar armas pequenas.

- Vamos garota. - ele fala.

- Não me chame de garota. - eu peço.

Ele apenas da um sorriso de lado.

- Tá bom garota. - ele fala me provocando, ignoro sua provocação.

Ele vai e empurra a parede, logo consigo enxergar a porta, está escuro Grayson apagou a luz para ninguém nos ver, sinto um vento gelado passar por mim quando saio da casa, meu corpo relaxa com o vento.

Não consigo enxergar muita coisa, o céu não tem lua hoje, sinto um aperto no braço, é Grayson, eu acho e espero que seja ele, a mão desce com delicadeza pelo meu braço, até chegar a minha mão, ele aperta minha mão com força e me puxa.

- Fique perto. - ele susura. - Vamos nos abaixar um pouco para não chamar a atenção. - ele sussurra perto do meu rosto.

Chegamos a floresta, ouso vozes que estão se aproximando, penso em soltar algum som, Grayson me puxa para traz de uma árvore, ele coloca a mão na minha boca antes que eu faça algum barulho, consigo ver pouco do seu rosto, ele mantém um pouco de distância do meu corpo.

- Desculpa. - ele sussurra, tirando a mão da minha boca, logo aparece alguns capangas.

- Eu tenho que mostrar quem que manda. - um deles fala, estão em dois, o outro da uma risada alta.

- Você tá certo. - ele responde, eles logo desaparece.

Grayson agara minha mão novamente me puxando, andamos mais alguns tempo, logo chegamos no estábulo, ele acende uma vela no estábulo, larga a minha mão, sinto um frio na mão que ele largou.

Ele vai até um cavalo preto, o cavalo é lindo e assustador, meu corpo arrepia, Grayson arruma o cavalo, faz um carinho nele, eu o observo em silêncio.

O cavalo está pronto, Grayson vem perto de mim.

- Está pronta? - ele pergunta, seu rosto ficou charmoso com a luz de vela.

- Sim. - eu minto, estou nervosa, Grayson pega meu braço e me puxa com delicadeza para perto do cavalo, ele sobe no cavalo e estende a mão para mim, ele fala para eu pisar num negócio estranho, ele me puxa para cima, é estranho sinto que posso cair a qualquer momento.

- Se segura bem. - ele avisa por cima do ombro, tô com vergonha de me segurar nele,mas não tenho escolha, passo os braços ao redor de sua barriga, meu medo é maior que minha vergonha.

O cavalo se move, eu aperto Grayson mais, preciso me segurar a qualquer coisa, escuto o riso de Grayson, ignoro, depois eu fico brava com ele.

Seguimos pela floresta, escuto o barulho de alguns animais, mais está tranquila a floresta, descobri que não gosto de andar de cavalo, me seguro firme, sinto quando Grayson respira.

Vejo algumas luzes ao longe, Grayson ajeita seu capuz eu não tenho coragem de mover as mãos do lugar.

Chagamos ao um vilarejo, eu acho que é um vilarejo.

- Vamos descer aqui. - ele avisa, agora percebo quão forte segurei nele, o bom de estar de noite e que ele não pode ver minha bochechas corarem.

Paro de me segurar nele, ele desce do cavalo primeiro, e depois me ajuda a descer, Grayson ri nesse processo ele sabe que tenho medo do cavalo.

Ele pega a minha cintura e me coloca no chão tenho vontade de bater nele, para tirar seu sorrisinho do rosto.

- Vamos continuar de a pé, fique perto. - ele fala, ele amarra o cavalo numa árvore, e seguimos, quase tenho que correr para acompanhar ele, ele se diverte vendo o meu sacrifício.

Aqui é um lugar simples, não tem ninguém nas ruas, só posso ver um pouco de claridade em algumas casas, as casas são simples, andamos um pouco, Grayson para em frente a uma casa humilde, está muito clara, Grayson abre a porta entrando dentro da casa e eu o sigo.

A casa e espaçosa, parece ter vários cômodos, e grande e velha, Grayson vai até um sofá velho e se joga no sofá.

Sinto uma mão em meu ombro, uma voz grossa e rouca fala.

- Agora é seu fim. - o homem fala, me viro rapidamente para ele, é uma armadilha? ele segura meu braço, meu intuito e atacar, dou uma joelhada no meio de suas pernas, igual fiz com o brutamonte, sempre funciona com os homens.

O homem ou melhor o garoto cai de joelhos, Grayson da uma gargalhada alto ao fundo.

- Eu te avisei. - Grayson fala rindo.

- Da próxima vez eu escuto. - ele fala ainda de joelhos com a mão nas partes íntimas.

Laço um olhar de ameaça para Grayson que retribui com um sorriso, o garoto se levanta e se aproxima, demostrando que ainda sente dor.

- Grayson falou que fugiu dos capangas queria ver se você é tudo isso mesmo, e certamente você é. - ele fala com um sorriso malicioso.

Não falo nada, só olho com olhar de ódio.

- Meu nome é Edward. - ele fala estendendo a mão, eu não aceito, me mantendo seria. - Você golpeia forte.

O menino tem cabelo ruivo, e alto e magro os olhos castanhos , está usando uma camisa simples branca, consigo ver uma marca no seu pescoço, não reconheço que reino pertence, a marca é de uma raposa laranja, o garoto me observa enquanto eu vejo sua marca.

- Você se chama Stella. - ele fala.

- Sim. - eu confirmo baixo.

- Então essa é a garota que você falou. - uma voz feminina fala atrás de mim, me viro rapidamente, essa mulher se senta no mesmo sofá que Grayson mais um pouco afastada.

- Ela é a Sarah. - o Edward fala, ele me observa de cima a baixo, eu me mantenho seria.

Logo aparece mais duas pessoas, uma outra mulher que me olha com nojo e eu retribuo o olhar e um outro menino, ele está sério me observando, tantos olhares faz meu estômago revirar mais não vou ceder.

Grayson se levanta e vai até mim, o garoto ruivo se distância e vai com seu bando.

