- Eu não deveria ter falado o que sentia para você, era problema meu, só meu, eu deveria estar sofrendo sozinha.
Não acredito que ela estava falando essas coisas. Ela não pode se culpar por algo que aquele babaca fez, não ela. Virei-me e fiquei de frente para Maitê, segurando seu rosto, ela tentava desviar o olhar, mas segurei ainda mais forte com as duas mãos.
- Olhe para mim. _ Ela o faz. – Nunca mais repita isso, está me ouvindo? Nunca mais fale uma bobagem dessas. Você nunca me fez sofrer, e nunca serei grata pelo que fez e faz por mim, você, antes de qualquer coisa é minha melhor amiga, o fato de estarmos nessa situação não muda isso, e estamos nos gostan... _ Antes de terminar me dei conta do que estava falando, ela me olhou com feição de dúvidas, ela apenas me encarou. O que eu faço?
Antes que eu pudesse falar algo, Maitê tomou meus lábios nos seus, eu não poderia, mas eu queria tanto, estava com tanta vontade de sentir novamente seus lábios. Ela quis aprofundar ainda mais aquele toque de lábios e pediu passagem para sua língua, que eu dei sem hesitar, meu Deus! Como isso é bom.
Maitê com muito cuidado desceu sua mão até minha cintura e me puxa para mais perto de si, eu coloco minhas mãos em volta do seu pescoço e me deixo levar por aquela sensação, é tão gostosa, nunca senti algo tão bom, a falta de ar já se fazia presente, e isso fez com que nos separássemos. Ela me deu um selinho rápido e sem abrir os olhos encostou sua testa na minha. Ficamos ali por alguns segundos, não havia necessidade de palavras. Mas, eu quebro o silêncio.
- Acho que não posso mais negar! Aquele idiota estava certo. Precisamos conver...
- Shi, não fala nada. _ E sem pensar tomo seus lábios novamente.
Aperto-me o quanto posso em seu corpo, não queria um milímetro de espaço entre nós, o beijo estava cada vez mais cheio de vontade e desejo, sem perceber uma de suas pernas estava entre as minhas pressionando minha intimidade, aquilo estava muito quente, e sem pensar duas vezes subo em seu colo, deixando uma perna de cada lado do seu corpo, sem deixar de beijá-la.
Sua boca é tão gostosa, ela desce seus beijos para o meu pescoço, o que me faz soltar um leve gemido, fazendo com que eu comece a rebolar em seu colo, suas mãos descerem e apertam de leve meu bumbum, ela está ofegante, com a respiração perto da minha orelha, eu não consigo resistir mais, eu preciso dela. E como se pedisse permissão ela leva suas mãos até a barra da minha blusa, eu vejo sua hesitação, e num ato corajoso, retiro-a eu mesma e a jogo pelo quarto. Ela me observa, passa a mão pelos meus seios por cima do sutiã, descendo para a minha barriga, mordendo seu próprio lábio inferior, em um ato concreto de desejo.
- Você é tão linda. _ Ela diz, ainda olhando para meus seios cobertos e passando a mão por minha barriga.
- Eu não sei como fazer isso. _ Digo a verdade. Independentemente de ela ser uma garota, eu ainda sou virgem.
- Eu também não sei, mas te quero tanto, te desejo tanto, que tenho certeza que qualquer coisa que fizermos será maravilhoso, só me deixe te fazer minha, eu preciso disso. _ Ela fala agora me encarando.
Sem responder, apenas tomo seus lábios novamente, era uma tentativa inútil de acabar aquele tesão que se fazia presente em meu corpo, totalmente quente. Comecei novamente a rebolar eu seu colo, o que fez ela levar suas mãos a minha cintura e ditar um ritmo lento para meus movimentos, a cada sensação nova, um gemido novo, ela foi desviando suas mãos da minha cintura e indo em direção aos botões da minha calça, um pouco temerosa, mas não parou seus movimentos, depois de desabotoado os dois, parte para o zíper. Meu Deus! Nós vamos mesmo fazer isso? Será a minha primeira vez, a nossa primeira vez.
