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Carlos ficou pálido, Stefano ainda esperava que dissesse algo, mas ele ainda continuava calado, parecia que ele teria que ser mais incisivo.
- Acho que você perdeu a fala. Quer ver uma foto dela para relembrar? - Stefano disse com sarcasmo.
- Sr. Guerra, por favor, vamos conversar em outro lugar, eu entendo a sua raiva, mas as coisas não são tão simples, não envolva a minha família nisso.
- Ah, Sr. Mancini, você não quer que eu envolva a sua família, mas você sabe o que fez com a minha? Mas uma coisa, você sabe o que eu fiz com todos os envolvidos nesse caso?
- Sr. Guerra, eu assumirei a minha responsabilidade, mas por favor não envolva a minha família nisso.
- É tarde demais Sr. Mancini, agora o que eu quero é vingança. O seu grupo de amigos estupraram minha irmãzinha, a usaram como se ela fosse algo descartável, além disso ainda a espancaram para fazer ela ficar calada.
- Sr. Guerra, eu não toquei em...
- Me poupe de seus argumentos! Minha irmã quase morreu naquele dia, ficou internada meses no hospital. Vocês quiseram tanto que ela ficasse calada, que ela parou de falar, parou de andar e só come porque é obrigada.
Stefano teve que se conter enquanto ele falava todas essas palavras, lembrar o estado em que minha irmã se encontrava o fazia querer matá-lo com suas próprias mãos.
- Ela teve que viver à base de calmante por tanto tempo que não consegue mais viver sem, a gente só sabia de todas as coisas ruins que tinha acontecido quando ela dormia. Ela só falava quando dormia.
- Filho, do que esse homem está falando? Como se atreve a acusar meu filho de algo assim? Carlos é um homem de honra e caráter! - A mãe de Carlos que estava calada até agora, saiu em defesa do filho.
- Irmão, isso é tudo mentira, certo? Eu sei que você não faria algo assim, depois do papai, você é a pessoa mais gentil que eu conheço no mundo.
Elena falou, e parecia que tinha cortado o homem em pedaços, ali Stefano percebeu o quanto ele valoriza o que sua irmã pensava dele. Ele estava pronto para continuar com seu plano, percebeu ali que tinha achado o ponto fraco de Carlos.
- Sr. Mancini, você tem duas opções, e estou sendo bonzinho com você, aos outros eu não dei opção alguma.
"É claro, o covarde continuava calado, enquanto as duas mulheres estavam em choque total, Carlos não falava nada." - Stefano pensava com nojo.
- A primeira opção é essa: Eu ligo para a polícia agora e você será preso, e não ache que não tenho esse poder. Você contou para elas como anda o desempenho da empresa? Para deixar bem claro, vocês estão pobres a não ser que eu libere de volta todos os recursos que você tem.
"Eu pude ver a surpresa nos olhos deles, isso me deu muita satisfação." - Stefano pensou.
- Depois que você for preso, essa linda mansão vai a leilão, sua mãe e irmã, não vão ter onde morar. Me pergunto como vão ganhar a vida? - Falou com um sorriso diabólico.
- Ah, não se engane, dificilmente você vai sair da prisão com vida, não se preocupe, eu tenho contato em todos os lugares.
Ninguém falava nada, a sala era um silêncio total, as mulheres olhavam para Stefano horrorizadas, enquanto Carlos continuava com a mesma expressão.
- Sua segunda opção: Eu libero tudo que vocês têm e, de hoje em diante, não cruzo mais o seu caminho, você pode continuar sua vida medíocre como se nada tivesse acontecido, mas com uma condição, eu levarei sua irmã comigo.
Carlos olhou com os olhos arregalados para Stefano, ele já esperava essa reação e deu um sorriso de canto de boca.
- Fique tranquilo, não vou matar sua irmã, ela só vai servir a minha família para pagar a sua dívida!
Elena se perguntava o que estava acontecendo. "Eu realmente estou acordada? Isso não parece ser real, como poderia ser real?" - Ela se belisca, mas percebe que ainda está no mesmo pesadelo.
Elena andou em direção a Carlos, tentando entender tudo o que está acontecendo, sua mente estava confusa, como se algo estivesse bugado em seu cérebro.
- Irmão, o que está acontecendo? Fale alguma coisa! Eu não acredito nesse homem, eu conheço você. Fale comigo!
Carlos ainda continuava sem reação, isso a deixava totalmente desolada, sua cor junto com sua esperança, parecia sumir.
- Fale comigo! - Gritou Elena para fazê-lo a escutar.
- Eu não toquei nela, Elena, eu juro! Eu não podia fazer nada. - Carlos falou como se estivesse voltando a si.
Elena baixou a cabeça e a dor tomou conta do seu coração. Como seu irmão, que é a pessoa mais gentil que ela conhece, poderia estar envolvido em algo assim?
- Filho, só temos uma opção, você não pode ir para a cadeia! - Lucia falou olhando para Elena, sua decisão já estava tomada.
- Mãe, eu não posso deixar ele fazer mau a Elena, ela não fez nada de errado com ninguém, eu sou o responsável e eu que tenho que arcar com isso. - Carlos falou olhando para Elena.
- Filho, me escute, você vai ser morto na cadeia, nossa família vai está acabada, mesmo que ele não prendesse nossos bens, ninguém mais faria negócios com a gente.
- Mãe, você quer trocar a vida de Elena por dinheiro? Eu não posso deixar isso acontecer!
- Carlos, como você acha que vamos viver, sem casa, sem família, sem dinheiro e com você preso? O que você acha que vai ser de sua mãe? Pense!
- Mãe, tem que ter outro jeito! Eu posso arranjar um trabalho e procuramos um advogado para ajudar o irmão a sair. - Elena falou em desespero, ela não sabia qual ideia era pior.
- Elena, filha, como você pode ser tão ingrata, seu irmão faz de tudo para dá a vida que você tem, tudo que você pede, ele te dá. Você não acha que está na hora de você mostrar gratidão? Ou você prefere ver seu irmão sair da cadeia em um caixão?
Elena olhou em volta, podia ver o homem que tinha uma cara de prazer por está vendo essa cena, sentia como se não tivesse escolha.
"Olhei para o rosto de minha mãe, ela tinha uma expressão diferente olhando para mim agora, como se implorasse para que eu livrasse a família dessa situação."
"Eu olhei para Carlos, como um último ar de esperança, de que ele tinha alguma ideia do que fazer, mas ele parecia derrotado." - Ela se sentiu perdida em seus pensamentos.
- Elena, eu não posso pedir isso a você e estou disposto a assumir qualquer consequência que venha. - Carlos falou olhando para Elena.
Mesmo com toda essa situação, ela não conseguia aceitar a ideia do seu irmão ser preso, como poderia? Ele era a sua única família.
- Irmão, tudo bem, eu vou. Eu sei que você vai dar um jeito de resolver essa situação, vou esperar e aguentar firme!
- Sim, Elena, eu vou procurar uma maneira de resolver tudo isso. Me perdoe!
- Eu te amo irmão, e vou esperar por você, eu confio em você.
- Chega dessa cena, eu não tenho a noite toda, faça uma pequena mala e vamos! - Stefano falou sem pena alguma.