Eu fui prometida em casamento desde que nasci, aos 17 finalmente conheci meu hoje atual marido Nicolas Stark, mas eu fui convidada para um baile por Thomas o popular da escola, eu já tinha uma quedinha por ele, começamos a sair e um belo dia descobri que ele é irmão do meu marido, me fizeram me afastar dele. Com tudo, depois de 4 anos Nicolas fez as pazes com Thomas e voltamos a nos falar, na minha festa de formatura o Nicolas não pôde ir, sem querer acabei bebendo muito e quando me dei conta estava acordando na cama de Thomas, deixei uma carta falando que tudo foi um erro e que não é para se procurar, um mês depois me casei com Nicolas, porém descobri que estou grávida e que o meu bebê pode ser de Thomas. Bem, esse é o começo da minha história, que mais parece uma novela mexicana.
De repente sinto um espanto um grito interno de medo, são eles os dois testes positivos. Sim é verdade que decidimos muitas coisas da nossa vida. Mas, na realidade, quando se trata dos principais acontecimentos, não temos o menor controle. Eu olho novamente para os dois, eles ainda marcam positivo. Mas o que me deixa mais preocupada é saber que estou gravida de dois meses, e isso significa que esse bebê tem uma pequena chance de ser do Thomas. Meu coração quase sai do peito.
-Amor você está bem? -Nicolas bate na porta.
-Sim, já estou saindo. Só um instante. -Rapidamente enrolo os testes em uma toalha e os escondo dentro de uma gaveta.
-Nossa, já estava preocupado.
-Eu acabei me perdendo em pensamentos, foi só isso.
-E o que essa linda cabecinha estava pensando? -Nicolas sorri para mim.
-Nada de mais, só estava pensando que nossa lua de mel acabou, e que amanhã tudo volta ao normal. Eu terei que voltar trabalhar na empresa do meu pai e você terá que voltar a trabalhar na do seu.
-Não se preocupe, ainda temos mais o final dessa tarde para comemorarmos nossa lua de mel. -Ele sorri para mim e beija meu pescoço.
-Nicolas. -Eu me afasto.
-O que foi?
-Agora não, eu preciso terminar de arrumar essa casa. -Bem, na verdade depois do que acabei de descobrir não consigo pensar em mais nada, muito menos em ficar aqui com o Nicolas.
-Mas, amor. Amanhã a dona Elisa virá aqui para cuidar da casa.
-É mesmo?
-Se esqueceu que ela vem sempre na segunda e quinta.
-Melhor ainda, então eu posso ir na casa da Stacy.
-Ela te convidou por acaso?
-Sim, mas eu falei que tinha muita coisa para arrumar.
-Tá bom, eu vou jogar videogame, então. -Ele sai do quarto e se dirige para a sala.
Preciso de ajuda, mas ninguém pode saber que estou gravida, não por enquanto. -Atende Mario, por favor.
-Emma, aconteceu alguma coisa?
-Não coloca no viva-voz, e sai de perto de quem estiver aí.
-Nossa, beleza. Já saí, pode falar.
-Você pode me encontrar no clube?
-Hoje não dá, eu e a Stacy saímos com alguns amigos da minha faculdade.
-Por favor, é caso de vida, ou morte.
-É tão grave assim?
-Tem a ver com o Nicolas e o Thomas. Só você pode me ajudar. -Eu sussurro.
-O que você fez, dessa vez?
-Só posso contar pessoalmente.
-E o que eu vou dizer para a Stacy?
-Diz assim, que você guardou uns documentos que o seu chefe precisa, e que ele não está achando. Então, terá que ir até a empresa para mostrar onde o guardou.
-Esse é um bom plano, estou um pouco longe do clube, mas já chego.
Do mesmo jeito que estou com moletom, cabelos armados e cara de cansada. Coloco um casaco, pego minha bolsa e saio. -A moça gostaria de pedir algo?
-Ainda não, estou esperando uma pessoa.
-Espera aí, você não é a Emma Miller? -Um garçom normal, de cabelos pretos, olhos escuros pele morena e de um belo porte me pergunta.
-Sou sim, eu conheço você?
-Você não me conhece ainda, mas eu a conheço. Posso me sentar, até o seu convidado chegar?
-Claro.
-Bem onde estávamos? -O homem se senta.
-Você estava dizendo que me conhece.