- Você tem certeza? _ Ela pergunta.
- Sim, e você?
- Você não sabe o quanto eu quero você, ser sua assim como você será minha.
Toma meus lábios mais uma vez, em um ato rápido troca de posições comigo, me deitando na cama e ficando por cima, eu rapidamente retiro sua camiseta, olhando seu abdômen nu, não que nunca tenha visto, mas dessa vez é diferente, ela está ali como mulher, em uma situação sexual, e isso é incrivelmente real. Ela com cuidado vai retirando minha calça, deixando-me apenas com minha lingerie de cor azul bebê.
- Você tem ideia do quanto é linda Ana? Tem noção do quanto eu imaginei está assim com você? Desse jeito?
Ela fala, passando a mão por meu corpo, do meu pescoço, vai descendo seus movimentos, até chegar em meu sutiã, onde o tira com facilidade e acaricia meus seios, me fazendo gemer com seus toques, sem hesitar faço o mesmo com seu sutiã, deixando seus lindos e fartos seios à mostra, o que me deixa com água na boca, ela percebendo meu desejo, encosta seus seios nos meus, fazendo uma pressão em ambos, aquilo era muito bom. Eu estou completamente a sua mercê.
Maitê toma novamente meus lábios, fazendo-me entregar completamente a ela. Acaricia o lado do meu rosto com sua mão direita, e com essa mesma mão vai descendo pelo meu corpo, passando por meu seio, por meu abdômen, barriga, até chegar em minha calcinha, eu contraio meus músculos nessa hora, ela percebe meu nervosismo.
- Você confia em mim?
- Completamente. _ Respondo, o que era a mais pura verdade.
Ela adentra sua mão em minha calcinha, o que me faz estremecer, com muito cuidado, acaricia minha intimidade na parte mais sensível, dando leves beijos em meu pescoço. Eu estava completamente excitada, e ela pôde perceber isso claramente com sua mão. Ela levanta sua cabeça, mas eu estou de olhos fechados, ainda fazendo movimentos circulares em meu sexo.
- Olhe para mim Ana. _ Eu hesito um pouco, mas a encaro.
- Eu te amo e te quero para mim, nunca duvide disso. _ E falando isso ela me penetra com um de seus dedos.
Eu solto um gemido, que me faz fechar novamente os olhos, ela continua parada, eu pressiono minhas mãos que estão e seus ombros, ela começa movimentos leves de vai e vem, indo cada vem mais fundo, quando percebe que já me acostumei com a situação, ela coloca mais um de seus dedos. Confesso que dessa vez o gemido não foi de prazer, uma ardência tomou conta do meu sexo, faço uma careta de dor, o que fez Maitê parar. Eu a encaro, Maitê sabe que acaba de quebrar a barreira da minha virgindade.
- Tudo bem? Se quiser eu paro.
- Não! Tudo bem, só... vai devagar, por favor.
- Ok, mas se estiver te machucando, por favor me fala.
Eu apenas afirmo com a cabeça. Ela toma meus lábios, dando leves mordidas, eu adoro isso, começa a movimentar novamente seus dedos, com muito cuidado, é impossível não gemer em sua boca, a sensação vai melhorando, mas ainda há um incômodo, e sei que ela sabe disso, pois seus movimentos são sempre cuidadosos. Ela fica nessa posição se movimentando por alguns minutos, até eu estou completamente acostumada com a penetração.
Ela se retira de dentro de mim, eu fico sem entender, será que é só isso? Não pode ser só isso. E antes que eu reclame ela começa a tirar minha calcinha, vai se abaixando, ficando de frente para meu sexo exposto, dando-lhe a visão total.
