Capítulo 5 São todos lindos 2

Érica está sorrindo e sentada na borda da piscina de biquíni minúsculo. Não deixando quase nada para a imaginação. Seus olhos deslizam pelo corpo da jovem.

- Senhor? - Chama Lucinda.

- Sim?

- Não é senhor?

- O que? Pergunta e olha para Lucinda, mais logo volta a olhar a moça.

- O calor está de matar.

- Sim, você nem imagina o quanto.

Ela teve a impressão de ter duplo sentido nas palavras do patrão.

- Sr?

- Nada, esquece. Tem aquela torta deliciosa, que só você sabe fazer?

Da uma última olhada e sai de perto da janela.

Termina seu café e vai tomar um banho demorado pra ver se esses pensamentos, vão por água a baixo.

Se troca, Jeans, camisa xadrez, botas e chapéu. Sai no corredor e ao mesmo tempo a porta do banheiro social se abre e Érica sai segurando a toalha.

Ambos ficam calados se olhando.

- Desculpa Sr, achei que não tinha ninguém em casa. Licença.

Envergonhada se vira e segura a maçaneta da porta de seu quarto, que fica na frente do dele, Cássio a segura pelo pulso.

Quanto mais perto, mais bonita, olhos verdes, pele levemente bronzeada, unhas das mãos bem feitas. Volta a olhar o rosto dela é a segunda vez que ela o olha com a boca aberta, sim os lábios são cheios e muito bem desenhados.

"Porque ele me olha assim? - Pensamentos."

Cássio escuta passos, solta a mão da moça, coloca o chapéu e sai. Tremendo ela entra no quarto e fecha a porta.

" O que foi aquilo? - Pensamentos."

Ela não ficou indiferente, aqueles dedos quentes, o olhar penetrante, a colônia que está usando, tem cheiro de homem, ela fecha os olhos.

- Humm, sabia que deveria ter trazido meu companheiro inseparável. Droga.

Vai se trocar pensando naquele homem enigmático. Cássio passa pela sala e o filho se aproxima.

- Pai, viu a Érica?

- Entrou no quarto.

- Certo vou falar com ela, obrigado.

O filho sai e ele não sabe se fica ou se continua andando.

Assim que consegue comandar seu corpo vai ver a vaca que está para dar a luz.

- Como ela está?

- Entrou em sofrimento senhor. - Fala o Dito.

- Chamaram o veterinário?

- Sim, está chegando.

- Estará liberado quando o Dr chegar.

- Sim patrão.

O veterinário chega e começa seu serviço.

- Irá precisar de ajuda? - Cássio pergunta ao veterinário.

- Não senhor, está tudo sobe controle.

- Ótimo.

Lucas bate na porta do quarto.

- Princesa? Posso entrar?

- Ainda não. Espere um instante.

Passado um tempo ela o chama e ele entra. Ficam conversando no quarto sem perceber o tempo passar.

No interior jantam cedo, então as 18hs saem do quarto e dão de frente com Cássio.

Ele olha os dois e desvia o olhar, resmungando alguma coisa entra no próprio quarto.

- Ai que vergonha, Lucas. Será que ele pensou que a gente...?

- Certeza absoluta que pensou.

- Ai que mancada.

- RS, fica calma, já disse que meu pai é tranquilo.

- Hum...

Vão para a cozinha jantar.

- Ele vai jantar com a gente?

- Não, vai sair agora a noite. Vai beber a noite toda, geralmente chega em casa ao amanhecer.

Rodrigo entra na cozinha, banho tomado e cheiroso, também muito charmoso, sério e muito gato.

Seus olhos vêem curiosos o rapaz o belo homem que é um pouco mais jovem que o pai do amigo.

Cássio volta pela cozinha e a pega olhando o Rodrigo.

" O que é isso? Que tipo de mulher ela é? - Pensamentos."

Irritado encosta no balcão pensativo. Lucinda chega perto dela e diz baixinho:

- Te falei que todos são lindos.

- Verdade. - Érica responde.

Incrédulo, pega a chave do carro e sai sem falar nada.

- Oba, carona. - Fala Dito.

- Também quero. - Fala Daniel.

- Vamos logo.

Entram no carro e vão para a cidade.

Após o jantar todos se recolhem. Érica ajuda Lucinda a deixar a cozinha arrumada.

- Obrigada por me ajudar. Deixa te perguntar uma coisa, o que acha do patrão?

- Ele é meio seco, não sei o que dizer exatamente. Mais tem uma voz tão bonita, se cantasse iria se dar bem na vida, RS.

- E quem te disse que ele não canta? Ele canta todo fim de semana ao entardecer e após o almoço, não sei porque hoje foi diferente, mais tem amanhã, o rapaz tem uma voz de anjo.

- Fiquei curiosa agora, rs.

Conversam mais um pouco até o Lucas voltar do estábulo.

- Voltei meninas.

- Nasceu o bezerro? - Pergunta Érica.

- Sim, já estão fora de perigo.

- Que bom, RS.

Bom, vou indo crianças:

- Tenham uma boa noite. - Lucinda se despede e vai embora.