Favelados
img img Favelados img Capítulo 1 Patroinha
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Capítulo 11 A Mansão img
Capítulo 12 Ele voltou img
Capítulo 13 Uma Criancinha img
Capítulo 14 O quê eu Fui Fazer img
Capítulo 15 Rejeitada img
Capítulo 16 Duas Notas de 100 img
Capítulo 17 Fofoqueirinho img
Capítulo 18 Tá Rolando img
Capítulo 19 Ciúmes de Ninguém img
Capítulo 20 A Festa img
Capítulo 21 Minhas Emoções img
Capítulo 22 Sendo Sincero img
Capítulo 23 Todo img
Capítulo 24 Primeira Dama img
Capítulo 25 Isso Termina Quando Eu Quiser img
Capítulo 26 Cassada img
Capítulo 27 Com a Minha Vida img
Capítulo 28 O Que Vamos Fazer img
Capítulo 29 Bad img
Capítulo 30 Eu Que Sou Teu Homem img
Capítulo 31 Uma Proposta img
Capítulo 32 Desenrolar img
Capítulo 33 Tem Certeza img
Capítulo 34 Sádico img
Capítulo 35 Uma Tonelada img
Capítulo 36 História a Limpo img
Capítulo 37 Na Coleira img
Capítulo 38 Eu Preciso de Você img
Capítulo 39 Mais Rápido img
Capítulo 40 É Melhor Assim img
Capítulo 41 Essa Agonia img
Capítulo 42 Lâmina Flamejante img
Capítulo 43 Sozinho img
Capítulo 44 Ansiedade a mil img
Capítulo 45 Teatro img
Capítulo 46 Minha Vida img
Capítulo 47 Estado de Calamidade img
Capítulo 48 O Suficiente img
Capítulo 49 Fervendo por Dentro img
Capítulo 50 Eu Aguento img
Capítulo 51 Toda Encolhida img
Capítulo 52 Chocada, Passada e Impactada img
Capítulo 53 De Raça img
Capítulo 54 Menino ou Menina img
Capítulo 55 Pronto Pra Outra img
Capítulo 56 Sem Vacilação img
Capítulo 57 Dentro da Tua Boca img
Capítulo 58 Talarico img
Capítulo 59 Joga a Fumaça Pro Alto img
Capítulo 60 Mais Escuro img
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Favelados

Valentyn's
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Capítulo 1 Patroinha

Sara

Levanto do sofá da sala desanimada, olho no relógio do celular que marca 15:10 de um sábado simplesmente tedioso. A hora no passa de jeito nenhum, e eu já já vou enlouquecer se não arrumar alguma coisa pra fazer imediatamente.

Fico zanzando pela cara de um lado pro outro, e no final decido ir na sorveteria toma um açaí, no ruim, no ruim, um açaí melhora tudo. Porém, como não quero ir sozinha, vou ligar pra Isabella fazer o favor de ir comigo. A Isah é a minha amiga aqui do morro.

- Fala sua mandada, bora lá no açaí comigo? Sei que você não está fazendo nada pra ninguém uma hora dessas mesmo._ falo assim que ela atende a ligação.

- Tu que pensa quirida, estou no asfalto resolvendo umas paradas para minha mãe._ ela diz no deboche.

- iiiih, então caiu igual raio._ falo já desistindo dela.

- Cai nada, espera eu..._ desligo na cara dela rindo.

Ela fica muito puta quando eu faço isso, e eu faço só pra irritar.

Já que aquela safada não está em casa, vou ter que ir sozinha mesmo, e eu odeio anda sozinha cara, ainda mais aqui no morro. Todo mundo fica me encarando de rabo de olho, e eu não gosto de falar com ninguém, e se bobear, me faço até de cega pra não ter que cumprimentar esse povo.

Meu irmão diz que eu sou muito metida, mas não é isso, só não acho que sou obrigada, a fica rindo pra quem eu não conheço e pra quem eu sei que não gosta de mim, o pessoal daqui só puxa meu saco, porquê sou irmã do dono do morro.