- Pessoal ela é a Stella. - ele fala sem cerimônia sua voz sai mais grosso do que o normal - A garota que falei.

Todos eles se mantém sérios e concentrados. Estou com raiva de Grayson.

- Stella? - ele fala com delicadeza, viro meu rosto para ver ele que está ao meu lado. - Eles são meus amigos, aquele abestado é o Edward - ele fala apontando para o menino ruivo que faz uma careta. - Aquele outro. - ele fala aponta para o menino que se mantém sério. - É o Alex. - Alex olha para mim e acena com a cabeça de leve, Grayson aponta para a menina apareceu depois do Edward. - e ela é a Sarah e aquela outra é a Alice. - ele aponta para a garota que me olhou com cara de nojo.

Decoro os nomes na cabeça. EDWARD, ALEX, SARAH e ALICE.

Eles parecem predadores rodeando sua presa, me analisando a cada segundo.

- Grayson contou sua história. - Alice fala, ela nem tenta disfarçar que não gosta de mim e não confia em mim. - Ele acha que você pode ajudar a tomar o trono. - ele fala no tom de deboche.

- Sim eu acho. - ele confirma em meu lado, olho surpresa para ele, acho que devia dizer que ele é um grande idiota em acreditar em mim, o que posso fazer não tenho a menor chance contra ninguém.

- Ele também falou que levou uma fechada na perna, mais parece que está melhor do que deveria. - Alice fala em acusação, me lembro da marca em minha perna.

- Uma pergunta Grayson. - Alice fala. - Você confia nela?

Estou pronta para a resposta, conheci Grayson ontem de noite, ele não me conhece direito, seria burrada acreditar em mim tão cedo, confiança não é comprada é ganhada.

- Sim. - Grayson responde sem hesitar, tento não demostrar reação mais é difícil, olho para ele nossos olhos se encontram por um curto período de tempo.

- Então vamos aos negócios. - Alex fala, ele se mantém sério. Alice me olha com raiva, essa menina é louca, ignoro ela, não tô afim de briginhas desnecessárias.

- Eu consegui reunir um grupo pequeno de pessoas que lutaria por você, contra seu irmão. - Alex fala, Grayson parece satisfeito.

- Do que você ta falando? - pergunto para Alex, antes que ele reponda Edward fala.

- Vamos entrar em guerra. - ele fala com um sorriso, como se isso não fosse nada, olho para ele incrédula, sinto o olhar de Grayson em mim, mais não retribuo. - E claro que a gente não vai colocar a vida de pessoas em risco atoa. - ele fala, sabendo o que estou pensando, isso é suicídio. - Vamos tentar invadir o palácio tentar pegar o poder de Grayson, daí podemos ter vantagem, o rei de gelo não terá chance contra o príncipe de fogo.

Rei de gelo que pode nos congelar, te imagino o que vai acontecer se falharmos, decapitação, fuzilamento ou pior tortura, não sei se vou participar disso.

- Vão usar o povo para isso? - eu pergunto com raiva, eu não devia agir assim com essas pessoas que podem me fazer mal se quiserem, mais eu não posso me importar com isso agora.

- Não. - Sarah responde. - Vamos nós, quem está nessa sala. - eu sinto um pouco de alívio pelo povo, mais sinto medo por mim.

- É suicídio. - eu falo, olho para Grayson que já está me olhando.

- A gente tá planejando isso a um ano, estudamos cada passo, vai dar certo. - Grayson reponde, não adianta brigar eles não vão escutar uma estranha, o que me resta e seguir para o suicídio, não tenho outra escolha.

- Só que agora os capangas tão mais em cima de você, cuidando cada passo- Alex fala, me dá vontade de rir , mordo o lábio para me controlar. - Depois que a garota apareceu. - ele tá falando de mim - Eles tão desconfiados.

Grayson assente com a cabeça.

Nós ouvimos um barulho lá fora, nós olhamos uns para os outros.

- Acho que pode ser os capangas. - Alice fala despreocupada.

Alice vai até a janela e olha pelo um canto.

- Não vejo nada. - ele fala baixinho.

- Vamos olhar se é, se eles pegarem Grayson aqui não vai dar bom. - Alex avisa.

Alex e Alice vão para fora deixando, Edward, Sarah, Grayson e eu para trás.

Pelo menos vou ter tempo de poder planejar um pouco.

Para minha tristeza não vou poder planejar, minha mente não se concentra enquanto eu tenho que ver um casal meloso em minha frente.

Sarah e Edward são um casal, ele sentam no sofá, ficam conversando, dão alguns selinhos.

Grayson e eu fazemos careta.

- Você é a mais linda. - Edward fala para Sarah, que dá um sorriso e beija ele, eu tento ignorar, mas me lembro de meu antigo namorado, que eu amava, hoje não sinto nada só nojo dele e minha amiga.

- Da de parar com isso vou vomitar o meu jantar. - Grayson fala fazendo uma careta.

- Você é chato Gray, quero ver quando se apaixonar. - ele fala.

Grayson gargalha.

- Acho que isso nunca isso vai acontecer. - ele fala.

Fico feliz quando Alice e Alex voltam, acabando com essa conversa deles.

- Acho melhor você ir Grayson, os capangas tão começando a rodear a cidade, vigiando tudo. - Alex avisa, Alex é o mais sério daqui, sempre profissional.

- Vamos. - Grayson olha para mim, antes que eu responda Alice fala.

- Ela vai ir junto, não é melhor ficar com a gente, não é seguro com você, ainda mais que seu irmão pode chegar a qualquer hora. - Ela fala, Grayson olha para mim, não quero ficar, tento dizer isso com o olhar.

- Acho melhor ela ir comigo, quero ficar por perto. - ele fala, agradeço ele por isso, Alice não gostou de sua resposta.

Eu e o Grayson saímos, tampamos a cabeça com o capuz, Grayson agara minha mão novamente, eu te me acostumei já.

- Obrigado por confiar em mim e deixar eu ir junto com você. - eu sussurro.

Grayson aperta a minha mão mais forte.

- Só falei a verdade, e acho que Alice não gostou de você. - ele sussurra.

