Eu dirigi por algumas horas e me perdi algumas vezes, várias vezes, e quando achava que estava chegando ao meu destino, começou a chover. A chuva não era forte, mas atrapalhava minha visão. Afastei-me muito de onde morava só para chegar aqui. Tudo para chegar a um hotel escondido no meio do nada. Afastado de tudo.
Sim, estou me sentindo uma idiota. Mas se o que me contaram for verdade, o que duvido muito. Bom, vamos ver. Que pelo menos o hotel seja bom só para compensar esta viagem, porque meu celular já está quase ficando sem bateria.
Não gostava de me sentir perdida quando estava dirigindo. Estava escuro e não vi outro carro passar por mim já há algum tempo. Um belo cenário para um assalto ou um assassinato. Eu ia parar na primeira página dos jornais porque fui muito burra. O pânico me dominou, o celular já não ajudava, eu virei uma rua, devagar, na dúvida se estava no lugar certo e a toda hora olhava no celular. O lugar era deserto, segui em frente e, para meu alívio, eu o encontrei.
– Enfim, cheguei – disse olhando aliviada pela janela molhada do carro o hotel que se erguia diante de mim.
Desliguei o carro e peguei minhas coisas, e depois eu desci do carro, e fiquei ali parada naquela chuva diante do Hotel Home Night-Party, escrito em letras vermelhas. Fachada antiga, bem antiga. Eu usava uma roupa mais social, por causa do meu trabalho como secretária, óculos e cabelos pretos amarrados. Tomei coragem e andei na direção do hotel chapinhando meus sapatos de salto nas poças de águas. Empurrei a porta e entrei.
A mulher que conheci num café, me contou coisas sobre este hotel que eu nem sabia por onde começar. E, inacreditavelmente, por causa dela vim parar aqui. O lugar era lindo, mas aquele ambiente antigo me dava arrepios, era estranho. Eu nunca me hospedaria aqui. Nunca mesmo. Poltronas vermelhas, antigas, tudo parecia ser tirado de uma loja de antiguidades. Ou de um filme de terror. Fiquei um pouco ali observando tudo, depois atravessei aquele belo hall de entrada analisando cada detalhe. Até perceber que tinha alguém me observando.
Era um senhor, ele me esperava com um leve sorriso na recepção. Observava de longe, parecia um fantasma e aquilo me arrepiou. Era bem velho e usava óculos dourados de lentes empoeiradas, e seu terno combinava perfeitamente com o lugar. Vermelho com detalhes em dourado. Respirei fundo e me aproximei.
– Boa noite. Meu nome é Antonio Lambert. Bem-vinda ao Hotel Home Night-Party. Em que posso ajudar? – disse o velho com um leve sorriso e com as mãos juntas sobre o balcão brilhante.
– Boa noite, eu quero um quarto.
– Fez reserva?
– Não. Alguém fez? – não resisti à pergunta, não me parece que alguém faria reservas aqui.
Ele percebeu minha ironia e não respondeu.
– Acho que tenho um bom quarto para você, vai gostar da chuva batendo na janela...
– Se a chuva estiver batendo na janela do quarto nove, eu aceito – interrompi enquanto ele falava.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e depois falou:
– Vou ver se o nove está desocupado – disse e se virou.
Eu esperei. Ele demorou um pouco, até demais, e minha ansiedade só aumentou.
– Sim, está disponível – disse com uma chave na mão. – Vai passar a noite?
– Sim, uma noite.
– Dinheiro ou cartão?
– Cartão – respondi abrindo a bolsa.
Assinei um livro que estava aberto no balcão, bem antigo e de folhas amareladas, e depois ele me entregou a chave do quarto nove, era dourava e antiga, como todo o lugar.
– É no terceiro andar – disse ele. – Pegue o elevador ou se preferir as escadas.
Fui para o elevador, o hotel era bem silencioso, acho que eu era a única hospedada aqui. Pensei um pouco e entrei, apertei o número que foi dito e a porta se fechou com um som estridente. Um som antigo, de velho, como algo defeituoso. O elevador subiu, para meu alívio, parou, a porta abriu e eu saí. Havia três portas: o quarto sete, o oito e, à minha direita, estava o quarto nove. Me aproximei, o número nove em dourado. Era o único em dourado e o único quarto daquele andar com uma porta vermelha, muito antiga, bem envelhecida. Usei a chave e entrei.
