Garoto de Luxo
img img Garoto de Luxo img Capítulo 3 Primeiro encontro
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Capítulo 6 Ferrado img
Capítulo 7 Famílias img
Capítulo 8 Primeira vez img
Capítulo 9 Só amigos img
Capítulo 10 Meu corpo pede o teu img
Capítulo 11 Um mais um talvez dê três img
Capítulo 12 Sonhos quentes, desejos frios img
Capítulo 13 Apaixonados img
Capítulo 14 Chame pelo meu nome img
Capítulo 15 Me ensina como faz img
Capítulo 16 Último cliente img
Capítulo 17 Íntimos img
Capítulo 18 Me mostre que você é realmente bom img
Capítulo 19 Ameaças img
Capítulo 20 Polícia img
Capítulo 21 Fora da rotina img
Capítulo 22 Corpos, paixões e desejos img
Capítulo 23 Sina do destino img
Capítulo 24 A ponta do fio do destino img
Capítulo 25 Dias bons, dias melhores img
Capítulo 26 O melhor pedido img
Capítulo 27 Confissões img
Capítulo 28 Tribunal img
Capítulo 29 Amor selvagem img
Capítulo 30 FireClub img
Capítulo 31 Sonhos destruídos img
Capítulo 32 Ameaças do passado img
Capítulo 33 Dias bons img
Capítulo 34 Comemorações img
Capítulo 35 Enfim no banco de réu img
Capítulo 36 O destino trouxe uma nova felicidade img
Capítulo 37 Passado insistente img
Capítulo 38 Natal img
Capítulo 39 O encontro img
Capítulo 40 A realidade pode doer img
Capítulo 41 Coração partido img
Capítulo 42 Almas ligadas img
Capítulo 43 A primeira Neve img
Capítulo 44 Dores e persistências img
Capítulo 45 Família unida img
Capítulo 46 Aniversário, desculpas e promessas img
Capítulo 47 Proteção img
Capítulo 48 Tatuagens img
Capítulo 49 Tempo img
Capítulo 50 Conquiste img
Capítulo 51 Família Jeon img
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Capítulo 3 Primeiro encontro

JaeHwa estava deitado sobre as pernas de Taeil. Os garotos esperavam o início das aulas, e enquanto isso não acontecia, olhavam o céu estrelado de mais uma noite no campus.

Taeil sempre gostava de ficar deitado debaixo das árvores dali. JaeHwa não se agradava tanto, poderia ter insetos, mas o Kim garantia que não.

- A gente conversou hoje o dia todo. - Taeil falou olhando para o celular. Seu sorriso grande indicava de quem estava falando, JaeHwa já havia ouvido muito do garoto de cabelos azuis, principalmente depois da noite da boate. - ele me convidou para um café, mas as aulas terminam às nove, um café não é a melhor opção.

- E se o café for só uma desculpa? - JaeHwa perguntou acomodando-se melhor sobre as pernas do melhor amigo. - YoonHa disse que ia chamar um carinha que ele está conversando para um jantar, mas contou que essa era só uma estratégia para foder com ele depois.

- Por que está falando do YoonHa pra mim?

- Porque eu sei que vocês ainda se gostam e eu gosto de ver o jeito que você sempre reage quando falo dele.

- Nós não nos gostamos mais. - o Kim voltou os olhos para o celular e riu da mensagem que acabava de receber. - Aliás, eu acho que só nos gostamos um pouquinho...

JaeHwa guiou os olhos para a tela do celular do outro e riu. Era uma mensagem de YoonHa, perguntando quantos minutos a água deveria ferver para cozinhar um macarrão instantâneo.

- Você 'tá fazendo o gatinho passar fome? - Taeil respondeu à mensagem do outro e bloqueou a tela. - Que tipo de amigo você é?

- Do tipo que trabalha e estuda. E... Gatinho, é? - JaeHwa riu se erguendo e sentando ao lado do outro.

- É só um modo de falar... e não muda de assunto. Por que você não deixa meu- quer dizer, o gatinho alimentado sempre?

- YoonHa precisa ir a umas aulas de culinária, ele não sabe nem fazer um macarrão instantâneo e fica se entupindo de fast-food. Eu deixo comida congelada, ele só precisa esquentar no fogão, mas ele sempre queima!

- YoonHa sempre foi assim, JaeHwa, ele sempre teve quem fizesse pra ele na casa dos pais, por isso é difícil agora. Mas ele se esforça, não é?

- Na medida do possível, sim.

O sinal da primeira aula tocou, o que fez os garotos se assustarem um pouco. JaeHwa recolheu sua bolsa e limpou a calça, vendo Taeil fazer o mesmo.

- Mas então, você vai para o tal café com o...

- Minsun. E sim, eu vou.

- E se for um truque? - JaeHwa adentrou a sala de aula e sentou-se ao lado de Taeil.

