SONHOS PARALELOS
img img SONHOS PARALELOS img Capítulo 5 V
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Capítulo 5 V

Chegamos em casa, jantamos, dei graças a Deus por mamãe não tocar mais no assunto. Após a janta, dei-lhes boa noite e subi para meu quarto. Tomei um banho e deitei-me, peguei meu celular e já havia umas mil chamadas de Maitê (sem exageros), e outras mil mensagens.

(17 chamadas perdidas de "MY BEST")

(20:15) Ana, está tudo bem?

(20:19) Por favor, me responde Ana.

(20:32) Ok! Deve está ocupada.

(20:43) Pelo amor de Deus, já está me preocupando.

(21:02) Ana minha mãe disse que quer conversar com você amanhã.

(21:14) Certo, vou deixar você em paz, eu estou aqui se, e quando quiser.

(21:24) Amor, por favor, estou realmente preocupada.

Nossa! Como assim a mãe dela quer falar comigo? Resolvo ligar logo para ela.

- Ana, Céus! Graças a Deus, você quer me enlouquecer? O que aconteceu? Você está bem? Sua mãe desconfiou de algo?

- Ei, Calma, uma coisa de cada vez, e se bem me lembro quem deveria está preocupada sou eu, quem nos viu foi a sua mãe.

- Desculpa, amor, você só me deixou preocupada. Porque está sorrindo sua idiota?

- Nunca vou me cansar de escutar você me chamando assim.

- Ana, pare, não me deixe sem graça.

- Você é fofa sabia?

- É sério, Ana. O que aconteceu?

- Nada, Maitê, eu só estava jantando, e deixei meu celular no quarto. Desculpa.

- Nossa, Ana, quanta consideração. Você é uma ótima...

- Ótima o que?

- Nada, Ana, vamos devagar lembra?

- Tudo bem. Mas, e então, como foi aí?

- Prefiro falar disso com você amanhã pode ser?

- Mas por quê? Ela brigou com você?

- Não amor, está tudo bem, só que tem alguns detalhes que prefiro falar pessoalmente pode ser?

- Tudo bem, se você acha melhor. Mas está tudo bem mesmo?

- Sim, amor, minha mãe é ótima, conversou comigo e quer conversar com você, mas amanhã falamos disso. Fica tranquila baby, vamos dormir, amanhã será um longo dia. Ainda tem Carol e a escola, temos que encarar todos.

- Nem me lembre disso, mas se você estiver ao meu lado sei que tudo ficará bem.

- Sempre. Boa noite amor, sonhe com os anjinhos.

- Boa noite, Maitê, te adoro.

- Eu te amo. Beijos.

E ela desliga. Sei que amanhã será um longo dia, mas sei também que ela estará ao meu lado e tudo ficará bem, perfeitamente bem. Aconchego-me na cama e adormeço rapidamente, pois sei de quem será a imagem que prevalecerá em meus sonhos.

..........***..........

Na manhã seguinte (10 de abril de 2009, sexta feira) estou descendo do carro de mamãe em frente à escola, ela chegou a perguntar se estava tudo bem, mas desconversei, estou completamente nervosa, e não sei ao certo o que me espera. Vou a caminho da entrada, e já percebo alguns olhares sobre mim, não posso procurar Maitê e me jogar em seus braços, prometi a ela que a deixaria conversar com Carol, então ela pode estar fazendo isso. Entro e me encaminho para meu armário, pego dois livros, ainda me sentindo vigiada, quando vou virando-me dou de cara com Maitê e Carol saindo da sala de música. Carol está cabisbaixa, Maitê dá um abraço nela e se despede, vindo em minha direção.

- Oi. _ Ela diz.

- Oi.

- Dormiu bem?

- Na medida do possível, e você? _ Pergunto.

- Não parei de pensar em você. _ Ela fala com um sorriso no rosto.

- E então, como foi com ela?

- Na verdade melhor do que eu esperava, ela entendeu, eu falei que sempre fui apaixonada por você, pedi desculpa por envolvê-la nisso. Mas ficou tudo bem.

- Isso é ótimo. _ Digo sorrindo.

- É.

- Vamos para a aula? _ Digo tentando quebrar aquele clima estranho.

