Meu melhor amigo (Romance gay)
img img Meu melhor amigo (Romance gay) img Capítulo 4 Choradeira
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Capítulo 6 O porquê img
Capítulo 7 Se sentindo culpado img
Capítulo 8 Visitas inesperadas img
Capítulo 9 Planos img
Capítulo 10 Decepção img
Capítulo 11 O Beijo img
Capítulo 12 Lembrança quase esquecida img
Capítulo 13 Decisão img
Capítulo 14 Vistos img
Capítulo 15 Vídeo img
Capítulo 16 Assumindo os sentimentos img
Capítulo 17 Desconforto img
Capítulo 18 Briga img
Capítulo 19 Desespero img
Capítulo 20 Fora do armário img
Capítulo 21 Mensagem img
Capítulo 22 Se resolvendo img
Capítulo 23 Interrompidos img
Capítulo 24 Mãos bobas img
Capítulo 25 Saliência (Parte 1) img
Capítulo 26 Saliência (Parte 2) img
Capítulo 27 Questionado img
Capítulo 28 A Volta img
Capítulo 29 Confusão img
Capítulo 30 Escolha parte 1 img
Capítulo 31 Escolha parte 2 img
Capítulo 32 Sempre será minha primeira opção img
Capítulo 33 Pegos img
Capítulo 34 Aceitos img
Capítulo 35 Tudo no seu tempo img
Capítulo 36 Momento quente parte 1 img
Capítulo 37 Momento quente parte 2 img
Capítulo 38 Mancando, literalmente img
Capítulo 39 Pedido de amigo para amigo img
Capítulo 40 Frustrado img
Capítulo 41 Mensagem da Ex img
Capítulo 42 Avisado img
Capítulo 43 Confirmado img
Capítulo 44 Cócegas img
Capítulo 45 Shopping (Parte 1) img
Capítulo 46 Shopping Parte 2 img
Capítulo 47 Cinema img
Capítulo 48 Safadeza no carro img
Capítulo 49 Assumindo img
Capítulo 50 Aceitos img
Capítulo 51 Descontração img
Capítulo 52 Proposta img
Capítulo 53 Pedindo ajuda img
Capítulo 54 Conclusões erradas img
Capítulo 55 Explicação img
Capítulo 56 Descontração img
Capítulo 57 Nervosismo img
Capítulo 58 Literalmente assumidos img
Capítulo 59 Pedindo ajuda a img
Capítulo 60 Estranho img
Capítulo 61 Organização img
Capítulo 62 A surpresa img
Capítulo 63 Pós festinha img
Capítulo 64 Sensação ruim img
Capítulo 65 Entregue img
Capítulo 66 Epílogo img
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Capítulo 4 Choradeira

LEONARDO

Se eu estava bem? Claro que não, se Renato soubesse que ele mexe comigo de uma forma que nem eu consigo explicar ele não me perguntaria se eu estava bem. Sei que estava vermelho, porque estava sentindo meu rosto esquentar.

Não falo nada só o olho em seus olhos castanhos e me xingo internamente por sentir aquele sentimento em momentos tão errados, eu não podia sentir algo pelo meu amigo, era errado, ele tem a Dayana e eu não quero ser como a Nicole e fazer Renato trair a garota.

Não suportaria levar esse peso nas costas e, pior ainda, na consciência, eu não posso estar apaixonado pelo meu melhor amigo. Por favor, que eu consiga acabar com isso de uma vez. Não suporto o fato de que ele está na minha frente me olhando estranho e de cenho franzido e esse ato o deixa tão lindo que passa pela minha cabeça a vontade de fazer uma besteira, mas não farei.

Olho para ele com certa admiração, nossos olhos se encontram e eu sinto tudo ao meu redor parar, meu mundo, que antes estava em preto e cinza, ganha cores vibrantes quando ele sorrir para mim. Olho para a sua boca que naquele momento chama a minha atenção. Ele é lindo, na verdade lindo é bem pouco para o definir. Sinto vontade de beijá-lo para saber qual sabor tem seu beijo, mas logo eu sinto uma culpa tomar conta de mim.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas e eu desvio meu olhar abaixando a cabeça. Não suporto isso, não suporto esses pensamentos e essas vontades que me tomam quando ele está perto. Detesto o fato de que aquele vazio que estava sentindo a minutos atrás agora está preenchido porque ele está aqui.

Começo a chorar, minhas lágrimas saem sem meu consentimento. Ele percebe.

– Léo, por que você está chorando? – Pergunta me olhando preocupado e eu não aguento e solto um soluço que vem junto com mais uma onda de lágrimas. – Aah, não nêgo... – Ele nega com a cabeça e me abraça me apertando em seus braços, mas diferente do que ele pensa não me conforta, até porque ele é o motivo dessas lágrimas.

Ele faz carinho nos meus cabelos e tenta me confortar, mas acabo por chorar mais ainda em seus braços. Eu poderia arriscar tudo naquele momento e falar o que sinto por ele, mas o medo e vergonha falaram mais alto e eu só chorei em seus braços.