- Bom, se for um truque, que bom, não é? Eu não fodo a... sei lá quanto tempo.

- Mas você e o YoonHa...

- Shh!

- Vocês transaram no meu sofá a menos de um mês.

- Foi só uma foda pra matar a saudade.

- E que saudade, não? Eu fiquei a noite toda ouvindo vocês, o que não foi muito agradável.

- Ah, o YoonHa tem um gemido gostoso, diz aê.

- Gostoso é o meu pa-

- Eu sei, eu sei. Eu usei ele quando 'tava no tédio, lembra?

- Não é estranho que eu e você já tenha transado e que ao mesmo tempo meus melhores amigos também?

- Bom, não. E não foi na mesma época, então tranquilo.

- Super tranquilo. - JaeHwa riu e olhou para a frente. O professor adentrava a sala, o que logo anunciava para que todos ficassem em silêncio.

Taeil também fez o mesmo, buscando o caderno dentro da bolsa. O professor já ditava o assunto no qual seria estudado naquela noite, mas a atenção de JaeHwa ali foi interrompida quando um aluno atrás de si, cutucou seu ombro.

Era um aluno que JaeHwa sempre viu, afinal, faziam o mesmo curso a anos, mas além de Taeil, JaeHwa só falava com os professores, então mal sabia o nome do homem atrás de si.

- Eae, beleza? - JaeHwa assentiu para a pergunta. - Eu me chamo Jiwan, você tem uma caneta pra me emprestar? Eu vim sem nenhuma...

JaeHwa segurou-se para não revirar os olhos. Não gostava de emprestar suas coisas, e muito menos para alunos desinteressados. Quem vai para a aula e não leva uma caneta? Mas mesmo assim ele buscou uma de sua bolsa e entregou ao outro.

- Valeu.

JaeHwa não retribuiu o sorriso e voltou sua atenção para o professor.

[...]

Park Hayoon e Jung Minsun terminavam de vestir suas roupas após um rápido banho nos chuveiros que haviam no vestiário do estúdio. Haviam acabado de terminar mais uma aula prática e nenhum deles gostava da sensação do suor grudado na pele, então mesmo que não fosse uma opção muito animadora, os chuveiros dali era a única que tinham.

- Hayoon. - Junsik apareceu ali, seus cabelos também estavam molhados, o que indicava que havia acabado de tomar um banho também. - Você tem planos para hoje?

Minsun como sempre revirou os olhos ao ver o garoto, era pura implicância, mas Hayoon negou para a pergunta do outro, fazendo-o abrir um sorriso como de propaganda de creme dental.

- Quer sair para tomar um suco?

Minsun ergueu a sobrancelha para a pergunta e puxou Hayoon para pertinho de si.

- É um truque pra fazer sexo!

Hayoon estalou a língua e negou rindo. Afastou-se, buscando sua bolsa e caminhando para fora com Junsik.

- Aqui mesmo no campus? - Hayoon perguntou vendo Minsun segui-los também, enquanto olhava para a tela do celular.

- É... pode ser. - Junsik sorriu.

- Hayoon, eu já vou. - Minsun avisou parando a frente de ambos. - Tenho um truque marcado pra agora.

- Truque? - Junsik perguntou franzindo o cenho.

- Truque de sexo. - Hayoon respondeu.

- É, sabe? Você convida alguém para um café, ou sei lá, um suco, e torce pra terminar em sexo.

- Ah...

- Bom, eu já vou indo. Bom suco, ou talvez não tão bom assim. - Minsun riu e abraçou Hayoon. - É sério, não faz o truque dele. - sussurrou para o amigo, mas afastou-se, piscando um olho e acenando completamente falso para o outro.

Viram Minsun se afastar, então Hayoon arrumou melhor sua bolsa sobre o ombro e sorriu para Junsik.

- Vamos.

[...]

Taeil e Minsun sorriam um para o outro enquanto bebiam seus cafés. De fato o "truque" parecia funcionar, já que sempre que Taeil falava uma bobagem, Minsun ria mais e encantava-o mais, sempre se aproximando ou simplesmente inclinando o corpo junto a risada mais alta.

- Você fez mesmo isso? - Minsun perguntou enquanto via Taeil assentir e balançar seus cabelos vermelhos.

- Eu juro para você, quando meu pai me pediu para desfilar para ele, eu simplesmente congelei na metade da passarela, foi um desastre.

- Ainda não consigo acreditar que seu pai é Kim JiHu e sua mãe Kim Sofy, eles são tipo: os deuses da moda, Tae.

- Pois é, e é por isso que eu acho que sou adotado. - ele riu. - Meu pai é um estilista mundialmente conhecido, minha mãe uma modelo, e eu... Bom, eu sou só o Taeil. Eu curso administração por causa do JaeHwa, e cara, é louco porque eu me apaixonei pelo curso. Mas fora isso, ninguém me conhece como conhecem os meus pais.