Não me dou ao trabalho de responder, fico quieta.

Chagamos até o cavalo, o cavalo não tá mais amarado a árvore, ele está tomando água num bário, esse bário não estava aqui antes, Grayson frenza a testa. Fico feliz por não estar tão escuro como antes. A lua apareceu, eu não a vi antes. Deve ser meia noite agora.

Ele olha com seu olhar de laser para os lados.

Me aproximo do cavalo, que está bebendo Água, escuto um barulho de soco, saio de perto do cavalo e vejo que dois cara lutando contra Grayson.

Grayson e bom na luta, mais não posso ficar observando como vai acabar porque um capanga me pega.

Cris.

- Se lembra de mim garotinha. - ele fala pegando minha cintura, não consigo correr. - Eu te di uma oportunidade aquela vez, mais não vou cometer o mesmo erro.

Ele fala com um sorriso diabólico. Tento fugir mais é em vão ele é mais forte.

- Me solta. - eu grito.

- Stella. - ouso a voz de Grayson, ele não pode me ajudar.

O brutamonte me leva para perto do barril, o cavalo sai de perto quando não aproximamos, agora consigo ver Grayson, ele está lutando contra cinco homens, um acaba derrubando ele, não consigo ver mais agora.

Me lembro da adaga, tenho que ser rápida, o brutamonte me arrasta, nessa hora tiro a adaga e finco em sua perna, ele grita e coloca a mão na perna que sangra, ele me solta eu tento correr ele puxa o meu cabelo.

- Vadia, você tá ferrada. - ele fala, me puxa pelo cabelo, isso dói, acho que agora é meu fim.

Tento forçar mais é em vão, ele me ergue, me leva até o barril.

Ele afunda minha cabeça na água, não consigo respirar, estou em desespero debatendo minhas mãos em vão ele vai acabar comigo, não consigo nem pensar direito, ele ergue minha cabeça não dá tempo de puxar o ar, ele me afoga de novo, ele se diverte com isso.

Ele repete, meus braços estão cansados, só consigo ver escuridão, é tão fácil se entregar deixar a água entrar, não adianta tentar sobreviver, agora penso em minha mãe meu pai, nunca mais verei eles, vão descobrir que eu morri? O que acontecerá com Grayson?

Se eu morrer não foi por falta de tentar sobreviver. A raiva cresce em mim, eu não quero morrer, não quero, a água começa a ficar mais fria, o frio não me encomoda.

O brutamonte ergue minha cabeça de novo, mais em vez de me deparar com água me deparo com uma pedra de gelo, respiro fundo, começo a tossir, estou viva?

Minha cara dói, ele tacou ela no gelo. No gelo?

O brutamonte me largou, tento me recuperar rápido, olho para ele, ele parece assutado.

Olho para o barril, a água congelou, congelou?

Será que é o rei?

- Como você fez isso? - ele pergunta para mim, estou confusa mais furiosa, quero ele morto.

Cris congela, literalmente, o chão aí meu redor também congela, penso que o frio vai me queimar me machucar mais não ele me deixa viva. Os outros capangas olham para mim assustados, até Grayson parece assutado.

Os capangas me rodeiam, eles vão me atacar.

- O que você fez com ele ? - Um dos capangas pergunta. - Vamos te matar.

Grayson levanta e ataca um dos capangas e o resto vem para cima de mim. Eu ainda estou com muita raiva, confusa, cansada, minha marca na perna coça.

Eles me rodeiam, não quero que encostem em mim, não quero que me machuquem, minhas mãos brilham em um azul vivo que clareia a escuridão.

- O que você é? - um deles pergunta, parece assustado, mas mesmo assim me rodeia, para me atacar, eles atacam todos juntos, antes de ter a oportunidade de encostar em mim eles viram gelo, homens de gelo, Grayson ainda luta com um outro capanga o único que sobrou, Grayson mata ele com sua adaga, estou em desespero, o que está acontecendo?

Grayson se aproxima.

- Não se aproxima. - eu falo alto, Grayson para ele me olha.

- Calma Stella. - Ele fala com delicadeza. Não posso ficar calma.

Olho em redor, o capanga Cris congelado, eu matei ele, os outros capangas também congelados jogados pelo chão, ouvi seus gritos enquanto congelavam.

Passo a mão em redor dos meus braços, minha mão não brilha mais, é só um sonho falo para mim mesma.

E agora o que vai acontecer, Grayson se aproxima mais, ele me agara pelos ombros me obrigando a olhar para ele, posso congelar ele também, não é seguro estar tão próximo.

- Se acalma, vamos sair daqui. - ele fala, ele também está com os nervos a flor da pele, concordo com a cabeça.

- E eles. - aponto para os mortos, quero chorar por eles, mais não consigo.

- Vamos ter que nos livrar dele, ninguém pode saber. - Ele responde, ele vai um lugar vazio e joga os corpos lá, acho que ate amanhã já não vão estar mais congelados, eles tiam família? Ou filhos ? Uma lágrima desce em meu rosto, ela vira gelo, não posso nem chorar em paz.

Grayson tenta pegar no meu braço para nós irmos e eu desvio.

- Não é seguro encostar em mim. - eu aviso, Grayson é teimoso, e pega meu braço igual.

Ele pega seu cavalo e me coloca em cima, ele senta atrás de mim, sinto o seu calor, nos seguimos para seu estabulo.

Ele desce do cavalo, e me desce logo em seguida, ele guarda o cavalo.

Uma lágrimas descem do meu rosto mais congelam, eu sinto raiva que só piora as coisas, o chão começa a congelar, Grayson vem para meu socorro.

- Respira fundo. - ele fala se aproximando devagar. - Se acalma. - ele fala com delicadeza.

Eu respiro fundo, me concentro nele.

- O que tá acontecendo? - eu pergunto com voz de choro.

- Você não esqueceu de contar sobre alguma outra marca? - ele pergunta com delicadeza, mas posso ver que ele queria gritar comigo.

- Talvez. - eu estou me recuperando, Grayson é uma ótima distração.

