E sua curiosidade a levou direto para o quarto nove do Hotel Home Night-Party. Foi assim que ela narrou.
***
Eu já estava dirigindo por horas, e, acredite, eu estava perdida. Viajava muito e não me conformava de estar perdida, isso nunca aconteceu comigo. Parei o carro e desci um pouco para esticar as pernas, peguei minha máquina fotográfica e tirei algumas fotos. Nunca estive neste lugar e registrei algumas imagens enquanto o céu escurecia lentamente, de um belo azul para um cinza depressivo com nuvens carregadas. Era só o que estava faltando, chover, cair uma tempestade. Mas, a uma boa distância e para meu alívio, eu avistei o hotel com o zoom da minha lente. Entrei rápido no carro e joguei minha câmera no banco do carona e segui direto até ele. E quando eu já chegava ao hotel, a chuva começou. Não era forte, não tinha vento, no entanto aquilo deu um clima diferente ao lugar, o deixou mais sombrio, só faltaram os trovões. Começava a me arrepender de ter chegado até aqui. Sim, estou me sentindo uma idiota e um pouco desconfiada. Mas aquela mulher do café foi tão convincente que ela poderia até escrever um livro. Que pelo menos, o hotel valesse a pena.
Eu virei uma rua à direita bem devagar. O lugar era deserto, não se via ninguém na rua. Segui em frente olhando aliviada pela janela molhada do carro o hotel que se erguia diante de mim.
Desliguei o carro, peguei minha bolsa e minha câmera fotográfica, e depois desci. Fiquei ali parada naquela chuva diante do Hotel Home Night-Party, escrito em letras vermelhas. Aproveitei e tirei uma foto da fachada, era antiga e aquilo me atraía, gostava daquilo. Era uma foto perfeita. Travei as portas, tomei coragem e andei na direção do hotel chapinhando minhas botas nas poças de águas que molhavam a barra de minha calça. Eu usava uma calça jeans e uma jaqueta de couro preta sobre uma camisa branca de botão. E cabelo solto que já começava a ficar molhado. Empurrei a porta do hotel e entrei.
O lugar era lindo e ao mesmo tempo o ambiente me dava arrepios, aproveitei e tirei mais algumas fotos. Poltronas vermelhas, antigas, tudo parecia ser tirado de uma loja de antiguidades. Ou de um belo filme de terror. O lugar era perfeito para um filme, conheço pessoas que iriam adorar o lugar. Fiquei um pouco ali observando tudo e tirando fotos e mais fotos. Atravessei aquele belo hall de entrada analisando cada detalhe. Até que ouvi uma voz que me assustou:
– Não é permitido tirar fotografias aqui – disse um senhor.
Me virei na hora e me deparei com um senhor que me esperava com um leve sorriso na recepção. Observava de longe, ele era perfeito, só não tirei uma foto porque, acredito eu, ele não permitiria. Era bem velho e usava óculos dourados de lentes empoeiradas, e seu terno combinava perfeitamente com o lugar. Vermelho com detalhes em dourado.
– Boa noite – disse me aproximando e baixando a máquina fotográfica.
– Boa noite. Meu nome é Antonio Lambert. Bem-vinda ao Hotel Home Night-Party. Em que posso ajudar? – disse o velho com um leve sorriso e com as mãos juntas sobre o balcão brilhante.
– Eu quero um quarto.
– Fez reserva?
– Não.
– Acho que tenho um bom quarto para você, vai gostar da chuva batendo na janela...
– Eu quero a chuva batendo na janela do quarto nove. Assim posso tirar belas fotografias. Se não se importar? – interrompi enquanto ele falava.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e depois falou:
– Não me importo. Vou ver se o nove está desocupado – disse e se virou.
Eu esperei. Ele demorou um pouco, até demais. E fiquei batendo os dedos no balcão até ele se virar.
– Sim, está disponível – disse com uma chave na mão. – Vai passar a noite?
– Sim, uma noite.
– Dinheiro ou cartão?
– Cartão – respondi abrindo a bolsa.
Assinei um livro que estava aberto no balcão, queria muito ter tirado uma foto. Bem antigo e de folhas amareladas, e depois ele me entregou a chave do quarto nove, era dourada e antiga, como todo o lugar.
– É no terceiro andar – disse ele. – Pegue o elevador ou se preferir as escadas.
