- Está ótimo, deixa de coisa.
- Ok. - O garoto virou-se e olhou-o. - Minha roupa, como está?
Minsun sentou-se e encarou-o.
- Com tecido demais. Para onde está indo? Para à igreja? É a Luminus, Hayoon! Boate gay!
- Eu nunca fui lá, não sei como deveria me vestir.
Minsun se pôs de pé, adentrando o closet de Hayoon enquanto o outro apenas olhava-o.
- É uma boate gay, com muitos homens gays disponíveis lá. Você é um gay recém chifrado que está indo lá para se divertir e talvez pegar alguém, precisa ir pronto para matar.
- Eu não sei me arrumar para matar, Minsun...
- Claro que sabe, onde estão aquelas blusas transparentes que você usava no início do curso? E aquelas calças apertadas?
- Eu não sei se ainda tenho elas. - Hayoon falou adentrando o lugar também. Minsun já revirava algumas peças. - Jiwan não gostava muito de me ver com elas, então eu doei uma grande parte. Mas talvez eu tenha alguma aqui embaixo.
Minsun negou enquanto viu o amigo abaixar-se para verificar nas últimas gavetas. Estava realmente feliz por Hayoon enfim se livrar do outro, foram dois completos anos em que ele viu seu amigo mudar por completo por outra pessoa, e mesmo que Minsun sempre tentasse alertar Hayoon sobre o comportamento errado e muito doentio do outro, Hayoon sempre acreditou que aquilo era apenas a forma dele amar. Na concepção dele, o outro amava cobrir seu corpo para um dia tê-lo somente para ele, mas esse dia nunca chegou, para a infelicidade - ou felicidade - do Park.
- Aqui. - Hayoon ergueu-se sorridente com uma calça escura nas mãos. Minsun buscou-a e analisou, mesmo que não fosse nova, a peça estava conservada e provavelmente ainda ficaria muito bem em Hayoon. - Eu só tenho uma camisa transparente... - Comentou Hayoon. - Essa eu guardei porque foi Ranah que me mandou de Londres, ela me deu como presente de aniversário ano passado.
Minsun analisou a camisa vermelha que Hayoon tinha nas mãos e logo sorriu maior. A peça era fina, o tecido leve e um pouco transparente.
- Devo colocar outra blusa por dentro? - Hayoon questionou encarando-a.
- Talvez não, veste e a gente vê, ok?
O garoto buscou assim as peças, voltando para o quarto e Minsun voltou outra vez para a cama, abraçando-se a Fluffy e deixando vários beijinhos em sua – também – filha.
Hayoon olhava-se no espelho outra vez, retirou a roupa que vestia e encarou as outras antes de vestir. Primeiro buscou a calça, analisando-a antes de vesti-la.
- Está apertada demais, Minsun! - disse enquanto a puxava para subir no bumbum. Minsun riu alto da quase batalha de Park, mas no fim o garoto conseguiu vesti-la e surpreendeu-se quando se olhou no espelho com a peça.
Há quanto tempo ele não usava algo que marcava tanto seu corpo como aquela calça marcava?
Buscou a blusa e essa encarou um pouco mais antes de vesti-la. O tecido fino realmente lhe preocupava, não queria sair por aí com os mamilos à mostra, mas outra vez se surpreendeu quando encarou a imagem no espelho. A camisa, mesmo transparente, não era vulgar.
Hayoon fechou-a até o último botão, mas Minsun se atreveu e abriu os dois primeiros. Buscou o melhor perfume que o outro tinha e passou um pouco sobre a nuca e punho de Hayoon. A maquiagem que o próprio Park havia feito estava ótima, o garoto não precisa de muito para ficar belo. Sequer precisava de algo, essa era a realidade.
Minsun puxou os fios de Hayoon para trás, e pediu para que ele olhasse outra vez no espelho. Estava pronto, enfim, e animou-se quando viu o resultado. Minsun também pareceu contente, então tentaram guardar toda a bagunça que estava sobre a cama.
O celular de Hayoon e Minsun não parava de vibrar, e é claro que eles sabiam que se tratava de Namsun. O garoto já estava com o seu quase namorado modelo na boate e esperava apenas os outros.
Hayoon buscou o celular do bolso e riu das últimas mensagens que ele havia enviado.
|Namsun|
Onde vocês estão?
|Namsun|
Já faz vinte minutos que estamos esperando vocês!
|Namsun|
Eu juro que se vocês não chegarem em quinze minutos eu vou quebrar o dedinho mindinho de vocês, e eu sou muito bom em quebrar coisas, entendeu?
- Acho melhor irmos logo. - Hayoon falou mostrando a mensagem a Minsun.
- O drama padrão, meu pai, quem aguenta? Parece até hétero, credo...
- Nem hétero consegue ser tão dramático quanto o Namsun, Minsun. Agora vamos logo, ele não brinca quando o conceito é quebrar coisas, ele irá realmente quebrar nossos dedinhos.
Despediram-se de Ffluffy e Minsun fez questão de deixar metade das luzes do apartamento acesas. Ele demonstrou com clareza quanto não estava nem aí se a conta de luz viria alta depois, sua filha jamais ficaria no escuro enquanto sozinha.
- Eu vou pedir a guarda dela só para mim. - Minsun comentou quando chegaram à garagem. Hayoon destravou o carro, mas parou antes de abrir.
- Acho melhor irmos de Táxis, não é? Porque se ingerimos bebida alcoólica, eu terei que deixar meu carro lá e isso não me agrada.
- Ok, vamos chamar um uber então. - Minsun buscou o celular e rumou para fora da garagem.
- E você não vai ficar com a guarda da minha filha, foi eu quem adotei ela.