- Você será minha de todas as formas Ana, você é só minha e eu serei a primeira em tudo. _ Antes de eu falar qualquer coisa ela dá uma lambida em minha intimidade, me fazendo contorcer completamente.
Seus movimentos são lentos, de baixo para cima. Nossa! Quem inventou oral, merece os parabéns. Ela envolve minhas coxas em seus braços, e começa sua ação em minha intimidade cada vez mais rápido, a sensação que se concentrava em meu corpo inteiro é algo inexplicável. A cada movimento dela eu gemia mais alto. E rebolava em sua boca, algo novo estava se fazendo presente.
- Céus, Maitê!
E com isso, eu sinto minha intimidade ficar sensível, meu corpo amolecer e minhas pernas tremem, ela sabe o que aconteceu, e eu também sei, meu primeiro orgasmo, e foi com ela, eu fui ao paraíso e voltei. Maitê dá leves selinhos por meu sexo, e vai subindo dando beijos por meu corpo até chegar perto dos meus lábios.
- Sinta seu gosto, é o melhor sabor que já provei em toda a minha vida. _ E toma meus lábios fazendo eu sentir meu próprio gosto em sua boca.
- Isso foi incrível. _ Falo, sem ter muito que dizer.
Ela deita do meu lado e me puxa para um abraço, me fazendo relaxar em seus braços, me sinto totalmente completa com isso.
- Droga! _ Falo me afastando dela.
- O que? O que houver? _ Maitê pergunta já preocupada me encarando, apoiando-se em seus cotovelos.
- Você! Ainda está vestida, tenho que retribuir. _ Ela se joga novamente na cama, e começa a sorrir.
- Não sorria sua idiota, você me pareceu muito experiente para quem nunca fez isso, a não ser que... Maitê você...
- Não Ana, nunca, eu teria lhe falado, eu sou virgem, você sabe disso, eu só pesquisei algumas coisas, e acho me sai bem para uma primeira vez.
- Você se saiu muito bem senhorita Hernandez. _ Sorrio e me deito novamente em seus braços. – E então, posso retribuir?
- Não, Baby, hoje não, vamos apenas curtir o seu momento, Ana você acabou de ter sua primeira vez, não estrague isso. _ Ela responde com um sorriso vitorioso o rosto.
Sim, acabei de ter minha primeira vez, com uma pessoa especial, onde sei que foi especial para ela também, e isso que importa, ficamos ali por um tempo. É aqui que eu devo estar, em seus braços.
..........***..........
- Ana, Anne. Acorda!
Escuto Maitê me chamar, eu estou tão mole, tão relaxada, que só queria continuar ali. Mas sinto seus lábios tocarem meu pescoço, o que me causa arrepio, me fazendo despertar e virar para ela.
- Oi!
- Oi bela adormecida. _ Ela responde.
Com um sorriso nos lábios, me dou conta de onde estou e de tudo que aconteceu, eu estou completamente nua na cama de Maitê, e uma vergonha enorme preenche meu ser, eu prontamente cubro meu rosto com o lençol.
- Ana! Pare com isso! _ Maitê fala tentando puxar o lençol. Em vão, seguro ainda mais forte.
- Não, por favor! Não me faça te encarar agora.
- Meu Deus! Você deve estar ainda mais linda vermelha, eu imploro, me deixe olhar para você, deve ser uma das visões mais lindas do mundo, você estando com vergonha.
- Que droga, Maitê! Porque você tem que ser tão fofa? _ Rendo-me e retiro a coberta do meu rosto, encarando aquelas lindas pérolas verdes, que faz meu corpo todo estremecer.
- Você está bem? Quero dizer, não está... Dolorida? _ Maitê pergunta toda sem jeito.
- Não sei ao certo, eu estou bem emocionalmente, mas fisicamente.
- Ana, eu disse para você me falar se te machucasse.