Fui para o elevador e parei em frente dele, e, quando o senhor não olhava, eu tirei mais algumas fotografias. O hotel era bem silencioso, acho que eu era a única hospedada aqui. Entrei no elevador, apertei o número que foi dito e a porta se fechou com um som estridente. Um som antigo, de velho, como algo defeituoso. O elevador subiu, tirei mais fotos, e, para meu alívio, parou no meu andar, a porta abriu e eu saí. Havia três portas: o quarto sete, o oito e, à minha direita, estava o quarto nove. Aproximei-me da porta, o número nove em dourado. Era o único em dourado e o único quarto daquele andar com uma porta vermelha, muito antiga, bem envelhecida. Era incrível, registrei tudo, depois usei a chave e entrei.
O lugar estava conservado, foi uma surpresa, achei que teria cheiro de lugar antigo, mas não foi o que vi ali. Fechei a porta e caminhei até a cama e joguei minha bolsa e a jaqueta de couro sobre ela, fiquei olhando a volta e a toda hora tirando fotografias. Caminhei até a janela, a chuva não parava e filetes de água escorriam pelo vidro. Adorava tirar fotos da chuva, e claro que o fiz. Havia um televisor antigo de tubo e uma escrivaninha com cadeira próxima a janela, e mais uma poltrona. E um banheiro. Sentei-me no sofá e cruzei as pernas, e pensei enquanto olhava a volta:
"Gostei".
Sim, eu gostei. Eu não sei qual era o segredo daquele quarto, mas já me sentia bem nele. Andei de um lado para o outro olhando para a escrivaninha e para um livro que se encontrava sobre ela, estava ali como a mulher do café falou. Puxei a cadeira da escrivaninha e me sentei, coloquei a máquina fotográfica sobre ela e peguei o livro, pensei, o abri e peguei uma caneta, e comecei a escrever tudo que desejava naquele quarto. Foi assim que foi dito e a idiota aqui fez. Depois o fechei. Sim, foi assim que a mulher do café me falou para fazer, então eu fiz. E esperei sentada naquela cadeira. E esperei, até demais. E quando já desistia, alguém bateu na porta e ouvi vozes.
Arregalei os olhos e não respondi. Meu coração disparou.
"Fala sério", pensei.
Então bateram novamente e a porta se abriu. Eu me levantei da cadeira quando uma luz estranha invadiu o quarto e depois pude ver a silhueta de dois homens falando alto e carregando taças de bebidas.
– Você não a quis – disse um homem, não conseguia ver seu rosto direito. Estavam emoldurados por aquela estranha luz.
– Achei que você a queria – disse o outro que entrou depois. Ele fechou a porta e a luz se foi.
E parado bem na minha frente se via dois belos homens jovens. Usavam ternos claros e o sorriso não saia de suas bocas. Coloquei a mão na minha máquina fotográfica sem fazer barulho, eles não me viram ali. E me sentei no sofá do lado da janela molhada de chuva.
– Poderíamos ter ficado com ela, Arthur – disse o outro homem depois de um gole de sua bebida.
– Era o que você queria, não é, Bruno?
– Sempre foi assim, não se lembra da última vez? Daquela mulher? – disse Artur com um sorriso.
– Claro que me lembro dela – disse Bruno se aproximando dele. – E ela deve se lembrar até hoje.
Eles riram juntos.
– Tenho certeza que sim. Nunca vi uma mulher gozar tanto igual aquela – disse Arthur. – Ela me deu um banho.
– E você gostou – disse Bruno.
– Como não gostar de uma mulher gozando – disse Arthur. ¬– Ainda mais como ela.
– Nós gostamos muito – disse Bruno, chegou tão perto de Arthur que achei que fossem se beijar. Tomaram suas bebidas e ficaram parados assim se encarando. E depois, como imaginei, eles se beijaram, bem na minha frente. Fiquei surpresa e tirei uma foto e me esqueci de desligar o flash.
Eles se viraram na mesma hora levando a mão ao rosto e franzindo os olhos até conseguirem me ver ali, sentada naquele sofá os observando em silêncio.
– Hora, hora – disse Arthur ao me ver.
– Quem disse que terminaríamos a noite sozinhos – disse Bruno.
Eles ficaram parados me olhando, me encarando com um charme irresistível. Artur passou a mão no peito de Bruno enquanto ainda olhavam para mim. Confesso que fiquei sem graça e quis me esconder atrás da minha lente. E foi o que fiz, eu levantei a máquina lentamente, desliguei o flash e tirei outra foto.
