Capítulo 4 São todos lindos

Pai e filho se abraçam, ela observa muito amor entre eles.

- Pai, quero te apresentar a Érica. Érica, este é o meu pai Cássio Durant.

Ela estende a mão sorridente.

- Senhor Durant, é um prazer lhe conhecer.

Ele olha a mão da moça, aceita o cumprimento dando um aperto firme e caloroso.

Érica sente como se o corpo estivesse em brasas, nunca ficou assim apenas com um aperto de mão.

- Bem-vinda, Érica.

- Obrigada, senhor.

Cássio se afasta, sem dizer mais nada a deixando desconcertada.

- Me desculpa, ele não costuma ser tão grosseiro. Deve estar acontecendo algo.

- Tudo bem, não deve ser nada fácil trabalhar numa fazenda tão grande.

- Você não existe, sempre tão educada e compreensiva.

- Não sou nada, RS...

- Venha, vamos andar a cavalo.

- Sério? Vai ter que me ensinar.

- Claro que te ensino.

Cássio observa eles se afastarem, sorrindo um para o outro, se abraçam. Volta a olhar para o veterinário.

- Tudo certo Sr. Durant. Mais uma vez, por favor me desculpa.

- Tudo bem, obrigado.

- As ordens senhor.

O veterinário vai embora, Cássio coloca a camisa e sobe no cavalo.

- Rodrigo, fez a ronda hoje cedo? - Cássio pergunta.

- Perdão senhor, não tive tempo, estou muito atarefado. - Responde o Capataz Rodrigo.

- Tudo bem, vou fazer.

- Obrigado senhor.

Cássio monta e vai percorrer a fazenda, a uma certa altura encontra o filho e a moça que ele disse estar apaixonado, ela não sabe montar o filho leva as rédeas.

É uma moça muito bonita e encantadora, entende porque seu menino se apaixonou por ela. Não gostou do que sentiu quando a viu, se o filho não gostasse dela e não fosse tão jovem a teria paquerado, mais é melhor assim como está.

A jovem levanta os braços para se espreguiçar. Cássio olhas todas a suas curvas, uma chama acende em seu interior.

Melhor voltar, não quer ter esses tipos de pensamentos incorretos com sua futura nora. Assim que vira o cavalo, o filho o vê.

- Pai, onde está indo?

- Vim fazer a ronda. Eu preciso voltar, termina para mim?

- Claro. Vem princesa, o passeio será um pouco mais longo.

- Tente terminar rápido é quase hora do almoço.

- Sim, pai.

Cássio dá uma última olhada na moça e sai. Érica já não tem dúvidas, esse homem, mexe com ela. Sorri para o Lucas e vão fazer o solicitado. No caminho de volta, Cássio está com mais calor que o normal e sabe ser pela moça.

Essa noite vai sair, anda muito ocupado e cansado na fazenda, mais precisa relaxar beber e quem sabe se dar bem com uma gata.

Deve estar aceso por causa da Érica, porque não tem outra mulher na fazenda além dela e da Lucinda, é isso e ponto final.

Na hora do almoço, uma mesa grande está cheia de homens tagarelas. Érica chega acanhada, tanta gente e não conhece praticamente ninguém.

A mesa estava farta de alimentos, um falatório terrível. Parece que estão competindo quem fala mais alto.

- A atenção de todos por favor. Esta é Érica, uma amiga da cidade grande, ficará conosco esse fim de semana ou talvez mais se conseguir convencê-la. - Fala Lucas.

Todos a cumprimentam, cada um, fala seu nome e se levanta para tirar o chapéu e fazer reverência.

Lucas, sai para ajudar a Lucinda a trazer o que falta e Dito é o último a cumprimentá-la.

- Sou Dito, mais conhecido como Dito Cuju. Essas pragas gostam de zoar, mais já acostumei, fazer o que né?! Bem-vinda.

Dito se levanta e também faz uma reverência, no final coloca o chapéu de volta e dá, um sorriso com o canto da boca.

Lucinda tem razão, um mais bonito que o outro, não tinha como não olhar aquele tórax lindo, não tanto quanto o do Sr. Cássio claro.

Cássio chega e observa para onde foram os olhos da moça, com raiva, chama atenção do Dito:

- Todos estão de camisa, vista a sua, Dito.

- Sim, patrão.

Dito sai da mesa, os outros continuam conversando e Érica ainda acompanha o moço com os olhos, ele pega a camisa numa cadeira. O jeito como a veste é o mais sensual que já viu.

- Moça?

Érica toma uma baita susto que chega a pular.

- Ai minha nossa. Sr. Durant?

- Sente-se, para comer.

Os olhos dele são negros, não dá para ver a íris.

- Moça?

- Estou indo senhor.

Dito já tinha se sentado e a chama:

- Moça, senta aqui comigo.

- Não, senta aqui moça bonita. - Fala Daniel.

Cássio já estava vendo problemas.

- Sente-se aqui do meu lado.

- Fala sério patrão. - Reclama Daniel.

- Sem comentários. - Cássio fala.

Os rapazes começam a comer, Lucas chega com o que falta e senta em frente a Érica.

- Tudo bem? - Lucas Pergunta.

- Sim, são todos muito educados.

- É porque você é mulher, querida, e das gatas.

- Para... - Fica constrangida.

- Verdade mesmo moça. - Confirma Dito.

- Patrão, tem uma vaca que está para parir. Não parece muito bem senhor, a separei. - Avisa Daniel.

- Daqui a pouco vou ver.

Cássio em nenhum momento olha para a moça, mais ela sim para ele. A pele do pescoço e dos braços dele é bem bronzeada.

- Moça? Oi?

Se vira assim que escuta, morta de vergonha.

- Sim?

Dito viu o jeito como ela estava olhando o patrão.

- Hum, já entendi.

- O quê?

- O quê? - Lucas também pergunta.

Dito pensa bem e acha melhor ficar calado.

- Nada não.

Terminam de comer e ainda tem sobremesa.

- Hum Lucinda, vou ter que me casar com você mulher. Tudo delicioso. - Fala Dito.

- Para bobo. - Lucinda fala envergonhada.

- Realmente delicioso. Patrão hoje é sábado, vamos sair, bora junto? - Convida Daniel.

- Estou muito cansado.

- Fala sério chefe, faz tempo que não sai conosco. Bora logo. Vamos, domingo o senhor descansa mais cedo. - Insiste Daniel.

- Vamos catar umas gatas. - Fala Dito.

- Umas? Tu és um garanhão cara. - Fala Daniel.

- Tô podendo, tenho muita energia. - Afirma Dito.

- Está bem, também vou.

- É assim que se fala. Bora Rodrigo?!

Rodrigo de Menezes, o Capataz, responde:

- Não obrigado.

- Tu és muito certinho. - Fala Dito.

- É, talvez.

- Patrão às 19hs, no Bar dos Primos.

- Certo.

Todos se levantam e vão trabalhar, Cássio se levanta e sai, Érica acha estranho esse homem ser tão bruto.

As 15:00hs todos foram dispensados, para descansarem ou saírem, Cássio entra para tomar um café.

- E as crianças Lucinda?

- Acabaram de ir para a piscina senhor, o calor está de matar.

Ele se aproxima da janela e olha para fora onde eles estão, fica observando a moça.