E eu tenho é preguiça desse povo.

Chego na sorveteria, e percebo de cara uma funcionária nova, muito bonita por sinal. Ela é pretinha, magrinha, cabelo Black enrolado e o rostinho fino. Fico encarando ela de longe, e não demora muito pra ela vim me atender.

- Oi boa tarde._ disse ela vindo até a mim, com um sorriso simpático que me fez rir junto. Já gostei.

- Oi boa tarde, você é nova aqui né? To sempre aqui e nunca te vi._ pergunto curiosa.

- Sim, é o meu primeiro dia, meu nome é Manuelly, mas pode me chamar de Manu._ ela estende a mão com aquele sorriso sincero, muito difícil de se ver nessas meninas aqui do morro.

- Prazer nega, meu nome é Sara._ nos cumprimentamos.

- Sara, a famosa Patroinha._ meu nenêzinho MB chega me dando um susto.

- Então você é a primeira dama?_ pergunta a Manu com a testa franzida.

- Não, não eca._ faço cara de nojo, e ela fica sem entender_ eu sou irmã daquele embuste._ reviro meus olhos e eles riem juntos.

Faço meu pedido pra Manu que não demora muito pra ela trazer. Pedi do maior né, porque eu quero ser feliz, e açaí é vida gente.

Fico lá conversando com MB, que pra quem não sabe, esse vagabundo é meu amor todinho. Ele é um dos braços direito do meu irmão e também é o sub do morro.

Nós dois nunca tivemos nada, nenhum beijinho se quer para toda minha tristeza. Ele também nunca deixou escapar nada se é afim de mim também, mas às vezes eu sinto umas olhadas diferentes, não sei, pode até ser coisa da minha cabeça, mas acho que ele ainda não chegou em mim por causa do meu irmão.

"Mais uma das vantagens de ser irmã do brabo da favela, uhull " :'(

Depois de um bom tempo conversando com o MB, ele se despede de mim e volta pra boca.

Eu aproveito que o movimento está fraco, e procuro saber mais sobre a Manuelly. Não sei por quê, mas eu gostei muito dela, e pior que eu sou muito seletiva com essas coisas.

- Mas me fala mais sobre você, sempre foi daqui?_ a curiosidade é meu ponto fraco.

- Não, eu morava na baixada, mas tive uns problemas de família._ o sorriso dela desaparece e ela fica com o rosto triste, acho que lembrou de algo que a machucou, ou que ela não queria lembrar_ então uma amiga me convidou pra morar na casa dela até eu conseguir um emprego e poder ter um cantinho só meu, ela veio aqui, conversou com o dono dessa loja e hoje foi o meu primeiro dia._ ela sorri meio sem graça_ ainda estou aprendendo, confesso que estou meio enrolada com algumas coisas, mas já já eu pego o jeito._ termina ela.

- Aaah garota, tu já tá indo muito bem, eu gostei muito de você logo de cara, e olha que eu sou chata em, você é muito simpática e isso é muito importante para o comércio, continua assim que está indo muito bem._ ela fica um pouco envergonhada com meu elogio.

- Poxa muito obrigada._ sorri

- Você está morando onde?_ continuo com a minha interrogação.

- Na goma 7._ incrível como ela continua respondendo minhas perguntas sem se incomodar.

- Ata, tenho uma amiga que mora na 8, vamos se ver muito ainda. Seja bem vinda no nosso morro, aqui é um pouco complicado as vezes, mas depois que você se adapta, melhora._ dou um sorriso sincero pra ela que me retribui.

- Obrigada, não conheço ninguém por aqui ainda, então foi muito bom conhecer você._ ela diz em pé com a bandeja na mão.

- Te digo o mesmo. Vou indo nessa, qualquer dia a gente se esbarra por aí, bjunda._ ela dá uma gargalha.

- Beijos._ me despeço e vou pra casa, andando a pé mesmo né, pois não tem um vagabundo disposto a fazer uma caridade, o erro!

            
            

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