– Acho que ela gostou da gente – disse Arthur.
– Eu também gostei dela – disse Bruno.
– Tenho certeza que sim – disse Arthur.
– Acho que ela estava nos esperando – disse Bruno.
– Tenho certeza que sim – disse Arthur.
– Você estava nos esperando? – perguntou Bruno.
E pela primeira alguém se dirigiu a mim com uma pergunta. Confesso que não respondi imediatamente. Não sabia se aquilo era real. Estava confusa. Se tivesse bebido alguma coisa eu diria que tinha sido dopada, ou quem sabe o ar daquele quarto provocava aquele efeito alucinógeno. Poderia ser o quarto. No entanto, eles estavam ali diante de mim. E falando comigo.
– Acho que ela não fala – disse Bruno.
– Eu acho que ela fala, mas deve estar com medo. Vergonha. Deve ser tímida. Todas são, nunca contam o que realmente querem até a gente encontrar o caminho. Acho que ela nunca ficou com dois caras. Acho que ela nunca beijou dois de uma vez só – disse Arthur.
– Eu acho que ela nunca fez muitas coisas com dois homens. Ela nunca foi comida por dois caras ao mesmo tempo – disse Bruno. ¬– Não é?
"Que constrangedor", pensei.
– Bruno tem razão? – perguntou Arthur para mim.
– Sim, ele tem – então eu respondi.
– Ela fala – disse Arthur.
– Que voz linda – disse Bruno.
– Qual seu nome? ¬– Perguntou Arthur.
– Júlia.
– Belo nome – disse Arthur.
– Nunca fiquei com uma Júlia – disse Bruno.
– Acho que você não se lembra do nome de nenhuma mulher que ficou – disse Arthur.
– Assim ela vai ter uma má impressão de mim – disse Bruno. – E olha quem fala. O homem que enxerga uma mulher do pescoço para baixo.
– E o cara que só enxerga uma quando a vê passando. Bunda, bunda, bunda... acho que esse é o nome de todas pra você, não é, Bruno?
– Algumas vezes sim – disse e riram juntos, e tomaram mais bebidas. Esvaziaram as taças e as colocaram na mesinha.
Tiraram o terno e jogaram na cama e se beijaram de novo. Eu tirei outra foto e Arthur se aproximou bem devagar de mim. Ajoelhou-se bem na minha frente, bem perto e ficou me encarando com aqueles belos olhos sobrenaturais. Colocou a mão em minhas coxas e abriu minhas pernas e ficou entre elas. Eu tirei outra foto, um close de sua face ardente. Bruno se aproximou e abraçou Arthur, colocou sua face bem próxima à dele e me encarou também. Seus rostos juntos, perfeitos, lado a lado, e tirei outra foto.
– Está gostando do que está vendo, Júlia? – perguntou Arthur
– Sim... muito – respondi baixinho.
– Quer ver mais? – perguntou Arthur acariciando minha perna.
– Quero – respondi me arrepiando com aquele toque.
Arthur desabotoou meu jeans e abriu meu ziper e depois se beijaram de novo, e foi ainda mais ardente, tiraram a camisa um do outro deixando expostos seus tórax lisos e definidos. Que bela visão. Beijaram o peito um do outro misturando lambidas e mordidas, tudo na minha frente, bem junto de mim. Eu estava quase os tocando, quase entrando de vez naquela loucura. Arthur se levantou, enquanto Bruno abria o zíper de sua calça. Ele colocou a mão dentro e puxou seu pênis para fora e o chupou bem na minha frente. Eu toquei meus seios e senti um calor excitante aquecer todo meu corpo, e depois tirei outra foto enquanto o pênis de Arthur crescia na boca do Bruno. Cada vez mais duro. Nunca tinha visto dois homens se chuparem e isso acontecia a uma pequena distância de mim. Arthur me encarava e seu rosto de prazer, ao ser chupado, me dava mais tesão.
Arthur tirou sua calça e sua cueca, e a jogou longe, levantou Bruna e o empurrou na cama. Baixou sua calça e também o chupou. Nessa hora minha mão desceu até entre minhas pernas procurando minha buceta. Enfiei a mão dentro da minha calcinha e me masturbei enquanto admirava aquela chupada. Dois belos homens transando.