- Mas foi eu quem ela escolheu no dia em que fomos buscar na ONG. Ela correu pra mim e não pra você, eu chamei ela de filha e ela não reclamou, então eu sou tão pai quanto você.
- Você não compra a ração dela.
- Mas compro brinquedos e roupinhas, quer mais o quê? Está incomodado? Eu levo ela para a minha casa e tudo certo.
- Deus me livre ficar longe da minha bebê.
Minsun revirou os olhos e procurou o carro que informava estar a apenas um minuto de distância.
- Você precisa fazer sexo hoje, Hayoon. - Minsun falou acenando para o motorista.
- Eu vou fazer quando for o tempo certo. Vinte e dois anos ainda pode ser cedo para algumas pessoas...
- Tem razão, desculpa. Sem pressa, ok? Pelo menos você ganhou um boquete do garoto de programa lá.
Hayoon abriu os olhos e Minsun cobriu a boca. Já estavam dentro do carro e o olhar do motorista através do retrovisor disse muito.
Minsun sussurrou um "Im sorry" e riu baixo. Hayoon revirou os olhos e viu outras mensagens de Namsun com ameaças do tipo "Nunca mais pagar sorvete" ascender em sua tela.
A boate não era tão longe dali, talvez dez minutos foi o máximo de tempo que gastaram. Desceram e Hayoon parecia absorto com apenas a fachada do lugar.
- É tão bonita. - ele comentou baixo com Minsun.
- Você precisa ver lá dentro. - falou e buscou a mão de Hayoon.
Havia uma fila no canto extremo, cerca de vinte pessoas ou mais esperavam para entrar, mas eles não precisariam enfrentar aquilo, então apenas seguiram até os seguranças e Minsun sorriu grande quando os maiores os encarou completamente sério.
- Jung Minsun e Park Hayoon. - falou pleno e o homem apenas se inclinou para a mulher ao lado que averiguava se de fato os nomes estavam ali.
- Podem entrar. - O homem falou retirando a fita vermelha que impedia a entrada quando a mulher confirmou.
Hayoon agradeceu-o e Minsun se animou mais. Ainda juntos e com Minsun segurando a mão de Hayoon, chegaram à parte onde precisariam ser revistados e buscaram as pulseiras Vip's.
Minsun logo viu Namsun em uma das mesas reservadas e o garoto maior acenou como se fosse impossível de encontrá-lo ali. Hayoon parecia bobo, andava olhando tudo e sequer se incomodava com a música absurdamente alta dali. Acenou de volta para Namsun e surpreendeu-se ao enfim ver Kim YoonJin pessoalmente.
Namsun se pôs de pé, fazendo o outro repetir o ato também. Hayoon juntou as mãos à frente do corpo e reverenciou o modelo, mas tudo o que ele fez foi abanar as mãos negando.
- Se você é amigo do Namsun é meu amigo também. Sou Kim YoonJin. Você deve ser Park Hayoon, certo?
- O próprio. - Hayoon disse sorrindo e ergueu a mão para cumprimentar o Kim.
- Sou Jung Minsun, você já deve saber, Namsun com certeza já falou dos melhores amigos, não é? - Minsun ergueu também a mão, fazendo o Kim rir enquanto o cumprimentava. - Garoto, você é realmente bonito, deus no céu e você na terra, que saúde.
Aquilo fez o Kim gargalhar, o que fez Namsun também rir. O garoto olhava bobo para o outro enquanto apenas ria, e Hayoon achou fofo. Nunca tinha visto o modo apaixonado de Namsun com o outro. Nunca além das vezes em que Namsun quase babava nas mensagens românticas que o modelo lhe mandava, é claro.
- Vocês querem beber algo? - YoonJin perguntou sentando-se outra vez ao lado de Namsun e Minsun e Hayoon também sentaram-se. A mesa a frente havia um balde com gelo e algumas cervejas gelando, mas YoonJin apontou para um bar que havia além. - podem pedir drinks também, o Vip não paga, já que a credencial é um cortejo.
- Que luxo. - Minsun comentou pondo a mão sobre o peito.
- É coisa de gente importante. - Namsun comentou. - o dono admira YoonJin, mesmo que eu ache que ele tenha uma quedinha lá no fundo por ele.
- E quem não teria? - Minsun perguntou olhando o modelo que outra vez apenas ria.
- A mim não importa nada disso quando estou com você. - YoonJin falou olhando Namsun e o garoto corou.
- Como vocês se conheceram? - Minsun perguntou, apoiando o braço na mesa e repousando a bochecha ali, olhando completamente bobo para ambos.
- Estávamos no mercado. - Namsun falou.
- Sim, eu na sessão de orgânicos e Namsun de lacticínios. Eu precisava de uma informação sobre uma fruta, mas não tinha ninguém perto, então eu vi ele e... - YoonJin olhou também bobo para Namsun. - e chamei-o. Namsun veio é claro, ele sorriu pra mim, mas não sabia me tirar a dúvida, então andou o mercado praticamente todo até achar alguém que me ajudasse.
- É verdade. - Namsun riu coçando a nuca. - Eu não podia simplesmente te deixar sem saber que tipo de Laranja era aquela que você estava comprando.
- Não tinha uma placa especificando? - Hayoon perguntou.
YoonJin piscou apenas um olho para ele e negou. Hayoon logo entendeu.
- YoonJin então disse que ficou agradecido por minha ajuda e me ofereceu um café, mas estávamos cheios de produtos e não teria como, então pegou meu número e prometeu me ligar.
- Foi um truque? - Minsun abriu a boca olhando para o modelo.
- Bom... Mais ou menos. - YoonJin respondeu-o. - Eu estava realmente agradecido, mas o sorriso dele me deixou tão... - e suspirou. - eu precisava ter o número dele então pedi com a desculpa do café.