- Sim, depois vamos para a minha casa. Oh não!

- O que? _ Pergunto, confusa.

- Temos ensaio hoje, e nem escutei as músicas. Merda!

- Ei, calma, você vai se sair bem, você tem a voz linda, é perfeita. _ Eu digo me aproximando dela, e tocando seu rosto, com delicadeza.

- Ana, não faz isso, assim não vou conseguir me controlar, não sabe como estou com vontade de te beijar agora. _ Ela diz fechando os olhos e sentindo meu toque.

- Não estou pedindo para se controlar Maitê. _ Falo me aproximando mais.

- Droga! _ Ela fala e me puxa pela cintura. – Você é uma tentação sabia? _ Fala agora me olhando fixamente, com aquelas lindas pérolas verdes.

- Então tome essa tentação para si, ela lhe pertence.

Sem mais o que falar ela toma meus lábios, com um beijo dedicado, sugando com cuidado meu lábio inferior, sem uso de línguas, apenas para saborear aquele momento. Descanso minhas mãos em seus ombros, usufruindo de seus toques. Aos poucos vamos nos afastando devido a necessidade de ar. Dou-lhe leves selinhos e encosto nossas testas.

- Acho que todos estão nos olhando. _ Ela fala, sem abrir os olhos.

- Sim, isso é bom.

- É? – Pergunta se afastando um pouco e me encarando.

- É, pois agora todos sabem que você me pertence. _ Nós duas rimos.

- Vamos, baby, temos aula agora, vou deixar você na sua turma. _ Ela fala me puxando pela mão.

Caminhamos para a minha sala de literatura, ela terá aula de química. Sempre de mãos dadas. Isso é tão bom, essa sensação de plenitude. Chegamos à entrada da turma, e me deparo logo com o olhar de Rey sobre nós. Ele parece triste, mas não consigo olhá-lo, o que ele fez foi tão patético. Aperto mais a mão de Maitê, ela percebe, para e me encara.

- Tudo bem? _ Ela pergunta.

- Sim, só nervosa com tudo.

- Ok, estou aqui, certo? E não vou a lugar nenhum, se não quiser ficar aqui podemos ir embora.

- Não Maitê, claro que não, eu estudo aqui, teremos que superar isso, então vai para a sua aula, que eu ficarei bem.

- Amor, tem certeza? _ Ela pergunta segurando minhas duas mãos com as suas, não consigo evitar sorrir.

- Sim, me chama de amor mais uma vez e tudo ficará perfeito.

- Você é tão fácil senhorita Colins. _ Dou-lhe um tapinha no braço. – Ai, Ana, isso doeu.

- Você é uma idiota. _ Falo me desvencilhando dela e partindo, mas antes ela me puxa e me segura pela cintura.

- Amor, Amor, Amor, você adora ouvir e eu amo te chamar assim, e nunca cansarei. _ Ela fala me puxando mais para si e colando nossas bocas. Um beijo rápido, logo nos separamos.

- Tchau, Maitê, boa aula.

- Tchau baby, te encontro aqui depois da aula. _ Apenas assinto com a cabeça.

Ela me solta e sai em direção à sua turma, respiro fundo e viro-me para a entrada da minha, e nesse instante Rey está na minha frente me encarando. Não lhe dou atenção e tento passar por ele, mas ele me puxa pelo braço.

- Ana espere.

- Me solta Rey, não temos nada para conversar. _ Digo puxando meu braço.

- O que? Claro que temos, Ana você me enganou.

- O que? Eu nunca te enganei.

- Claro que sim, você está com ela, desde quando me fazem de otário?

- Vo... Você é um idiota mesmo, Rey, você praticamente me jugou nos braços dela ontem com aquele seu show, nós nunca tivemos nada até ontem, você me deu de bandeja para ela.

Ele não disse nada, quando vi que aquilo não ia dá em lugar algum, tento seguir meu caminho para a turma. Mas ele me impede mais uma vez.

- Espere, Ana, me desculpa, por favor.

- Rey, esquece isso. Já passou.

- Ana por favor, não me deixa, eu te amo, isso é só uma fase, eu sei que você gosta de mim, e gosta de garotos, então me deixa te mostrar isso.