-A sim, eu trabalho na empresa do seu pai.
-Trabalha?
-Você deve estar se preguntando o que estou fazendo aqui de garçom. Minha tia é dona da lanchonete, e justo hoje que eu vim passear no clube o garçom resolveu ficar doente.
-Na verdade, não estava me perguntando isso. Então você é sobrinho da Eva?
-Sou sim.
-Que legal, você faz o que na empresa do meu pai?
-Por que a curiosidade? -Ele me encara sorrindo.
-É que nunca vi você na empresa, então presumi que trabalha em uma área que não faço parte.
-Eu sou assessor de investimento. -Ele começa a rir.
-Por que está rindo?
-É que a sua pergunta me pareceu tão óbvia, se a empresa é uma assessoria de investimento. Qual seria minha função?
-Engraçadinho, na empresa do meu pai tem vários ramos de investimentos. Gestor de fundos, analista de investimentos, consultor financeiro e empresarial. Eu por exemplo, além de fazer o papel de advogada também trabalho como consultora financeira empresarial.
-Eu sei, estou apenas brincando. -Ele para de rir. -Você não me conhece, pois, trabalho no primeiro andar.
-A, meu escritório fica no 2 andar. -Eu sorrio.
-O que foi?
-É apenas algo bobo, nada demais.
-Agora fiquei curioso fala.
-Tá bom, por algum motivo você me fez me sentir melhor.
-Uau, não sabia que falar que trabalhava na empresa do seu pai tinha esse efeito. -Ele ri.
-Emma, me desculpe pela demora, é que eu estava do outro lado da cidade. -Mario finalmente chega e faz me lembrar do verdadeiro motivo de estar aqui.
-Com licença. -Ele se levanta.
-Vocês se conhecem?
-Não. -Eu falo.
-Sim. -O homem diz.
-Sim, ou não? -Mario pergunta confuso.
-Ele trabalha com o meu pai, e por isso me conhece.
-A sim, é um prazer conhecê-lo. -Mario estende a mão.
-Sua tia é uma super cozinheira, de os parabéns para ela.
-Eu darei. Se quiserem algo, só me chamar. -Ele sai.
-Quem é esse? -Ele me pergunta curioso.
-Ele não me disse seu nome.
-Se não soubesse que você é casada, diria que ele estava dando em cima de você.
-Agora não posso mais conversar com homens que vai pensar isso.
-Sua fama não é a melhor.
-Até parece que saio com todos os homens.
-Não foi isso que disse.
-Mas, talvez tenha razão. É por esse motivo que o chamei aqui.
-Emma! -Mario me encara. -É o que estou pensando.
-É sim. - Sussurro. -No baile de formatura eu dormi com Thomas. -Eu abaixo a cabeça.
-Emma! Por que fez isso? -Ele me olha indignado.
-Não foi bem assim, Deus sabe. Um mês antes da formatura eu o reencontrei, meu coração ficou sim balançado e o buraco no meu peito reabriu novamente, mas foi só isso.
-Tenho certeza que ele tentou algo. Eu falei para não se aproximar de você, não ir a esse jantar!
-Como assim falou para ele?
-Eu estudo na mesma faculdade que ele e fazemos algumas matérias juntos, por isso conversamos esses anos todos.
-E custava me contar? -Agora eu o encaro.
-Custava, eu sei que iria dizer para me afastar.
Eu ia dizer mesmo.
-E esse não é o ponto, como você foi parar na cama dele?
-No jantar, ele me deu seu número de celular.
-E depois de lembrar de tudo o que viveram, resolveu viver seu romance proibido novamente.
-Não, eu joguei fora seu número. Com tudo, um mês depois ele reapareceu atrás de mim no campus.
-E aí ele falou várias abobrinhas e você caiu.
-Mais o menos.
-Não tem mais o menos, ou caiu no papo dele, ou não caiu.
-Quase cai, eu só disse no baile de formatura eu darei a resposta.
-Não precisa dizer mais nada já sei o final.
-Preciso sim, não ia dormir com ele. Eu ia dizer que não podia trair o Nicolas e que não íamos ter um caso novamente, mas de tão bêbada quando acordei estava na sua cama. Escrevi uma carta de despedida e fui embora. -Eu começo a chorar. -Você acha mesmo que depois de tudo o que vivi com o Nicolas esses 4 anos, iria o trair?