Amar até o Limite (Livro 1)
img img Amar até o Limite (Livro 1) img Capítulo 5 Quarto Capítulo
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Capítulo 6 Quinto Capítulo img
Capítulo 7 Sexto Capítulo img
Capítulo 8 Sétimo Capítulo img
Capítulo 9 Oitavo Capítulo img
Capítulo 10 Nono Capítulo img
Capítulo 11 Décimo Capítulo img
Capítulo 12 Décimo Primeiro Capítulo img
Capítulo 13 Décimo Segundo Capítulo img
Capítulo 14 Décimo Terceiro Capítulo img
Capítulo 15 Décimo Quarto Capítulo img
Capítulo 16 Décimo Quinto Capítulo img
Capítulo 17 Décimo Sexto Capítulo img
Capítulo 18 Décimo Sétimo Capítulo img
Capítulo 19 Décimo Oitavo Capítulo img
Capítulo 20 Décimo Nono Capítulo img
Capítulo 21 Vigésimo Capítulo img
Capítulo 22 Vigésimo Primeiro Capítulo img
Capítulo 23 Vigésimo Segundo Capítulo img
Capítulo 24 Vigésimo Terceiro Capítulo img
Capítulo 25 Vigésimo Quarto Capítulo img
Capítulo 26 FINAL img
Capítulo 27 Epílogo img
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Capítulo 5 Quarto Capítulo

Após uma noite exaustiva de trabalho e uma manhã cansativa, cheia de reuniões com senhor Garret e Mackenzie estamos agora nos dirigindo para o restaurante encontrara outra equipe de advogados que irá trabalhar junto comigo no caso do senhor Albert Thompson, além do próprio, e iremos debater estratégias e linhas de raciocínio em que possamos trabalhar para garantir uma melhor defesa do nosso cliente.

Saímos todos da limusine do senhor Garret nos dirigindo ao elegante restaurante, localizado na Newbury Street, a algumas quadras do nosso trabalho bem no centro de Boston, entramos no ambiente sendo conduzidos de imediato pela hostess até à mesa em que nos aguardavam. Caminhamos sendo liderados pelo senhor Garret e, ao pararmos em frente à mesa, depois que o senhor Garret move o seu corpo para o lado, me dando a visão de todos os presentes na mesa, é que consigo vê-los e eu quase perco o ar ao me deparar com o homem à minha frente, cumprimentando meus chefes, pois não é nada mais nada menos do que, Josh Kent.

Fico paralisada no lugar, pois jamais imaginaria reencontrá-lo depois de quatro anos- sem saber nada a seu respeito ─ em uma reunião de trabalho a ponto de firmar uma parceria.

Saio do meu torpor ao escutar meu nome sendo pronunciado em apresentação a ele, ao qual me olha com um sorriso polido nos lábios e um olhar de matar.

- Senhores esta é a senhorita Alycia Hernández, ela será a responsável por representar nosso escritório ao qual se encarregará pessoalmente de tudo relacionado ao caso do senhor Albert Thompson. -Senhor Garret me apresenta a todos, aos quais vou cumprimentando um a um com um aperto de mão firme, porém quando chega a vez de cumprimentar Josh, hesito um pouco, mas sigo adiante estendendo minha mão em sua direção que a pega com firmeza, desencadeando uma eletricidade que percorre todo meu corpo.

─ Prazer em conhecê-la, senhorita Hernández. Fico feliz em saber que será minha companheira na defesa do senhor Thompson.

─ O prazer é meu senhor Kent. E espero que consigamos trabalhar de forma harmônica e em conjunto para conseguir a vitória de nosso cliente. -Ai. Meu. Deus! Eu não acredito que vou ter que trabalhar com ele! Eu não vou conseguir. É demais para o meu coração. Se o pobre já está aqui no peito querendo saltar pela boca só de estar perto dele após tantos anos, imagine ter que trabalhar com ele neste caso, inclusive, muitas vezes até depois do expediente e até mesmo nos finais de semana. Penso desesperada, soltando a mão dele que me olha de cima a baixo, estudando meu corpo. Nessa hora me congratulo por ter escolhido minha melhor roupa que se baseia exatamente em: um vestido preto colado ao corpo e que chega até os joelhos, um blazer branco e sapatos de salto preto,escolhi prender o cabelo em um rabo de cavalo sofisticado e optei por uma maquiagem mais caprichada com o batom nude.