Solto uma longa gargalhada. Aproximo-me dela e puxo-a para perto segurando sua nuca e beijo-a, pedindo entrada para a minha língua que ela prontamente concede. Paro com o beijo e encosto nossas testas.
- Foi tudo perfeito, nada está doendo, eu estou ótima, não estrague isso, você foi perfeita e não poderia ter sido melhor. _ Ela sorri e me beija novamente.
Não estava mentindo, tudo foi perfeito, maravilhoso, e eu estou completamente feliz. Nossas línguas estão se tocando, nosso beijo está ainda cheio de desejo, nunca vou me cansar de beijá-la, mas somos interrompidas pelo toque do seu celular. Maitê se afasta e o pega, nesse momento sinto ela me olhar com tristeza, eu a observo sem entender, então ela atende a chamada.
- Oi Carol... Sim... Não, tudo bem...
Está explicada a situação. Cubro-me com seu lençol e vou em direção ao seu banheiro. Olho-me no espelho, eu estou com o rosto todo amassado, jogo um pouco de água, pego uma escova de dente que tenho em sua casa e escovo meus dentes, não escuto mais a voz de Maitê. Tomo um banho e pego a toalha pendurada no banheiro. Saio e me deparo com Maitê já completamente vestida e sentada na cama, procuro minhas vestimentas e rapidamente me visto, com ela o tempo todo me observando, em total silêncio.
- Precisamos conversar! _ Ela quebra o silêncio.
- Que horas são? Preciso ir para casa!
- Ana, por favor! Precisamos conversar!
- Droga! Cadê meu celular? _ Reclamo tentando ignorá-la. – Aqui! _ Encontro e logo olho a hora. – Merda! Já está anoitecendo, meus pais irão me matar. Merda Maitê porque me deixou dormir tanto? Já são quase 19:00 horas. _ Reclamo olhando e vendo que já são 18:54 horas e tem três ligações perdidas da minha mãe.
- Ana! Não faz isso, precisamos conversar! _ Ela fala vindo de encontro a mim e me puxando para perto de si, mas abaixo meu olhar, não consigo encará-la agora.
- Não Maitê, eu já entendi, isso tudo foi um erro, eu já estou indo embora! _ Tendo me soltar dela, mas ela logo trata de me beijar.
Por um momento tento me afastar, mas ela me segura mais firme, mais forte, mais para perto de si, eu não consigo resistir aos seus toques, são tão sensíveis e tão selvagens ao mesmo tempo. Nossas línguas se encontram e solto um leve gemido quando sinto suas mãos apertarem minha cintura. O beijo vai cessando aos poucos. E nossas respirações voltando ao normal, descolamos nossas bocas.
- Nunca mais repita que isso tudo foi um erro, não me faça acreditar que você não gostou, isso seria uma tormenta para mim. Acredite quando eu digo que te amo e te quero, eu sou sua Ana, mesmo você não querendo ser minha, entendeu?
- Mas... A ligação. Você e a Carol... vocês estão...
- Não existe eu e a Carol. Sim, estávamos nos conhecendo, mas ela foi uma tentativa falha de esconder o que eu sinto por você, e pelo que aconteceu aqui entre a gente, você também sabe que não consegue.
- Mas isso tudo é errado com ela, o que fizemos... _ Falo dessa vez me afastando dela de vez, me desgrudando de seus toques e lhe dando as costas.
Ela se encosta-se a mim e me abraça por trás, sinto sua respiração perto do meu ouvido, meu corpo estremece com essa sensação.
- Eu só preciso de um sinal seu, de uma chance, uma oportunidade, um sim, e tudo se resolverá. _ Maitê fala ainda com seu nariz eu meu pescoço.
- Não é tão simples Maitê, e você sabe disso.
- Sim, eu sei, mas como eu disse, só preciso de uma oportunidade para te mostrar que tudo pode valer a pena. Por favor, Ana, me dê essa chance. Deixe-me mostrar que te amo e te quero, que posso te fazer feliz, como você me fez hoje sendo minha.