O lugar estava conservado, muito pelo contrário do que imaginei. Achei que teria cheiro de lugar antigo, mas não foi o que vi ali. Fechei a porta e caminhei até a cama. Joguei minha bolsa nela e andei até a janela, a chuva não parava. Havia um televisor antigo de tubo e uma escrivaninha com cadeira próxima a janela, e mais uma poltrona. E um banheiro que logo usei para um xixi. Sentei-me no sofá e cruzei as pernas, e pensei:
"Que droga estou fazendo aqui?".
Andei pelo quarto de um lado para o outro olhando para a escrivaninha e para um livro que se encontrava sobre ela, estava ali como a mulher do café falou. Puxei a cadeira da escrivaninha e me sentei. Peguei o livro, pensei, e o abri, peguei a caneta e comecei a escrever tudo que desejava naquele quarto. Depois o fechei. Sim, foi assim que a mulher do café me falou para fazer, então eu fiz. Coloquei meus óculos na mesa e fiquei sentada naquela cadeira esperando. E esperei, até demais. E quando já desistia, alguém bateu na porta.
Arregalei os olhos e não respondi. Meu coração disparou.
"Só podia ser uma piada", pensei. "Ou era o senhor da recepção, afinal não vi mais ninguém".
Então bateram novamente e a porta se abriu. Uma luz estranha invadiu o quarto e depois pude ver a silhueta de um homem carregando alguma coisa na mão.
– Senhorita Sofia, já chegou, que bom – disse um homem emoldurado por aquela estranha luz, eu conhecia aquela voz. Aquilo arrepiou meu corpo inteiro.
Ele fechou a porta e a luz se foi, e parado bem na minha frente se via um executivo segurando uma maleta. Usava um terno marinho bem escuro. E, inacreditavelmente, era meu chefe. O Dr. Gustavo.
Coloquei a mão na boca achando que via coisas, estava em choque e logo achei que fosse uma brincadeira de mau gosto. Não consegui falar. Não saia nada.
– Boa noite – disse ele.
Eu não respondi.
– Tudo bem, senhorita Sofia? – perguntou olhando diretamente para mim.
– Sim... ca-claro – gaguejei.
– Ca-claro? O que é isso? Um novo vocabulário? – perguntou ele com um sorriso.
Era difícil falar.
– Algum recado para mim?
– Não. Como haveria um? – disse olhando a volta, como se eu tentasse lhe mostrar onde estávamos. Num hotel muito distante de tudo.
– Não? Que estranho. Olhou na sua mesa?
– Não há nada – disse e olhei para a mesa.
Havia algumas coisas ali que não estavam antes. Como um bloco de notas, como o meu. Um notebook, que não estava li e outras coisas que apareceram do nada. Uma clara mesa de escritório, como a minha.
– Então? Algum recado para mim? – perguntou novamente.
Eu coloquei meu óculos e peguei o bloco de notas. Havia, sim, um recado ali. Com a minha letra.
– O que diz?
– É-é um recado do Doutor Jairo – aquilo era impossível.
– O que diz? Por favor – insistia ele, colocou a maleta sobre a cama do hotel e a abriu.
– Ele desmarcou o jantar de hoje à noite. Prefere tratar do assunto amanhã pela manhã – disse Sofia, a secretária, cada vez mais confusa.
– Sem problemas. O avise que tudo bem. Mas sem falta, não dá para adiar por mais um dia. Negócios são negócios. Pessoas esperam por um acordo. Há muito dinheiro envolvido – disse meu chefe.
Eu continuava confusa, mas sem dúvida aquele que falava era meu chefe. O Dr. Gustavo. O mesmo modo de falar e tratar de negócios.
– Por favor, Sofia, eu tenho pressa – disse ele.
– Sim, claro – eu peguei meu celular e como fazia no escritório revirei meus contatos, mas não arrisquei mandar nenhuma mensagem. Aquilo não era real. Eu fingi que mandei aquela mensagem.
– Então?
– Ele concordou – menti.