- Eu não sabia disso. - Namsun riu ainda mais envergonhado.
- Truques de como arrumar um namorado com Kim YoonJin, adorei. Vou aderir.
Hayoon riu da fala de Minsun e riu ainda mais pelas bochechas do casal ficarem rubras juntinhas.
Ele olhava ao redor, por mais que estivesse prestando atenção na conversa ali, e ainda se sentia encantado com tudo ao redor.
Não entendia o porquê de Jiwan nunca ter lhe levado a um lugar como aquele...
- Para de pensar no Chernobyl e vamos buscar uns drinks. - A voz de Minsun junto a seu corpo ficando de pé fez Hayoon sair dos pensamentos deprimentes. Ergueu-se também e assentiu para Minsun. - Vocês querem algo? - Perguntou ao casal, mas recebeu apenas a negativa, então juntou o braço junto ao de Hayoon e caminhou por entre as pessoas até chegar no bar. - Um... Não! Dois! Dois sex on the beach, por favor.
Minsun fez o pedido ao barman dali, e Hayoon apenas esperava ao seu lado. Olhava ao redor as pessoas no centro do lugar, amontoadas em grupos ou apenas sozinhas dançando alheias a tudo e completamente animadas.
- Quer dançar? - Minsun perguntou a Hayoon, mas ele apenas negou abaixando o olhar. - A não, não me diga que você está com vergonha?
- Eu...
Minsun revirou os olhos e agradeceu ao barman quando recebeu as bebidas.
- Você é um futuro professor de dança, você é um dos alunos mais brilhantes e flexíveis do nosso curso, e está mesmo com vergonha de dançar aqui?
- Não é vergonha, vergonha, Minsun... é só que dança de boate é diferente de dança contemporânea.
- Dança é dança, Hayoon, independente do gênero. Vem, você vai dançar comigo!
Hayoon sequer conseguiu protestar contra o dito, Minsun puxou-o até a pista e mesmo que estivesse com drinks nas mãos, aquilo não parecia tão difícil.
Hayoon sorriu para o outro que começava a dançar e bebeu de sua bebida ainda parado. O gosto do álcool não lhe incomodou, ao menos aquilo ele ainda era acostumado, já que sempre bebia em seu apartamento com Minsun e Namsun, ou nas raras vezes com Jiwan.
- Junsik? - Hayoon falou alto olhando atrás de Minsun.
- Não é porque essa é a única boate gay que existe aqui que todos os gays precisam estar, não é? - reclamou o outro.
- Deixa de implicância. - Hayoon falou olhando o amigo. - Vou chamar ele para ficar aqui conosco.
- Nem pense. - Minsun falou impedindo o Park e o fez rir. - eu não quero derrotar ele até mesmo numa dança de boate.
- Vocês dois são bons na dança, Minsun, não existe melhor.
- Claro que existe, está olhando para ele. - O outro falou rindo e bebeu de seu drink.
O Park negou, mas ainda assim notou quando Junsik olhou-o e essa foi a deixa para que Hayoon acenasse em cumprimento para o amigo e isso o levasse até ele.
- Hayoon, eu nunca te vi aqui. - Junsik falou abraçando forte Hayoon.
- É a minha primeira vez aqui, Junsik. Eu vim com o Minsun e alguns amigos.
Junsik olhou para Minsun e esboçou um sorriso pequeno, Minsun ergueu a mão e acenou apenas com os dedos, rindo tão pequeno quanto o outro.
Pareciam duas crianças, Hayoon sempre se divertiu com aquela competição boba entre ambos, era óbvio que ambos eram bons no que faziam, não entendia o porquê de sempre competirem em tudo.
- Você veio com o seu namorado? - Junsik perguntou a Hayoon.
- Ah não... a gente terminou.
- Ah poxa, mesmo? - Junsik parecia surpreso, mesmo depois de Hayoon assentir. - Mas você está bem?
- Estou sim, não daríamos certo juntos mesmo.
- Poxa, Hayoon... Mas se precisar de um amigo para o que quer que seja, estou aqui, tudo bem? Podemos sair para tomar um café ou ir ao cinema. Nós nunca tivemos a oportunidade de nos conhecermos melhor como amigos, não é?
- Você tem razão, Junsik. A gente pode marcar sim, seria bom sair um pouco mais também. O Minsun e os outros também poderiam ir conosco, não acha?
- Ah... claro. - Junsik assentiu. - Preciso voltar pra lá agora, mas estarei bem ali, tudo bem? Se quiser, não sei, sair daqui para conversar melhor, pode me chamar.
- Ah... - Hayoon sorriu envergonhado e assentiu. - Tudo bem.
- Foi bom ver você, Hayoon. - Junsik abraçou Hayoon forte, mesmo que eles se vissem todos os dias na faculdade. Mas Hayoon retribuiu o carinho, ele gostava muito de Junsik também.
Minsun sorriu para o outro quando ele se afastou e esperou-o estar bem longe para falar antes de voltar a beber seu drink:
- Nem me chame para um rolê que ele estiver, ok?
- Que bobagem. Meu amigo pode ser amigo dos meus outros amigos, não pode?
- Bom, poder, pode, mas eu não quero. E Junsik quer ser bem mais do que seu amigo.
- O quê? Claro que não...
- Aí Park, como você é bobo. - Minsun revirou os olhos e balançou no ritmo da nova música que iniciava. Hayoon também fez o mesmo, ainda bebendo de seus drinks. - Minha nossa Hayoon, me segura que eu 'tô morrendo.
Hayoon riu da fala de Minsun e olhou para trás, já sabendo que se tratava de algum carinha que havia chamado a atenção do amigo. Porém, não era apenas um carinha qualquer, era o mesmo que no dia anterior havia segurado Hayoon e livrando-o de cair feio no chão bem na frente da turma de Jiwan. O garoto de cabelos vermelhos, e ele não estava sozinho.