Todos nós nos acomodados em nossas cadeiras e eu fui colocada em um assento bem em frente ao de Josh o que só fez aumentar ainda mais meu nervosismo, porque convenhamos, depois de anos sem vê-lo e sequer saber de notícia alguma sobre ele, agora eu o tenho bem aqui em minha frente e, como se não bastasse, irei trabalhar todos os dias com ele, falar e interagir com ele, além de ter que ser profissional, e não deixar transparecer esse amor platônico que nutro por ele há anos, sei que vai ser difícil, mas eu tenho que conseguir e principalmente calar esse sentimento dentro de mim, porque eu não sou mais aquela menina ingênua e sonhadora, muito menos a universitária nerd e stalker de antes. Respiro fundo para me concentrar no meu trabalho que é a coisa mais importante para mim no momento.

─ Senhores e senhorita, eu os convidei para este almoço, para contratá-los afim de que façam a minha defesa, pois estou sendo covardemente acusado de estupro por uma ex-funcionária, apesar de ter noção de que vocês já devem ter lido ou visto alguma notícia sobre o caso, por eu ser uma pessoa relativamente, interessante para a imprensa.

─ Senhor Thompson, para que possamos fazer a sua defesa, devo salientar que o senhor terá de ser totalmente verdadeiro conosco e acima de tudo deverá confiar em nós, além de nos deixar a par de tudo o que ocorreu entre o senhor e sua ex-funcionária, só desta forma conseguiremos elaborar uma estratégia de defesa eficaz e deverá nos entregar qualquer prova que garanta que o que o senhor acaba de nos dizer é verdade. ─ Josh inquiri nosso cliente com firmeza me deixando admirada da sua altivez e segurança como advogado.

─ Além de tudo o que especificado pelo meu colega senhor Thompson, devo salientar que, dentre os pressupostos explicitados, a confiança entre advogado e cliente é a mais importante de todas elas, porque em casos como o seu se, por exemplo, nos for omitido de que o senhor e sua ex-funcionária mantiveram um caso e esta omissão vier ao conhecimento do juiz, mas especificamente na hora da audiência e nós, seus advogados formos pegos de surpresa, porque nosso cliente "esqueceu " – faço aspas com as mãos devo lhe esclarecer de que dificilmente será possível contornar a situação, portanto sugiro que seja totalmente sincero conosco para que possamos realizar nosso trabalho e, consequentemente, consigamos absolvê-lo de toda e qualquer acusação. ─Termino minha explanação com todos olhando em minha direção.

─ Sugiro que o senhor se reúna conosco em meu escritório após o almoço para que possamos discutir melhor sobre o caso e já começar a trabalhar num plano estratégico para a sua defesa, até porque precisamos começar a reunir provas o quanto antes. ─ Escuto o que Josh fala e quase engasgo com a água que acabei de tomar. O que ele quis dizer com "reunir conosco em meu escritório"? Por acaso ele está cogitando que eu vá com eles ao seu escritório? Aí. Meu. Deus! Eu espero que não porque não posso ficar mais perto dele por hoje não.

─ O que me diz de estendermos esta reunião até depois do almoço em meu escritório, senhorita Hernández? -Quase cuspo a água que estava tomando após ouvir aquela voz grossa e o olhar em minha direção.

─ Por mim seria ótimo, senhor Kent. ─ Posso parecer calma e serena exteriormente, mas por dentro eu estou surtando. Eu tenho que me controlar diante dele e colocar na minha cabeça que o que eu sinto por ele foi um amor de menina e que agora eu sou uma mulher adulta e acima de tudo tenho que me comportar como a profissional que me tornei, competente e séria. Repito este pensamento várias vezes na minha cabeça como se fosse meu mais novo mantra.

