Capítulo 2 A esposa do CEO

Capítulo 2

Natália

Entro na revista, cumprimento a minha equipe e vou para minha sala, no caminho vem Isabelle, minha sócia e melhor amiga, toda feliz.

- Nat, para aí! Tem uma surpresa pra você lá na sua sala. - Levanto a sobrancelha.

- Surpresa? Sabe muito bem que não gosto disso! - Passo por ela e vou para minha sala, ela vem atrás de mim. Abro a porta e levo um susto. Tem um, quer dizer, vários buquês de rosas vermelhas espalhados na minha sala. - Que merda é essa, Isabelle? - Me fita sem entender.

- Você não gostou? - Pergunta desanimada. - Pelo menos vê o bilhete. - Vou até o buquê que estava na minha mesa e pego o bilhete.

"Quero agradecer pela noite maravilhosa que tivemos. Não vejo a hora de repetir o encontro".

Encosto na mesa e solto um sorriso, minha amiga nota e faz um comentário.

- Acho que alguém gostou do que estava escrito, hein? Quem é?

- Vou falar, vai me perturbar o dia todo se não contar. Bruno Monteiro. - Minha melhor amiga ergue as mãos na boca não acreditando no que disse.

- Não me diga que é aquele Deus grego que fez uma matéria sobre homens sarados e musculosos? - Sacudi a cabeça confirmando. Isabelle começa a gritar na sala.

- Ei, para de gritar! - Advirto, mas ela continua enlouquecida, até a compreendo. Bruno é um homem de tirar o fôlego, onde ele passa deixa qualquer mulher louca. Também, 1,89 de altura, moreno, cabelos negros, todo trabalhado em puro músculo. Gostoso mesmo! No ensaio fotográfico não tirava os olhos de mim. Quando me chamou pra sair, nem pensei duas vezes. Só de lembrar desse encontro meu corpo se arrepia todo. Ai, ai.

- Você vai sair com ele de novo, né? - Ela pergunta, fazendo eu sair daquele transe. Olho para o cartão na minha mão e rasgo, depois o jogo na lixeira. - Por que fez isso? - Exclama, sem entender a minha atitude.

- Pede alguém pra pegar esses buquês e jogar no lixo, mas quero isso tudo fora da minha sala! - Jogo o buquê que estava sobre a minha mesa no chão, vou me sentar e ela se aproxima.

- Mas você não gostou de sair com ele? - Já sentada na minha cadeira, solto o ar e olho para ela.

- Sim, amei o encontro. Me levou para jantar fora, fomos a um restaurante lindo, conversamos a noite inteira, dali ele me levou para o seu apartamento e fizemos um sexo bem gostoso. Tenho que dizer... - Faço gesto para ela se chegar mais perto da minha mesa. Ela fica me encarando. - O homem é insaciável! Queria mais e mais. Quando fui ver já era de manhã, transamos a noite toda! Tomei um banho na banheira da sua suíte, depois fui pra casa. Foi incrível. Mas bola pra frente, que agora tenho que trabalhar. - Ela continua me encarando. - O que foi, Isabelle?

- Um cara daquele te chama pra sair, foi muito bom por sinal e fala assim dele, como se...- A corto, me fazendo levantar da cadeira.

- Como se fosse um pedaço de carne? - Pergunto. Ela balança a cabeça. - Ora bolas! Os homens fazem isso com a gente, nos tratam como pedaço de carne, até nos levar para cama para conseguir o que quer, por que não posso fazer isso? Agora sou sem coração? Por favor, né? - Volto para minha mesa dando as costas para minha amiga. Ficando olhando a minha agenda no meu notebook, noto que Isabelle está inquieta. - O que foi Isabelle? - Me olha sem entender. - Eu te conheço. Desembucha!

- É que entendo você ser assim... - Levanto a sobrancelha, e ela continua. - Sei que você é assim por causa... - Fecho o notebook com força, dando um salto da cadeira.

- Para por aí, Isabelle! Já sei o que vai dizer, e nem se atreva a dizer o nome daquele babaca! Pronto! Já estragou o meu dia! Está feliz? - Levo a mão na cabeça para me acalmar, ela se achega, mas estava puta da vida. - Não quero papo, Isabelle! Vou dar uma volta. Quando eu voltar quero a minha sala limpa sem essas merdas de buquês! - Sacode a cabeça concordando, pego a minha bolsa e saio da sala batendo com força a porta. Quando estou no corredor meu celular começa a tocar. Merda, é Oliver! O que ele quer?