- Onde está ela? - ele pergunta, com os olhos fixos em mim.

- Na perna que levei a flechada. - eu respondo, não vou mostra a ele, minha roupa está molhada, a roupa está fria contra meu corpo, o frio me faz bem.

Grayson não pede para ver, ele sabe que teria que abaixar a calça um pouco, a marca é na coxa, se eu tivesse usando um vestido talvez eu mostrava.

Grayson está abalado mais tenta não demostrar.

- O que tá acontecendo? - eu pergunto mais para mim do que para ele, estou desesperada,

- Você tem poderes. - ele fala pensativo, quase não escuto quando falo.

Olho para ele com olhar de descrença.

- Não é possível só quem tem sangue real tem poderes, você e sua família tem poderes. - eu falo com raiva.

- Se lembra que te contei sobre meu avô, que o livro escolheu ele, acho que ele te escolheu. - ele fala me olhando e escolhendo as palavras com cuidado.

- Não, só pode ser um pesadelo. - eu falo andando de um lado para o outro, Grayson fica parado me dando espaço.

- Vamos para casa, a gente pode conversar melhor lá. - ele fala, paro de andar, ele tem razão, os capangas podem nos achar de novo, não quero matar ninguém mais.

Nós vamos para casa, tento em concentar no caminho, para não fazer muito barulho, não quero chamar a atenção, chagamos em sua casa, a andrenalina não passou sinto meu corpo formigar.

- Eu consegui umas roupas com Sarah, estão em minha cama, se quiser tomar um banho. - ele sugere, estou suja e molhada.

Não respondo, vou para a banheira, a água está quente irrita minha pele, mais logo ela fica gelada, deve ser meu poder penso irritada.

Jogo a cabeça para trás, mais os rostos dos capangas me assombram.

Saio do banheiro, visto um vestido perto, por um milagre é uma roupa que eu usaria, ele e de manga comprida e vai até o joelho.

Saio do banho solto meu cabelo, Grayson está distraído com seus pensamentos, ainda está de noite, mas não tenho sono e não quero ir dormir.

Grayson me observa, eu lanço um curto olhar para ele , preciso esclarecer meus pensamentos, saio para fora da casa, os capangas não vão ligar para mim, se não tivermos fazendo nada suspeito e se estivermos nessa casa tá tudo bem, Grayson não me impede de sair.

Sento na arreia, vejo as ondas elas estão maginificas, o vento gelado desarruma meus cabelos, o céu tá estrelado.

Penso em minha família, sinto tristeza, penso nos capangas tento me convencer que eram pessoas más mais não adianta, tenho que ser forte, sair daqui, se o rei descobrir meu poder acho que perderei a cabeça. Não posso choramingar falo para mim mesma, você consegue Stella, mais eu ter poder foi a última gota da água, minha respiração está acelerada, não vejo quando Grayson chega, quando percebo ele está sentado do meu lado.

- O que devo fazer? - eu sussurro, Grayson me olha com intensidade.

- Vamos seguir o plano, vou te ajudar. - ele fala com delicadeza, isso não me ajuda muito.

- Grayson acho melhor eu ir embora, se seu irmão ser tão preverso como você diz ele vai me mantar, pelos capangas dele, e eu posso machucar vocês- falo com tristeza, porque me preocupar com eles?

- Stella, eu vou te ajudar, vou te explicar o que sei, meu irmão também tem poder de gelo, ele era um desastre. - ele fala com um sorriso lembrando do irmão, seu sorriso logo se apaga. - mais ele aprendeu a controlar.

- Isso era pra me consolar? - eu pergunto. - Porque não tá funcionando.

Grayson puxa meu rosto com delicadeza me obrigando a olhar para ele.

- Vamos treinar, não sou um professor proficional mais podemos tentar. - ele fala com um sorriso não sei como consegue, seus olhos estão brilhando, tenho vontade de arrancar essa esperança dele. - Nosso plano era muito fraco o que o povo faria contra um rei de gelo? morreriam, você poderá ajudar acabar com tudo isso.

Quero gritar com Grayson, dizer para não criar espequitativa, mas deixo ele sonhar, deixar ter esperança mesmo que isso seja cruel.

Vamos para dentro de casa, já estou um pouco melhor, amanhã cedo Grayson vai tentar me ensinar a lutar e controlar os poderes, Grayson está com o olho roxo, ele levou um soco mais lutou muito bem contrar os capangas.

Vejo que Grayson morde o lábio pensativo, sei o que ele quer, ele quer ver minha marca, mais está com vergonha de pedir.

Ergo um pouco o vestido mostrando a coxa, Grayson observa de longe, ele não vai chegar perto sem um convite.

- Você sabe o que significa essas escritas debaixo da coroa? - eu pergunto.

Ele se aproxima, senta só meu lado.

- Uma coroa de gelo, ela é linda, e em baixo está escrito rainha de gelo. - ele fala com emoção. Rainha de gelo? Meu Deus onde vim parar.

Grayson leva a mão para tocar a marca e hesita.

- Posso? - ele pergunta suas bochechas corram, faço que sim com a cabeça, ele passa seu dedos quentes, desenhando a coroa.

- Vai contar para seus amigos? - eu pergunto.

Ele olha em meus olhos.

- Ainda não. - sinto um estranho alívio.

- Mas acho melhor nós descansar. - ele responde.

Grayson se afasta, ele vai até seu quarto e trás um travesseiro e uma coberta fina.

- Pode dormir na minha cama, o dia vai ser longo amanhã, eu vou dormir aqui. - ele fala apontando para o sofá duro em que estou.

- Eu durmo aqui não se preocupa. - eu repondo.

- Não, eu insisto. - ele responde, vou para seu quarto, estou envergonhada, eu devia ter ficado com seus amigos.

Grayson logo aparece no quarto, ele fica parado na porta, eu estou sentada na cama meus pensamentos estão a mil.

- Se precisar de alguma coisa, me chama. - ele avisa, posso ver a canseira de Grayson.

- Claro. - repondo com um sorriso curto. - Posso te perguntar uma coisa?