- Ao menos podemos ter privacidade assim. - Minsun falou mais baixo, sentindo os dedos de Taeil tocar seu joelho. - Mas me diz, porque JaeHwa foi quem te fez escolher o curso?

- É uma história bem longa. JaeHwa e eu nos conhecemos por acaso. Foi em uma festa chata, ele me salvou de lá e até hoje somos amigos. Os melhores, aliás.

- Ele parece ser um cara bem legal.

- Ele é, poderíamos marcar um dia para sairmos juntos, aquele seu amigo baixinho também, eu sei que ele e JaeHwa se pegaram no banheiro naquele dia na boate.

- Oh, é mesmo, eu tinha me esquecido completamente disso.

- Você não estava bem de saúde. - Taeil riu e se aproximou mais, quase colando os corpos se não fosse o pequeno espaço entre as cadeiras. - Mas nos divertimos muito também, disso você lembra?

- E tem como esquecer? - Minsun riu e enfim quebrou o espaço restante, tocando os lábios de Taeil com os seus e suspirando com a suavidade daquilo. - o seu beijo é algo que não dá para esquecer.

Taeil riu soprado. - Isso é engraçado.

- Por quê? - Minsun beijou-o outra vez em um selar e afastou minimamente para beber apenas um pouco de seu café.

- Porque outra pessoa já me disse o mesmo.

Minsun olhou-o, mas não mudou o sorriso calmo que tinha nos lábios.

- Uma pessoa especial?

- Talvez. - Taeil bebeu de seu café também e olhou-o. - Mas não é algo que nos impeça, é?

- Não. - o outro disse. - a menos que não seja uma traição.

- Não é. Eu posso ser um pouco safado, e talvez eu fique com mais de uma pessoa, mas eu nunca traí.

- Eu gosto da sua sinceridade, porque eu sou exatamente assim.

- Você está ficando com alguém? - Taeil quis saber. Não era como se ele fosse ficar com ciúmes ou algo assim, até porque ele não poderia dar tal garantia a Minsun tendo sua mente ainda predominada por outra pessoa. Sua mente, e parte do seu coração.

- Não, mas nós conversamos.

- Vocês nunca se encontraram?

Minsun negou sorrindo.

- A única pessoa daquele aplicativo que eu já conheci foi você e foi por acaso. Eu não costumo marcar encontros, é bem raro.

- Então, talvez eu tenha sorte?

- Sorte?

Minsun riu da aproximação do outro, mas focou apenas em seus lábios sendo úmidos antes dele ditar:

- De te ter para mim. Ao menos por hoje.

- Bom, se você for legal, você pode ter muito além do que somente hoje.

- Hm... eu gosto dessa proposta.

Minsun riu e negou, beijando os lábios de Taeil outra vez e sentindo o outro segurar-lhe firmemente pela cintura.

Minsun gostava do toque, era algo que sempre lhe atraia nos caras. Homens de mãos grandes geralmente pegam com força, e tudo que ele queria era terminar a noite com as mãos de Taeil percorrendo por todo o seu corpo.

- Então vamos para outro lugar. - Minsun sussurrou com a boca sobre a do outro.

E Taeil não precisou responder. Beijou-o uma última vez e ergueu-se, buscando os copos vazios e jogando-os na lixeira que havia próxima dali, e depois buscou sua bolsa para em seguida buscar a mão de Minsun.

- Vamos para a minha casa.

[...]

- Eu não fazia ideia que você gostava desse tipo de filme, Junsik-ah, eu o meu favorito!

- Então é o nosso segredo. - o garoto riu. - Eu não gosto muito de filmes violentos, então animações sempre é o que acabo vendo.

- Woah, mas é simplesmente o melhor tipo de filme que existe, dá para assistir com qualquer pessoa independente da idade.

- Eu também acho a mesma coisa. E... o que você acha de marcarmos um dia para irmos ao cinema assistir a algo assim?

- Ah, seria legal. Eu posso chamar o Minsun também, ele adora assistir animações comigo, a gente sempre conversa depois sobre todas as cenas.

- Ah, tudo bem então.

- Nós marcamos. - Hayoon falou e buscou o celular, verificando que já passava das dez da noite. - eu preciso ir agora. - ergueu-se e procurou uma lixeira para jogar o copo vazio do suco de laranja que havia bebido.

- Ah, mas já? - Junsik também se pôs de pé. - Eu posso te levar em casa, se quiser.

- Não precisa, eu vim com o meu carro. - Hayoon falou com um sorriso terno e aproximou-se apenas para abraçá-lo em despedida. - Demais marcamos o cinema, está bem?

- Ok.

Junsik acenou para Hayoon, vendo-o se afastar. O garoto realmente queria ter tido um tempinho a mais com o outro, mas já estava bem feliz por finalmente estar se aproximando um pouco de Hayoon.