- Rey, chega! Você não sabe de nada, eu gosto de Maitê, gosto de verdade, então por favor se não quiser perder minha amizade também, nos deixe em paz. Isso já foi longe demais, não se meta mais na nossa vida. _ Falo e dou-lhe as costas indo em direção a sala, entro e sento-me logo atrás, eu só preciso relaxar e deixar tudo para trás.

A vida nos prega muitas peças, estou eu aqui agora, sorrindo à toa, por conta da minha melhor amiga, com a qual estou tendo um romance, isso é tão... Estranho. Acabo lembrando-me de ontem, ela foi tão perfeita, tudo foi tão perfeito, ela é perfeita. Perco-me em pensamentos, até que escuto o sinal tocar. Deparo-me com Maitê já a minha espera, e foi assim durante todas as aulas seguintes. Até a hora do ensaio.

..........***..........

- Estão todos afiados? _ Katy pergunta, mas o clima não está dos melhores, e ela sabe, pois acredito que saiba também do ocorrido, na verdade todos na escola sabem.

- Pessoal, sei de tudo que aconteceu, e não quero e não vou opinar em nada, mas não podemos deixar situações de fora afetarem aqui, isso se quisermos ganhar. _ Um silêncio se fez presente. – Vocês querem ou não ganhar?

- Sim – Todas respondemos.

- Ok, então vamos animar isso aqui, vamos começar com Cristina Aguilera. _ E assim passamos o resto da tarde, cantando, eu sempre ao lado de Maitê, e em alguns momentos de mãos dadas.

O ensaio acabou, nos despedimos de todos. Maitê arruma suas coisas assim como eu, entrelaçamos nossas mãos e saímos.

- Mamãe vem nos buscar. _ Ela diz.

- O que? _ Solto-me dela – Maitê você pirou? Como vou encarar sua mãe? Nem pensar, vou de ônibus para casa.

- Ana, ela quer conversar com você, eu já disse, ela até saiu mais cedo do trabalho só para vir nos buscar.

- Isso não está me cheirando bem. O que sua mãe quer conversar comigo Maitê, será que já não foi constrangedor o suficiente?

- Eu não sei Ana, ela só disse que vinha e que era para você esperar, que se precisasse ela ligaria para sua mãe e diria que você jantaria lá em casa e depois te levaria em segurança.

- Ai meu Deus! Isso só piora. Ok. Pelo que vejo não tenho opção mesmo, ela já pensou em tudo.

- Certo, minha pequena, não se preocupe, relaxe e vamos ver o que ela tem para falar. _ Apenas concordo com a cabeça.

Ficamos esperando sua mãe por uns dez minutos, em total silêncio, apenas com as mãos entrelaçadas. Todos que saíam da escola nos olhavam, alguns riam, outros estavam sérios, outros nos faziam acenos, o que não me influenciava em nada. Até que vejo o carro de sua mãe, meu coração dispara e aperto mais a mão de Maitê, que apenas faz um sinal labial para mim "relaxar", fácil para ela dizer isso. Sua mãe buzina e nos encaminhamos, trato logo de soltar sua mão, Maitê abre a porta de trás para mim e entro no carro e logo depois ela entra no banco da frente.

- Boa tarde, Senhora Hernandez.

- Boa tarde querida. Vamos indo, o trânsito está uma loucura hoje. – Ela está tentando parecer natural, Maitê apenas lança um sorriso em minha direção. É, pode não ser tão ruim. Então partimos para sua casa, ela pergunta como foi a aula, como estão os ensaios, e sempre Maitê respondendo, até que chegamos.

Entramos, ela diz para subirmos que ela irá preparar algo para comermos. Concordamos e subimos para o quarto de Maitê.

- Eu vou ter um ataque cardíaco. – Falo me jogando na cama e a mochila no chão.

- Você está exagerando Ana. _ Ela fala sorrindo, deitando ao meu lado.

- Porque não é com você sua idiota, sua mãe está querendo me enlouquecer isso sim.

- Vamos, foi até divertido.

- Eu vou matar você Maitê, está sorrindo de mim.

- Vem, deixa eu te acalmar. _ Ela chega mais perto e me toma em seus lábios, beijando-me com muito gosto.