- Claro. - ele responde.

- Porque tá escrito Rainha de gelo? porque falou da outra marca - Pergunto.

- Reis e rainhas tem uma marca a mais. - ele responde, porque eu tenho?.

- Você tem mais uma marca? - eu pergunto.

- Sim. - ele reponde sem tirar os olhos de mim, quero perguntar se posso ver, mordo os lábios, Grayson sabe o que eu quero, é incrível que a gente se conheça apenas um dia e sabemos bastante um do outro.

Ele ergue a camisa, mostrando seu abdômen perfeito, a marca está no peito dele, é de uma coroa vermelha uma coroa de fogo.

Levanto e me aproximo um pouco para observar.

- O que tá escrito ? - eu pergunto apontando para a escrita abaixo da coroa.

- Rei de fogo. - ele responde.

- Porque eu tenho outra marca? Eu não quero ter nada a ver com esse lugar eu só que ir para casa. - eu falo com tristeza.

Grayson abaixa a camisa, ele me olha, seus olhos parecem tochas.

- Você foi escolhida, sei que já ouviu isso antes - ele fala com um sorriso. - Ele te escolheu como rainha.

- Eu não quero ser rainha. - eu falo.

- Eu sei, não tô pedindo que seja, eu só quero acabar com isso logo e você poderá voltar para sua casa. - ele fala, ele estica os braços para se alongar. - Vou deixar você descansar. - ele fala, saindo do meu quarto, quarto dele, e vai para o sofá.

Deito na cama, me reviro, as horas demoram a passar, os rostos dos capangas me perseguem, fechos os olhos vejo seus rostos.

Repasso tudo o que sei até agora, Grayson é um príncipe exilado, acusado pela morte de seus pais pelo seu irmão do mal, eu sou uma pessoas que o livro escolheu para ser a rainha de gelo, vamos batalhar contra seu irmão junto com seus amigos.

Finalmente consigo tirar um cochilo.

Estou caminhando na floresta, Cris aparece o capanga.

- Você é uma assasina, eu tinha família, filhos, e você tirou tudo deles e de mim, o que te faz melhor que o irmão de Grayson, ele logo vai perceber o mostro que é rainha de gelo.

- Me desculpa, me desculpa. - eu repito, lágrimas escorem pelo meu rosto, o capangas está com sangue escorendo da boca, ele sorri para mim.

- Você tara disgraça a quem ama garota, desista morra a morte é uma recompensa.

- Não. - eu grito com o capanga.

- Quantos mais vão morrer um suas mãos?. - ele pergunta, ele começa a congelar, minha mão brilha, eu não quero congelar ele, mais mesmo assim congela.

- Não por favor. - eu vou até ele tentando socorrer mais é tarde de mais, eu caío de joelhos e grito, as lágrima escorrem cada vez mais.

Sinto um toque no ombro, aperto a mão de quem está me tocando.

Grayson.

- Calma. - eu acordo do pesadelo aterrorizante, estou apertando a mão de Grayson forte, solto ela rápido, um suor escorre pelo meu rosto, Grayson sabe que tive um pesadelo.

- Me desculpa, eu não... - eu falo, mais ele me interrompe.

- Eu sei. - ele olha em redor, sigo o seu olhar, a cama congelou, sinto vontade de correr desse pesadelo.

- Grayson. - tento me desculpar de novo, mais ele me interrompe novamente.

- Vamos tomar café. - ele fala. - Te espero na sala. - ele fala saindo do quarto.

Vou até o banheiro, lavo meu rosto, por sorte tem uma escova de dente agora mim, ela é deferente das que eu conheço mais é boa igual é melhor do que ficar com os dentes sujos e com bafo.

Lavo o rosto com a água gelada, quase morri afogada ontem, meu corpo arrepia, Cris está certo a respeito a mim?

Saio do banheiro cortando qualquer pensamento.

Grayson está a minha espera sentado, ele me olha quando eu saío, vou para perto sento na mesa, está cheia repleta de comida, mais eu estou sem fome.

Pego um café, Grayson faz eu pegar também um suco natural de laranja.

Pego uma torrada, e uma maçã, Grayson fez um café da manhã saudável, deve ser por causa do treinamento, ele parece bem, eu estou cansada, não dormi muito e quando dormir tive pesadelos.

É cedo, acho que deve ser umas 5 horas da manhã.

- Porque tão cedo. - eu pergunto bochechando.

- É uma torca de capangas, ninguém é invensilvel, suas trocas são as 5 e meia agora é 5 horas. - dou um sorriso ao perceber que acertei o horário, Grayson parece confuso mais continua. - Quando for cinco e meia a gente sai para o estabulo. - olho seria para ele, que não desvia o olhar. - o estabulo e bem no centro da floresta ninguém vai saber que estamos lá, e na hora do almoço a gente volta, escondido.

Concordo com a cabeça, não respondo estou comendo.

O tempo se passa é hora de irmos, saímos pela porta secreta, entarmos na floresta, caminhamos um tempo, parece estar tranquila, chegamos ao estabulo, tomamos cuidado para ir.

Grayson vai até seus cavalos para fazer carinho dar comida, ele ama eles.

- Tá preparada ? - ele pergunta com um sorriso no rosto.

- Já nasci preparada. - eu falo em provocação, ele joga água de um balde em mim, ele me molha, eu tomo um susto olha para ele afim de explicaçãos.

- Eu precibi. - ele fala com uma gargalhada.

Ele afasta os cavalos para bem longe caso saia só controle.

- Tente manter o controle, use uma âncora, tente congelar aquele barril. - ele aponta para a parede.

- Tá bom. - eu repondo não sei se consigo mais vale a pena tentar.

Tento várias vezes ergo as mão, tento congelar o chão não funciona.

Grayson está com as mãos no quadril analisando, ele coça o queixo que está começando a querer crescer a barba.

- O que você sentiu ontem, quando congelou... quando usou seu poderes. - ele pergunta, não queria me lembrar de ontem, Grayson vê meu incômodo, antes que ele fale eu falo.