– Léo olha para mim. – Fala me fazendo o olhar, suas mãos estão no meu rosto fazendo um carinho discreto. Ele me olha com uma mistura de pena e receio. E eu odeio o fato dele estar com pena de mim. Sem deixar ele falar mais nada tiro suas mãos macias do meu rosto e me coloco de pé. Ele estranha meu comportamento.

Viro-me de costas para não o olhar, não posso deixar esses sentimentos tomarem conta de mim.

Por que comigo? Por que?

– Renato, vai embora... – Falo em um sussurro, porém audível para ele que faz um som de surpresa e se levanta da cama.

– Como assim, Léo? Eu tô aqui para te ajudar. – Fala tentando me fazer olhá-lo novamente, mas eu não o olho. Se ele soubesse que não está ajudando...

– Eu preciso de um tempo sozinho foi por isso que não falei onde estava e nem respondo vocês. Agora, por favor, vai embora. – Falo me virando para o olhar nos olhos, limpo minhas lágrimas e o encaro. Falar aquilo me doeu muito, mas me entendam, o que vocês fariam no meu lugar?

– Eu só quero te ajudar. – Fala chocado, surpreso e confuso ao mesmo tempo. Cruzo os braços, eu preciso o afastar de mim é o único jeito.

– Você não pode, por que você não vai atrás da sua crush e me deixa em paz? Não quero a sua ajuda. – Falo e sinto outra onda de lágrimas virem à tona, mas as seguro. Renato me olha em choque e vejo sua expressão mudar para raiva em um instante.

– Tudo bem, eu só queria te ajudar, mas já que não ajudo vou embora. Quanto a minha crush, pelo menos ela se importa comigo. Quer saber Léo, esquece. – Fala indo até a porta e passa pela mesma indo embora e então me permito chorar novamente.

Eu sei que eu fui um idiota, mas eu precisava afastar ele. Precisava fazer com que ele achasse que eu não me importo, era preciso. Mas suas palavras me machucaram, deito na minha cama aos prantos.

Meu coração parecia estar se quebrando, parecia que só restavam os cacos dele e aquilo doía, nossa como doía. Minha mãe entra no meu quarto alguns minutos depois da saída do Renato. Ela me olha chorando na cama e logo vem ao meu encontro e me abraça.

Ela não pergunta nada, só me abraça e me consola. O lado bom das mães é esse, elas não precisam perguntar porque elas já sabem.

– Está tudo bem filho. – Fala minha mãe mexendo nos meus cabelos. – Vai ficar tudo bem. – Ela sussurra para que só eu possa ouvir.

Eu não falo nada, minhas lágrimas são o suficiente para minha mãe perceber que algo não está certo. Eu amo minha mãe por isso, ela me entende de uma forma tão linda. Me pergunto o que seria de mim sem ela ou meu pai. Minha família é meu abrigo e meu refúgio.

Quanto ao Renato, não sei se depois disso ele vai querer olhar na minha cara novamente, eu fui muito rude com ele. O cara veio até aqui na casa da minha mãe para saber como eu estava, se preocupou o suficiente para sair do seu conforto e vir me ver, mas como eu já falei foi preciso.

Não aguento o fato de que ele não pode ficar tão perto de mim que me sinto daquela forma e isso me assusta e me faz sentir que eu sou o pior pessoa por me deixar sentir algo pelo meu amigo.

Nós éramos amigos e continuaria assim. Quer dizer... Eu acho.

Só de pensar que Renato pode não querer mais ser meu amigo me quebra por dentro e isso faz com que eu chore ainda mais. Minha mãe beija meu rosto delicadamente e, em meio a todas aquelas lágrimas, eu a olho.

– Por que comigo mãe? Por quê? – Pergunto com a voz fraca e solto um soluço. Vejo os olhos da minha mãe se encherem de lágrimas, mas ela sorrir doce e meiga para mim.

– Eu não sei meu bebê, mas sei de uma coisa. Tudo vai ficar bem. – Fala passando sua mão delicadamente no meu rosto limpando minhas lágrimas. – Eu acredito em você e te amo do jeito que você é. Eu estarei do seu lado sempre. – Fala com os olhos cheios de lágrimas e isso me faz chorar porque minha mãe sabia o que estava acontecendo comigo.

Passou pela minha cabeça que eu deixava muito aparente e talvez Renato também soubesse, mas se fizesse de desentendido para não me machucar. As lágrimas voltam com força me fazendo sentir uma vontade de gritar enorme, porém eu engoli o grito e me pus a chorar como uma criança.

Estar apaixonado dói, dói muito. Ainda mais quando você tem que esconder isso a sete chaves porque tem medo do que a outra pessoa possa pensar.

Não sei quantos minutos passei chorando no colo da minha mãe, mas em um algum momento eu peguei no sono.

            
            

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