Permaneço em silêncio, eu não sei realmente o que responder a ela, eu a quero, quero muito, mas tem toda uma situação por trás, Carol, o show de talentos, meus pais, os pais dela, eu simplesmente não sei o que dizer.
- Você tem ciência do quanto é cheirosa Ana? Do quanto eu sonhei em te ter em meus braços, do jeito que você foi minha? Céus, o quando eu imaginei te beijar, te tocar, te possuir. _ Ela fala, dando suspiradas em meu pescoço, e começa a dá beijos no mesmo, o que me faz arrepiar.
- Maitê... Por... Favor... Pa... Pa... Pare... _ Não consigo formar uma frase concreta, ela está fazendo de propósito.
- Por favor, Ana, seja minha, só minha, me deixe te mostrar como é amar, como é ser amada, me deixe te fazer mulher, mais mulher do que já é. Se deixe ser minha, porque já eu sou sua Ana.
Dessa vez ela me vira para si e me beija, colando sua mão direita em minha nuca, e a esquerda em minha bunda me puxando mais para perto de seu corpo. Ela é um vício para mim, eu não consigo resistir. Uma droga de mulher que me faz perder a razão apenas com um toque. Eu a quero tanto, mais que qualquer coisa. Nossas línguas se encontram, e começam uma dança sincronizada em nossas bocas, uma buscando a outra, escuto um gemido da parte dela, estamos começando novamente. O ar se faz necessário, e aos poucos vamos nos separando, ela me dá leves selinhos quando o beijo acaba de vez.
- Sim! _ Solto com nossas testas coladas.
- O que?
- Sim, você tem a sua chance.
- Deus! Ana juro que não vai se arrepender. Eu te amo. Te amo. Te amo. – Ela grita, me dando um abraço apertado.
- Mas vamos com calma. Precisamos fazer as coisas direito, tem nossos pais.
- Sim, eu entendo. _ Ela fala afastando nossos corpos. – Eu preciso de confessar algo. _ Ela solta meio temerosa, o que me faz estremecer.
- Hum... _ Solto apenas um som nasal.
- Minha mãe meio que já sabe. _ O que? Como assim? Ela falou para a mãe dela? Mas espera, o que ela falou para a mãe dela?
- Co... Como assim? O... o que disse para a sua mãe? _ Gaguejo.
- Sobre você. Sobre como me sentia em relação a você. _ Ela fala me encarando, eu me afasto totalmente do seu corpo.
- Maitê você enlouqueceu? Como foi falar uma coisa dessas para a sua mãe?
- Ana me desculpe, mas você sabe que eu não tenho segredos com ela.
- Droga! Agora como vou olhar para ela, sabendo que ela sabe que a filha dela está interessada em mim?
- Ana! Você deveria está preocupada em como encará-la depois do que fizemos hoje aqui. _ Ela fala em tom brincalhão, mas isso só piorou a situação. Coloco minhas duas mãos em meu rosto tapando-o e lhe dou as costas. Agora a ficha caiu.
- Céus! Isso tudo é tão constrangedor. _ Viro-me para ela novamente, e a encaro. – E você não está ajudando em nada sua idiota, e porque está sorrindo? _ Ela está sorrindo de mim?
- Eu disse que você ficava linda envergonhada. _ Ela fala puxando-me para si, segurando meu rosto com sua mão direita.
- Não tem graça ridícula. Não é você que irá encarar a minha mãe depois de tudo, e pior, ela sabendo.
- Ana pare, ela não sabe de nada, eu apenas disse que sentia coisas diferentes por você. E ela levou tudo numa boa. Apenas falou para seguir meu coração, e quer que eu seja feliz, então está tudo certo.
- Ela disse isso?
- Sim Ana, ela disse isso. _ Maitê falou com um sorriso lindo nos lábios, nossa, como ela é linda!
