Capítulo 4 4

Aurora narrando

Estava na porta da escola entregando as crianças quando de longe a visto o menino Bruno todo machucado no meio de outros garotos com fuzis atravessado , ele pega algo com eles e sai andando.

Ele me encara e eu encaro ele. Tenho certeza que foi o tio dele que fez isso com ele.

- Um Conselho professora - O tal Zeca para do meu lado - Quem observa de mais é calado cedo aqui - Eu o encaro .

- Estou apenas entregando meus alunos para os pais - Eu falo

- Eu sei - Ele fala - Eu e muitos aqui estso vendo isso - Eu olho para ele - Não se mete, Borracha é perigoso e não quer o menino na escola.

- Porque não? - Eu pergunto

- Mais vale o menino burro do que ele esperto para passar por cima do tio - Ele fala - Tô vazando - Eu encaro Zeca sair e respiro fundo.

Assim que todas as crianças vão embora eu entro para sala para terminar de organizar ela.

-Quer ajuda ? - Um professor pergunta - Meu nome é Guto e o seu?

- Aurora - Eu falo

- Como foi seu primeiro dia Aurora? - Ele pergunta

- Tenso mas foi bom - Eu falo

- Todos os primeiros dias são assim - Ele fala

- Você mora aqui? - Eu pergunto

- Moro - Ele fala - A vida toda , uma época sai e voltei a morar aqui faz três anos e dou aula aqui nesse tempo.

- Qual turma? - Eu falo

- do 6 ao 8 ano professor de matemática - Ele fala

- Como você consegue ? Essa é a matéria mais odiada e nessas séries ja vi que não tem muitos alunos - Eu falo

- Você precisa virar amiga deles , falar a mesma língua- Ele fala - Você ser de fora do morro atrapalha um pouco a primeira relação, a Lidi sabe bem como é, ela vai te ajudar.

- Obrigada Guto - Eu falo e ele sorri..

Assim que término encontro a Lidi e vamos embora.

- Fiquei sabendo oque ouve hoje de manhã - Ela diz

- Eu vi o garoto todo roxo - Eu falo

- Eu não sei direito mas ja escutei várias histórias- Ela fala enquanto a gente descia as escadarias.

- Que histórias? - Eu pergunto

- Os pais do Bruno morreu quando ele ainda era pequeno - Ela fala- E ele ficou sobre a responsabilidade do tio vulgo Borracha, Ele é dono de um desmanche aqui no morro e obriga o menino a trabalhar la desde pequeno.

- E o menino não pode estudar ? - Eu pergunto

- A Maioria dos vapores aqui sabe apenas o básico para se comunicar por telefone ,etc... - Ela fala

- Sério? - Eu pergunto

- A realidade aqui é bem diferente do que a gente ver por ai - Ela fala - Muito pior - Eu a encaro e continuamos andando.

Aurora narrando

- Como foi seu primeiro dia ? - Ricardo pergunta

- Tranquilo eu diria - Eu falo e ele me encara.

- Me descreva esse tranquilo - Ele fala

- Nada de mais - Eu falo - Você tem plantão hoje?

- Saio amanhã de manhã apenas -Ele fala

- Vamos ficar juntos hoje? - Eu pergunto

- É claro que sim - Ele fala me dando um.beijo - Sua mãe ligou, dona Florinda estava preocupada com seu novo trabalho.

- Você contou? - Eu pergunto

- Minha mãe contou - Ele fala

- Dona Mirtes e Florinda quando se juntam duas fofoqueiras - Eu falo bufando

- Deixa elas - Ele diz

- Você foi e contou não é mesmo? - Eu falo -Voce sempre conta tudo para a sua mãe.

- Calma amor.relaxa - Ele fala -O que você acha de uma massagem? Você precisa relaxar esta tensa - Eu o encaro - Vai deita - Eu sorrio.

A história que Lidi me falou do menino Bruno não saia da minha cabeça, fiquei tão preocupada com aquele menino, com aquela situação toda .

- anda Aurora acorda - Ricardo me chacoalhada - ja são 6h da manhã você vai se atrasar - Eu jogo o travesseiro nele - Vai amor você precisa levantar.

- Mais um pouco só-Eu falo

- Lidi.nao vai te esperar - Sento na cama e encaro ele que sorri. - Você já vai?

- Pego as 7h da.manha - Ele diz - Vou até amanhã, eu te.amo.- Ele.beija a minha testa e eu sorrio.

- Bom trabalho - Eu falo.para ele.

Ele pega a chave do carro e sai.

Entro no banho, tomo o banho e visto uma roupa confortável, coloco um tênis mais confortável para conseguir subir aquelas escadarias sem matar meus pés.

Lidi iria na parte da tarde apenas então tenho que ir de ônibus até lá. Assim que vou chehando perto do.morro da rocinha , encaro Bruno.

- Bruno? - Eu chamo ele é ele me encara afastado - Oque voce faz aqui tão cedo? Não era para esta se preparando para ir para a escola?

- Eu não vou mais a escola professora - Ele fala - Preciso ir.

- Espera - Eu falo - Você é inteligente e tenho certeza que deve ter sonhos para sair do morro - Ele me encara - Não desista dos seus estudos.

- Bruno - Um cara chama ele - Vamos precisamos ir Borracha está esperando.

- Preciso ir - Ele fala - Até mais professora.

Encaro ele subindo.

- Aurora -Janine me chama assim que estava entrando no morro

- Oi Diretora - Eu falo

- Vamos subir juntas - Ela fala - Essa escadaria me mata todos os dias.

- Eu vim até aqui de tênis hoje - Eu falo e ela começa a rir. - Diretora encontrei o menino Bruno.

- Não se meta nisso Aurora - Ela fala - Por sua segurança - Eu a encaro - Confia em mim, já tentamos de tudo e de nada adiantou, Borracha é homem de confiança do GV e se chegar nos ouvidos dele oque aconteceu , pode ter certeza que ele vai vir falar com você.

- Entendi - Eu falo pensativa.

            
            

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