Levanto da cama de má vontade e caminho para o banheiro, lavo o meu rosto e pego a minha escova que deixei no banheiro quando tomei banho de tarde. - Escovo os dentes e lavo mais uma vez o meu rosto e saio do banheiro, resolvo deixar o meu celular na cama e saio do quarto vendo o Alex me esperando.
- Porque está aqui? - Questiono confuso.
- Pra você não se perder ou tentar alguma gracinha. - Reviro os olhos para ele.
- Eu não vou fazer nada aqui, Alex. Tenho vontade? Tenho, mas infelizmente não posso fazer absolutamente nada. - Digo chateado por isso.
- Acho bom mesmo, Enzo. O senhor Christopher é um bom homem, mas não o deixe irritado. - Reviro os olhos.
- Se já acabou o sermão, podemos ir? - Ele suspira e acena.
- Vamos.
Andamos um do lado do outro sem falar mais nada.
Agora é só que me faltava, ser vigiado para não fazer pegadinhas. Posso sim fazer, mas não quero envergonhar a minha família, mas, se os filhos deles fizerem algo comigo, vão ver.
Descemos as escadas e vejo três adolescentes ao lado dos gêmeos, assim que piso no andar de baixo, caminho até a minha mãe.
- Ah, você chegou Enzo. - Olho para o Christopher. - Deixe-me apresentar os meus filhos, Luan e Lucas.
Os gêmeos vêm na minha direção com sorrisos que tenho vontade de tirar do rosto.
- Prazer em conhecê-lo, Enzo. Me chamo Luan. - Diz o tal de Luan com um sorriso.
- E eu sou o Lucas, Enzo. - Diz estendendo a mão pra mim.
- Não gosto de toques. - Digo seco os fazendo sorrir mais ainda.
Porque caralhos eles vivem sorrindo? Tem algo engraçado na minha cara?
Sinto a mão da minha mãe no meu braço, isso me acalmou um pouco.
- Meninos, vocês estarão dividindo o quarto de vocês com o Enzo. - O pai dele fala, os dois olham na hora para o seu pai.
- Sério? - Questionam juntos.
- Sim, creio que não haverá problema, certo?
Os dois voltam a me olhar com sorrisos.
- Nenhum problema pai. - E falam juntos mais uma vez.
Desvio o olhar deles dois, porque é capaz de eu socá-los.
- Bom, vamos jantar. - Todos seguem ele e a minha mãe me para.
- Enzo, por favor, tente ser gentil. - Solto um suspiro.
- Mãe, eu não sou gentil com aqueles que eu não conheço. - Respondo.
- Vamos ficar aqui dois meses, Enzo. Vai continuar sendo mau com todos? - Dou de ombro. - Estou falando pelo o seu bem, sabe com o Damon é quando está bravo. - Suspiro mais uma vez.
- Vou tentar, mãe. - Ele beija a minha bochecha com carinho.
- Fico feliz, vamos jantar.
Formos em direção a sala onde todos tinha entrado e a minha mãe vai na direção dos meus pais e vou até o Alex, sentando ao seu lado.
Logo a porta é aberta por empregados trazendo bandejas de comidas, colocam na mesa em nossas frente e logo vão embora.
- Fiquem à vontade, podem comer sem vergonha nenhuma.
Todos começam a se servir e solto um suspiro, quando eu ia me servir sentia olhares para mim, ergo a cabeça para cima encontrando os olhos dos gêmeos.
- Tira uma foto que dura mais. - Falo ríspido, os dois simplesmente dão sorrisos idênticos.
- Porque vamos querer uma foto se pessoalmente é mais lindo? - Questionam juntos me deixando chocado.
Escuto a risada fraca do Alex ao meu lado, só de raiva dou um beliscão na sua coxa o fazendo pular de susto.
- Garotos não incomodem o jovem D'Angelo. - O pai dele diz sorrindo.
Tu tá gostando infeliz!!!
- Certo pai. - Luan diz me olhando sem desviar por nenhum momento, assim como o seu irmão.
Solto um suspiro e começo a comer sobe o olhar dos gêmeos.
Porque esses dois não param de me olhar?
- Quantos anos você tem Enzo? - Lucas pergunta.
- Não te.... - Minha mãe me interrompe.
- Ele tem dezessete, faz dezoito mês que vem. - Diz me olhando sério, volto a olhar para o meu prato.
- Mês que vem? Hum, você ainda vai está aqui, que tal uma festa? - Luan perguntou sorrindo.
- Não gosto de festa. - Respondo sem querer muito papo.
- Porque não? Pode ser divertido. - Lucas diz.
- Eu não gosto de festas. - Falo agora sério.
- Iremos mudar seus pensamentos. - Diz rindo.
Eu pago pra ver isso.
****
Depois do jantar todos voltaram para sala de estar, exceto eu que fui em direção a piscina, sento na borda e suspiro.
Como será que a minha cobra está?
Querendo ou não eu fico preocupado, nunca ficamos tanto tempo longe de casa, eu queria ter o trazido, mas infelizmente não podia. E também nem dá pra fugir, porque é capaz do meu papai Damon me matar de tanto me bater por ter preocupado a mamãe.
- Ah, eu só quero ir pra casa. - Digo para mim mesmo.
Do nada sou empurrado na piscina, quando volto para a superfície vejo aqueles adolescentes da sala de estar rindo da minha cara.
- Isso é pra você aprender a respeitar os gêmeos, seu merdinha. - Diz uma loira bastante feia.
- Isso mesmo, na próxima vez se você tratar os gêmeos daquele jeito vai ser pior. - Um cara alto fala.
Os três vão embora me deixando pra trás.
Esses infelizes me jogam na piscina e sai como se nada tivesse acontecido? Ah, mais isso não vai ficar assim!!
Vou até o corrimão e subo saindo da piscina, abraço o meu próprio corpo quando um vento forte se choca contra mim.
Vou entrando na mansão e chego na sala de estar, minha família me olha surpresa.
- Enzo querido, o que aconteceu? - Minha mãe correu até mim preocupado.
Respiro fundo.
- Vou pro quarto, mãe. - Digo e passo por ele indo até o quarto dos gêmeos.
Eu não quero descontar a minha raiva na minha mãe que não tem nada haver com isso. Aqueles três vão ver só.
Entro no quarto deles e vou até o closet pegando um par de pijamas preto, vou até o banheiro e resolvo tomar um banho.
****
Saio do banheiro vestido e caminho em direção a cama, deito e suspiro cansado com tudo o que está acontecendo. A porta é aberta pelos gêmeos.
- Enzo, o que aconteceu pra você está molhado daquele jeito? - Luan perguntou parecendo preocupado.
Franzo a testa.
- Não precisa fingir estar preocupado comigo. - Digo friamente.
Os dois se entreolham e voltam a me encarar.
- Não estamos fingindo, realmente estamos preocupados. - Lucas fala e os dois se aproximam da minha cama.
- Fiquem longe!! Não quero aproximação de nenhum de vocês dois, agora me deixem em paz.
Me cubro com o lençol e viro de costas para eles dois. Escuto os dois suspirarem e escuto seus passos de afastarem.
Fecho os olhos e logo adormeço.