- Senti medo no começo, depois raiva e determinação. - eu falo a luz azul volta com força em minhas mãos, formamos uma bola azul de poder, o rosto de Grayson fica azul com a luminidade do poder. Ele parece encantado, meu chão começa a congelar, tudo volta o medo a determinação, jogo o poder no barril que congela, ainda não me sinto bem, como o barril e de gelo ergo ele no ar, fecho a mão e ele explode, estou com raiva quero congelar tudo, esse poderem me faz bem, sinto ele em cada centímetro do meu corpo, levando tudo embora, e tão fácil se deixar levar, mas não posso, eu respiro fundo, se acalma Stella, se acalma.

O chão descongela, minhas mãos param de brilhar.

Grayson não fala nenhuma palavra, ele observa com seu olhar de laser, imagina seu eu contasse tudo isso para minha amiga Grabriela ela me internaria.

- Você é muito boa, nem precisa de mim. - ele fala com um sorriso, e claro que preciso dele. - Meu irmão quando estava aprendendo perdeu o controle, quase congelou o palacio inteiro, foi difícil controlar ele, agora você precisa usar seus poderes sem lembrar das coisas dolorosas que sentiu. - Grayson fala sério, ele tem razão não posso ter que ficar revivendo aquela cena milhões de vezes.

- Me diga o que sentiu com seus poderes? - ele fala, respiro fundo e respondo.

- Me sinto leve, senti em cada pedaço do meu corpo, senti o poder me atraindo cada vez mais. - eu falo.

- Sinta isso de novo, sinto o poder em suas pele, sinta a leveza, deixe se levar um pouco. - ele responde, fecho os olhos, desejo o frio, sinto meu corpo responder, me sinto viva, tudo desaparece, como se estivesse só eu e meu poder que eu posso controlar, abro os olhos as minha mãos brilham, mais forte do que antes, elas correm pelos meus braços, dou um sorriso de canto, o poder é tão bom, o chão começa a congelar de novo, as paredes começam a congelar.

- Stella. - Grayson me chama, não quero que pare o congelamento, me sinto bem agora. - Não se deixa levar totalmente. - ele fala em aviso, olho para seus rosto, ele está tenso sem saber o que esperar de mim.

Respiro fundo, e desejo que tudo descongele, e assim acontece.

- Desculpa. - eu falo, ele apenas me lança um sorriso de compreensão.

- Acho que está bom por hoje. - ele fala.

- Vamos ir, é cedo, acho que são umas 8 horas. - eu falo, quero descobrir quem eu sou, quero sentir o poder fluir de mim.

- Eu não falei que vamos ir, eu tava falando que chega de seus poderes agora, vamos tentar lutar se defender, porque se a pessoa for um soldado bem treinado ele pode te derrubar, mesmo que você tenha os poderes.

- Tá bom magestada. - eu respondo com um sorriso, ele me dá um curto sorriso.

Grayson me faz correr, me fazer alguns exercícios, ele me ensina a me mover corretamente, como me possicionar, e como atacar e me defender, sou péssima nisso.

Ele vai lutar comigo agora, ele disse que vai me ensinar a lutar de espadas também, quase ri, parece aqueles filmes medievais.

Grayson move seus pés, faço o que ele me ensinou, me possiciono, me novo as vezes quando penso que vai atacar, ele me rodeia eu observo cada passo, ele joga uma toalha em minha cara, para me distrair e ele atacar, não sei se onde tirou mais me pegou de surpresa, tiroa toalha do rosto rapidamente, Grayson da um soco de lado que eu defendo, ele não está lutando pra valer.

Dou um soco em seu rosto, ele vai para tras, ele me lança um sorriso, e move o queixo, ele me ataca agora, soco, chutes, ele me agara por trás.

- E agora Stellazinha. - ele me provoca, dou uma cotovelada em sua barriga que faz ele recuar, ele me derruba no chão com uma rateira, ele estande a mão para me ajudar, mais derrubo ele também com outra rasteira, nós dois rimos.

- Sua trapaceira. - ele diz rindo.

- Você não disse que tinha regras. - eu responde, nós dois rimos, foi divertido hoje, lutar, treinar esquecer de tudo.

Estou suada e cansada, a roupa grudou em meu corpo, estou com calça preta e camisa branca, minha marca no pescoço está totalmente exposta.

Grayson está também cansado e suado, nós bebemos água e observamos os cavalos, Grayson parece feliz.

- Vamos conseguir ? - eu pergunto baixo, Grayson sabe do que estou falando.

- Eu espero que sim. - ele responde, espero não é a resposta que eu queria. Eles precisam de um plano melhor, não do seu plano precário.

- Eu também espero. - eu respondo com tristeza, nossos olhos se encontram, os olhos dele brilham com uma chama enlouquecedora.

- Porque você se sente tão triste ? - ele pergunta, tenho que segurar a vontade de dar um riso em seu rosto por causa de sua pergunta estúpida.

- Aaah nada de mais, fui tirada da minha casa, da minha família, estou vivendo uma vida que eu pensei que fosse impossível. - Eu respondo com raiva, Grayson me observa sem falar nada.

- Pelo o que você me contou parece bom o lugar que você veio. - ele responde desviando o olhar e olhando para seus cavalos.

- É mais ou menos, também existe maldade, pessoa ruins disposta a fazer coisas ruins com pessoas boas, ganância, fome por poder.

- Acho que não existe um lugar perfeito- ele responde pensativo. - Mas seu lugar tem mais oportunidade, o povo daqui é escravo, eles trabalham duro todos os dias, comem pouco e não ganham muita coisas, os pais das moças tentam achar um marido que possa lhe proporcionar o que ele não tem condições de dar, uma comida decente, uma roupa melhor, os rapazes começam a trabalhar cedo para ajudar suas famílias, os trabalhos são pesados, ganham pouco são humilhados.

Sinto uma tristeza em meu peito, me preocupo tanto comigo, e os outros que tem uma vida pior do que eu jamais tive, eu tenho chance de mudar isso e não quero. Isso é orgulho, sinto ódio de mim, sou um monstro.