Tirei mais fotos, um close do pênis do Bruno agora na boca do Arthur. Já não conseguia me concentrar para fazer mais fotos. Arthur puxou Bruno e o mudou de posição, de frente para mim. Bruno tirou toda a roupa, se deitou e abriu bem suas pernas expondo seu ânus para mim. Arthur se deitou sobre ele num erótico 69, e o chupou enquanto massageava seu saco, suas bolas, e depois levou seu dedo até seu ânus e o acariciou, e depois colocou a língua e o chupou. Colocou a boca inteira em sua bunda abrindo bem suas pernas. Bem na minha frente. Eu enfiei a mão dentro da minha camisa e apertei meus seios com força e gemi baixinho, nós gemíamos baixinho. Depois continuei a me masturbar com mais intensidade esfregando a mão na minha buceta já úmida. Abaixei minha calça até os joelhos e fiquei só de calcinha. Tombei a cabeça para trás e quase derrubei minha máquina fotográfica no chão. Já sentia minha buceta dilatando e se abrindo como uma flor.
– Ela tá cheia de tesão – disse Arthur olhando para mim com um dedo no ânus de Bruno.
– Eu também – disse Bruno. – Me come para ela ver.
Bruno se levantou e veio se arrastando de quatro até mim, colocou a mão em minhas pernas e as beijou. Ele ficou de quatro com a cara bem próxima da minha buceta. Arthur se ajoelhou atrás dele, preparou seu pênis e o comeu, enfiou em seu ânus lentamente. Bruno revirou os olhos e mordeu minha calcinha. Eu não acreditava no que via, no que sentia. Bruno chupava minha calcinha enquanto Arthur o comia. Ele segurava em sua cintura e socava sem parar e Bruno gemia com a boca em minha buceta, mordia e eu ficava cada vez mais entregue a tudo que acontecia ali.
– Tá... muito gostoso – disse Bruno entre minhas pernas, sua voz era de puro prazer.
– Tá gostando também, Júlia? – perguntou Arthur.
– Muito – respondi, enlouquecida, com aquela boca chupando minha buceta por cima da calcinha. E continuaram assim sem parar.
– Vamos comê-la antes que ela goze – disse Bruno.
– Nós dois vamos, juntos – disse Arthur.
Eu quase gozei só de ouvir aquilo.
Bruno tirou minha bota, se levantou e estendeu sua mão para mim. A peguei e aquele toque me arrepiou, como se algo penetrasse por toda minha mão. Me levantou. Me abraçou e me beijou, um beijo ardente que queimou dentro da minha boca. Senti meu corpo amolecer e mais um arrepio que nunca tinha sentido antes se espalhou por mim. Foi estranho, gostoso e difícil de explicar, pensei que fosse desmaiar em seus braços. Bruno apertou meus seios e Arthur abaixou minha calcinha de uma vez e me chupou. Eu peguei o pau de Bruno e o masturbei enquanto o beijava, e enquanto minha buceta era devorada. Ele beijava meu pescoço enquanto eu gemia em sua orelha e mordia. Arthur sugava meu grelo rígido, sensível, e depois se levantou para um beijo a três. Nem sabia quem beijar, eu só queria aquelas línguas para mim. Eu queria os dois para mim.
Eu me agachei e fiquei diante de dois paus duros e deliciosos, grandes, eretos e grossos. Eu agarrei os dois com as mãos e chupei um por um, mas queria ter colocado os dois na minha boca, de uma vez só. Saboreei cada cabeça e depois chupei seus sacos. Bruno colocou a perna sobre a cama e eu lambi seu ânus que a pouco foi comido por Arthur. Que loucura, um tesão que se espalhava por todo meu corpo. Minha buceta já pingava e escorria em minhas pernas. Arthur se deitou na cama de costa e eu agarrei sua bunda com as duas mãos. Mordia, a chupava, abria e chupava seu ânus com minha língua faminta. Devorava. E Bruno chupava a minha bunda, e também senti sua língua inteira em meu ânus. Aquilo era muito gostoso. Adorava anal. Eu gozo fazendo anal.
