Capítulo 5 ~ 4~

Caminhando pelo jardim do castelo com Nicolas, enquanto apreciavamos em uma conversa humorada sobre a guerra e a presença inusitada do príncipe nela, eu vi de relance as madeixas ruivas se destacarem no verde do jardim cuja a luminosidade tinha dificuldade de passar pelas copas das árvores, mas a grama verde bem aparada dava a todo o lugar o contraste verde suave.

Era impossível não ver os cabelos da cor de fogo de Helena em meio a paisagem. Ela andava distraída, olhando com satisfação para a paisagem. Sorri estreito quase imperceptível esquecendo que eu parei de falar para olha-la, deixando Nicolas a espera de minha conclusão que nunca veio.

- Alteza, me dê um momento. Eu ja volto..._ levantei o indicador gesticulando apenas um minuto, o apertei suavemente o ombro e me apressei em passos largos em direção a moça.

Helena era tão atenta que ao meu primeiro passo, ela se virou de forma ágil, de olhos levemente arregalados claramente surpresa por ter companhia. Seus olhos azuis eram de cor tão limpa como o céu azul. Parei diante dela, ainda sem saber o que dizer, e ela parecia também não saber. Ja que juntos as mãos desinquietas e me olhou claramente desconfiada.

Ela olhou para Nicolas e fez uma reverencia desajeitada de longe. Olhei para Nicolas por cima do ombro que me olhava com curiosidade. Ele maneou a cabeça e se retirou, como se soubesse o que fazer nesse tipo de ocasião.

Eu deveria ressaltar a mim mesmo, o quanto tal criança era esperta. Pois aquele olhar desconfiado, ao mesmo tempo que debochado como se dissesse: "adultos!"

Helena

Dessa vez, ele estava apresentável: limpo, e seco. Não mais sujo de lama e coberto de suor da batalha, e com uma roupa descente e não uma armadura pesada. Por mais que ele ficasse muito bonito em sua armadura prateada agora Dylan estava diante de mim.

Eu tinha que o olhar de baixo para cima, ele era bem alto. Talvez chegasse aos 1,80m de altura. Ele tinha olhos azuis e rente as suas pulilas, leves traços amarelos muito bonitos que não havia percebido antes. Seus cabelos eram loiros lisos como fios de ouro, bem cortados com mexas curtas caindo uma de cada lado de seu rosto.

- Gostando de Dazzo?

O silêncio entre nós se partiu e levei alguns segundos para responder. O olhando avaliativa.

- Sim! É bonito!

Ele concordou e olhei ao redor.

- O que foi? O gato comeu sua língua? Por que está tão tímida?

O olhei com desgosto e murmurei inaudível.

- Senhor Duque, me deixe em paz! Ou lhe causarei dor em seus reinos baixos... _ insinuei um chute entre suas pernas e o homem se moveu sutilmente receoso.

- Irá comigo ao baile? Você prometeu...

Abri a boca para contestar enquanto o olhava de relance nos olhos com desgosto.

- Argh! Que homem insistente...

- Posso lhe garantir que venceria essa disputa lhe cansado com minha insistência. _ ele sorriu ladino com humor evidente.

- Bom, então se prepare para insistir muito. Muito mesmo! E não conseguir nada no final!_ respondi empinando meu nariz e me virando para ir.

Sua mão segurou meu pulso com uma delicadeza indescritível, não havia vontade de me mater ali a força, apenas chamar minha atenção.

Dividi um olhar em sua mão sobre meu pulso para seus olhos, mantendo minha expressão estóica. Ele ficou em silêncio por mais tempo que esperava, e me levando ao incômodo da espera.

- O que é?

- Helena...

- Hum!_ maneio a cabeça piscando fundo e esticando os lábios.

- Venha ao baile comigo.

Protestei abrindo os braços e puxei meu pulso para fora de seu toque.

- Insistência não vai me convencer, duque. Sinto em lhe dizer, mas espere por mim nesse baile... Sentado! _ disse entre os dentes e apressei meus passos.

Ouvi seus passos largos logo atrás de mim. Dois passsos meus quase valiam um para o dele, e não demorou para ele estar logo atrás de mim.

- Isso foi um sim? Bom, não me importo de esperar sentado desde que você venha em algum momento...

Me virei abruptamente, e quase nos chocamos de frente. Apontei meu indicador quase o afundando na ponta de seu nariz.

- Não me importo quem você seja, mas se me perturbar irei contar ao meu tio e com certeza ele fará algo a respeito! Então se tem amor a própria vida, deixe-me em paz!

- Você fica fofa bravinha, sabia?

