- Pensa na delícia que está a bocetinha dela. Ela é tão
apertadinha que eu estou sentindo o seu pau – Jacob fala, mas eu nem
presto muita atenção porque ter dois paus enfiados em você, te leva a um
estado psicoanestésico.
Apolo e Jacob se movimentam em uma sincronia perfeita e eu sinto
que estou prestes a gozar.
- Mais rápido, meus gostosos! Me fodam mais rápido! Eu tô quase
gozando! – grito que nem uma louca enquanto rebolo meu quadril indo de
encontro aos deles.
Nossos gemidos ecoam pelo lugar, unindo-se, à medida que
explodimos juntos em um delicioso orgasmo.
- Thea... – escuto ao longe Apolo me chamar, mas eu estou mole
demais e acabo fechando os olhos."
- Thea?
Acordei sobressaltada e olhei para o lado, onde vi Apolo em pé ao
lado da cama, meio inclinado.
- Até que enfim você acordou.
- Que foi que houve? – indaguei bocejando e me apoiei nos
cotovelos, de repente senti que me encontrava melada então logo o sonho de
segundos atrás me veio à mente, fazendo-me corar um pouco.
- Jacob acabou de me ligar pedindo para a gente ir bem cedo,
porque a doutora vai te atender assim que ela chegar no ambulatório. Temos
meia hora para se arrumar e chegar lá no hospital.
- Ok – falei e me deitei novamente, fechando os olhos, mas os abri
quando senti o cobertor ser puxado.
- Levanta-se agora, Thea, ou eu vou pegar você no colo e te colocar
debaixo do chuveiro com a água estando no frio – ele ameaçou sério então,
resmungando, bolei para o lado saindo da cama, ainda muita sonolenta e fui
para o banheiro.
Quando terminei o banho e minha higiene pessoal, retornei ao quarto
e vi sobre a cama um par de tênis preto com branco, uma cueca boxer preta e
uma blusa de moletom branca com detalhes de arco-íris e estrelas, que
deduzi ser masculina, pois a mesma virou um vestido quando acabei de
vesti-la. Minutos depois, eu desci e encontrei Apolo na sala de estar.
- Eu já ia te buscar.
- Bom dia para você também – comentei terminando de descer a
escada.
- Desculpe. É porque estou ansioso e aí quando eu fico assim, sou
meio chato às vezes. Bom dia, Thea – ele me cumprimentou quando parei
perto do mesmo.
- Bom dia.
- Deixa eu ajeitar essas mangas – Apolo falou, já pegado no meu
braço e o erguendo um pouco, puxando a manga que eu havia erguido de
qualquer jeito e começando a dobrá-la, de modo que ficasse bem bonita e
certa – Isso é temporário. Assim que sairmos do hospital, vamos comprar
algumas roupas para você, ok?
Assenti com um leve aceno de cabeça.
- Esse moletom afrescalhado é seu?
- Ele não é afrescalhado. E não, não é meu, e sim do Jacob, mas eu
possuo um igual também. São nossos moletons de casal.
- Que brega, meu Deus! – exclamei, fazendo careta à medida que
ele finalizava a outra manga.
- Não é brega, Theodora, e sim muito fofo – Apolo rebateu e eu
rolei os olhos.
- Tá dizendo.
- Quando você encontrar alguém que te faça muito feliz, você vai
querer usar essas coisas "bregas" também.
- Deus me livre! Prefiro ficar solteira pelo resto da minha vida.
Ele riu.
- Pronto. Está mais apresentável. Vamos?
- Não vamos tomar café? – inquiri.
- Não. Você precisa estar de jejum para fazer os primeiros exames.
- Odeio agulhas – resmunguei enquanto o seguia rumo ao que
parecia ser a garagem da casa.
- Com o que você estava sonhando hoje mais cedo?
Virei o rosto de repente, desviando o meu olhar da paisagem da
janela para o Apolo e o vi me encarar com um meio sorriso divertido nos
lábios, enquanto que o mesmo guiava o carro pelo trânsito.
- Com nada – falei evasiva e voltei a olhar para a janela.
- Jura? Pois eu pensei que estivesse tendo um sonho para lá de
picante, por causa dos gemidos que você estava dando.
Fiquei meio com vergonha, não porque sonhei transando com eles e
sim por saber que alguém escutou os meus gemidos.
- Não se preocupe, da próxima vez eu vou gemer mais baixo para
não incomodar o seu sono da beleza – comentei e escutei ele gargalhar.
- Era com a gente? O seu sonho?
- Acho que isso não é da sua conta – retruquei, meio emburrada.