E Hayoon caminhava tão alheio, pensava só no número da vaga no qual havia deixado seu carro, pois sempre demorava procurando o veículo no extenso estacionamento, mas teve seu corpo parado com brutidão quando um par de mãos parou-o pelos ombros.

Seus olhos logo fitaram quem havia lhe dado aquele susto, mas assim que o fez, Hayoon sentiu raiva.

- Eu quero conversar com você.

- Você conversará é com o cão, comigo não.

Hayoon tentou desviar o corpo do de Jiwan, mas ele se pôs na frente outra vez, barrando a passagem.

- Eu errei, ok, eu já entendi. Eu e Jehun não estamos mais ficando, você pode, por favor parar com essa besteira agora?

- Besteira? - Hayoon riu incrédulo e pôs ambas as mãos sobre a cintura. - Você comeu o quê? merda?

- Hayoon, escuta-

- Você quem vai me escutar. - o menor ergueu o dedo na direção do outro, calando as palavras de Jiwan. - Você é um filho da mãe safado, que me traiu e agora vem até a mim, dizer para eu parar com a besteira? Quem está com besteira é você, seu descarado! Se eu soubesse onde vende vergonha na cara, eu compraria e te dava, porque você não tem nenhuma! Eu terminei com você porque tudo o que você fez foi me fazer de bobo. Eu não tive respeito, você sequer me amou, só me enganou. Eu tenho nojo de você agora, nojo! Não quero mais ver você, falar com você. Você morreu pra mim!

- Mas-

- Nunca mais fale comigo.

Hayoon virou-se com brutidão e desviou os passos. Saiu dali pisando firme e fazendo algumas pessoas até mesmo o olharem por ter as bochechas vermelhas e infladas, enquanto um bico raivoso ocupava sua boca.

Ele saiu da universidade o mais depressa que pôde, não queria mais ver Jiwan ou com certeza daria um de seus famosos chutes "anti macho escroto" e sairia ainda mais nervoso.

Procurou o carro e bufou. Não lembrava mesmo o número da vaga que havia deixado-o e quanto mais ele procurava e não achava, mais raiva ele sentia.

- Que inferno! - gritou no meio dos carros.

- Olá? - Hayoon ouviu a voz atrás de si e virou-se, encontrando JaeHwa lá. O garoto destravou o carro ao lado, o que fez Hayoon olhar com o cenho franzido. - Algum problema?

- Perdi a merda do meu carro.

- Você não sabe em qual vaga deixou? - Jeon jogou a bolsa no banco traseiro e fechou a porta, olhando para Park.

- Bom, se eu falei que perdi, é porque não, eu não sei.

- Está de mau humor? - JaeHwa riu se aproximando. - É um mau dia?

- É um péssimo dia. - O Park esgueirou-se numa nova tentativa de encontrar seu carro e bufou.

- Como é seu carro? - JaeHwa compadeceu, olhando também ao redor.

- Igual o seu. Um Volvo XC60, porém o meu é vermelho.

- Vermelho é cor para mulheres.

- Ah, não me diga uma merda dessas. - Park afastou-se para olhar além. - não sabia que era machista assim.

- Ok, me desculpe. Mas, você não tem sequer noção de onde pôs?

- Não, eu não tenho, já disse. - Hayoon notou Jeon atrás de si. Ele olhou para o homem, mas entendeu que ele só queria ajudar. - me desculpe, eu só odeio perder meu carro.

- Está tudo bem, as pessoas costumam ser grossas comigo às vezes.

Hayoon olhou-o outra vez e suspirou.

- Eu não quis te ofender.

- Não ofendeu. Você tem certeza que deixou esse carro por aqui? Não 'tô vendo nada...

- Eu tenho. - Park olhou outra vez, mas abusou-se e jogou sua bolsa no chão. - Jiwan, isso é tudo sua culpa! - E gritou, pisando no chão com força diversas vezes. - Como eu queria te chutar agora!

Jeon apenas olhava quieto ao lado. O Park com certeza estava com muita raiva ali, seu rosto estava completamente vermelho.

- Ok. - Jeon falou quando enfim o Park parou com os passos pesados e só tentava recuperar o ar perdido. - Vem comigo.

Hayoon permaneceu olhando Jeon se afastar de onde estavam e voltar até o carro. O garoto não entendia nada, mas estava cansado, então buscou a bolsa do chão e seguiu Jeon.

- Entra. - JaeHwa pediu abrindo a porta do carona para Hayoon.

- O quê?

- Entra. - JaeHwa insistiu.

- Não! Eu nem te conheço.

- Mesmo? - O outro sorriu ladino e deixou a porta aberta, aproximou-se de Hayoon e parou bem perto dele, olhando-o nos olhos. - Você gozou na minha boca, rebolou no meu colo e quase fodeu comigo num banheiro de boate, então eu acho que você me conhece sim.

O Park logo estava com suas bochechas rubras, mesmo que ele ainda olhasse para Jeon com seriedade.