O almoço ocorre tranquilamente, com todos nós debatendo o caso em questão, ao qual é o motivo deste almoço, consigo me acalmar um pouco e só por este motivo noto o homem ao lado de Josh, loiro, olhos verdes penetrantes, creio que deve ter a mesma idade de Josh, sinceramente ele é muito bonito, mas o que mais me deixa desconcertada é que percebo que ele não tira os olhos de mim, conversa com todos à mesa, mas sem jamais desviar os olhos da minha direção, o que me deixa sem jeito, pois todos já perceberam seu interesse, inclusive Josh, até porque o cara não está sendo nada discreto, devo salientar. Não me lembro do nome dele, sei que fomos apresentados, mas estava tão nervosa que não me recordo se ele é advogado também ou não, tento puxar pela memória seu nome, mas não vem, então desisto. Terminado o almoço, nos cumprimentamos e seguimos em direção a saída do restaurante.

─ Senhorita Hernández, se não se importa, gostaria que fosse comigo em meu carro para nos inteirar dos detalhes do caso. Se os senhores Garret e Mackenzie não se importarem, é claro. -Sinto o toque no final da minha coluna, o que traz ao meu corpo uma descarga elétrica, imediatamente.

─ Claro que não, Josh. A senhorita Hernández se dedicará única e exclusivamente ao caso do senhor Thompson, portanto, de agora em diante, ela estará à sua disposição e do senhor Thompson para quaisquer eventualidades. Bom, vou indo porque Mackenzie e eu temos um compromisso importante agora. Bom te ver, filho, e lembranças ao seu pai. -Senhor Garret e Josh se despedem com um abraço caloroso, seguido por um aperto de não entre ele e o senhor Mackenzie. Me despeço de ambos, que logo se vão entrando na limusine que acabara de parar no meio fio. Nos despedimos do senhor Thompson que se vai em seu carro, prometendo estar no escritório de Josh em meia hora. Ficamos Josh, o amigo dele e eu em frente ao restaurante aguardando os respectivos carros.

─ Scott, preciso que você vá ao fórum pegar o processo do caso, Mackintosh e que você se debruce sobre a petição que te informei que deve ser anexada o quanto antes neste processo. ─ Então o nome do loiro é Scott, enfim descobri, penso comigo mesma.

─ Josh, pensei que eu iria te assessorar no caso do senhor Thompson. ─ Sinto uma leve tensão emanando do corpo de Josh ao meu lado.

─ Você iria me assessorar, mas mudei de ideia, até porque não será necessário, tendo em vista que eu e a senhorita Hernández nos dedicaremos exclusivamente a esse caso. ─ Sinto uma tensão no ar entre os dois, o que me faz estranhar já que ambos trabalham juntos e pareciam ter uma boa relação profissional.

Um SUV branco para no meio fio e o manobrista entrega as chaves para Scott, logo atrás do SUV estaciona um Maserati Granturismo negro, ao qual deduzo ser o de Josh, porque as chaves lhes são entregues pelo manobrista que acabara de sair dele. Scott segue para o seu carro e sou conduzida em direção ao carro estacionado atrás do de Scott, sendo guiada por uma mão na base da minha coluna que me deixa instantaneamente tensa e quente, tudo ao mesmo tempo. Ele me conduz até a porta do passageiro que foi aberta pelo manobrista, entro no carro me acomodando no banco do passageiro e assim que a porta ao meu lado é batida, aspiro o perfume dele impregnado em todo o ambiente, esse cheiro quase me faz gemer em deleite, mas me controlo imediatamente assim que escuto a porta do motorista sendo aberta. Volto minha atenção em colocar o sinto de segurança e depois aperto a bolsa em meu colo só para ver se consigo aliviar um pouco a tensão em meu corpo. E nesta hora um pensamento me ocorre. Será que ele lembra da noite que tivemos há quatro anos atrás no seu quarto da fraternidade? Ou será que ele sabe que eu era a filha da cozinheira da sua casa? Não sei o que pensar, pois ele não demonstrou nenhum reconhecimento assim que fomos apresentados no restaurante.

Josh manobra e entra no tráfego, ele dirige concentrado no trânsito sem sequer pronunciar uma única palavra em minha direção, o que me faz agradecer porque, sinceramente, ainda estou tentando assimilar tudo o que aconteceu nas últimas duas horas, meus pensamentos estão em polvorosa e embaralhados me deixando doida e sem acreditar na peça que a vida e o destino me pregaram. Me concentro em admirar os belos jardins do Public Gardens e as pessoas que caminham por entre o belo jardim a essa hora do dia enquanto meu cérebro dá um nó de tanto pensar.