Eu puxei Arthur, eu o queria de quatro para mim, agarrei seu pau e o masturbei enquanto chupava seu saco inteiro para dentro da minha boca. Depois chupei seu ânus mais uma vez, se tivesse um pau eu comeria aquela bela bunda, assim como ele comeu a de Bruno. Arthur se virou e me jogou na cama e arrancou completamente minha roupa, e abriram minhas pernas, os dois. Bruno chupou minha buceta e Arthur meu ânus. Senti suas línguas entrarem em todos os lugares e depois seus dedos. Eu me contorcia naquela cama agarrando suas cabeças entre minhas pernas.
– Onde você vai colocar, Bruno? – perguntou Arthur.
– Você sabe aonde. Eu quero a bunda dela – disse Bruno.
– Você sempre quer.
Arthur se deitou na cama e me puxou pra cima dele e senti seu pau entrar na minha buceta úmida e encaixar perfeitamente, bem fundo. Eu gemi quase perdendo o ar e deixei meu corpo cair sobre seu corpo perfeito. Esfreguei meus seios em seu tórax e o beijei enquanto sentia seu pau entrar e sair sem parar. Depois Bruno me segurou pelo quadril e senti seu dedo entrar em meu ânus. Eu fechei os olhos, depois só senti sua rola entrar bem devagar dentro de mim. No meu ânus e na minha buceta, os dois ao mesmo tempo. Eu gritei enquanto era comida por eles, não conseguia mais controlar nada que saia da minha boca. Minha buceta cada vez mais molhada, e meu ânus cada vez mais dilatado. Ele se abria cada vez mais. Era muito gostoso, era uma sensação deliciosa. Aquele vai e vem no meu ânus e na minha buceta não parava. Eles não paravam. Eles gemiam ao mesmo tempo e me apertavam com seus corpos, quase me esmagando. Eu não aguentava, nunca tinha sentido tanto tesão na minha vida. Eu não ia segurar, e quanto mais eles me comiam mais eu sentia meu orgasmo se aproximar. Minha buceta pingava e molhava a barriga de Arthur, e o pau de Bruno em meu ânus me fazia querer mijar. Gozar. Muitas sensações ao mesmo tempo. E foi nesse momento que eu gozei, nós gozamos. Na minha buceta e no meu ânus. Eu esguichei nos dois, nunca tinha gozado assim antes, nunca tinha me molhado tanto. Nunca tinha sentido tanto gozo dentro de mim. Senti tudo lá dentro... tudo lá dentro... bem fundo...
Me larguei em cima de Arthur e Bruno em cima de mim, sentindo seus paus dentro de mim enquanto meu ânus e minha buceta latejava. Bruno tirou seu pau gozado de dentro do meu ânus e se deitou na cama e eu saí de cima de Arthur deixando seu pau coberto pelo meu gozo esbranquiçado e escorrendo no seu saco. Me deitei entre os dois olhando para o teto e sorrindo. Ficamos ali, juntinhos, tomados por aquele intenso orgasmo. Meu olhos fechavam, meu corpo relaxava, eu não conseguia mais deixá-los abertos. Aquele orgasmo foi profundamente relaxante e minha vagina ainda dilatava querendo mais. Era como se tivesse bebido algo que me fizesse dormir. Ou desmaiar entre aqueles dois belos corpos mus. Eu olhei de um para o outro e depois tudo se foi.
Quando acordei não tinha mais ninguém no quarto. Era manhã e uma brisa de sol entrava pela janela. Me levantei nua e coloquei minhas roupas, peguei minha máquina fotográfica e, antes de sair, a liguei procurando as fotos que tirei. Todas estavam ali, menos os dois homens que transaram comigo naquela noite. Não tinha nenhuma imagem deles ali. Só de um quarto vazio, e minhas pernas com a calça abaixada até meu joelho e ninguém entre elas. Era como se nunca tivesse acontecido. Acho que enlouqueci.
Saí do quarto nove, a chave dourada sumiu, peguei o elevador e sai no hall de entrada quase correndo até ver a luz do dia. Até eu sair do assombroso Hotel Home Night-Party. Dei uma olhada para trás e entrei no meu carro e fui embora, depois de fazer o sexo mais gostoso da minha vida.
Essa foi a história de Júlia. A fotógrafa que um dia resolveu realizar sua secreta fantasia. Ela e dois homens. O que sei sobre o Hotel Home Night-Party, é que antes, há muitos anos mesmo, ele era um bordel para homens, todos os tipos de homens, menos o quarto 9 que era reservado somente para mulheres, que o frequentavam secretamente.
Henry Mendes
Fim