- Acho que sua cama tem um "chama sexo". _ Falo me afastando do beijo e sorrindo.

- É, deve ser. Nesse caso temos que experimentar outros lugares, que tal o sofá, ou o banheiro, ou quem sabe a mesa da cozinha, sempre tive fetiche com mesas.

- Você já me imaginou na mesa Maitê? _ Pergunto da forma mais sensual que posso.

- Ana eu já te imaginei de tantas formas, que se te falar você sairá por essa porta correndo, me taxando de maníaca sexual. _ Maitê fala isso perto do meu ouvido o que me causa certo arrepio.

- Então teremos que resolver esses seus problemas de imaginação, mas não hoje. _ Falo me afastando e saltando da cama.

- Ah Não! Volta aqui sua malvada. _ Ela levanta e me abraça por trás, me dando beijos pelo pescoço.

- Maitê, pare, você enlouqueceu? Sua mãe está lá em baixo.

- Ok, hoje você se livra de mim, mas da próxima não me escapa, você é meu vício Ana, uma droga da qual não quero me curar. _ Ela fala virando-me para ela e me beijando.

Ela segura minha cintura e vai me empurrando aos poucos até que eu sinto a parede fria. Ela me pressiona, o que me faz soltar um leve gemido em sua boca. Sua língua já está em disputa com a minha, a fazendo me apertar e prensar mais ainda com seu corpo contra a parede. Eu tenho que voltar ao controle, se continuarmos assim, não conseguirei parar, e com o pouco de sanidade que ainda me resta, a empurro pelos ombros para longe de mim.

- Para sua maluca.

- Ana! Não faz isso. _ Ela fala se aproximando novamente. Pressiona-me novamente, mas dessa vez pega uma de minhas pernas e levanta com sua mão para que seu encaixe em meu corpo seja maior. – Agora, Ana! Quero você agora.

Nesse momento, percebo que não consigo resistir a ela, eu sou sua, ela faz o que quer de mim. Então me dou por vencida e a deixo fazer o que quiser comigo. Toma meus lábios de forma selvagem, o que me estremece. Mas quando ela vai descendo os beijos por meu pescoço, escutamos a voz de sua mãe.

- Estou subindo, espero que estejam vestidas.

Empurro Maitê com uma certa brutalidade que a faz gargalhar de mim. Tendo ao máximo parecer apresentável, inútil, até que sua mãe adentra ao quarto.

- Desculpem a invasão.

- Tu...Tudo bem senhora Hernandez. _ Gaguejo.

- Será que podemos conversar agora? _ Sua mãe pergunta com um sorriso sincero em seu rosto.

- Claro, mãe. _ Maitê responde.

- Ok.

A mãe de Maitê senta na cama e aponta para que eu me sente também, Maitê continua de pé e braços cruzados.

- Filha, será que pode ir dá uma olhada na panela? _ Ela quer falar comigo a sós e Maitê entende o recado.

- Oh claro! Volto já Ana. - E então ela sai do quarto, me deixando ainda mais nervosa.

- Certo, Ana, vamos direto ao assunto? _ Apenas assinto com a cabeça.

- Não dá para negar que eu vi o que aconteceu, e que não sei o que Maitê sente por você. Então é o seguinte, quais as suas intenções com a minha filha? – O que? É sério isso?

A expressão dela está totalmente séria, o que me dá medo, ela realmente está falando sério. Dá-me uma vontade de dizer que essa pergunta quem deveria fazer era a minha mãe, afinal foi Maitê que tirou a minha "pureza", evito sorrir com o pensamento. Céus ela ainda está me encarando, o que eu faço?

- O... o que?

- Suas intenções, Ana. O que pretende com Maitê?

Eu não sei o que pretendo com Maitê. Mas não posso dizer isso à sua mãe, minha expressão está totalmente amedrontada, tenho certeza disso, mas não faço a mínima ideia do que responder. Até que escuto o improvável, a mãe de Maitê solta gargalhadas altas. É sério? Ela está sorrindo?

- Você deveria ver a sua cara agora Ana. _ E continua a sorrir.