– Ótimo. Algum recado da minha esposa? Eu tenho celular, mas ela insiste em te mandar as mensagens mesmo assim – disse ele.
– Aquilo era verdade, não sei como, mas era. Quando ele não respondia as mensagens da esposa por estar muito ocupado, ela me deixava todas elas. E depois me fazia entregá-las como se fossem urgentes. Assim ele lhe dava atenção.
– Não, nenhuma – disse fingindo que olhava o celular. Quando percebi que ele estava do meu lado. Com o rosto bem ao lado do meu folheando o bloco de notas. Seu perfume me envolveu, era o mesmo, era ele. Ele colocou a mão em volta da minha cintura, uma coisa que ele nunca fez em sua vida e depois se afastou. Ele me respeitava muito e aquela aproximação foi inesperada.
– Ótimo – disse ele andando pelo quarto.
Tirou seu terno e o jogou na cama. Eu só observei. Era como se ele estivesse realmente no escritório, seu comportamento era o mesmo. Pegava o celular e olhava todas as mensagens, mexia no notebook e atendia uma ligação, exatamente como fazia quando chegava ao trabalho.
– Está bonita, senhorita Sofia, fez alguma coisa de diferente? – perguntou Gustavo, outra situação fora do comum.
Uma pergunta que ele nunca me fez. Ele sempre elogia meu trabalho, mas nunca minha aparência ou o que estava vestindo. Se quer dizer que eu estava bonita.
– Nada de... especial, o de sempre, nada de mais – respondi, me senti constrangida. E acho que fiquei até um pouco vermelha. Desconcertada.
– Você é muito especial para mim, sempre foi – disse ele me encarando. Fiquei constrangida ainda mais, e ri sem graça passando a mão no cabelo desviando o olhar.
– Obrigada.
– Agora pode voltar ao trabalho – disse ele, voltando sua atenção ao celular.
Eu me sentei naquela mesa e nem sabia o que fazer ali. Abri o computador, o liguei, e fingi que estava trabalhando enquanto ele andava à minha volta falando e gesticulando. Depois parou e se aproximou curvando seu corpo ao lado do meu, com sua face junto a minha, colocou a mão na minha cintura e a acariciou. Arrepiei-me. Eu fiquei encarando seu rosto ainda não acreditando no que via, e ele continuava a me acariciar. Desceu mais a mão até tocar meu bumbum e ficou com ela ali olhando eu trabalhar, como se não fizesse nada de errado. Como se aquilo fosse normal entre nós. Como se fossemos íntimos, mas não éramos. E eu fechei os olhos e deixei, eu nem sabia o que estava teclando. Ele tirou a mão e ficou de pé atrás de mim.
– Bom trabalho – disse ele.
– Obrigada – respondi.
Depois voltou a me tocar nos ombros, com as duas mãos, e me massageou. Seu toque me arrepiou novamente, respirei fundo, era estranho, como algo se espalhando por todo meu corpo. Meu peito inchou com minha respiração arfante. Ele olhava, eu sentia que ele estava olhando diretamente para eles. E me massageou com mais intensidade, sua mão quase chegava aos meus seios, os mamilos enrijeceram ficando quase visíveis sob minha roupa, sob meu sutiã. Eu o imaginei agarrando com força, apertando e chupando, com a maior vontade do mundo. Fechei os olhos e o tesão começou a me dominar. Mordi os lábios e ele desceu suas mãos até meus seios, até apertá-los como eu imaginei. Eu deixei e revirei os olhos, fechei minhas pernas espremendo minha vagina excitada. Ele tirou as mãos e se afastou, e continuou a falar ao celular.
– Me dê um papel e uma caneta, por favor, Srta. Sofia.
Levantei da cadeira recuperando o ar e ajeitando minha roupa, e lhe entreguei o que pediu.
– Mais tarde ligue para esse número – disse ele colocando o papel na minha mesa.
– Sim senhor.
E me curvei na mesa para ver o número de telefone, eu o conhecia, era de um advogado. Como isso era possível? Eu não sei. Mas estava ali. Aquele homem era Gustavo, meu chefe. E eu não conseguia acreditar.
¬– Algum problema, Senhorita Sofia?¬ – perguntou.
– Nenhum – respondi com um leve sorriso.
– O número está certo?