- Anda, eu garanto que você vai gostar. - JaeHwa insistiu.

- O que você quer... fazer comigo?

JaeHwa parou olhando-o apenas, e riu depois de alguns segundos.

- Eu não falarei, para não te assustar, mas garanto que por agora, hm, não há nada de mais. Você está com muita raiva, seria irresponsabilidade minha te deixar dirigir assim.

- Mas nós nem achamos meu carro...

- Eu achei. - Jeon falou e apontou. Park estreitou os olhos e viu seu carro a cerca de trinta metros.

- Mas como...?

- Anda, Park, vem. - JaeHwa chamou outra vez parando na porta do carona.

Hayoon demorou até ceder, aproximou-se devagar e adentrou o carro.

- Eu só 'tô aceitando porquê... porquê...

- Não precisa se justificar. - Jeon retirou a bolsa dele e jogou no banco traseiro junto a sua, em seguida viu Park ajustar o cinto de segurança e enfim deu a volta para ir até o banco do motorista. - Eu vou te levar pra um lugar bem legal. - Park estreitou os olhos para ele, o que fez-o rir. - Prometo que não é um motel!

O outro não disse nada, apenas permaneceu no silêncio até ter JaeHwa dirigindo pela cidade.

- Está com fome? - Jeon o perguntou.

- Um pouco...

- O que me diz de comermos agora? Tem um hambúrguer de camarão que é o meu-

- Favorito. - Hayoon riu. - É o meu também.

- Oh, mesmo?

- Sim, hambúrgueres de camarão e sorvetes de morango são as melhores coisas do mundo.

- Sorvete de flocos é o melhor.

- Claro que não, morango que é. Você precisa experimentar o sorvete que vende em frente ao meu prédio, você fica simplesmente viciado naquilo.

- Isso me soa como um convite. - Jeon falou rindo e guiando o carro para a fila do drive thru. Retirou o próprio cinto de segurança para buscar a bolsa no banco de trás.

- Pega a minha também. - Hayoon pediu.

Jeon o fez, entregando-o e abrindo a própria bolsa, em busca de sua carteira, mas riu quando lembrou que havia deixado no porta luvas.

- Aqui. - Hayoon ergueu uma nota de vinte mil won.

- Não precisa. - Jeon o respondeu, guiando o carro para a frente quando a fila andou. Tinha somente mais um carro para que fosse a vez dele fazer os pedidos.

- Eu insisto. É para pagar meu hambúrguer...

- Não precisa, Park. Eu te convidei, eu pago.

- Mas-

- Boa noite, quero dois hambúrgueres de camarão e dois refrigerantes grandes. Ah, batatas também, duas dá maior que tiverem. Obrigado.

Hayoon continuou segurando a nota, mas Jeon realmente não a buscou. Ele pegou os pedidos, deixando boa parte sobre as pernas do Park e retirou duas notas altas de dentro de sua carteira.

JaeHwa sorriu quando olhou para Hayoon e encontrou-o segurando os lanches sem um jeito correto. Havia um estacionamento logo ali, então foi onde JaeHwa parou o carro e buscou parte de seu lanche, descendo o braço que havia no banco e encaixando o copo com refrigerante. Em seguida ele retirou os sapatos que usava e dobrou as pernas, sentando em posição de índio antes de abrir o embrulho do seu hambúrguer e com euforia dar a primeira mordida.

Tinha a boca cheia quando olhou para Hayoon e encontrou-o ainda quieto.

- Não vai comer? - perguntou tentando não soar grosseiro enquanto ainda tinha a boca parcialmente cheia.

Hayoon assentiu e ainda envergonhado, deixou o seu copo com refrigerante ao lado do de Jeon e arrumou sua batata entre as coxas. Sua boca salivava somente com o cheiro do hambúrguer de camarão empanado, mas ele deu uma pequena mordida inicial, não queria parecer um faminto.

- Podemos conversar? - Jeon perguntou de boca vazia, olhou-o para só depois buscar algumas batatas.

- Sobre o quê? - Hayoon perguntou baixo, retirando seus sapatos e devagar sentando na mesma posição que o outro. - Você se importa? - perguntou-o referente ao pé sobre o banco.

Jeon negou. - Por que você estava gritando daquele jeito?

- Eu não encontrava meu carro, você viu.

- Não... digo, eu ouvi você dizer que queria chutar alguém.

- Ah... - Hayoon riu e bebeu um pouco do refrigerante. - Meu namorado é um otário.

- Ah, aquele que te pediu para me contratar?

- Na verdade, agora somos ex-namorados, mas ainda bem. E sim, é ele. Ele estuda na mesma sala que você, deve conhecer.

- Mesmo? Então... ele sabe que eu e você...

- Acho que não, Jiwan não liga muito pra nada. Bom, eu acho que não ligava. Hoje ele veio falar comigo após eu ter descoberto uma traição, acredita? Aquele canalha...