- Ok.
- Então como ficamos?
- Como assim? - Pergunto sem entender.
- Nós Ana, o que faremos?
- Eu não sei Maitê, quem me levou para cama foi você, quem tirou minha virgindade foi você, dê um jeito em tudo agora. _ Falei em tom brincalhão.
- O que? Mas... _ Ela percebe que eu estou zoando com a sua cara quando escuta minha gargalhada. _ Droga Ana, você me assustou sua idiota. – Ela fala me dando um selinho.
- Desculpa. Mas é sério, eu não sei o que fazer.
- Só quero te pedir algo. _ Maitê diz.
- Sim.
- Deixe-me falar com a Carol antes de deixar bem claro para todos que você é minha, ela merece saber por mim, tudo bem?
Eu não respondo nada, eu sei que ela tem razão, simplesmente abaixo minha cabeça. Desde quando sou tão ciumenta assim?
- Ei! _ Ela chama minha atenção segurando meu queixo e levantando meu rosto para encará-la. – Tudo bem? Por Favor, entenda, eu pre...
- Shiii. - Não permito que ela termine e coloco meu dedo indicador em seus lábios. - Tudo bem, eu entendo.
- Você é a melhor sabia? Por isso eu te amo tanto, e claro por causa dessa boca gostosa. _ Me dá um selinho. – Desse corpo fenomenal. _ Acaricia minha barriga. – Desse cheiro viciante. _ Enterra seu nariz em meu pescoço. – E claro, dessa bunda que meu Deus Ana! Sempre sonhei com ela. – Fala apertando meu bumbum.
- Pare de ser tão safada Maitê! _ Falo sorrindo e dando um tapinha em seu ombro. – Onde você aprendeu a ser tão galanteadora senhorita Hernandez?
- Só com você senhorita Colins.
Então a beijo, nunca vou me cansar de sentir o gosto viciante de seus lábios, isso é tão maravilhoso, não posso acreditar que ela está em meus braços, e é minha, só minha. O beijo foi calmo, sem segundas intenções. Então escutamos meu celular tocar. Nos separamos e o pego, vejo que é a minha mãe, e me dou conta novamente do horário.
- Oi mãe...
- Onde você está Ana?
- Desculpa mãe, estou na casa da Maitê, viemos resolver alguns pontos do show de talentos. _ Minto.
- Céus Ana, não faça mais isso. Você me deixou preocupada. De verdade, já ia ligar para o seu pai.
- Perdão mãe, juro que não acontecerá mais.
- Tudo bem, você já vem para casa?
- Sim.
- Vou te buscar.
- Não precisa mãe vou de ônibus.
- Nem pensar, Ana, não está tarde, mas nesse horário você não andará de ônibus, estou saindo de casa. _ E desligou sem esperar eu dizer nada. Bom, ao menos não esperarei ônibus.
- Algum problema? _ Maitê pergunta, e só então percebo que ela estava observando toda a minha conversa com minha mãe.
- Não, minha mãe só estava preocupada, ela está vindo me buscar.
- Tudo bem, vamos descer e esperá-la na sala.
- Ok.
Terminamos de nos arrumar, e descemos para a sala. Os pais de Maitê ainda não chegaram, sua mãe é professora, e seu pai trabalha em uma imobiliária. Sentamos no sofá.
- Está tudo bem? _ Maitê pergunta segurando minha mão.
- Sim, só... _ Não sei como dizer isso a ela. – Só... vou ver minha mãe pela primeira vez depois de... Você sabe... Da gente...
- Entendi Ana, mas relaxa, acho que sua mãe não vai levar você ao médico para fazer teste de virgindade depois de sair da minha casa. _ Ela fala em tom brincalhão.
- Ok, você realmente não leva nada a sério mesmo. _ Falo irritada puxando minha mão.
