Capítulo 2 Reencontro - Capítulo dois

Ally

––Allissya querida, estava ansioso pela sua chegada –– um senhor já com uma velha idade me recebe de braços abertos e com um sorriso no rosto assim que passo pela porta.

Eu já o conhecia, ele e meu pai eram amigos a alguns anos, eles viviam colados mas por uma briga entre os dois eles acabaram se distanciando. Boss é um senhor simpático, sempre me dizia que quando eu crescesse iria ficar igualzinha a minha mãe.

–– Bom, o senhor me chamou e cá estou eu –– digo indo comprimentar o mais velho com um abraço.

–– Como você está encantadora –– o mais velho me elogia com as duas mãos nos meus ombros

–– Como você dizia, igualzinha a minha mãe.

–– Ah! dona Julia! que Deus a tenha, meus pêsames querida –– diz em tom confortante.

–– Ela foi uma escritora incrivel –– digo adimiravel.

–– Espero que você seje tambem, é por isso que está aqui –– diz apontando o dedo no meus rosto e logo vai em direção a porta.

–– Vem, vou te mostrar o edificío –– estende a mão para que eu o seguisse e assim fiz.

Andamos pelos corredores até irmos para onde se dizia o centro do prédio, paramos na vidraça que dava a vista das pessoas andando de um lado pro outro no andar de baixo onde tudo funcionava. Enquanto andavamos ele contava história de como conquistou todo seu imperio, não dei muita bola pois estava concentrada adimirando o local. Passamos pela sala de reuniões do concelho, e quando adentramos o local em

uma cadeira no meio havia meu nome na nela.

Caralho

–– Eu tenho um lugar no conselho –– pergunto indo em direção da enorme mesa.

–– Enquanto tiver no caminho de sentar na cadeira mais importante, CEO, você e o outro rapaz irão ter um lugar no conselho. Basicamente vocês irão obvio que dar suas opiniões e ideias para projetos, no que podemos melhorar para termos engajamentos, vocês fazem um papel importante aqui –– diz andando pela sala e eu quase me esqueci que não estou sozinha para conquistar o cargo na chefia.

–– Nossa –– digo surpresa.

–– Venha –– ordena saindo do local.

–– Aqui temos bibliotecas, local para botar as fofocas em dia –– diz e me cotuca com o cotovelo –– Para uma pessoa que ama café, temos nossa propria maquina e logo de cafeínas.

Agora sim está falando minha língua.

–– Aqui –– me entregou um copo de café.

Seguro a bebida e olho a figura da logo da empresa.

–– Hmm, muito bom –– digo ao saboreiar.

–– Imagino que já tenha conhecido o rapaz que está correndo atrás do seu lugar –– pergunta quando voltamos a andar.

–– Na verdade, nos conhecemos desde a faculdade, estudamos 5 anos juntos, acho que foi tempo o suficiente pra saber que não vai ser nada facil trabalhar com ele –– digo com um sorriso sem mostrar o dentes ao me lembrar de quanto ele era teimoso e perfeccionista em tudo que fazia.

–– Hum, entendo –– diz –– Já ouveram algo entre vocês?

que velho enchereta

–– Que? Não! acho que ele é o ultimo homem do mundo em que eu nunca me relacionaria –– figo reprieendendo o mais

–– Nunca diga nunca sra. Loger –– ele diz com diversão na voz.

–– Bom de qualquer forma, vim aqui a trabalho. Pra mim, relacionamento e trabalho são ambas coisas que eu não sei manobrar ao mesmo tempo –– digo.

–– Tudo bem –– diz pondo um ponto final nesse assunto.

Estavamos andando quando o Boss foi chamado por um homem, nos viramos para ver quem era e era o mesmo bonitão do elevador.

Sua voz não me era estranha. Meu deus.

–– Estava quase aceitando a ideia de por cartazes com o seu rosto se eu não te achasse agora mesmo –– o homem alto diz.

–– Travis. Não seje exagerado! Estava apresentando o prédio para a sua amiga –– Boss diz me pondo na sua frente. Mas que velho.

Travis. Era ele no elevador, já faz tanto tempo em que não o vejo, da ultima vez em que vi sua aparencia era totalmente diferente. Ele usava aparelhos, seu rosto havia espinhas e seu cabelo era mais escuro. Não me culpo por não reconhecer de cara, parece que fez plástica.

–– Olha só quem eu reencontrei, Beija-flor –– diz ao enfiar suas mãos no bolço da calça.