- Minsun me esconde. - Hayoon pediu indo para detrás do amigo.
- O quê? - Minsun tentou virar para olhar para seu melhor amigo, mas Hayoon seguiu seu corpo, o que lhe fez rir um pouco. - O que foi?
- Aquele cara...
- O de cabelo vermelho? - Minsun perguntou olhando-o e franziu o cenho ao notar que talvez o conhecesse.
- Não. O outro!
- O gostosinho de camisa preta?
Hayoon deu um tapinha no ombro do amigo e riu.
- ele é o tal garoto de programa que eu contratei!
- O quê? Minha nossa Hayoon, me empresta dinheiro pelo amor da deusa!
- Deixa de bobagem, Minsun, eu 'tô falando sério! - Disse enfim virando Minsun e encarando-o de frente. - me ajuda a voltar para a mesa.
Minsun negou olhando com tédio para Hayoon e apenas foi para o balcão outra vez. Hayoon gelou, os dois homens agora caminhavam em direção ao bar também e ele não sabia o que fazer.
Porque se sentia estranho e nervoso? Park não fazia ideia.
O de cabelos vermelhos debruçou-se sobre o balcão, bem ao lado de Minsun e encarou-o com o cenho franzido. Hayoon engoliu em seco não querendo olhar para JaeHwa que estava agora bem à sua frente. Ele não olhava para o Park. Talvez sequer tivesse o visto ainda, o que talvez fosse bom para Hayoon que queria apenas fugir dali, mas seu desespero aumentou quando o de cabelos vermelhos buscou o celular e intercalou o olhar entre o aparelho e Minsun, depois chamou-o e sorriu grande, com Minsun sorriu tão grande quanto também.
Hayoon estava perdido.
- Eu não sabia que estaria aqui, mas que bom enfim poder te conhecer pessoalmente! - o garoto falou para Minsun e olhou para JaeHwa. - Jae, lembra do garoto do aplicativo que eu te falei?
- Oh, sim, você não para de falar nunca! - JaeHwa sorriu e aproximou-se, erguendo a mão para Minsun. - Sou JaeHwa, o melhor amigo do Taeil.
- Ah, meu melhor amigo também está aqui. - Minsun falou e os olhos do Park faltaram saltar. Hayoon virou-se de costas ligeiro e tentou ir, mas não conseguiu sequer dar um passo. - Hayoon!
O corpo de Hayoon gelou. Ele se sentiu zonzo, ou talvez fosse um apenas um truque de sua mente que gritava para si mesma "finge desmaio", para que Hayoon realmente desmaiasse, mas Park já não podia mais, seria um papelão desmaiar ali, então virou devagar e riu sem jeito, acenando para Taeil, mas desviando o olhar diversas vezes para Jeon.
O garoto realmente não exaltou reação nenhuma, nem mesmo quando Park já estava a sua frente.
- Você não é o baixinho? - Taeil falou. - Lembra? Na faculdade?
- Ah sim... sou eu.
- Espera, você estuda na mesma faculdade que o Hayoon? - Minsun perguntou a Taeil e viu-o assentir. - E como eu nunca te vi lá? Eu também estudo lá, a três anos para ser mais exato.
- Woah, mesmo? Poxa, todo esse tempo e a gente não se conheceu? Eu e JaeHwa estamos no último ano de administração, entramos juntos.
- Administração? - Minsun perguntou surpreso e olhou para Hayoon. - É o mesmo curso que o-
- É. - Hayoon respondeu baixo, desviando o olhar.
- Mas enfim, esse é Park Hayoon, meu melhor amigo.
- É um prazer, Hayoon. Me chamo Taeil, esse é o-
- JaeHwa. Me chamo Jeon JaeHwa. - O Jeon falou interrompendo Taeil, erguendo a mão para Hayoon. - É um prazer te conhecer, Park.
Hayoon piscou atordoado, não sabia se de fato Jeon não havia o reconhecido ou se estava brincando ou apenas fingindo, mas o mais alto sorriu para si, inclinando mais a mão para Hayoon segurá-la, então Hayoon o fez, cumprimentando o Jeon e sendo incapaz de desviar o olhar dos olhos dele sobre si.
Taeil riu, mas olhou para Minsun. Os garotos já vinham conversando há muito tempo, e até mesmo já tinham trocado algumas mensagens mais... íntimas. Então Taeil bebericou do drink que pediu e se aproximou do azulado, fazendo-o rir quando falou alguma bobagem em seu ouvido.
Jeon, por outro lado, buscou a cerveja que o barman lhe entregou e bebeu-a olhando ao redor, logo acenando para alguns amigos que estavam ao redor.
Hayoon ainda não sabia como agir, o Jeon ainda estava a sua frente, mesmo que demonstrasse zero interesse em si, então Hayoon olhou ao redor também, notando Namsun e YoonJin na mesa, mas ambos pareciam tão conectados quanto Minsun e Taeil, e Hayoon não queria atrapalhar aquilo.
Olhou para Junsik, mas o garoto estava com outras diversas pessoas ao redor. Park sentia vergonha de apenas chamá-lo e interromper a conversa que poderiam estar tendo.
Viu-se sem saídas, mas não podia ficar ali simplesmente parado. A pista de dança ainda estava lotada, mas alguns saiam e voltavam para suas mesas, ou apenas iam até o bar para pedir mais uma bebida.
- Oi? - Hayoon ouviu uma voz bem atrás de si e virou-se. Um homem mais alto e bem bonito estava lá. - Estava te olhando lá do canto e... você está sozinho?
Hayoon virou completamente de frente para ele, ficando assim de costas para Jeon.
