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Sofia Gabrielli
Depois de quase uma hora de viagem, uma grande placa aparece, na mesma estava escrito " bem-vindo ao internato Buffs". O motorista para o carro na frente de um grande portão, parecia um portal para um novo mundo. Meu pai olha para a câmera de identificação, na mesma hora o portão se abre.
Passamos por uma pequena floresta, o edifício aparece na mesma hora. Algo realmente colossal, parecia um castelo, um castelo antigo mais cheio de charme. Avia milhares de janelas espalhadas, grama e árvores por toda parte, mais todas bem posicionadas.
- É maior do que imaginei.- Diz meu pai para si mesmo.
O carro para, saio na mesma hora e fico olhando em volta enquanto o motorista pegava minhas coisas. Vejo uma mulher de cabelos bem curtos e negros, uma pele pálida e olhos azuis andando na nossa direção.
- Chegaram até bem mais cedo do que disse.- Falou ela dando um aperto de mão em meu pai.
- Saímos mais cedo do que o previsto. Essa é minha esposa, minha filha.- Diz meu pai.
Ela cumprimenta minha mãe, se vira na minha direção e cruza os braços.
- Geralmente os alunos não querem vir para um internato. Você é bem peculiar.- Diz ela com um leve sorriso.
- E você é?- Pergunto sem muito interesse.
- Sou a diretora desse internato. Aquela lá na porta é a Chloe, ela te mostrará toda a escola e como tudo funciona. Pode se despedir de seus pais e ir até ela.- Fala a mesma.
Olho na direção dos meus pais, dou um leve aceno e vou na direção da garota sem falar mais nada. A garota tinha seus cabelo longos amêndoados, olhos castanhos médios, sardas pelo rosto, uma bochecha rosada e a maior cara de fofa. Não é que eu não goste de meninas que pareçam fofas, não gosto quando elas forçam demais isso.
- Bem-vinda. Você é Sofia Gabrielli Nunes, correto? Tem vinte anos, seus pais são bem ricos, você tem 1,63 de altura e suas notas só são dez. Temos uma aluna exemplar aqui.- Diz ela toda animada.
Ergo a sobrancelha, deixo sair um suspiro de riso.
- Você fez seu dever de casa.- Falo.
- Você é muito linda, sempre sonhei em ter olhos verdes assim.- Diz abrindo a porta do internato.
Ela literalmente parece ser o tipo de garota que repara em tudo, muito observadora. Sempre ouvi que as mulheres queriam ter os meus olhos, nunca sei o porquê, para mim não é algo tão grandioso assim.
- Não é tão bom quanto parece. Meus olhos são bem sensíveis a luz.- Falo entrando junto com ela.
Não tinha como não reparar, por dentro era colossal.
- Essa é nossa sala de entrada.- Diz sorrindo.
No teto tinha desenhos de deuses, uma mesa de centro enorme, algumas prateleiras de livros e policiais e militares espalhados. Fomos até a recepção, um homem vem na nossa direção.
- Esse é Taylor Camargo, ele é o vice diretor do internato.- Diz Chloe.
Era um homem na casa dos vinte anos, cabelos loiros e olhos azuis, um cara super padrão. Nunca foi de gostar de homens que a maioria das meninas babam, para falar a verdade, nem sabia o tipo de garoto que eu gostava. Na minha vida inteira, nunca namorei ou se quer beijei algum garoto, chegou um tempo que comecei a me considerar uma freira.
- Senhorita Gabrielli, um prazer conhece-la.- Diz pegando minha mão e dando um beijo.
Puxo na mesma hora, faço um barulho com a garganta. Chloe percebeu que eu não gostei, pegou minhas malas e deixou com ele. Mais para frente, seguimos até um escaner.
- Todos os alunos fazem isso. Por motivos de drogas, armas ou algo semelhante. O celular só podemos mexer três vezes na semana, fora isso, ele fica guardado com os superiores.- Diz ela.
- Cê tá brincando né?- Perguntou inconformada.
- Infelizmente não. Pode me dar ele? Vai estar em boas mãos.- Diz.
Reviro os olhos, entrego meu celular a ela indo até o escaner. Um policial me visualizou e só assim pude entrar no internato mesmo.
- O internato é completo, temos piscina, área de esportes, biblioteca, sala de informática, sala de estudos, entre essas coisas. Os horários são bons, não força demais só aluno. Cada quarto pode ser decorado do seu jeito, a cada quinze dias vem uma empregada fazer um faxina no quarto, enquanto ela não vem, pedimos só para manter o quarto ajeitado. Esse aqui é seu cracha, com ele você pode ir para as salas de lazer sem ser barrada, só não esquece. Bom, esse é seu quarto, o duzentos e dez, o meu é duzentos se precisar de mim. Esses são seus horários, seus livros e materiais já estão no quarto.- Diz ela.
Pego as chaves com ela.
- Valeu.- Digo.
- Hoje você não precisa ir nas aulas, use seu dia para conhecer melhor cada cantinho. O toque de recolher é as 23, todos já devem estar nos seus quartos a essa hora.- Diz.
Falo um ok e assim ela sai andando. Quando some da minha vista, solto um suspiro, viro na direção da porta e procuro as chave correta para destrancar. Avia muitas chaves e ela nem me explico o porquê. Fico ali tentando abrir.
Passos chamam a minha atenção, ergo minha cabeça e me deparo com um garoto enquanto no corredor. Seus cabelos eram negros, seus olhos negros também, uma pele amorenada. Ele usava uma calça jeans preta, uma blusa de frio preta por cima.
Assim que ele passa por mim, volta, pega as chaves da minha mão, pega uma delas, coloca na direção da minha mão. Ergo meu olhar, o mesmo me olha e assim sai andando. Solto um longo suspiro, nem percebi que estava sem ar, passo a mão em meus cabelos curtos. Destranco o quarto, abro a porta e entro logo em seguida.
O quarto estava sem decoração, apenas cores neutras. Olho em volta, ando olhando em volta, me sento na cama e mordo meus lábios. Essa é minha mais nova vida, entro dessa escola.