Agora que os chefes são pais, eles me deixaram tomando conta da máfia. Eu que resolvo tudo agora, é como se eu fosse o líder nessa merda. Se eu soubesse que ser líder seria assim, nem teria aceitado, é muito cansativo. Agora entendo que o chefe Damon dizia, que trabalhar é uma merda.
Tudo sobra pra mim, eu tenho que ficar de olho em tudo. Ordenar quem vai, quem vem, tudo isso está me deixando louco. - Desligo o chuveiro e saio do box, aproximo da pia e pego a minha escova de dentes.
A minha casa precisa de uma grande limpeza, eu mal tenho tempo. Eu vim chegar em casa de três e meia da manhã e mal tenho um sono regulado como antes. - Sinto que a qualquer momento eu fosse explodir, e o pior disso tudo, a porra da minha menstruação está chegando, ver se pode um caralho disso.
Ter um órgão feminino é tão chato, mais eu entendo as mulheres, quando reclamam das dores menstruais. - Saio do banheiro e vou até o guarda-roupa, pego uma calça jeans preta e uma camisa preta também, junto com uma jaqueta de couro preta.
Vou de luto nessa merda.
Pego meu celular e saio do quarto, vejo que tinha ligações perdidas do Heitor. Solto um suspiro, sinto que já vem merda por aí.
Retorno a ligação pra ele.
- Alex?
Bufo.
- Não, aqui é a alma dele, quer deixar alguma mensagem?
Escuto ele bufar do outro lado da linha.
- Nem a essa hora da manhã, tu não deixa de ser sarcástico.
- É um dom. Agora fala o que tu quer.
Ele solta um suspiro.
- Acho que fiz merda.
Pelo amor de Deus, quero paciência.
- O que tu fez caralho de asa?
Pergunto irritado.
- Lembra que nós estávamos precisando de alguém pra contratar pessoas, pra ficarem de guarda nas boates, nos cassinos..
Corto ele.
- Fala de uma vez caralho, o que buceta tu fez?
Eu realmente estou ficando de TPM.
- Eu contratei um garoto....
Solto um suspiro.
- Hum?
- E ele contratou só estupradores e pedófilos.
- Vai tomar no cu, vai se foder... Que caralho!!
Acabo xingando em português.
- O que?
Respiro fundo várias vezes.
- Irei reportar as coisas para os chefes e depois eu chego aí.
- Tudo bem... Eu sinto muito, Alex.
- O que passou, passou.
Desligo na cara dele.
Respiro fundo várias vezes, tentando me acalmar. Nego com a cabeça e sigo até a cozinha, tem muitos pratos sujos pra lavar. E eu nem tenho nenhum tempo pra isso. - Tomo o café da manhã bem rápido, porque quero resolver logo essa merda, que o garoto fez. Eu só espero que os chefes não me mande matar o Heitor, porque querendo ou não, ele tem me ajudado em algumas coisas.
Saio de casa e entro no meu novo carro. Porque o meu antigo estava todo cheio de sangue do cara que matei. Então tive que queimar para não ter nenhuma evidência.
****
Desço do carro e dígito a senha e antro na casa. Eu me sinto muito sortudo em saber que eles confiam em mim, para me dá a senha. - Assim que abro a porta, sou atingido por um travesseiro.
- Ainda diz que é líder da máfia, tão distraído. - Bufo.
- Enzo, vai ver se eu tô na esquina, vai. - Digo irritado.
- Hum, tá de TPM é? - Pergunta sendo debochado.
Oh, se essa criança soubesse como é eu na TPM, nem queria falar comigo.
- Me esquece, onde está os chefes? - Questiono.
- Pegando a mamãe. - Arregalo os olhos.
- O-O que? - Ele revira os olhos.
Essa criança é chata, meu irmão.
- Sabe como é, o Klaus tá no quarto se quiser ver ele. - Sinto meu rosto esquentar um pouquinho.
- Cala a boca, sua criança endemoniada. - Ele revira os olhos.
- Alex!! - Tomo um susto e me viro, vendo o Tom descendo a escada. - Não chame meu filho assim, seu idiota.
- Não tenho culpa, se a criança puxou ao senhor Damon. - Ele revira os olhos.
- Eles estão lá em cima. - Sorrio e subo as escadas.
Eu e o Tom temos uma grande amizade, eu não trocaria isso por nada nesse mundo. - Dobro a esquerda e acabo batendo no Klaus.
- Desculpa. - Deitamos juntos, logo caímos da risada por isso.
- Essa foi boa. - Ele diz rindo.
Como esse garoto é lindo. Eu nunca pensei que iria gostar de alguém, mesmo não sendo recíproco.
- Sim, foi. Se machucou? - Pergunto preocupado em machuca-lo.
- Não e você? - Pergunta me olhando fixamente.
- Não... Eu tô bem. - Digo um pouco envergonhado.
- Que bom, fico aliviado em saber que não se machucou. - Ficamos nos encarando, eu não conseguia desviar o meu olhar dele.
Ele se tornou um homem tão lindo. Porra, eu realmente estou apaixonado pelo filho dos meus chefes.
Escutamos um pigarro.
- Se não estivermos atrapalhando aí, Alex, poderia entrar? - Tomamos um susto.
- A-Ah.. C-Certo, chefe. - Digo todo nervoso.
Klaus também ficou nervoso.
- Vou ver como a mãe está. - Rapidamente some da nossa vista.
Entro no escritório deles e o senhor Lúcifer, está sentado em sua mesa. O senhor Damon fecha a porta atrás de mim e logo segue pro lado do seu irmão.
- O que vamos ouvir hoje? - O senhor Lúcifer pergunta.
- As coisas estão indo bem, senhor. As drogas que o senhor Christopher pediu, já foi entregue ontem a noite.
