Capítulo 3 A esposa do CEO

Capítulo 3

Caio

Acabei de chegar em casa, que noite foi essa? Foi foda demais. Abro a porta e fecho com cuidado, pela hora, meu velho deve já ter ido para o trabalho. Passo pela sala, estava subindo as escadas que dá para o meu quarto quando o celular começa a vibrar. Olho para os lados para ver se não tem nenhum empregado por perto. Beleza, não tem ninguém. Peguei o celular do bolso da calça e noto que recebi uma mensagem. É da gata que estava comigo na boate hoje.

"Amei te conhecer, principalmente seus beijos. Pena que durou pouco, espero te ver de novo. Então vou mandar um incentivo"

Ela para de digitar e vem uma imagem. Quando abro, quase perco o equilíbrio. Puta que pariu! Ela mandou um nude! Meu pau ficou duro na hora! Ela mandou um vídeo dela se masturbando...Caralho! Essa mina quer me deixar louco! Ouço passos vindo lá de cima. Guardo o celular no bolso e me ajeito.

- Ainda não está pronto, Caio? - Pergunta o meu pai já arrumado, está dando nó na gravata. - Um momento... Essa roupa é de ontem, você não dormiu em casa? NÃO ACREDITO NISSO! SAI E CHEGA AGORA? INACREDITÁVEL! - Subo as escadas às pressas. Nem olho para ele. Não quero ouvir sermão agora de manhã. - Onde você vai?

- Vou pro quarto, estou com sono. - Respondo olhando para ele.

- Não vai. Vai para o banheiro, tome um banho gelado que vamos para o hotel.

- O quê? Está maluco? Não vou, não. - Ele me encara. - Isso mesmo! Não vou nesse hotel que o senhor diz ser o nosso patrimônio, que quando o senhor morrer vou comandar isso. Me obrigou a fazer faculdade de administração e finanças para poder cuidar dessa merda de hotel. Não quero isso, pai!

- Mas você não tem que querer, tem que começar a ter responsabilidade. A vida não é só baladas e mulheres, Caio! Tem que assumir o hotel, casar...- O corto e começo a gargalhar. Ele me olha confuso.

- Você, está louco mesmo. Eu casado? - Viro as costas para ele. Pega no meu braço, me fazendo voltar a ficar de frente para ele.

- Escuta aqui moleque! Você vai por bem ou por mal, não vou ficar aqui sustentando vagabundo! - Aperta com força o meu braço. - Sua mãe teria vergonha de vê-lo assim. - Consigo me soltar e me afasto.

- Vergonha? Não fala assim dela. Se hoje não está aqui é por culpa sua! - Aponto para ele que me fita.

- O que está dizendo? - Questiona, o encaro com raiva.

- Se não fosse tão focado no trabalho ela estaria aqui, entre nós. Mas não, o hotel é mais importante...- Digo com indignação.

- Não é culpa minha aquele acidente. Tive que deixa-la ir pois tive uma reunião naquele momento.

- FOI SIM! AGORA QUER ME OBRIGAR A IR PARA ESSE TRABALHO, POIS SOU SEU HERDEIRO. - Vou pra cima dele que vai dando passos para trás. - QUE VAI MORRER,E PRECISO APRENDER A COMO CUIDAR DAQUILO, QUE SE DANE! E QUER SABER? TOMARA QUE MORRA LOGO PARA NÃO ENCHER MAIS O MEU SACO! - Ele ergue a mão na cabeça. Começa sentir muitas dores.

- Ai, ai...- Se apoia no corrimão da escada, balanço a cabeça não acreditando naquilo. Está fazendo isso para ter pena dele. Me viro de costas para ir para o meu quarto, quando escuto um barulho. Corro pra saber o que foi, meu pai estava caído lá embaixo.

- Paiiiii!!! - Saio pelas escadas até chegar nele. Fico de joelhos, o coloco no meu colo e começo tentar acordar ele, e nada. Fico desesperado! Grito por ajuda e aparece uma das empregadas. Ela faz perguntas sobre o que houve, e eu peço pra ligar pro hospital. Ela sai correndo pra ligar, fico ali com o meu pai nos meus braços. Não posso perder você, já perdi a mamãe. Você vai ficar bem, pai.

            
            

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