- Então você está solteiro? - Jeon guiou os olhos melhor para Park.

- Sim. Solteiro e virgem.

- Podemos resolver isso. - Jeon disse com um sorrisinho no canto dos lábios, o que fez Park olhá-lo de modo ligeiro. - estou brincando. Bom, mas nem tanto.

- Você é direto demais... - Hayoon falou mordendo seu hambúrguer e desviando os olhos.

Jeon achava o modo de agir do outro fofo.

- Eu acho que às vezes sou sem querer. Se te incomoda, desculpe.

- Não, tudo bem...

Ficaram outra vez em silêncio, o que não incomodou Jeon. Mas Park ainda se sentia estranho, talvez fosse o fato de que o homem ao seu lado já tivesse lhe chupado e agora comia tranquilamente ali.

- Eu posso... te perguntar algo?

- Quer saber porque eu me prostituo, ou o porquê comecei a fazer isso?

E outra vez, Jeon estava sendo direto.

Hayoon abaixou os olhos, buscou sua bebida e calou-se.

- Eu faço porque quero, de certa forma. - Jeon falou. - Comecei porque precisava, foi o que me ajudou a ter um teto e comida na mesa. Mas hoje é o que me dá a possibilidade de realizar um sonho, e eu estou quase lá.

- Um sonho? - Hayoon perguntou baixo.

- Sim, eu quero ter minha própria boate. Mas não é qualquer boate, é a boate. Taeil será meu sócio, estamos nos organizando desde o início do curso para isso.

- Ah... legal.

Jeon terminou seu lanche, ficando apenas as batatas. Ele buscou a caixinha com o alimento e olhou para Hayoon enquanto comia.

- Eu e Taeil nos conhecemos quando eu ainda era só um entregador de bebidas. Foi em uma festa, eu ajudei-o com as bebidas e ele me ajudou apresentando a "galera" dele.

- Foi assim que você começou?

- É, eu acho que sim. Trabalhos de meio períodos são essenciais, mas não nos dão o suficiente para pagar casa, comida e afins... eu tenho muitas tarefas ainda não finalizadas e necessito muito do dinheiro. Meu primeiro cliente eu conheci naquele dia, o que foi bem engraçado, porque depois que nos conhecemos melhor, ele quem se ofereceu para me ajudar financeiramente e eu que quis fazer sexo com ele.

- Mas, se o sexo não foi necessariamente pelo dinheiro, então não foi prostituição...

- É, não foi. Mas eu chamo de primeiro cliente por ser o que me mostrou o caminho para o dinheiro que eu necessitava. Eu realmente não me sinto sujo por fazer o que faço, é só sexo. E quando esse meu primeiro "cliente" teve que casar, eu não podia simplesmente ficar sem o dinheiro, então eu conheci uma pessoa que me mostrou um aplicativo e lá eu conheci pessoas que pagavam muito bem para ter meu corpo.

- O aplicativo que eu te encontrei? - Hayoon perguntou olhando-o. Jeon assentiu.

- Sim. Eu não costumo aceitar clientes novos, sempre atendo os mesmos e com a maioria eu tenho valores fixos por mês, alguns atendo apenas por chamada de vídeo, são de outros países ou reservados demais, mas ganho ainda assim. Mas recentemente um cliente se apaixonou, então foi um a menos...

Hayoon se surpreendeu ao ter o outro falando tão tranquilamente sobre sua vida profissional. Era como um livro aberto, como qualquer outro "profissional" que fala com paixão da sua profissão.

Mas aquela não era qualquer profissão. Tinha mesmo como gostar de fazer aquilo? Hayoon não acreditava muito.

- Mas você quer viver disso? - Não aguentou a curiosidade. - você não... pensa em uma profissão normal?

- E deste quando fazer sexo é anormalidade? - Jeon perguntou sutilmente, juntando o lixo das embalagens para jogar fora.

- Não é isso.

- Você foi meu cliente, foi anormal o que fizemos? - Jeon indagou. - ou foi só prazer? - ele riu. - Park, a maioria dos meus clientes me tem como escape. Muitos apenas conversam, jogam uno...

- Uno? - Hayoon riu.

- Sim, uno. Meu cliente apaixonado adora jogar Uno. Sexo é o principal na minha profissão, mas eu não sou tão raso assim.

- Eu não quis dizer isso, Jeon. Me desculpe...

- Está tudo bem.

- Mas... - Park olhou-o e retirou os pés do banco, ajeitando a postura sobre o banco. - como vai ser a sua boate?

Jeon riu e abriu a porta, visando a lixeira que havia a frente do carro.

- Um dia eu te levo lá. - ele falou antes de sair e ir até à lixeira. Hayoon continuou olhando-o, estranhando a forma em como se sentia à vontade ali, mas Jeon voltou e ele desviou o olhar quando o outro pôs o próprio cinto de segurança. - Quer ir para a casa ou eu ainda posso te levar a outro lugar?