Volto a realidade assim que o veículo para e eu percebo que estamos no estacionamento de um edifício, não sei qual, nem quanto tempo passamos dentro do carro cada um perdido em seus pensamentos.

Ele desce, contorna o carro e abre a porta para mim, eu tiro o cinto e saio ainda em total silêncio, porque não sei o que falar, parece que perdi o dom da fala.

─ Por aqui, por favor. Sou guiada mais uma vez por sua mão na base da minha coluna e seguimos em direção ao elevador que se encontra aberto. Entramos e o silêncio perdura no ambiente fechado, porém sinto uma vibração forte percorrendo todo meu corpo, além de ter a noção de estar sendo observada. Sei que ele está me olhando, porque vejo seu olhar em mim através da porta metálica do elevador e eu não consigo não olhá-lo também, muitos anos longe dele, sem poder sequer vê-lo de longe como eu fazia quando era apenas uma caloura e ele o veterano desejado por todas as meninas da faculdade.

O elevador se abre e descemos, ao que tudo indica, no andar no qual fica seu escritório, porque, assim que nos vê, uma moça loira se levanta já abrindo a boca para falar alguma coisa e é imediatamente interrompida por Josh.

─ Senhorita Trent cancele todos os meus compromissos esta tarde e assim que o senhor Albert Thompson chegar pode anunciá-lo e depois o encaminhe a minha sala, por favor. ─ Nós passamos por sua mesa sem sequer parar para que ele passe o recado a sua secretária.

─ Como quiser, senhor Kent. ─ Ouvimos sua resposta como um sussurro já que a porta é imediatamente fechada assim que passamos por ela. Então olho ao redor do seu escritório, ele é bastante amplo e muito iluminado em decorrência das paredes serem todas de vidro, tendo acima delas persianas que servem para dar privacidade ao ocupante da sala quando este o desejar, os móveis são todos em tom escuro, com exceção das almofadas do enorme sofá de canto, que são todas brancas, percebi uma mesa enorme em uma outra sala interligada a esta, o que deve servir para reuniões, e um pequeno bar ao lado desta, com várias bebidas nele, sua mesa também segue o padrão do tom dos móveis, sendo de madeira escura, adornada por uma cadeira enorme e acolchoada atrás da mesa e mais duas cadeiras em frente àquela, as paredes são de um tom creme.

─ Sente- se, senhorita Hernández. ─ Me acomodo em uma cadeira em frente à sua mesa e ele faz o mesmo.

─ Acho que, já que vamos trabalhar juntos, não é necessária tanta formalidade, até porque vamos ser parceiros. ─Ele arqueia uma sobrancelha em constatação ao duplo sentido de minhas palavras, o que me faz ficar vermelha instantaneamente ao detectar a gafe que cometi.

─ Eu quis dizer- limpo a garganta ficando desconfortável- que já que vamos trabalhar juntos por um bom tempo, pode me chamar de Alycia. ─ Droga de timidez que toma conta de mim toda vez que estou perto dele. Amaldiçoo mentalmente.

─ Por mim tudo bem, Alycia, pode me chamar de Josh, acho que é o mais sensato a se fazer, já que seremos parceiros. ─ Ele ironiza me fazendo corar mais uma vez. Maldição! Por que ele tem que ter todo esse poder sobre mim? Sou uma mulher segura e adulta, mas quando estou com ele ajo como se ainda fosse a adolescente boba e apaixonada novamente.

─ Qual é a sua opinião a respeito do caso, Alycia?

─ Sinceramente? Acho que o senhor Thompson se envolveu com essa ex-funcionária e que algo deu errado durante o caso deles, fazendo com que, consequentemente, terminasse de uma forma não muito favorável para sua amante, que não levou muito bem a rejeição, resultando no processo ao qual fomos contratados para atuar.

─ Compactuo da mesma opinião, mas vamos ver o que o senhor Thompson irá nos dar de informações, levando em conta que não tivemos ainda uma reunião em particular com ele. Vamos aguardar e ver o que ele nos dirá, para só depois pressioná-lo.

─ Concordo. ─Somos interrompidos pelo interfone em sua mesa. Josh atende, murmura um" pode mandar entrar". E alguns segundos depois Thompson entra no ambiente.