- Estou com alguns amigos... - Hayoon respondeu-lhe. Seu copo estava vazio, pensava em ir pedir mais uma bebida.
- Você tem namorado? - o Homem perguntou ainda sorrindo para o Park.
Hayoon pigarreou, mas negou. Era uma boate gay, então não foi estranho o homem logo lhe perguntar por um namorado e não por uma namorada. Mesmo que algumas pessoas com sexualidades distintas também frequentassem o lugar.
Ouviu a voz de Jeon pedindo mais uma cerveja e ousou olhá-lo. Jeon apenas agradeceu e saiu de perto, indo por entre as pessoas na pista de dança e sumindo da visão do Park.
- Então, caso eu te chame para dançar ou, não sei... te pagar uma bebida, você poderia dizer sim?
Hayoon riu com o flerte que recebia e era até mesmo engraçado. A quanto tempo não recebia um flerte?
Estava solteiro agora, então podia aceitar. E foi por isso que ele assentiu, vendo o sorriso do homem aumentar de tamanho.
- Me chamo Yoo Kibum, é um prazer. - ele se apresentou, e diferente com Jeon ou qualquer outro até ali, o homem abraçou Hayoon e deixou um beijo em sua bochecha.
- Sou Park Hayoon. - respondeu baixo e envergonhado.
- Park Hayoon? Talvez eu já tenha ouvido esse nome. Você é famoso ou algo assim?
- Não, é apenas um nome muito comum...
Kibum acenou com a cabeça e olhou para o bar.
- Uma cerveja? - perguntou a Hayoon.
- Sim. - o Park aceitou encostando-se ao balcão.
Estava de costas para Minsun, mas podia ouvir o riso do outro se misturar com o de cabelos vermelhos. Minsun parecia se divertir, e isso deixava Hayoon contente.
As cervejas chegaram e Hayoon até mesmo brindou com Kibum.
O homem não parou o flerte com Hayoon, e é claro, Hayoon permitiu, porque ele sentia que precisava um pouco daquilo para voltar a entender que era uma pessoa livre, bonita e que existiam outros caras além de Park Jiwan.
- Eu posso te beijar?
Hayoon estava na terceira cerveja, Kibum na quinta. Ele sentiu as bochechas esquentarem, mas porque negaria?
Mas antes mesmo que pudesse dizer sim, ele viu no canto. Jeon estava lá e ele estava com outro garoto.
O homem era alto, magro e com cabelos compridos e verdes. Jeon beijava-o com sede, talvez fossem namorados ou algo assim. Prostitutos podiam namorar, não é? Era algo que Hayoon achava que sim. Mas o Park assustou-se quando Jeon apertou a bunda do garoto com força e instantaneamente lembrou-se dele apertando a sua. Um arrepio subiu pelo corpo de Hayoon, não conseguiu se conter, e ainda olhando para Jeon, Hayoon viu quando ele apenas abriu os olhos e encarou-o.
Jeon encarou Hayoon enquanto beijava outro!
Hayoon arregalou os olhos e desviou no mesmo instante. Não saberia dizer o que sentia em si naquela hora, mas Jeon lhe perturbava a mente com facilidade.
- Então...? - Kibum perguntou. Hayoon enfim voltou a orbitar, olhando Kibum com o cenho franzido. - O beijo... Eu posso te dar um beijo?
- Ah... - Park ficou surpreso com a facilidade que já havia esquecido do outro ali, mas sorriu e assentiu, vendo Kibum se aproximar e tocar-lhe na bochecha.
As bocas tocaram-se, mas Hayoon se sentiu estranho no mesmo momento. Não entendia o porquê, já que Kibum era claramente perfeito. Alto, bonito, boa aparência... até seu beijo era bom, e Park continuava beijando-o, mesmo que seus pensamentos estivessem uma bagunça.
Afastaram-se e Hayoon riu, Kibum manteve-se perto, então deslizou a mão pela coxa de Park, encarando-o.
- Quer ir para outro lugar.
Hayoon encolheu a perna e piscou incomodado.
- Outro lugar?
- Sim, eu moro aqui perto, meu apartamento está vazio. A gente pode... - E Kibum sorriu de forma diferente, apertando a mão no Park e assustando-o. - podemos nos divertir.
- Ah... não, obrigado. - Hayoon retirou a mão dele de si e ficou de pé. - eu vou voltar para os meus amigos.
- Não, espera. - Kibum segurou no pulso de Hayoon quando ele se pôs de pé, impedindo que o garoto seguisse. - Desculpa, ok? Eu só pensei que a gente pudesse-
- Não, pensou errado. - Hayoon soltou a mão e seguiu entre as pessoas na pista de dança, tentava chegar até a mesa onde Namsun e YoonJin estavam.
- Espera, não vai assim. - Kibum alcançou-o. - Eu sei quem você é, ok? É Park Hayoon filho de Park JoonHo, não é?
Hayoon franziu o cenho. - Você conhece meu pai?
- Na verdade, conheço seus pais. Park JoonHo e Park Nabi.
Hayoon negou olhando-o e se afastou.
- Você não está me seguindo, está?
- O quê? Claro que não. Eu só, realmente, te conheci quando te vi de longe e pensei que a gente poderia, sabe... eu admiro muito sua família, poderíamos nos conhecer melhor.
Park negou encarando-o. Era claro que o interesse ali era muito além de beijá-lo, mas como podia uma pessoa se interessar por outra por apenas ser filha de pessoas importantes?
Os Park's, pais de Hayoon, eram bastante conhecidos. Park Ranah também, ainda mais fora da Coreia. Todos eram advogados grandes, donos do império da advocacia que ficava situado bem no centro de Seul.