Odeio esse nome

–– A tantos anos e você nunca esquece esse apelido mesmo –– digo cruzando os braços e o mesmo sorrir.

–– Como posso esquecer o dia em que ganhou? Você vestida de Beija-flor no nosso trabalho de ciência da natureza, nunca vou esquecer –– diz sarcartico.

–– Beija-flor é uma ave adimiravel, pelo menos eu não fui a galinha ambulante –– digo rindo da sua própria lábia.

–– Vou deixar vocês relembrarem do seus velhos tempos –– Boss sai me deixando sozinha com esse paquidermico.

–– Tá, está diferente Loger o que foi? cresceu 3 centimetros? –– fala me medindo a altura do seu peito onde eu batia, reviro os olhos com sua ação.

–– E você, vejo que nada né –– digo dando pouca coisa e saio andando para o lado oposto em que iamos.

–– Mesquin... ei! Então é verdade que tambem está querendo derrubar o Boss do poder –– grita me alcançando e se pondo ao meu lado.

–– Não fala desse jeito. Mas sim, é por isso que estou aqui –– digo o ignorando pois sei que ele irá me atormentar muito se entrarmos nesse assunto.

–– Espero que esteje preparada para perder, bom talvez quando eu assumir o cargo e você se demitir, talvez eu consiga um trabalho como faxineira –– diz com uma mão no queixo em forma pensativa.

–– Olha é meu primeiro dia aqui e já causei uma boa impressão, Boss tambem te apresentou o edificío? Não né? fui bem recebida por todos, mas ser simpático e educado não é muito seu estilo –– digo serrando os olhos para o homem.

–– Bom que seja, só espero que você esteje pronto para os planos que tenho a dar, e te garanto que não vai nem dar tempo de apresentar os seus depois que eu derruba-lo apenas num piscar de olhos –– falo.

–– Você sabe o quanto sou competitiva –– digo e antes de sair dou uma piscadinha para o mesmo que trava a mandibula mas logo relaxa os ombros.

–– Já que é assim, boa sorte –– fala e ergue sua mão a frente para uma aperto de mãos.

–– Que a sorte esteje com você, sr. Velluzen –– digo apertando a mesma e volto a andar sentido seu olhar queimar sobre mim.

Após andar e andar. Meu deus qual é o tamanho desse lugar, finalmente encontrei meu escritório. Minhas caixas de papeladas, objetos decorativos, alguns dos meus livros preferidos e mais algumas coisas que já estavam ali, fui em direção da minha mesa onde alguem já tinha organizado.

Nela estava meu Notebook, papeis, lapizeiras, um telefone de fio na ponta da mesa e uma foto minha mas da minha mãe. Ela beijava minha bochecha e eu com um enorme sorriso no rosto.

Sento na minha cadeira dando um impulso pra trás, arrumo a fotografia que estava torta, dou uma olhada em volta e atrás de mim a uma enorme estante de livros, estava quase vazia mas irei preencher com o passar do tempo.

Sou uma pessoa que ama ler.

Volto a olhar pra frente quando escuto batidas na porta e em seguida uma senhora não muito idosa adentra minha sala, ela estava com algumas pastas em um mão, e na outra havia uma caixa rosa grande.

–– Ah oi, precisa de ajuda com isso? –– pergunto me levantando indo ajudar a senhora.

–– Na-não obrigada, isto é para você.. e isso aqui é de boas vindas –– a mesma me entrega as pastas que ponho na mesa e a caixa abro logo em seguida.

Eram rosquinhas no formato da escrita "Bem vinda".

que fofo.

–– Obrigada, ahr eu sou a Ally, prazer –– digo estendendo a mão para comprimentar a mais velha.

–– Eu sei quem você é, sou a flora, sua nova secretária –– ela aperta minha mão mas logo solta pondo-as para tráz.

–– Ah! tá eu já sabia –– digo sem jeito.

–– Estou aqui para ajuda-la a facilitar sua vida no trabalho –– ou seja, um anjo.

–– Flora, agradeço por isso mas agora tenho que me organizar aqui e verificar os horários de reuniões, de projetos e etc –– digo voltando minha atenção para o Notebook.

–– É pra isso que estou aqui, trouxe todos os horários para você já ir se adaptando, suas horas marcadas com o CEO, dia de reunião no concelho, a hora que tem que está no seu escritório, dia de apresentação de projetos e os dias que é sua folga –– calma deixe-me respirar.

–– Nossa, obrigada –– falo abrindo a pasta para dar uma olhada mas fecho logo em seguida quando vi os horários apertados.