- Grayson. - eu chamo baixinho, ele olha para mim, tentado me desifar, mais falha. - Eu prometo que vou dar tudo de mim, para tentar dar uma vida melhor ao povo. - eu falo, eu preciso ajudar eles.

Grayson parece surpreso, e orgulhoso de mim.

- O livro escolheu a pessoa certa. - ele fala desvio o olhar para os cavalos, Grayson puxa seu rosto para mim. - Stella de Martel eu prometo que também vou dar tudo de mim, para te levar para sua casa.

Uma lágrima do meu rosto cai, Grayson a limpa eu dou um sorriso.

Puxo outro assunto com ele, para saber mais dele.

- Como você conheceu seus amigos ? - eu pergunto .

- Eu era amigo de Alex quando eu morava no palácio, quando fui exilado ele continuou ao meu lado, os pais dele foram assasinados pelo rei, eu esperava que ele não olhasse mais para mim, mais ele me apoiou, com o tempo conheci o resto e fizemos amizades.

- E você não namora? - pergunto.

- Não, nunca namorei ninguém. - eu fico surpresa ele é lindo, um ótimo cara. - Ninguém quer um príncipe exilado com suspeita de matar seus pais, e eu também não tenho interesse. E você Stella, espero que sua vida amorosa esteja melhor que a minha.

Suspiro minha vida amorasa é péssima.

- Eu tinha um namorado. - eu falo baixo, Grayson parece curioso. - Ele me traiu com minha amiga, ou a pessoa que eu considerava amiga, o amor não é para todos.

Grayson solta uma gragalhada.

- A gente é um desastre no amor. - ele fala eu solto uma gargalhada.

- Somos. - eu confirmo.

Um barulho, faz nós parar de rir, e ficar atento, Grayson levanta rápido, imito ele, nós nos olhamos.

- Fique aqui eu vou ver o que é. - ele fala.

- De jeito nenhum. - eu respondo, ele não me impede de seguir ele, mais parece não gostar da ideia, vamos até a porta gigante do Estabulo, o som está se aproximando, são passos me encosto na parede, Grayson se escosta na outra parede, esperando ver quem vai passar pela porta, uma silhueta passa pela porta, Grayson ataca, derrubando - a no chão.

- Calma aí. - Uma voz que conheço fala.

- Alex. - Grayson fala surpreso. - O que tá fazendo aqui, ele fala se levantando e erguendo o amigo.

- Você me machucou. - ele fala com sua voz rouca. - Aah bom dia Stella.

Ele fala olhando para mim.

- Bom dia Alex. - eu respondo com o rosto sério.

- Então o que tá fazendo aqui? - Grayson pergunta.

- Eu tava com saudades. - ele fala com deboche. - Se eu tô aqui é algo importante seu bobão. - ele fala, controlo um riso, Alex é tão sério, eu o entendo perder sua família não foi facil.

- Pode falar. - Grayson responde.

- Volte para sua casa agora. - ele fala sem rodeios.

- Porque? - ele pergunta confuso.

- O rei está vindo para cá, eu suspeito que ele vai fazer a visitinha desse ano, eu fui na sua casa e não te encontrei, tive que entrar um pouco para não levantar suspeitas aos capangas. - ele nós olha atentamente. - Estavam treinando. - ele conclui.

- Eu tô indo. - Grayson fala, eu estou indo logo atrás, Grayson vira de frente para mim, quase bato em seu peito.

- Stella acho melhor ficar aqui, Alex fique com ela. - ele fala sem dar tempo de eu responder que não vou ficar.

Ele vai me deixando sozinha com seu amigo.

Sento no chão, Grayson não ficar me mandando.

Alex fica de pé, ele está tenso. Ele começa a andar de um lado para o outro.

- Você tá me deixando tonta. - eu falo com Alex, nosso olhos se encontram, Alex é alto e magro, seu cabelo castanho caindo em seu rosto, seus olhos verdes igual essa floresta.

Ele não fala nada, mais para de caminhar já é alguma coisa, me levanto do chão, tô entediada, não quero ficar parada e ficar relembrando de tudo, preciso me manter ocupada, os olhos de Alex me acompanha, vou até o cavalos, passo a mão neles, eles são lindos, eu não gosto de andar de cavalo, mais eu gosto de fazer carinho.

Alex se aproxima, um pouco hesitante.

- Gosta de cavalos? - ele pergunta se encostando numa madeira, ele está distante.

- Eu gosto deles, mais não gosto de montar. - eu falo, Alex se mantém sério.

- Talvez seja porque nunca tinha andado antes. - ele responde.

- Talvez. - eu respondo.

- Se quiser eu te ensino a andar. - ele se oferece, parece entediado.

- Pode ser. - eu repondo, não gosto de andar de cavalo, mas é melhor isso do que ficar pensando nos capangas mortos.

Um cara me chama a atenção, está parada na porta do estabulo, ele é um capanga, logo aparece mais.

Eu e Alex tentamos correr para trás, mais damos de cara com outros capangas.

- Fique atrás de mim. - Alex fala tentando me proteger.

Os capangas faz um círculo ao nosso redor.

- O que vocês querem, eu não posso ter um minuto de paz com minha dama. - Alex grita.

- Vocês estão com o príncipe, vimos ele sair daqui agora. - um capangas gordo nós acusa. - Temos que avisar o rei. - ele fala meu corpo arrepia.

- Vamos. - um capanga de ombros largos cabelo comprido formando uma traça, olhos castanhas fala.

- Vamos matar eles antes. - o capanga gordo fala, os outro se mantém quietos a esperando ordem do que fazer.

- Não precisa disso, eles não fizeram nada. - o capanga insiste.

- Eu disse que vamos matar e vamos matar. - o gordo ordena.

Alex fala discretamente comigo.

- Não sei se consigo derrubar todos. - ele avisa muito baixinho. - eles são em dez capangas.

Eu prometi para mim mesma não congelar mais ninguém, mais é eles ou nós. E eu prometi ajudar o povo.