Coro abruptamente e recolho meu dedo o dando as costas novamente, caminhando para longe desse estúpido.

- Helena... _ Paro ao longe, apertando minhas mãos em punhos e o olho por cima do ombro com aspereza. _ Não diga que não, hum... _ ele pediu de um jeito bonito, piscando para mim e maneando a cabeça em um adeus silencioso.

O observei se virar e caminhar sem pressa. Céus! Que homem insistente e bonito... E estúpido!

Evelyn

Desperto com leve cócegas em meu ombro. Meus olhos demoram a se abrir, minhas pálpebras estavam pesadas de mais. Olhei de soslaio buscando entender a sensação quentinha com a cócegas em meu ombro. O rosto de Archie estava afundando na curva de meu pescoço com o ombro, seu nariz a míseros centímetros de meu ombro. Seu braço pesado sobre minha cintura me mantendo minhas costas justas ao seu peitoral.

Fiquei observando por algum tempo seu rosto adormecido. Suas feições cansadas e ainda assim serenas. Ele suspirou pesadamente, se movendo se ajustando mais em mim e esfregando seu rosto em meus cabelos.

Sorri sutilmente e suspirei baixinho. Um barulhinho em um dos berços colocados no quarto me fazem erguer a cabeça.

- Eu olho ..._ a voz rouca e baixa de Archie me fez arrepiar ele passou sua respiração quente por meu braço enquanto se movia preguiçosamente para fora da cama.

Ele não precisava fazer isso. Não precisavamos ter berços em nosso quarto, muito menos olhar as crianças toda vez que elas fizessem um barulhinho. Mas eu via nos olhos de Archie a vontade de o fazer quando ele levantou Léon berço, o segurando com cuidado com suas mãos grandes em comparação ao bebê pequeno, sob os bracinhos curtos e seus dedos espalmados nas costinhas. Archie elevou Léon a uma boa altura na linha de seus olhos e sorriu abertamente, com o rosto inchado pelo sono.

Era um sorriso caloroso, e seus olhos verdes estavam tão brilhantes como esmeraldas em contato com a luz. Archie ajustou Léon em seus braços e o bebê esfregou seu rosto no peitoral do mesmo que apertou as sobrancelhas confuso.

Ri rouca e baixo, com meu peito sacudindo.

- Ush... Não vai encontrar nada aí garoto! O que você está pedindo está com a sua mãe! _ Archie praguejou e acenei para trazer.

Me sentei com as costas afundandas nos travesseiros e Archie entregou Léon em meus braços. Parado rente a borda da cama ele não tirou seus olhos de meus movimentos, observando abaixar a alça do vestido e colocar o seio para fora para amamentar nosso filho.

Ele sorriu sutilmente cheio de orgulho, e um novo barulhinho no berço me fez erguer os olhos atentas. Rapidamente vi meu esposo se mover, como um leão cuidadoso com seu filhote e o mesmo sorriso surgir em seus lábios ao pegar Dara como pegou Léon.

- Você também quer? Coisinha fofa! Eu sinto vontade de morder essas suas bochechinhas princesinha do papai!

Sorri enquanto ele a trazia sem saber o que fazer, ja que tinha um dos bebês em meu braço, vi Archie se ajustar sentado na cama. Ele me encarou brevemente antes de abaixar a outra alça do meu vestido mais lento do que deveria, apreciando a visão. Vi seus olhos centilarem uma luxúria intensa, mas que ele rapidamente afastou ao segurar Dara por mim, enquanto dava a ela meu seio.

- Evelyn... _ Sua voz rouca em meu ouvido me fez tirar os olhos dos bebês e virar meu rosto de lado para encara-lo aninhado em meu ombro. _ Obrigado!

Seus olhos verdes brilhantes fitaram intensamente os meus antes de deixar um beijo terno em minha testa e me fazer fechar os olhos com a boa sensação.

- Daremos um baile para esse dia...

- O que teria feito se tivesse nos perdido? _ Sussurrei abrindo meus olhos e Archie ficou sério imediatamente, enquanto aguardei sua resposta por alguns longos segundos.

- Perder você e meus filhos, nunca foi uma opção! Não havia essa ideia em minha mente. Eu lhe disse, não é? Eu moveria céu e terra por vocês.

Sorri ladino e ele abaixou seus olhos para os dois bebês com curiosidade e cuidado.

- Que gulosos... Não vão deixar para o papai!

- Archie!_ o repreendi rindo e vi um sorriso malicioso surgir em seus lábios.

- Eles podem ficar com o leite da mãe deles... Mas depois ... Depois, Evelyn, você sabe o que virá depois!

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Boa leitura!

❤️