A empresa que tinha em letras grande e brilhantes o "Park" estampado. Ficava no centro de Daechi-dong, um dos bairros nobres de Gangnam-gu e somente quem realmente tinha dinheiro era quem procurava o trabalho de qualquer advogado dali. Mas Hayoon nunca se importou muito com isso, era o dançarino e o gay da família, o que logo era o desgosto dos pais e o que era menos conhecido por nunca sair nas capas de revistas também.
- Por favor, me deixe em paz. - Hayoon falou antes de tentar ir, mas Kibum segurou-o mais.
- Por favor...
- Me solte! - Hayoon travou a mandíbula e encarou-o mais. Não bastava Jiwan, sua vida precisava mesmo de outro babaca? - Eu não vou pedir outra vez! - avisou.
- Solte-o agora. - A voz de Jeon exaltou bem atrás do homem, o que o fez assustar e largar Hayoon.
A altura era quase a mesma, mas JaeHwa era um pouco maior, o que fazia Kibum encará-lo com o queixo erguido. Jeon passeou o olhar pelo outro e riu no final.
- Você acha que pode simplesmente tocar nas pessoas do jeito como tocou ele? - Perguntou.
- Quem é você? - Kibum perguntou olhando-o também. Hayoon segurava o pulso que doía um pouco, olhando para ambos.
- Alguém que com certeza você não quer conhecer. Suma agora e não vai sair machucado daqui.
- Você não pode-
- Só vai embora. - Hayoon pediu interrompendo-o. Kibum olhou-o, mas bufou no fim, afastando-se e indo em direção a saída do local.
Jeon olhava também, mas desviou o olhar para Hayoon e para seu Pulso que ainda era massageado.
- Machucou?
- Ah... - Hayoon olhou o próprio pulso e negou. - não, está tudo bem.
- Certo. - JaeHwa virou-se para ir.
- Espera. - Hayoon chamou-o. Jeon virou olhando-o, outra vez sem expressão alguma. - Obrigado...
- Não agradeça, tenho certeza que você iria conseguir assustá-lo também, eu só... me intrometi porque me incomodou.
- Eu ia meter o chute nele. - Hayoon riu cobrindo a boca com as mãos e pela primeira vez Jeon sorriu para ele. - Você... - Hayoon respirou fundo e piscou algumas vezes em nervosismo antes de perguntar. - me reconheceu, não é?
- Sim. - Jeon respondeu simples.
- Mas por que pareceu que não?
Jeon observou o rosto de Hayoon se contorcer com um bico fofo e sua testa franzida. Aproximou-se do outro e viu o modo em como Hayoon respirou fundo quando poucos centímetros lhes separavam.
- Você foi um cliente, e mesmo que não... - Jeon aproximou-se do ouvido do outro e sussurrou. - tenhamos fodido. Você continua um cliente, e sempre trato meus clientes com sigilo, então o que me levaria a demonstrar que te conhecia se você não me deixou especificado se podia ou não? Aliás, se me lembro bem - Jeon voltou a olhar Park, o rosto pairando no do outro. - Você disse que esperava não me ver mais, lembra?
Hayoon respirou fundo, o cheiro que vinha do outro era bom. Umedeceu os lábios e sentiu o coração bombear um pouco mais forte.
- Eu sei, mas... eu disse que era talvez. - Abaixou a voz junto aos olhos, o que fez Jeon liberar um riso.
- Tudo bem, Park. Mas foi um prazer te rever.
Jeon virou-se e se foi. Simples assim. Deixando Park Hayoon ainda mais atordoado.
Viu quando o outro tomou o rumo dos banheiros, e pensou em voltar para a mesa. Kibum talvez realmente já tivesse ido embora, Hayoon não o viu mais. Mas ele ainda se sentia estranho demais para simplesmente voltar para a mesa.
Procurou por Minsun e encontrou o melhor amigo aos beijos com o tal Taeil. Não interromperia aquilo, não seria nem louco, o próprio Minsun matava-o. Então virou para ir até à mesa, mas desviou quando seus pés lhe guiaram para o mesmo banheiro que Jeon estava.
O lugar não era como Park imaginou. Imaginava que estivesse mais cheio e com um cheiro de bebida, vômito ou algo assim ali. Talvez tudo misturado, já que um dia foi essa descrição que Minsun lhe deu de outra boate, mas ali não, estava limpo, haviam duas pessoas lavando as mãos e logo depois que Park adentrou, eles saíram. Hayoon olhou para o fundo do lugar, Jeon sorria para a própria imagem no espelho, e aquilo fez Hayoon frear os passos.
O jeon desviou os olhos, aumentando mais o sorriso. Caminhou até Hayoon e segurou sua mão, puxando-o para o fundo do lugar e abriu a última cabine.
- Se você entrou nesse banheiro por causa de mim, por favor, entre.
- Eu não vim atrás de você...
- Ok. - Jeon virou-se para ir, mas Park não permitiu, parou com o corpo perto do de JaeHwa e olhou-o com os olhos ainda mais abertos.
O garoto sequer entendia as próprias ações, mas qual o outro motivo senão Jeon para ele entrar ali?
Park estava perdido.
Então não teve como não entrar na cabine.
Jeon sorriu olhando-o, mas entrou logo em seguida, fechando a porta e girando a tranca para "ocupado", e enfim virou-se para Hayoon. O lugar era pequeno, projetado para uma só pessoa, mas isso não importava muito. Jeon aproximou devagar do Park, o que fez o corpo menor encostar-se a parede, fitando-o dentro dos olhos com ainda mais intensidade e ansiedade.
- O que você quer de mim, Park?
- N-Não é isso, eu não quero te contratar. - Hayoon logo respondeu, umedecendo outra vez os lábios ao senti-los secos. - juro, juradinho.
JaeHwa riu alto da fala fofa do outro, mas cessou o riso logo, encarando outra vez Hayoon.