Puxo Alex pelo braço, que pega ele de surpresa, eu vou na frente dele.

- O que tá fazendo? - ele pergunta.

Não respondo observo os capangas.

- Eu não vou praticipar disso. - o capanga de trança responde.

- Você vai sim ou perderá a cabeça. - o gordo avisa sinto um pouco de pena do outro capanga, ele param com sua briginha idiota e olham para nos, o capanga gordo sorri ao ver que eu estou na frente.

- Você é corajosa. - ele provoca.

- Você não imagina o quanto. - eu retruco, ele fecha a cara.

O capanga de trança não parece feliz em ter que atacar.

- Matem eles o gordo ordena, eles começam se aproximar, distancio Alex de mim o máximo que posso.

Não posso congelar o Alex, minha mão brilham e uma azul intenso, que pega eles de supresa, Alex solta um som surpreso atrás, antes que tenha tempo de qualquer outra coisa eles congelava, desta vez o chão não congela, me sinto exausta por congelar tanta gente, me bate uma tristeza mais vidas ceifadas.

Alex quando vai falar alguma coisa leva uma fechada no peito que faz cair de joelhos, olho para porta e vejo um homem com arco, ele tenta fugir mais não adianta ele vira estátua de gelo.

Me abaixo para ajudar Alex, ele tá fraco, sua boca sangra.

- Me desculpa. - eu falo, me desculpando por não conseguir impedir a fechada no peito, Alex parece ofegante, respirando com dificuldade, acho que quase acertou no coração.

- Você não podia saber. - ele fala, sua voz sai fraca.

- Alex aguente, vamos chamar o Grayson. - eu repondo, deito Alex com cuidado, minha mãos estão sujas de seu sangue.

- Não vai dar tempo, e não tem um remédio para isso. - ele responde.

Não conheço Alex muito bem, mais lágrimas escorrem dos meus olhos.

Ele vai morrer por minha culpa, denovo não, não posso mais carregar esse peso.

Toco em seu peito.

- Por favor me perdoa. - eu digo, pego em sua mão fria, ele é o amigo que apoiou Grayson me sinto mal por isso.

Sinto um poder dento de mim, mas o estranho que não é o de gelo, o machucado se fecha devagar, ele brilhar em dourado quando se fecha, e fecha cai, Alex respira fundo, toca seu peito.

- Como fez isso? - ele pergunta confuso, eu também não entendo.

- Eu não sei. - eu respondo seco as lágrimas.

Alex olha para os capangas, eu também olho, sinto uma pontada de culpa.

- Você derrotou eles e me salvou obrigado. - ele fala, ele vê que sinto culpa.

Alex está sentado no chão sua roupa está suja de sangue e sujeira, eu estou de joelhos ainda.

Me lembro de como descongelei o chão, surge uma esperança, vou tentar com os capangas.

São dez capangas, me fogo em dois o capanga de trança e outro garoto, eles descongelam e cai no chão, eles estão quase mortos.

Ouso a voz de Graúdo na minha mente, se lembre de como sentiu quando curou Alex.

Consigo curar os dois capangas, eles me olham assutados.

- Não nós mate por favor. - o garota grita em desespero.

- Eu não vou matar ninguém. - eu falo cansada.

- Você nós salvou, porque ? - o capanga de trança pergunta.

- Eu não sou um monstro. - eu respondo eles olham em redor para os outros capangas congelados.

- Eu vou descongelar eles. - eu aviso.

- O que vai fazer com a gente? - o capanga de trança pergunta.

- Sejam livres, só peço um favor não fale para o rei de nada disso. - eu falo.

- O rei te mataria se soubesse, ele é ruim e preverso. - o garoto responde, fico surpresa pela resposta do garoto.

Alex chega perto da minha orelha me pegando de surpresa, ele fala.

- Eles são filhos de família pobre são obrigados a trabalhar pesado. - Alex avisa, quantos matei igual a ele?

- Podem me ajudar? - eu pergunto, todos parecem surpresos.

- No que.

- Eu preciso de aliados alguém como vocês que trabalham para o rei seria ótimo. - eu respondo.

- Se não aceitarmos. - o capanga de trança pergunta.

- Você é muito desconfiado, não acontece nada, vocês seguem suas vidas, eu só quero libertar o povo dessa maldade. - eu falo sendo sincera.

Os dois se olham decidindo o que fazer.

- Se nós te ajudar promete que vai fazer de tudo para ajudar o meu povo. - o capanga de trança pergunta.

- Eu prometo. - eu falo.

- Nós aceitamos.

Os dois se ajoelham, esse povo daqui é estranho.

- Eu Júlio capanga do rei juro minha lealdade a senhorita? - o capanga de trança pergunta.

- Stella de Martel. - Alex responde.

- Juro minha lealdade a senhorita Stella de Martel, a rainha de gelo. - ele fala abaixando a cabeça, juro que rainha de gelo me incomoda.

Agora é a vez do garoto.

- Eu Felipe capanga do rei juro lealdade a senhorita Stella de Martel a rainha de gelo.

Eles se levantam.

- Me encontre aqui amanhã às 5 e meia, e contarei o que sei sobre o rei, se me permite vou sair, para não levantar suspeitas, e não descongelem esses outros, ele não são daqui, eles são filhos da noite, eles são cruéis. - ele fala

- Então até amanhã . - eu falo com um sorriso, não sei se serão leais, mais no fundo do coração quero que sejam.

Eles vão embora, deixando Alex e eu.

- Agora você vai me contar tudo. - ele avisa.

- Claro mais primeiro vou descongelar eles. - eu aviso.

- Júlio e Felipe tem razão, eles são filhos da noite não podemos. - ele avisa.

- Mas são vidas Alex. - eu respondo.

Me concento no meu poder para descongelar eles, estou cansada e exausta, cabaleio para traz, Alex me segura, eu tento mais uma vez mais, estou muito exausta, não consigo nem ficar de pé direito, usar muito meu poder me deixou exausta, mais não desisto tento mais uma vez, tudo fica escuro derepende.

            
            

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