- Tudo bem. Não falemos mais nisso, mas se quiser que o seu sonho
se torne realidade é só falar que nós realizamos.
O encarei com uma das sobrancelhas erguida.
- Então vocês são bi?
- Não. Somos gays e nunca vamos deixar de ser, porém de vez em
quando saímos da nossa rotina e convidamos uma mulher para fazer ménage
com a gente. Mas isso não nos torna bissexuais. Seria igual a um carnívoro
que às vezes para quebrar a rotina prefere comer comida vegana. Isso não o
torna vegetariano, torna?
- Acho que não – murmurei meio pensativa.
- E outra, bissexuais são aquelas pessoas que sentem atração ou
prazer tanto com homens quanto com mulheres ou com outros tipos de
gêneros. E acredite quando eu digo que nem eu e nem o Jacob ficamos
excitados vendo mulheres peladas.
- Hum... Quantos mulheres já toparam fazer isso com vocês?
- Desde que começamos a namorar... Aliás nós nos conhecemos
num ménage – Apolo sorriu como que lembrasse de algo – Jacob namorava a
minha irmã e a mesma um dia me convidou para fazer um ménage para
apimentar a relação deles e foi então que aconteceu. A gente se apaixonou.
Na verdade, eu já tinha uma quedinha pelo Jacob muito antes disso rolar.
Chegamos – Apolo anunciou estacionando o carro em uma vaga do
estacionamento do hospital.
- Eu odeio hospitais – resmunguei, já saindo do carro.
- Jacob e eu vamos estar lá com você, Thea. Não precisa ficar com
medo. Vamos?
Mesmo a contra a gosto, eu o acompanhei rumo a entrada do enorme
prédio.
Não sabia qual dos dois era o mais medroso dali. A Thea, por ver o
tamanho da agulha do coletor ou o Apolo, que tinha pavor de sangue. Eu
havia descido para o Setor de Exames assim que recebi uma mensagem do
meu companheiro, avisando-me de que eles tinham chegado. Agora estou
aqui, tentando controlar o riso à medida que eu coletava o sangue da
Theodora, que tinha feito mais escândalo do que uma criança pequena.
Apolo estava ao lado da Thea, segurando sua mão, porém com o
rosto virado e de olhos fechados para não ver o sangue que jorrava da veia
dela direto para o terceiro tubinho enquanto que a técnica de enfermagem,
que a Theodora bateu o pé e disse que a mulher não ia tirar o sangue dela
nem vendada, estava identificando os vidrinhos.
- Não vai acabar mais não? – Thea me questionou quando conectei
o quarto tubo no coletor.
- Ainda não. Vou precisar de mais sangue para todos os exames que
eu solicitei inicialmente e para o resto dos exames que a Margareth vai te
solicitar na hora da consulta. Ou você quer duas furadas no seu braço?
- Nenhuma teria sido bem melhor – ela resmungou e virou o rosto
olhando para o Apolo, depois me encarou novamente – E esse aqui, ao invés
de me dar força, tá com mais medo do que eu.
- Tenho pavor de sangue – Apolo comentou – Sangue para mim tem
que ficar bem longe.
- E o que corre nas suas veias é o que, sua anta? É glitter por
acaso? Purpurina?
Não me aguentei e tiver que explodir em uma risada com aquele
comentário da Theodora, porém aquilo me fez mexer a mão e isso ocasionou
na perda da veia dela.
- Ai, cacete!
- Desculpe – falei, já colocando um tufo de algodão e tirando a
agulha.
Ainda faltava o último tubinho para ser preenchido, porém Thea fez
cara feia para mim.
- EITA! QUE SAÚDE, HEIN DOUTOR?
Olhei para o lado e vi uma das nossas vizinhas, que ia saindo de sua
casa para ir a algum lugar.
- Para dentro agora, Jacob! – exclamou Apolo, muito puto de raiva,
já pegando a toalha do chão.
- Eita, amor. Deixava pelo menos eu acenar para a nossa vizinha
primeiro – falei, vendo-o fechar a porta atrás de si e passar por mim, rumo a
sala de estar.
- Você iria acenar com que mão, se suas duas estavam ocupadas,
hein Jacob? E por que tem um urso enorme na nossa sala? Você sabe muito
bem que eu não gosto de urso de pelúcia.
- Não é para você, amor, e sim para a Thea – informei deixando as
sacolas sobre o outro sofá e olhei para o lindo urso que eu havia comprado
para ela, em agradecimento pelo que a mesma estava fazendo por nós.
"Tomara que a Theodora goste"
- E começa assim... Primeiro um urso de pelúcia, depois flores,
jantares, convites para ir para baladas, mais presentes e quando eu menos
esperar, você vai fugir com ela e com a bebê – ele murmurou ainda
emburrado e com os braços cruzados em frente ao peito.