- Por que você é assim?
- Assim? - Hayoon franziu o cenho. - Assim como?
- Fofo pra caralho, mas que me deixa perdido ao mesmo tempo. Você é lindo, mas tem um jeito que eu não saberia explicar.
- Isso é ruim? - Hayoon estava realmente curioso. Sentia o cheiro do Jeon intensificar e somente assim percebeu que os corpos estavam tão perto um do outro que as coxas já se tocavam.
- Talvez seja.
- Por quê? - Hayoon perguntou baixo. A respiração de Jeon bateu contra seu rosto, o que o fez arrepiar-se outra vez.
- Porque eu quero muito te beijar agora. - Falou. O outro fechou os olhos, o que fez Jeon umedecer os próprios lábios. - Mas eu também quero fazer muitas outras coisas...
Hayoon inconscientemente se sentiu excitado apenas com as palavras do outro. O corpo de Jeon aproximou-se mais, o que foi ainda pior já que a intimidade de Hayoon foi apertada contra a dele. Hayoon ofegou abrindo sutilmente os olhos e encarando uma última vez os de Jeon antes de avançar até ele e beijá-lo com desejo.
Hayoon não entendia, mas seu corpo reagia de uma forma completamente nova e desconhecida pelo outro. Arrepiou-se mais e inclinou o corpo para trás, no exato momento em que as mãos de Jeon foram parar em sua cintura.
Hayoon não sabia se podia, mas abraçou Jeon pelo pescoço e o trouxe para ainda mais perto, deleitando-se no beijo enquanto Jeon descia as mãos e pousava-as sobre a bunda farta do Park.
Não se conteve em apertá-la, era quase um pecado estar ali e não fazer aquilo. Jeon conseguia outra vez imaginar inúmeras coisas com Hayoon, mas era louco como apenas beijá-lo já estava sendo ótimo.
Os corpos se atraiam de uma forma forte, pareciam ímãs, talvez como se um fio invisível os unisse a cada segundo a mais, fundindo-os mais e mais.
Park afastou-se com a ausência do ar, mas Jeon não lhe soltou, passou os beijos para o pescoço de Hayoon, o que deixou o garoto ainda mais entregue sobre suas mãos.
- Jeon... - Hayoon queria apenas chamá-lo, mas vergonhosamente gemeu aquilo.
- Eu já disse, seu gemido é gostoso. - Jeon falou mordendo a pele branca com sutileza. - E você está ficando duro. Eu não consigo me controlar por muito tempo assim.
O Park olhou a própria intimidade enrijecida e afundou o rosto no peito de Jeon. Estava envergonhado, com tão pouco Jeon lhe deixou daquele jeito.
- Tenho que ir. - ele falou fitando os olhos escuros de Jeon.
- Posso pedir só mais um beijo?
Hayoon sorriu e ainda que sua vergonha fosse muita ali, ele assentiu.
- Só um...
Jeon mordeu o lábio inferior e deslizou a mão outra vez pelo corpo modelado do outro. As curvas de Hayoon era algo belo de ver e tocar e Jeon sentia até mesmo prazer em apenas tocá-lo daquele modo. Deslizou a mão até a cintura de Hayoon, sentindo o movimentar leve que a camisa dele tinha, e foi quando voltou a beijar os lábios carnudos do outro que Jeon não pensou sequer duas vezes antes descê-la um pouco e adentrar seus dígitos por debaixo do tecido.
O toque gélido assustou Park, o que fez com que ele levasse o corpo mais para a frente. Jeon fincou a mão ali, descendo-a mais e se inclinou para baixo para abraçar Hayoon.
O corpo menor parecia pena, tão leve e que Jeon não precisou fazer esforço algum para puxá-lo mais para si, enquanto caminhava cegamente para trás.
O intuito era encontrar a privada e sentar sobre ela, mas enquanto tinha Hayoon agarrado em seu pescoço e uma mão presa na cintura dele, Jeon vagava com a mão livre na parte de trás, procurando a tampa do vaso para fechá-la e enfim sentar ali.
Demorou, ele quase desistiu, mas enfim conseguiu. Sentou-se lá, o que fez Hayoon encará-lo completamente ofegante e com a boca vermelha.
- Vem. - Jeon o chamou indicando suas coxas para Hayoon sentar.
Ele outra vez pensou mais do que simplesmente agiu, mas seu corpo parecia seu inimigo ali, o volume já na calça de Jeon estava perceptível também, e a concepção daquilo fez o pau de Hayoon pulsar, consequentemente fazendo sua mente guiar o corpo até o outro e assim sentar onde Jeon indicava.
Hayoon teve a cintura agarrada outra vez, Jeon segurou-o e ajeitou-o melhor. As intimidades se encontraram, e aquilo que fez ambos gemerem baixo sem quebrar o beijo.
Jeon foi quem avançou outra vez nos lábios do Park. Sentiu quando ele infiltrou os dedos em seus cabelos longos, e não tardou em incentivar Hayoon a mover-se sobre si, apenas para senti-lo esmagar seu pau agora com a bunda.
- Eu poderia te foder devagar agora. - Jeon falou inclinando seu corpo e movendo-se junto ao de Hayoon.
E foi quando Hayoon gemeu audível. Nunca havia gemido daquele jeito, mas também nunca havia tido seu corpo seguro daquela forma, ou incentivado a se mover daquele jeito. Também nunca tinha sentido alguém tocar-lhe como Jeon tocava, ou gemia, ou beijava... Hayoon estava sem controle algum de seu próprio corpo.
Com certeza perderam tempo demais naquela pegação. As mãos de JaeHwa já haviam aberto todos os botões da camisa do Park e sua boca deixava beijos pelo corpo do outro.