- Mas... Meu deus, havia me esquecido de quem Maitê puxou seu modo de ser, isso não se faz senhora, eu quase tive um ataque aqui. _ Ela para de sorrir e me olha, mas agora séria.

- Desculpe Ana. Mas sabemos que temos um assunto delicado aqui, eu conheço você há muito tempo, assim como sei dos sentimentos de Maitê por você, então eu só não quero que essa história acabe mal, e que nem você e nem ela saia feridas disso tudo. Então refaço a minha pergunta, o que você pretende fazer agora Ana, com relação a Maitê e seus pais?

- Senhora eu não sei, honestamente, eu também fui pega de surpresa. Quando Maitê me falou de seus sentimentos eu nem acreditei, mas hoje, sei que também gosto dela e depois de ontem... _ Paro de falar e a encaro, Deus, eu ia mesmo falar disso. Eu a observo e ela está com a expressão serena.

- Tudo bem, Ana, eu não sei os detalhes, mas sei o que aconteceu, e essa também é uma das minhas preocupações, vocês deram um passo grande entre vocês, vocês pularam várias etapas de um relacionamento, e isso de certa forma é assustador, para mim que sou mãe.

- Céus! _ Escondo meu rosto com minhas mãos. – Que vergonha, não acredito que aquela idiota falou isso para a senhora.

- Calma, Ana, não fique envergonhada, ela não me falou detalhes, e confesso que não quero saber, ela só me disse que foi especial e mágico, e se foi para você também, então isso que importa.

- Pode aposta que foi muito especial. _ Falo a encarando novamente.

- Ana, só peço que não a machuque e nem brinque com ela, as coisas podem ficar difíceis quando seus pais descobrirem, e isso pode fazer ela, assim como você sofrerem bastante, mas se gosta dela mesmo, lute, se esforce, vocês têm o meu apoio. Só vão com calma, vocês são novas, daqui a pouco tem faculdade, esse reality show pode dá certo e vocês se tornarem famosas, tudo pode acontecer.

Escuto suas palavras atentamente e me pego derramando lágrimas e a puxando para um abraço, no qual tia Gabrielle retribui.

- Eu prometo me esforçar ao máximo para não machucá-la. Tudo ainda está muito confuso, mas eu gosto de verdade de Maitê. Essa é uma certeza. _ Falo e ela me aperta ainda mais no abraço. Nesse momento escutamos a porta ser aberta.

- Isso é um bom sinal não é? Vocês se abraçando? _ Maitê fala ao entrar e ver a cena. Eu e sua mãe nos separamos e ela vem por trás de mim e senta passando a mão por minha cintura.

- Sim filha, isso é um ótimo sinal, enfim, estou indo terminar a janta, chamo vocês daqui a pouco para comerem. E por favor, se comportem, ainda não quero ser avó. _ Gabrielle fala sorrindo e vai saindo do quarto.

- Mãe! Isso é coisa que se fale? _ Maitê diz e Tia Gaby sai dando gargalhadas. Maitê me puxa para seu colo, deitando e colocando seu nariz em meu cabelo.

- Desculpa por ela, ela está eufórica com tudo isso, disse que eu não poderia escolher melhor, mas pediu que eu tenha paciência com você. _ Fala dando leves selinhos em meu cabelo e descendo para meu pescoço, o que me causa arrepios.

- Tu...Tudo bem. _ Falo quase gemendo. – Maitê pare com isso. Você não ouviu sua mãe? – Mas ela continua.

- Ana você é tão cheirosa, e gostosa, estou viciada em você, não quero te soltar nunca mais. _ Ela fala ainda dando beijos em meu pescoço, mas dessa vez se arruma na cama ficando em cima de mim, já com sua mão em minha barriga.

Seus beijos se tornam mais ardentes, suas mãos passeiam por meu corpo, braço, ombro, pescoço, barriga, perna, bunda, o que me tira totalmente o controle, e num impulso a puxo pela nuca para um beijo quente, muito quente, o que me faz soltar um gemido.

- Você está me deixando louca, Ana, eu te quero agora, me deixa te ter? _ Ela fala com as nossas testas encostadas.

A excitação está a flor da pele, e então pego sua mão direita que está fazendo carinho em minha bochecha e a guio para dentro da minha calça, onde ela percebe o quanto estou molhada, e solto um gemido quando ela toca meu sexo.