- Ownn... Não fica com ciúmes não, querido – pedi me
aproximando e segurando seu rosto entre minhas mãos – Você é o marido
mais lindo e mais gostoso do mundo. E eu já te falei que nunca vou trocar o
seu pau por nenhuma boceta desse planeta.
- Mentira. Você está dizendo isso só para eu baixar a guarda e
vocês conseguir fugir de boa.
- O que eu posso fazer para o amor da minha vida voltar a acreditar
em mim? – indaguei descendo minha boca sobre seu pescoço, distribuindo
pequenos beijinhos enquanto eu continuava a sussurrar – Hein, querido? O
que você quer? Quer um urso, mesmo não gostando? Pois então lhe darei um
maior que esse. Quer flores? Então encherei nossa casa com milhares e
milhares de flores só para você.
Ergui o rosto, encarando-o, e finalmente Apolo descruzou os braços,
abraçando-me pela cintura, já puxando meu corpo de encontro ao dele.
- A única coisa que eu quero é você, Jacob. Sempre.
- Isso você já tem. Eu sempre vou ser seu, Apolo.
- Mas eu te magoei tanto no passado, que vivo sempre achando que
você, a qualquer momento, vai me deixar ou vai me trocar por alguém
melhor que eu.
- Amor, isso nunca vai acontecer – sussurrei selando nossos lábios,
num beijo calmo, onde pude saborear cada pedaço daquela boca gostosa,
então segundos depois encostei minha testa na dele e me arrisquei a cantar,
baixinho, um pedacinho de uma das músicas que significavam muito para
gente.
Baby, este amor
Eu nunca vou deixá-lo morrer
Ele não pode ser tocado por ninguém
Eu gostaria de vê-lo tentar
Eu sou um homem louco pelo seu toque
Menino, eu perdi o controle
Eu vou fazer isso durar para sempre
Não me diga que é impossível
Porque eu te amo até o infinito
Eu te amo até o infinito
Porque eu te amo até o infinito
Porque eu te amo até o infinito
- Eu também te amo até o infinito, meu amor. E muito além dele, se
for possível – Apolo declarou, fazendo-me sorrir meio bobo.
- Eu sei.
Voltei a beijá-lo, agora com mais intensidade, à medida que meus
dedos procuravam a bainha de sua blusa para erguê-la. Respiramos fundo, à
procura de ar, quando nos desvencilhamos para eu poder puxar a camisa
dele, arrancando logo ela de seu corpo.
- Tenho o marido mais lindo do mundo – admiti enquanto admirava
o seu peitoral bem definido.
- Não. Sou eu que tenho – Apolo sussurrou, sorrindo e me beijando
em seguida.
Sem interromper nosso beijo e nossas carícias, fui empurrando
Apolo para perto da parede mais próxima, mas ele mudou nossa posição e
quem acabou sendo pressionado contra a parede fui eu. Então o senti me
envolver com sua mão, masturbando-me e deixando meu pau ainda mais
duro.
Apolo sabia exatamente como me tocar para me deixar em total
combustão. Num movimento rápido e inesperado, o encostei na parede e me
abaixei, beijando seu cóccix para depois puxar um pouco sua calça para
baixo e dar uma leve mordidinha no início de uma de suas nádegas, ouvindo
Apolo gemer no mesmo instante.
Segurando seu quadril, o fiz ficar de frente para mim. Ele então
tentou abrir sua calça, mas o impedi me levantando e segurando suas mãos
acima de sua cabeça.
- Calminha aí, amor. Eu que vou te despir todinho – informei
enquanto uma das minhas mãos descia pelo seu tórax e passou a massageá-lo
por sobre a calça, sentindo a cada segundo ele se endurecer mais e mais.
- Não me tortura desse jeito, Jacob – ele implorou me encarando
nos olhos.
Sorri e fui descendo minha boca ao longo de seu abdômen, chegando
no meu paraíso particular, onde desabotoei a calça à medida que beijava o
final de sua barriga. Minhas mãos trataram rapidamente de tirar o resto das
roupas dele para em seguida minha boca fazer o serviço dela e proporcionar
muito prazer para o meu Apolo.
Quando, minutos depois, senti que ele estava se aproximando do seu
orgasmo, parei de chupá-lo já ouvindo um resmungo frustrado dele então
levantei pedindo que me esperasse ali, pois iria até o nosso quarto para
buscar um preservativo, mas Apolo me lembrou que ele sempre andava com
um na carteira, então fui pegá-lo.