Dou um beijo na testa dele e deixo um bilhete pra ele. Saio do quarto e desço as escadas, vou até a cozinha e deixo outro bilhete na porta da geladeira.
Saio da casa dele e tranco a porta e vou até o meu carro, fecho a porta e dou a partida pra faculdade.
Eu não posso acreditar que eu dormir com o Alex, foi o melhor dia da minha vida. Ah, como queria nunca sair daquele abraço.
Sou interrompido com o toque do meu celular, pego ele e coloco no viva-voz.
- Oi, mãe.
- Já está indo pra faculdade?
- Sim.
- Que bom, pensei que ainda estava dormindo.
Sorrio por isso.
- Eu queria estar, mais infelizmente tenho compromisso.
- Bom, então tenha um bom dia, querido.
- Obrigado, mãe.
Ele desliga e continuo dirigindo.
****
Estaciono o carro e desço, solto um suspiro. Eu odeio estar rodeado de tantas pessoas que não seja a minha família. - Caminho em direção ao meu armário, no caminho acabo dando de cara com Leon.
- Ah, bom dia, Klaus. - Ele dá um sorriso.
Ele gosta de mim, mais eu já disse que não tinha o mesmo sentimento. Só que ele não me deixa em paz.
- Bom dia, Leon. - Respondo por educação.
Vou até o meu armário e coloco a minha senha.
- Tudo bem? - Ele ainda está aqui?
- Sim. - Respondo.
Começo a pegar os livros que vão ser usados hoje.
- O que fez de bom ontem?
Caralho, garoto chato.
- Dormir com o meu namorado. - Digo e o deixo pra trás.
Garoto persistente, eu já o rejeitei e ele ainda continua atrás de mim.
Entro na sala e vou até a minha cadeira, quem dera que o Alex fosse meu namorado. Séria um sonho tornando realidade. - Logo o sinal toca e os alunos começam a entrar, em menos de dois minutos a sala já estava cheia.
Logo o professor entra.
- Bom dia, pessoal. - Todos, exceto eu respondem.
- Bom dia, professor.
- Eu andei pensando e resolvi passar um trabalho em dupla, o assunto vai ser sobre recursos humanos. Só que eu quero que você e a sua dupla apresente em o trabalho em inglês.
Todos arregalam os olhos surpreso.
- Mais professor.
Todos começam a protestar.
- Não quero saber, mesmo que seja igual, eu quero apresentar em inglês. Você precisam já estarem preparados pro futuro, vocês tem um mês. Agora irei dizer as duplas.
Ele começa a forma as duplas.
Eu não quero ficar perto de ninguém, eu não sou uma pessoa sociável.
- Alex D'Angelo e Leon Jonas.
Eu não acredito nisso, logo essa peste? Meu Deus, porque o senhor mim odeia?
- Nossa, que sorte. Não é Klaus? - Ele fala todo eufórico.
- Hum. Temos um mês, eu já sei falar inglês, e você? - Questiono tentando controlar a minha raiva.
- Um pouco. - Suspiro. - Mais você pode me ensinar. - Olho pra ele surpreso.
- Não. - Digo sério.
- Então nós dois vai levar menos pontos. Porque, mesmo que você fale perfeitamente, eu sou sua dupla.
Esse idiota está certo.
- Tudo bem, eu posso ensinar a você. - Digo derrotado.
Eu mereço isso.
- Ótimo. Me passa seu número, pra marcamos o dia do ensinamento. - Diz com um sorriso no rosto.
Também sei que ele quer meu número, esse garoto não se toca? Eu não quero ninguém além do Alex.
- Certo. - Entrego meu celular pra ele, fazendo questão de mostrar o papel de parede, que é o meu Alex dormindo.
- Esse é seu namorado? - Pergunta soando seco.
- Sim. Eu dormir na casa dele e aproveitei que ele dormia e tirei essa foto. - Sorrio ao lembrar que acordei abraçado com ele.
Ah, queria nem ter saído do abraço.
- Entendi. Aqui está o meu número. - Ele me devolve o celular e guardo no bolso.
Voltamos a prestar atenção no professor que explicava com séria o trabalho.
****
Assim que as aulas acabam, começo a guardar as minhas coisas.
- Então, quando vamos começar a nossa aula? - Reviro os olhos.
- Irei ver. E é melhor você começar a praticar sozinho também, eu não faço milagres. Só vamos começar a conversar em inglês. - Digo seco.
- Eu sei, mais é melhor sempre praticar com alguém do que sozinho.
- Hum.
Saio da sala sem olhar para trás, vou até o meu armário e guardo os livros. Não quero arriscar e trazer pra casa com o Enzo lá, falando nele.
Ele com certeza vai praticar suas pegadinhas com o Leon, talvez assim ele me deixe em paz.
Olho pro meu lado e vejo o Leon, solto um suspiro.
- Qual é o seu maior medo? - Pergunto como alguém que não quer nada.
- Porque isso do nada? - Questiona confuso.
- Só puxando papo. - Digo indiferente.
- Eu tenho fobia a sapo, morro de medo. Teve uma vez que tinha um sapo dentro de casa, eu desmaiei.
- Hum. - Bom saber. - Irei mandar uma mensagem marcando o dia.