Hayoon buscou o cinto de segurança e colocou-o também.

- Não é para um motel? - ele riu quando Jeon negou balançando a cabeça e fazendo os cabelos longos balançarem de forma divertida. - Tudo bem então.

O outro riu e deu partida no carro, saindo do estacionamento e levando Park para mais um de seus lugares favoritos.

- Eu tenho certeza que você vai gostar.

[...]

Estavam parados em frente a um prédio marrom. Hayoon olhava para o alto, analisando o lugar enquanto Jeon o analisava.

- O que tem de especial aqui? - Hayoon o perguntou.

- Você só vai saber se entrar comigo.

O Park estreitou os olhos para o outro, mas Jeon apenas sorriu mais. Era um truque? Hayoon não saberia responder, mas estranhamente ele confiava no outro, então assentiu e seguiu junto à Jeon quando ele abriu o pequeno portão que havia para a passagem dos moradores.

Não era um prédio muito grande, somente três andares e o terraço era o que havia ali, mas subir três andares de escada cansava, e Hayoon mesmo sendo um bom dançarino e acostumado a pegar pesado nos treinos, já respirava com dificuldade quando chegou na porta no fim da última fileira de escada que dava para o terraço.

- Está pronto para morrer de amor?

- Isso é um tipo de cantada ou algo assim? - Hayoon perguntou pondo as mãos sobre os joelhos e respirou fundo. - Cacete, eu 'tô mortinho.

- Poxa Park, eu pensei que você aguentasse mais. - Jeon riu.

- Ha, ha, ha, você nem me conhece. Mas eu aguento sim, ok? Eu sou um bom dançarino, tenho muito fôlego.

- E é bem flexível? - Jeon provocou-o mais, recebendo um tapinha sobre o peito.

- Estou pronto para morrer de amor.

- Tem certeza? - Jeon perguntou segurando a maçaneta da porta. - O que tem aqui é muito, muito forte.

- Só abre logo.

JaeHwa riu, abrindo a porta devagar e vendo o modo em como os olhos do Park aumentavam de tamanho a cada centímetro a mais. Ele enfim abriu a porta, mas foi rápido em tapar os olhos de Hayoon com suas mãos, parando atrás do garoto.

- Um passo de cada vez. - Jeon falou baixo, perto do ouvido do outro.

Mesmo aquilo tendo um efeito absurdo sobre Hayoon e seu corpo tendo arrepiado por completo, ele assentiu. Jeon também notou os pelinhos da nuca do outro, eriçados, e provocou-o passeando os dedos por ali. Mas seu foco não era provocar o Park a ponto de excitá-lo, mesmo Jeon tendo certeza de não precisar de muito para conseguir. Ele guiou os passos de Hayoon de forma vagarosa e quando enfim estava onde queria, liberou os olhos de Hayoon devagar.

- Minha nossa! - Hayoon exclamou alto.

JaeHwa riu daquilo é claro, mas também quase se derreteu ao ver o modo vagaroso em que Park se aproximou mais.

Havia uma cadelinha marrom de pelos baixos deitada sobre uma caminha rosa. Mas além dela, cerca de cinco filhotinhos recém-nascidos mamavam. Hayoon abaixou-se ao lado da cadela, encolhendo-se e abraçando as pernas enquanto a olhava. Jeon, por sua vez, já conhecia a cadelinha, e sentou-se no chão bem ao lado para acarinhar as orelhas dela.

- É sua? - Hayoon perguntou atrevendo-se a tocá-la também, mas demorou um tempo até a cadela cheirar seus dedos e parecer ceder aos carinhos também.

- Não, de um grande amigo. Mas eu sempre venho aqui e acabo tendo ela como minha também.

Hayoon riu quando a cadelinha virou-se de barriga para cima, o que fez alguns dos bebês dela ir junto, caindo alguns também.

- Ela gosta de carinho. - Hayoon falou sentando-se no chão, assim como Jeon.

A porta da escada abriu outra vez, mas um senhor de idade foi quem passou por ali. Ele trazia consigo um enorme saco de ração, então Jeon se pôs de pé rápido e foi até ele, buscando o saco.

- Quanto peso, senhor Lee. - JaeHwa reclamou. - O senhor subiu todas essas escadas com isso?

- Foram só alguns degraus, filho. - O homem riu. - eu não sabia que você estava aqui, ainda mais com... visitas.

Hayoon se pôs de pé, caminhando ainda vergonhoso e parou ao lado de JaeHwa. Ele sorriu para o idoso, fazendo uma reverência em respeito antes de estirar sua mão.

- Sou Park Hayoon, senhor.

- Um prazer, Hayoon. Sou Lee Sunjin. Você é o namorado do Jae?

- Senhor Lee! - JaeHwa protestou, o que fez o senhor rir.

- Ele é bonito, oras.