- Algum policial? - O senhor Damon pergunta.
Dou um sorriso de lado.
- Alguns, não precisam se preocuparem, meus senhores. Tudo foi resolvido. - Eles dão sorrisos maliciosos.
- Creio que se livraram dos corpos? - Lúcifer pergunta.
- Nenhum corpo, senhor. - Eles acenam. - Ah, as novas armas chegaram também.
- Então você enviou algumas mulheres pro Japão? - Aceno.
- Aquelas que quiseram ir, eu disse que o chefe da máfia japonesa, queria algumas mulheres, pra... Serem prostitutas deles. Algumas aceitaram de boa, eu avisei também que se algo acontecer, nós não podemos fazer nada.
- E o que elas disseram? - Damon questiona sério.
- Que não tinha problema nenhum. - Os dois suspiram.
- Acho que não vai ter nenhum problema, eles nos conhece o suficiente pra saber que não gostamos que machuquem as garotas. Se eles fizerem isso, não vamos mais ter nenhum acordo. - Lúcifer diz sério.
- Sim, senhor.
- Mais alguma coisa pra dizer?
Será que devo dizer sobre o que aconteceu? Eu posso resolver isso.
- Bom.. - Os dois novamente suspiram juntos.
- Só resolva isso, Alex. Pode ir.
- Sim, senhor.
Saio do escritório e solto um longo suspiro. A única coisa que eu mais quero agora, é dormir. - Desço as escadas e vou na cozinha, vendo o Tom cozinhando.
- Alex, é impressão minha ou você está mais irritado que o normal? - Ele me conhece tão bem.
- TPM. - Digo e ms sento na cadeira, apoiando meus cotovelos no balcão.
Ele se vira pra mim.
- É ruim? - Aceno.
- Ter um órgão feminino, eu posso menstruar, sinto dores de cólica. Isso é muito chato, logo hoje, quando eu estou assim, só aparece problema.
Ele me serve um copo de suco.
- Obrigado. - Dou um gole e suspiro. - Tão bom.
- Eu sempre me perguntei, mas, quem sabe mais sabe sobre. - Ele aponta pra minhas pernas.
- Você, os chefes e a Jéssica. Somente vocês, eu não quero que ninguém mais saiba. - Ele acena.
- Tudo bem, enfim. O aniversário do Enzo tá chegando, você vai vim, né?
- Provavelmente, se não acontecer algo importante. Porque só tem eu, pra resolver as coisas, e tem gente que gosta de fazer tudo errado.
- Tá difícil pra você né?
- Muito. Agora que eu estou sendo o responsável na máfia, tenho que resolver tudo e ainda por cima, reportar tudo o que aconteceu pra eles. Mal tenho vida, minha casa parece um lixo.
- Se quiser, eu falo com eles pra ti dá um alguns dias de folga. - Nego.
- Não, tudo bem. Eu vou resolver a merda que o Heitor fez e dormir um pouco.
- Você realmente precisa, sua cara está de morto. - Bufo.
Sinto algo atingindo minha cabeça.
- Aí!
- Ainda diz que é responsável. - Olho feio pro Enzo, que acabou de entrar na cozinha.
- Eu não disse que teu filho parece um endemoniado.
- Para de chamar meu filho assim. E Enzo, pare de ficar jogando as coisas no Alex.
- É divertido, mãe. Ele nunca tá atendo a nada, como se diz ser responsável, se não consegue se defender.
Respira, Alex. Respira, não mata, é só uma criança endemoniada.
- Porque eu me sinto bem aqui, Enzo. Aí eu abaixo a minha guarda, mais a partir do momento que saio daqui, fico atento a tudo.
- Hum, sei. Muitos dizem isso. - Ele sai da cozinha.
- Teu filho tem problema na moral, Tom. Ele é debochado, sarcástico e um pestinha. O mesmo não deveria está na aula?
O Tom solta um suspiro e volta a cozinhar.
- Ele tá suspenso por pregar uma pegadinha com o diretor. - Seguro a risada.
- Qual foi a pegadinha dessa vez?
- O diretor tem medo de cobras, ele encheu a sala do diretor de cobras não venenosas.
Não consigo segura a risada mais e acabo gargalhando.
- Isso não tem graça, Alex. O pobre homem foi parar no hospital.
- Quando digo que seu filho é endemoniado, você não acredita. - Ele me olha feio. - Enfim, tenho que ir, trabalho né chama.
- Toma cuidado.
- Pode deixar. - Ia saindo da cozinha, mais lembre de um fato interessante. - Tom?
- Sim? - Ele me olha.
- Quem vai vim no aniversário do Enzo? Porque o que eu saiba, ninguém gosta dele.
- Vai ser só a família, Alex. - Diz irritado, acabo rindo.
- Certo.
Saio da cozinha e vejo o Klaus saindo da biblioteca, ele me olha.
- Já vai? - Pergunta se aproximando, engulo seco por isso.
- Sim, sabe como é, o trabalho me chama. - Ele dá um sorriso.
Puta merda, sorriso lindo.
- Sei. - Mordo os lábios nervoso.
- Você não deveria está na faculdade? - Pergunto.
- Não teve aula hoje, só amanhã.
- Ah sim.
E novamente ficamos nos encarando, vejo seu olhar descer para a minha boca.
Caralho!!!!
- Se os senhores acabaram de se comerem com os olhos, quero assistir meu desenho em paz. - Tomamos um susto com a voz do Enzo.
- Não estávamos se comendo com os olhos. - Ditamos uníssono.
- Aham, e eu sou um alienígena. - Esse demônio.
- Vou indo.
Rapidamente saio da casa deles e entro no meu carro.
- Para de bater assim coração!!! - Rosno irritado.
Eu o que eu fiz pra merecer isso.
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