Também não entendia sua própria vontade por aquele garoto. Jeon gostava de sexo, isso era mais que óbvio, mas ele nunca havia sentido uma atração tão forte quanto sentia ali.
Jeon passeou com a língua pela pele de Hayoon e estava pronto para tocá-lo sobre o mamilo, mas a porta do banheiro abriu e as vozes dos amigos de ambos foi ouvida bem, o que fez Hayoon abrir os olhos e JaeHwa se afastar.
- Minsun, eu te disse, não pode beber demais. - era a voz de Namsun.
Logo Hayoon se pôs de pé e estava fechando a camisa.
- Ele não bebeu. - Taeil falou. - no máximo três ou quatro drinks.
- Ele se alimentou? - YoonJin perguntou.
- Eu não sei, ele estava com Hayoon. - Namsun respondeu.
- E onde ele está?
E antes que Namsun respondesse à pergunta do Kim, Hayoon abriu a porta e teve todos os olhares direcionados a ele.
Minsun estava debruçado sobre a pia do banheiro e parecia querer vomitar.
- Minsun! - Hayoon correu e tocou a testa do amigo. - O que aconteceu com ele?
JaeHwa saiu logo em seguida. Ele fechava os poucos botões que Hayoon atreveu-se abrir de sua camisa e mesmo que tivesse Namsun completamente assustado ao vê-lo sair da mesma cabine que o amigo estava e Taeil lhe encarando por ele não está nem aí de ainda continuar com o pau duro, Jeon inclinou a cabeça e também observou Minsun.
- Por que você saiu da...
Namsun tentou perguntar, mas YoonJin cobriu sua boca.
- Seu amigo levou chifre, deixe ele se divertir.
- Eu ouvi isso. - Hayoon falou olhando o Kim através do espelho e viu-o sorrir. - Minsun não comeu nada hoje, eu disse para ele se alimentar antes de beber, mas ele nunca me escuta.
- Vamos levar ele para a casa. - Namsun falou se aproximando.
- Eu levo, ele vai dormir comigo hoje. - Hayoon avisou.
- Eu ajudo vocês a chamar um táxi. - Taeil falou e olhou para Hayoon e os outros, depois olhou para JaeHwa e apenas viu-o assentir. - Vamos.
Minsun não estava bêbado, mas realmente parecia estar mal quanto a sua saúde. Hayoon ainda questionou se não deveriam ir a um hospital, seria o mais sensato a fazer, mas Minsun se recusou a ir, então a única opção restante foi sua casa.
- Fica com o meu número, me ligue se precisar. - Taeil falou após deixar Minsun no táxi, e mesmo que o garoto tivesse com vergonha do vexame que segundo ele estava causando, ele gostou de saber que o Kim era fofo e atencioso consigo.
Hayoon assentiu, voltaria para a casa somente com Minsun, já que Namsun ainda levaria o Kim modelo para a casa. Taeil ainda olhou mais uma vez Minsun, apenas por garantia e afastou-se acenando para o outro já no carro.
Jeon aproximou o corpo do de Hayoon, e mesmo que eles não tivessem se falado depois que haviam saído daquela cabine de banheiro, não dava para simplesmente fingir que nada tinha acontecido.
- Eu fico com o seu número ou você com o meu? - O Jeon perguntou.
- Ah, eu não... não sei. - Hayoon respondeu.
Jeon então retirou o próprio celular do bolso e entregou a Hayoon.
- Põe o seu.
Hayoon ainda não saberia se aquilo era certo, a pegação havia sido a melhor de sua vida, mas isso não anulava que era um garoto de programa ali.
Digitou seu número mesmo assim, não saberia dizer não e talvez nem quisesse. Jeon ligou para o número e logo o celular de Hayoon tocou em seu bolso também.
- Agora é só salvar.
- Certo. - Hayoon assentiu. Estavam outra vez perto, como haviam se aproximado não saberiam explicar, mas estavam e não dava pra negar que os corpos pediam pelo menos um beijo de despedida. - Até mais. - o Park adentrou finalmente o Táxi e acenou.
Namsun logo adentrou outro táxi e se despediu, mas o Kim e o Jeon apenas olhavam o táxi com Hayoon e Minsun se afastar, e quando já não era mais possível de vê-los a olho nu, Jeon ouviu a voz do amigo.
- Talvez eu esteja muito fodido agora.
Jeon sorriu e deixou dois tapinhas sobre o ombro do amigo, incentivando-o a ir consigo atrás de um táxi também.
Porém, Jeon conseguia enganar a qualquer um, menos a si mesmo. E mesmo que ele tentasse vendar o estranho sentimento que estava nascendo em si pelo garoto de cabelos rosa, porque tudo o que já havia passado de ruim na vida lhe alertava a fazer isso, ele ainda sentia. E sentia de modo forte.
Mas aquilo que sentia, não era sequer comparado ao que um dia ele já pensou sentir. Então ele não entendeu o porquê de seu corpo já estar com tanta saudade do calor do outro e sua boca com saudade dos beijos. Eles sequer haviam fodido, como algo assim acontece consigo?
Pensava se também não estava fodido aquele momento, como Taeil falou. O que seria bem ruim e lhe deixava realmente assustado.
Mas foi quando adentrou o táxi junto a Taeil e indicou o endereço do outro ao motorista, que ele apenas negou para os próprios pensamentos.
Ele não estava fodido. Ele não sentia nada além de atração física por outra pessoa. Era isso que lhe fazia ser um bom profissional.
Jeon não desenvolvia sentimento algum por outra pessoa, e isso era apenas para se prevenir e se manter longe de qualquer coisa que lhe fizesse mal.
Ele não cometeria o mesmo erro. Não duas vezes. As marcas ainda presentes em seu corpo e principalmente em sua bochecha lhe faziam lembrar bem disso.