- Agora Maitê, me faça sua novamente, eu sou sua, hoje e sempre. _ Falo sem medir minhas palavras.

Ela sem hesitar toca meu sexo fazendo leves círculos, me fazendo gemer mais ainda. O fato de estarmos vestidas deixa tudo mais emocionante, sendo considerado uma rapidinha. Ela abaixa minha calça um pouco sem tirá-la totalmente, e num movimento rápido me penetra com um dedo, eu solto um gemido abafado e dou uma leve mordida em seu ombro. Seus movimentos vão se intensificando e me dando cada vez mais prazer.

- Isso, baby, rebola para mim.

Ela fala quando percebe que meu quadril ganha vida própria contra seu dedo, e sem aviso ela me penetra com mais um dedo. Olha-me e percebe minha careta, então para, se deixa dentro de mim por algum tempo, e quando percebe que já me acostumei com a penetração começa seus movimentos novamente, vai cada vez mais fundo e rápido, o prazer é enorme, e seus movimentos maravilhosos, enquanto isso vai dando beijos por meu pescoço e em meus lábios e eu cada vez mais gemendo.

- Você é tão gostosa, Ana.

- Mais rápido Maitê, estou quase lá.

- Isso amor, goza para mim. _ Fala aumentando suas estocadas, minutos depois percebo meu corpo dá sinais do prazer absoluto chegando, meu sexo pressionando seus dedos dentro de mim.

- Maitê... Eu. Vou. Gozar. Isso, aí, isso, Ah! _ Solto um leve grito me controlando ao máximo para não fazer muito barulho, sinto o líquido quente escorrer em seus dedos.

- Céus, isso foi maravilhoso! _ Ela fala se retirando de dentro de mim aos poucos. – Você é maravilhosa, amor, deliciosa. _ Ela diz levando os dedos a sua boca, essa cena me faz gemer.

- Maitê você me tem tão fácil, isso é no mínimo ridículo. _ Falo recuperando o fôlego e a puxando para deitar-me ao seu lado.

- Não, amor, você me faz perder o controle quando te tenho perto, você é uma tentação da qual não posso e não quero escapar. _ Ela fala me puxando e me aconchegando em seus braços, deitando minha cabeça em seu peito, aproveito e subo minha calça novamente. Ficamos assim por alguns minutos até que escutamos sua mãe gritar, avisando da janta.

- Acho melhor irmos. _ Maitê fala.

- Sim, mas antes irei ao banheiro. E você também deve ir, nossos corpos estão denunciando o que aconteceu.

Ela solta uma risada, mas segue meu conselho, alguns minutos depois estamos sentados à mesa, seu pai também já havia chegado, em toda a conversa ele deixa claro que já sabe da gente e que faz gosto, apenas pede respeito, pela casa e pelos pais, e aconselha a falarmos logo com meus pais, eu assinto. O jantar corre bem e calmo. Depois lavamos a louça, e Tia Gaby e Maitê me levam até em casa, dentro do carro dou um selinho nela e me despeço dizendo ligar antes de dormir. Já são 21:15 hs, meus pais com certeza já estão em casa. Entro e os vejo vendo TV abraçados no sofá, uma cena que há tempos não via.

- Oi, mãe, oi, pai. _ Digo me jogando no sofá sentando ao lado deles, papai logo trata de me abraçar também.

- Oi, princesa, como foi na casa de Maitê? Essa menina é especial, gosto dela. _ Isso me faz sorrir.

- Bem pai, eles são muito legais, eu também gosto deles. _ Falo, bocejando.

- Ok, só estava esperando você chegar filha, vou me recolher, amanhã terei que estar no hospital cedo, então você terá que ir de ônibus.

- Tudo bem mãe, Tia Gaby vem me buscar, dará carona para mim.

- Ok, Boa noite princesa. _ Minha mãe diz me dando um beijo na testa e saindo, junto com papai.

- Boa noite filha. _ Papai diz.

Subo para meu quarto, tomo um banho, deito e coloco os fones, escutando a lista das músicas para o reality. Converso um bom tempo com Maitê por mensagem, até que pego no sono.

                         

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