– Perfeitamente, certo – respondi.
– Anote na agenda, não quero perdê-lo de novo – disse Dr. Gustavo.
"Isso acontecia muito" – pensei.
Me inclinei na mesa e fiz o que ele me pediu, quando senti sua mão em meu bumbum mais uma vez. Fechei os olhos e ele se colocou atrás de mim, se encostou e esfregou seu pau na minha bunda. Ele colocou a mão na minha cintura como se fosse me comer, eu senti a pressão na minha buceta e gemi baixinho. Eu não consegui me concentrar. Ele se agachou e agarrou minha bunda com as duas mãos, levantou minha saia até ver minha calcinha. Preta e delicadamente enfiada na minha bunda. E a beijou, mordeu, abriu minhas pernas e colocou a cara entre elas até sentir minha vagina. Cheirar e chupar. Eu gemi mais alto e ele baixou minha calcinha até os joelhos, abriu minha bunda e ficou olhando, apreciando. Então o celular tocou novamente. Era sua esposa. Ele atendeu.
– Não posso falar agora. Estou muito ocupado. Depois nos falamos – e desligou o celular apreciando minha bunda.
Eu ia puxar a calcinha, mas ele não deixou. E fiquei assim com meu vestido para cima e a calcinha baixa enquanto ele aprecia minhas partes íntimas.
– Já fez o que pedi? Guardou o número na agenda? – perguntou ele.
– S-Sim – respondi com dificuldades, estava vermelha, tímida e com tesão. Acho que estava suando.
– Então volte ao trabalho – disse ele colocando o celular na minha mesa e se afastando da minha bunda.
Sentei-me na cadeira com minha calcinha abaixada. O observei e ele se aproximou de novo, parou do meu lado, ele não parava de me provocar um minuto e eu não conseguia resistir. Seu pênis estava duro, eu podia ver sob sua calça social bem do lado da minha boca. Ele colocou a mão sobre ele e apertou, e eu lambi os lábios. Há muito tempo não tinha um na minha boca, nem sabia mais como era. Não sabia mais como era chupar e nem me lembrava do gosto do sêmen na minha boca.
Depois ele alisou minha perna e colocou a mão entre minhas coxas, eu fechei as pernas rapidamente e ele as abriu. Ele continuou até chegar à minha buceta e me masturbar.
– Continue seu trabalho, está indo bem, Senhorita Sofia – disse ele.
– S-Sim – gaguejei enquanto ele me masturbava passando seus dedos nos meus lábios genitais úmidos delicadamente. Não conseguia deixar meu corpo parado na cadeira com cada dedada que ele dava e tocava meu grego, intumescido, durinho. E a toda hora soltava pequenos gemidos.
Ele entrou debaixo da mesa e tirou minha calcinha completamente, abriu minhas pernas e me chupou. Eu gemi mais alto, muito mais alto. Quase soltei um grito e agarrei seus cabelos.
– Chegou mais algum recado, Srta. Sofia? – perguntou Gustavo com a boca na minha buceta.
– N-N... não – respondi resfolegando, nem olhei nada, meus olhos estavam fechados. Mas seu celular tocou naquela hora.
Era a esposa dele novamente.
– Quem é?
– Sua... e-esposa – respondi quando ele tirou a língua de dentro da minha vagina.
– Atenda para mim – disse ele.
– O-O quê?
– Não a deixe esperando.
Ele saiu debaixo da mesa com a boca molhada e com o cheiro do meu sexo. Colocou seu pênis para fora da calça e parou do meu lado enquanto se masturbava. Era exatamente como eu imaginei, e eu não conseguia tirar os olhos. Eu o queria para mim.
– O que ela perguntou? – perguntou Gustavo se masturbando.
– Que... horas o senhor vai chegar – respondi.
Ele virou minha cabeça e eu abri minha boca sem pensar, e o chupei. Agarrei forte e chupei, e senti tanto tesão que achei que fosse gozar assim. Enfiei a mão entre as pernas e me masturbei esfregando meu grego bem rápido.
– Não deixe minha esposa esperando.
Peguei o telefone com meus dedos melados e ela continuou a falar enquanto eu o chupava.
– O que mais ela perguntou?
– Para... não demorar – disse depois de tirar o pau da minha boca.