- Ei, amor, desculpa, só tentei te relaxar. _ Ela fala segurando meu rosto com suas duas mãos, não se dando conta do que falou.
- Do... Do que você me chamou? _ Pergunto, vendo que ela agora percebe o que fez.
- Oh! Desculpe-me Ana, você disse que era para irmos devagar, perdão, não vai se repetir. _ Ela fala soltando meu rosto, vejo que ela ficou envergonhada.
Então a puxo para mim, ela se senta em meu colo, com uma perna de cada lado do meu corpo, seguro sua nuca e colo nossos lábios. Um beijo calmo e cheio de amor. Alguns segundos depois eu separo nossas bocas, com as testas coladas e olhos fechados falo:
- Repete!
- O que? _ Ela se afasta e me encara.
- Do que você me chamou.
- Ana, não precisa, vamos com calma, se é isso que... _ Eu a interrompo.
- Cala a boca senhorita Hernandez, e use-a para fazer o que eu mando. Repete. _ Eu falo e ela sorri, um lindo sorriso.
- Amor, amor, amor, amor... _ Ela fala sorrindo me enchendo de selinhos.
- Isso soa muito bem para mim senhorita Hernandez.
- Sim, e soa melhor ainda para mim senhorita Colins.
Sorrimos, e nos beijamos mais uma vez, ela ainda em meu colo, e nossas bocas viciadas uma na outra, em uma sincronia perfeita, até que...
- Deus!
Alguém fala entrando na casa, nos separamos rapidamente. Maitê sai do meu colo e senta-se rapidamente no sofá. Deparamo-nos com a imagem de sua mãe com a mão na boca e os olhos arregalados. Nós três sem saber o que dizer, nos encarando. Até que a Senhora Hernandez quebra o silêncio.
- Ana, querida, sua mãe está esperando por você no carro. _ Ela tenta soar o mais natural possível.
- Si... sim, eu já vou. _ Pego minha mochila rapidamente e levanto-me. – Desculpe Senhora Hernandez, e tenha uma boa noite, Tchau, Maitê. _ Falo e saio o mais rápido que posso.
Droga, Droga, Droga, sua idiota, me xingo mentalmente, não sei onde enfiar minha cara agora. Ela viu! Ela sabe. Vou caminhando até o carro de mamãe, e percebo que ainda tenho que encará-la. Ok Ana, se acalme! Relaxe, respire, sua mãe não sabe de nada, haja naturalmente, seja racional. Chego e abro a porta do carro sentando-me.
- Nossa Ana você está pálida. O que aconteceu?
- Na... nada mãe, acho que é porque ainda não comi nada. _ Calma sua idiota, haja naturalmente.
- Deus! Vou reclamar com a mãe de Maitê, ela não está te alimentando, se continuar assim não deixarei mais você vir a casa dela, imagino que você passe mal quando vem dormir aqui. _ Ela fala com tom irônico.
- O que? Não mãe, você não pode fazer isso, nem pense nisso, por favor, não me proíba de vê-la, por favor, não faça isso.
- Desembucha, o que aconteceu? Porque está assim?
- Co... Como assim? Estou normal.
- Ana eu só brinquei, e você ficou aí toda nervosa, o que aconteceu?
Ótimo, Ana, nem para disfarçar você presta, está se entregando sozinha sua idiota agora arrume essa confusão.
- Nada mãe, só pensei que estivesse falando sério, você sabe como eu gosto da Maitê, ela é minha melhor amiga. _ O que não era mentira.
- Tudo bem, vou fingir que acredito e você fingi que me convenceu, mas eu sei que tem algo errado, vamos para casa estou faminta, e pelo visto você também.
Dessa vez passou, mas a situação quase sai do controle. Merda Maitê o que você está fazendo comigo? Eu não perco o controle assim. Começo a lembrar dos seus beijos, dos seus toques, do seu cheiro, e dou uma risada. Essa história está realmente só começando.