Saio sem esperar sua resposta e vou até o meu carro. Entro e dou a partida pra casa.
****
Entro dentro de casa morrendo de fome, mesmo que tenha comido algo na faculdade.
- Cheguei!!! - Anúncio.
- Bem vindo, querido. - Minha mãe aparece, saindo da cozinha. - Como foi a aula?
- A aula foi de boa, o problema é que tenho um trabalho pra apresentar sobre recursos humanos em inglês.
- Nossa, então você vai arrasar já que sabe inglês. - Aceno.
- Só que o pior de tudo, eu vou fazer dupla com o garoto que gosta de mim, mãe. Eu já recusei ele tantas vezes e ele não larga do meu pé, ver o azar. - Bufo irritado.
- Oh, querido.
- O senhor sabe muito bem quem eu gosto, ele é o único que faz meu coração bater. Se não for ele, não vai ser ninguém. - Ele acena.
- Eu sei, querido.
- E ainda por cima, eu vou ter que aguentar ele por um mês. Ainda vou ter que ensinar ele a falar inglês direito, porque se ele erra, sobra pra mim também.
- Realmente sua situação estar muito complicada.
- Mãe, eu até deixei uma foto do Alex como papel de parede pra ele ver, disse que o Alex era o meu namorado. Mesmo assim, ele não desgruda. - Ele dá um sorriso malicioso.
Já vem.
- Que foto do Alex?
Fico um pouco envergonhado.
- Tirei quando eu acordei, dormimos juntos. Foi a melhor coisa do mundo, ter ele em meus braços. - Fico lembrando da sensação.
- Porque você não conta logo hein?
- Eu só não sei como, mãe.
- Você vai descobrir. Enfim, com fome?
- Muita. - Digo já indo pra cozinha, junto dele. - Falando nisso, cadê os pais e o Enzo?
- Enzo tá dormindo, foi dá um cochilo. Seus pais foram nas empresas deles resolver algo, eles estavam muito irritados. - Faço uma careta.
- Eles bravos é assustador, principalmente o papai Damon.
- Sim, mais já estou acostumado com isso. Nem me assusta mais.
- Sabe, eu lembrei de algo quando era pequeno. - Começo a rir ao lembrar.
- O que?
- Quando eu encontrei o papai Damon na cozinha cheio de sangue, ele ficou tão assustado e sem saber o que fazer. - Ele começa a rir também.
- Damon nunca foi bom com crianças.
Ficamos em silêncio, solto um suspiro e ele coloca o almoço em minha frente, mesmo sendo cinco horas da tarde. Começo a comer sem me importar com nada.
- Mãe? - Chamo sua atenção.
- Sim?
- O que eles pensam sobre eu gostar do Alex?
- Bom, eu não sei, eles nunca falam sobre isso. Mas, eu acho que eles não ligam, porque o Alex é confiável e um bom amigo. Creio eu que se eles não gostassem, nunca deixariam você dormir na casa dele. - Aceno.
Termino de comer.
- Irei tomar um banho e dormir um pouco, estou cansado.
- Vai. - Ele beija minha testa.
Saio da cozinha e pego minha mochila que deixei em cima do sofá e subo. No caminho encontro um Enzo sonolento.
- Já chegou? - Pergunta parando na minha frente.
- Sim. - Pego ele no braço e caminho pro meu quarto.
- Essa é a primeira vez que tu me pega nos braços, o que tu quer? - Pergunta já totalmente despertado.
Coloco ele sentado na minha cama.
- Quero sua ajuda em algo. - Ele cruza os braços e me olha desconfiado.
- Em que?
- Tem um garoto na faculdade que frequento, ele gosta de mim. Mesmo eu o recusando várias e várias vezes.
- E o que eu tenho a ver com isso? - Reviro os olhos.
- Irei chamar ele aqui e quero que você o assuste. - Ele me olha como se eu tivesse criado chifres.
- Tu fumou foi? Eu estou de castigo já e se eu fizer algo assim, pronto. Nunca mais saio de casa na vida.
- Relaxa, assim que você assustar ele, eu irei assumir a culpa. E ainda por cima te dou a metade da minha mesada.
- Hum, agora ficou interessante. - Bufo.
- Mais é um interesseiro mesmo.
- Claro, tu acha mesmo que vou me arriscar sem algo em troca? Tudo bem, eu aceito.
- Ele tem medo de sapos. - Ele dá um sorriso macabro, parecendo todinho o papai Damon.
- Sorte que tenho uns guardado em meu quarto.
- Eu quero que ele me deixe em paz, mais ver se não mata o garoto visse.
- Relaxa, vai depender dele, se ele tiver problema no coração e morrer, não posso fazer nada. - Esse garoto é assustador.
- Tá, irei tomar banho e dormir.
Vou até o banheiro e retiro as roupas, colocando no cesto de roupas sujas.
****
Saio do banheiro com a toalha envolta da minha cintura, reviro os olhos ao ver que ele adormeceu de novo. - Pego um conjunto de pijama cinza e me visto, vou até a cama e subo com cuidado pra não acorda-lo.
Solto um suspiro e puxo ele pro meu braço e logo adormeço com o calor do Enzo em meu corpo.
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