– O que mais?
– Ela disse... que gostou da surpresa de hoje cedo.
Eu voltei a chupá-lo, não conseguia parar. Ele me levantou, empurrou a cadeira e inclinou meu corpo sob a mesa. Abriu minhas pernas e esfregou seu pau na minha buceta e no meu ânus. Eu quase derrubei o celular.
– Sabe qual foi a surpresa, Srta. Sofia?
– Não!
– Eu a chupei na cama. Acordei minha esposa com minha boca em sua buceta. Ela perguntou mais alguma coisa?
– Ela... disse que quer... mais – disse, eu estava morrendo de tesão.
– Eu sei – disse Gustavo, e colocou sua cara entre minha bunda. E me chupou de uma forma que nunca, ninguém, tinha feito antes.
Eu me curvei mais na mesa e ofereci toda minha bunda, ele podia fazer o que quisesse com ela.
– O que mais ela perguntou?
– Perguntou o que está fazendo?
– Diga que estou comendo sua bunda.
Ele chupou minha buceta e meu ânus e me comeu ali na mesinha de trabalho. Socou seu pau com força e eu larguei o celular no chão com sua esposa ainda na linha. Ele gemia na minha orelha como um animal enquanto eu gritava descontroladamente, eu não ia mais conseguir segurar todo aquele êxtase. Me sentia uma virgem pronta para explodir. Estava molhada, muito molhada e minha lubrificação escorria pelas minhas pernas.
– Você é muito gostosa, Senhorita Sofia – disse na minha orelha. – Vou gozar dentro de você.
Eu gemi mais alto quando ele disse isso, ele abriu minha bunda e colocou um dedo no meu ânus e acariciou. Depois apertou meus seios enquanto socava minha buceta várias vezes. Eu gemia e gemia, e ele continuou até eu gozar, eu não consegui segurar, mal conseguia ficar de pé, foi o maior orgasmo da minha vida. Eu molhei todo seu pau. Ele me apertou, abraçou meu corpo com força e gozou junto comigo. Meu gozo foi expedido da minha buceta e escorreu no seu pênis junto com sua ejaculação, com sua porra. Ele continuou a me apertar, continuou a enfiar seu pênis com força até parar lentamente e tirá-lo de dentro de mim com ele pingando.
– Bom trabalho, Senhorita Sofia – disse ele.
Eu me sentei na cadeira completamente sem ar e não consegui responder mais nada. Não consegui colocar minha roupa.
Ele colocou a calça e depois o terno, e falou no celular qualquer coisa que eu não conseguia mais ouvir, não conseguia entender. Sua voz estava distante. Aquilo não existia, ele não estava ali. Não era real.
Eu o ouvi abrir a porta, eu não conseguia ver direito, não consegui vê-lo, a estranha luz ofuscou novamente minha visão. Meu corpo relaxou profundamente e minha visão embaçou. Não via nada, apenas um vulto branco desaparecendo. A estranha luz sumiu e ele desapareceu junto com ela. Ainda sentia minha vagina dilatar, parecia que eu ainda estava gozando. Depois eu adormeci ali com a minha cabeça sobre a mesa.
Eu só me lembro de acordar naquela mesa, com o vestido na cintura e sem minha calcinha caída no chão em algum lugar. Meus seios para fora, quase nua. Estava limpa, não havia sêmen entre minhas pernas, nada. Era manhã, como se tudo tivesse passado apenas de um sonho, o sonho mais erótico que já tive com meu chefe. Ele desapareceu, como se nunca tivesse existido. Como algo sobrenatural que possuiu todo meu corpo e se foi.
Vesti minha roupa rapidamente e saí do quarto nove com a mesma pressa, a chave dourada sumiu, peguei o elevador e sai no hall de entrada escondendo meu rosto até ver a luz do dia. Até eu sair do assombroso Hotel Home Night-Party.
Essa foi a história de Sofia. A secretária que vivia fantasiando com o próprio chefe. O que sei sobre o Hotel Home Night-Party, é que antes, há muitos anos mesmo, ele era um bordel para homens, todos os tipos de homens, menos o quarto 9 que era reservado somente para mulheres, que o frequentavam secretamente.
Henry Mendes
Fim