─ Senhor Thompson, sente- se, por favor. ─ Ele se acomoda na cadeira ao meu lado. Viro-me em sua direção, agradecendo por poder mudar o foco da minha atenção.

─ O senhor poderia nos explicar detalhe por detalhe como era sua relação com sua ex-funcionária, por favor? Mas peço que seja extremamente sincero e que nos relate absolutamente tudo, pois como eu já frisei anteriormente, a sinceridade na relação cliente/advogado é extremamente imprescindível. ─ Questiono-o de forma dura para que ele seja sucinto no seu relato.

─ Faço minhas as palavras de Alycia, senhor Thompson. ─Josh enfatiza, para que não haja margem para nosso cliente esconder-nos nada.

─ Ok. Prometo ser o mais sucinto e verdadeiro possível.

Após uma hora de reunião e vários questionamentos, demos por encerrado o relato da versão dos fatos por nosso cliente e por este motivo nos levantamos, porque por ora, ficará tudo por nossa conta e, sendo assim, Josh e eu devemos formular uma petição endereçada ao tribunal para nos apresentarmos formalmente como advogados do réu.

─ Bem, creio que as informações que eu forneci a vocês deva ser suficiente para começar a minha defesa. -Thompson fala nos estendendo a mão em despedida.

─ Por enquanto sim, Thompson, mas deixo de antemão que iremos nos reunir mais vezes para esclarecer alguns pontos obscuros do seu relato. ─Josh alerta cumprimentando Thompson em despedida.

─ Perfeitamente, Josh. Estarei à disposição a hora que precisarem.

─ Senhorita Hernández, foi um prazer conhecê-la.

─ O prazer foi meu, Thompson. E por favor, pode me chamar de Alycia de agora em diante.

─ Tudo bem. Até mais então ─ Após a saída de Thompson, me apresso em ir embora também, porque quanto menos tempo Josh e eu passarmos juntos é melhor.

─ Bem, acho que vou indo também, Josh, preciso passar no escritório ainda para resolver alguns assuntos pendentes e só depois dar por encerrado o dia.

─ Não vá agora, Alycia. Preciso debater com você sobre o caso mais um pouco. ─ Ele dá a volta na sua mesa parando bem em minha frente me deixando cada vez mais nervosa por sua proximidade.

─Não será possível, pois realmente estou com alguns assuntos pendentes para tratar ainda hoje no escritório. ─Graças a Deus eu não gaguejei, porque sinceramente, estou tremendo de nervosa e isso é totalmente vergonhoso, tenho que me conter e ser profissional.

─ Ok. Então jante comigo hoje à noite para que possamos discutir melhor. ─Ele está me chamando para jantar? ─ Não posso infelizmente, tenho um compromisso inadiável. -Minto descaradamente.

─Então marcamos uma reunião amanhã pela manhã sem falta. ─ Ele pressiona e eu não tenho escapatória a não ser aceitar.

─Tudo bem então. Amanhã às dez da manhã está bom para você?

─ Perfeito. Nos vemos amanhã então. ─ Ele me acompanha até a porta e antes de abri-la me fita de forma profunda, como se estivesse desnudando minha alma. Sempre amei seus olhos e a forma compenetrada com que olha as pessoas que realmente lhe interessam.

─ Você é linda sabia, Alycia ─ Sinto meu rosto pegar fogo, tendo a certeza de que estou corada.

─ E fica mais linda quando cora assim, com um elogio no qual já deve estar acostumada. ─Ele fala acariciando minha bochecha com sua voz rouca me deixando toda arrepiada, me remetendo a nossa única noite juntos e na forma como ele gozou dentro de mim, sussurrando com essa mesma voz no meu ouvido.

─ Eu realmente preciso ir. Até amanhã, Josh. ─ Abro a porta e saio por ela apressadamente como se o próprio diabo estivesse em meu encalço. Só ao chegar no elevador consigo soltar a respiração presa em meus pulmões, coisa que nem havia percebido.

Eu tenho que me controlar, não posso me deixar levar por sentimento bobos de menina, tenho que parar com isso, porque nós iremos trabalhar juntos e só o que interessa é o trabalho e nada mais. Eu tenho que focar no trabalho, somente no trabalho. Repito várias e várias vezes para ver se faço meu tolo coração acreditar.

                         

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