–– É só me ligar por este telefone e farei ou virei o mais rapido possivel –– diz e logo se despede saindo do local.

Descaço na cadeira já exausta e olhe que o dia mal começou, tenho muito pra fazer hoje e espero que eu me acostume com tudo isso.

Abro uma caixa pegando todos os meus pertences para decorar a sala, e me arrisco em dizer que ficou mil vezes melhor quanto estava antes.

(...)

19:37

Quero minha casa.

Depois de ler e assinar e assinar e assinar cheguei a conclusão que se eu ver mais um "assine aqui" meu cerebro vai derreter, estou exausta.

Finalmente acabei tudo, deixei minha mesa toda organizada, peguei minha bolça e sai da sala.

Olhei a tela do meu celular e vi que tinha 2 ligações perdidas do meu pai, assim que eu chegar em casa eu as retorno.

Dou uma corridinha para pegar o elevador antes que feche e o mesmo fechou assim que eu entrei. Na espera que desça me imaginei na minha cama quentinha e confortavel, com um delivery e minha serie preferida.

Faço toda tragetória de volta quando pego um taxi.

Chegando em casa fuço minha bolça na procura das chaves, e não vou nem falar onde eu enfiei.

Já sem pasciencia abro a porta de qualquer jeito quando a encontro, tiro meu casaco e jogo no cabide ao lado da porta, tiro meus saltos jogando em algum canto da casa junto com minha bolça.

Lembrei que tinha que ligar para o meu velho e logo pego meu telefone discando o numero dele.

Com o celular no ouvido esperando que ele atenda, vou na cozinha procurar alguma coisa para comer. Esqueci que acabei de me mudar e ainda não fiz compras no supermercado. Merda.

Volto para sala tropessando em algumas caixas que estavam espalhadas por ali, e quase que minha alma sai do meu corpo quando bato meu dedinho na caixa.

–– Puta merd... Pai! como você est... –– corto o palavão quando meu pai finalmente atende.

–– Como foi? Conseguiu se enturmar com alguem –– ja corta minha fala.

–– Ah, bom eu reencontrei com o sergio (Boss) nos conversamos muito, ele me ajudou a conhecer o local e tudo mais –– digo animada.

–– An ham –– fala.

–– Havia algumas chamadas perdidas, aconteceu algo? –– pergunto.

–– Sabe, liguei para perguntar quando que você vai mandar o dinheiro, sabe que seu pai precisa para os remédios –– fala e escuto um som de tosse forçada no final.

–– É claro, é só pra isso que me liga mesmo - digo –– mando no final de semana, tenho que me organizar por aqui.

–– Final de semana?? hoje é segunda! Tem que mandar quanto antes! –– fala em um tom irritado.

–– Olha primeiro que eu não jorro dinheiro e segundo eu mandei há duas semanas o que é que você faz com ele?? você o come? –– digo ja me estressando.

–– Está com a língua afiada em, é melhor abaixar esse seu tom mocinha –– fala.

blá blá blá blá.

–– Olha estou muito cansada, vou desligar, tenho que dormir porque amanhã vai ser um dia em tanto. Ah! e pra você saber, eu estou bem sim obrigada por perguntar –– antes que ele responda eu desligo a chamada e jogo meu celular no sofá.

Eu sempre mando dinheiro pro meu pai para comprar seus remédios ou para ele manter o aluguel, o mesmo mora em uma cidade não muito populosa aqui em Londres.

Ultimamente ele vem me cobrando dinheiro em excesso, não posso negar em mandar pois ele é meu pai e mesmo que eu negassse ele sempre iria voltar no assunto de que eu nunca faço nada por ele, que eu só cheguei onde eu estou por causa dele e então para evitar discurções eu apenas mando.

Há algo de estranho no meu pai, sempre desconfiei de algo dele mas nunca levei a fundo. Quando minha mãe morreu ele fez de tudo para apagar ela da minha vida, sempre se livrando de tudo que lembrava dela, fotos, roupas, até mesmo me proibindo de falar dela dentro de casa.

Ele me disse que ela morreu de emorragia no cérebro, mas não foi bem o que o médico tinha me contado que foi apenas disso, nunca mais ele tocou no nome dela novamente.

Ele, o Sergio (Boss) e minha mãe eram amigos, não sei o motivo pelo qual Sergio e meu pai se afastaram mas sei que o Sergio sempre foi adimirador do trabalho da minha mãe, mas nem soube bem do que ela morreu.

É, minha vida é uma confusão.

                         

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