- Eu... Nós não somos. - Hayoon riu contido e encolheu os ombros. - somos só... colegas.

- Talvez um dia, amigos. - Jeon riu e piscou apenas um dos olhos para o mais velho. - vou torcer por isso, senhor Lee.

- Eu torço para vocês namorarem. - O homem disse sem filtro algum. - Sabe a quantos anos eu conheço esse garoto? - perguntou a Hayoon, que negou rindo baixinho para ele. - Cinco anos? Talvez seis. Eu conheci Jae no mercado, ele trouxe minhas bebidas. Sabe aqueles refrigerantes? Eu gostava muito, mas o médico proibiu.

JaeHwa riu do homem já falando sem freio.

- Viemos ver a Delly, senhor Lee. Mas ela parece tão quietinha, está tudo bem?

- Eu não sei filho, também percebi que ela está tristinha. Eu queria levá-la ao veterinário, mas é tão difícil. Eles não vem até aqui, eu preciso levá-la, mas eu não consigo, é caro, muito caro.

- Caro... quanto? - Hayoon perguntou e olhou a cadelinha repleta de filhotes.

- Quarenta mil won por consulta, mas eles logo disseram, por telefone ainda, que talvez precise ser feito exames, e cada um custa cem mil won. Eu recebo uma aposentadoria apenas, meu neto não conseguiu um trabalho ainda, está tudo bem apertado.

Hayoon tornou o olhar para o Homem e olhou JaeHwa em seguida, encontrando no olhar do outro o mesmo sentimento que tinha em si.

- O senhor estará em casa amanhã? - Hayoon perguntou.

- Estou sempre em casa, menos pela manhã, eu vou à praça jogar damas. Ah, a noite também, eu vou ver a senhora Jung, no apartamento doze, ela é minha namorada, assistimos o jornal da noite juntinhos no sofá. - JaeHwa riu negando daquilo, mas Hayoon achou fofo, muito fofo. - Mas por que filho?

- Porque vamos levá-la ao veterinário amanhã. - JaeHwa disse. - E não se preocupe, estou num bom trabalho agora, lembra? Eu pago por tudo.

- Oh, saeng... você é um anjo. E eu nem te perguntei, como está o seu trabalho no escritório? Estão puxando muito no seu pé?

JaeHwa olhou para Hayoon, antes de voltar o olhar para o homem e dar de ombros. Não podia simplesmente contar para a pessoa que tinha como um pai que estava vendendo seu corpo daquele modo. Por mais que JaeHwa não se sentisse errado ou sujo, eram de épocas e ensinamentos diferentes, o respeito ao outro era maior.

- Está tudo bem senhor Lee, estou indo muito bem lá.

Ainda continuaram a conversa com o homem, e até mesmo ajudaram-no a alimentar a cadelinha. Hayoon até mesmo fez carinho em alguns dos "bebês" para que nenhum chorasse e ela pudesse se alimentar direitinho. Jeon brincou com ela mais um pouco, tentando animá-la, e até mesmo conversou um pouquinho com a Delly, dizendo que os bebês eram lindos e que ela era uma boa mamãe. Segundo ele, aquilo animava-a com certeza.

Deixaram o lugar com os corações levinhos, sorriam bobamente mesmo que não conversassem nada no caminho de volta.

- Eu deveria ficar surpreso por você lembrar meu endereço? - Hayoon riu quando Jeon estacionou em frente ao seu prédio.

- Não, não mesmo. - JaeHwa riu relaxando o corpo no banco.

Hayoon respirou fundo, precisava ir, mas estranhamente sentia vontade de ficar um pouquinho a mais ali.

- Eu gostei. - ele disse quebrando o silêncio, vendo JaeHwa com a cabeça apoiada no banco lhe encarando.

- Então eu posso pensar em te convidar mais vezes?

- Talvez. - ele buscou a bolsa no banco de trás, consequentemente aproximando-se de Jeon. - E não esqueça de avisar quando for levar Delly ao veterinário, eu vou junto a você.

- Não precisa. - Jeon negou, mas Park assentiu.

- Faço questão.

JaeHwa não protestou, olhava intensamente para Hayoon, mesmo tendo noção de que talvez estivesse deixando o outro envergonhado.

- Então... até depois? - Hayoon perguntou. Jeon assentiu e ergueu o corpo, aproximando-se do de Hayoon. - até mais.

Ainda continuaram se olhando de perto, era notório o clima entre ambos e como as bocas pediam por um beijo. Um mísero beijo. Mas Hayoon abriu a porta e mesmo que também sentisse aquela estranha vontade, se retirou e acenou já de fora.

- Tchau Jeon.

JaeHwa riu, tinha que lembrar após pedir para que o outro fosse menos formal com ele, mas não negava que gostava do som da voz de Hayoon lhe chamava daquele jeito.

Ele sorriu e acenou também.

- Até mais, Park.

            
            

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