Capítulo 6 Antes dos 30 - Capítulo VI

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Logan

Vivi falou que ia para a festa da Sensation de dia das bruxas e acabou "sem querer" falando que Hannah iria. Meu sorriso abriu na hora.

Coloquei uma blusa social cinza dobrada até o cotovelo com suspensório, calça preta e um sapato social completando o look esporte fino e como era uma festa a fantasia fiz uma maquiagem de caveira mexicana. Sempre achei muito estilo essas fantasias. E já que não havia tempo, improvisei.

Chegando lá logo vi minhas duas irmãs. Vivi tinha levado Carol e estavam vestidas de diaba e anja, tive que rir, até que combina. Reconheço o homem que está voltando com bebidas, é o cara que dançou com Hannah no dia da festa e logo vem uma outra mulher e dá um beijo nele. Ambos vestidos de policiais. Eu achei que tinha algo rolando entre ele e Hannah. Como que um cara larga ela assim. Meu Deus! Que que tem de errado com esses caras? Conforme me aproximo falo com minhas irmãs e Vivi me apresenta Eduardo e Nina. Eles são casados e são amigos de Hannah. Como que um amigo dança daquele jeito com ela sem ter nada? Tem alguma coisa aí. Eduardo diz que as meninas estão na pista e assim que terminasse a bebida iria chamar para ir para o outro ambiente. Pedi para ele me falar como Hannah estava vestida que eu iria chamar e logo ele começa a rir respondendo.

– Tá vestida como seu par.

Tá, não entendi nada, acho que vou precisar de mais informação, mas nem precisei perguntar porque ele completou

- Ela está vestida de Catrina, caveira mexicana feminina, ou seja, seu par.

Sorri com essa informação e saí a procura.

Não demora muito e encontro "meu par". Ela estava ainda mais linda com um corselet preto e vermelho, uma saia preta acima do joelho, meia arrastão preta, as botas de salto e um chapéu que completava o figurino.

Quase enfartei vendo ela quicar ao som de "Boa menina" da Luísa Sonza.

Faltou ar aqui. Minha boca ficou seca, não conseguia me mover vendo ela dançar.

Ela dançava e cantava com aquela expressão de superior que só a Frozen poderia ter. Aos poucos fui recobrando a consciência de que a música já tinha acabado e ela estava falando com a amiga de costas para mim. Fui em direção a elas e coloquei minhas mãos em sua cintura.

- Olá minha Catrina.

Ela vira e pelo sorriso reconheceu minha voz. Confesso que depois que falei fiquei com medo de levar um soco. Ufa! Essa foi por pouco. Então ela me responde.

- Quero saber agora quem foi o dedo duro que te contou minha fantasia.

Ri junto com ela. Acho que o dedo duro foi o destino, mas não vou falar isso neh?!

- Por incrível que pareça foi uma mera coincidência, mas ficarei feliz em lhe fazer par essa noite. Bom, vim resgatar as madames já que o Eduardo viria.

Ela me dá um beijo na bochecha, pega minhas mãos e junto com as amigas voltamos ao grupo.

Vivi abre logo os braços quando nos vê. Acho que elas ainda não tinham se visto.

- Hannah! Cara, tu tá linda mulher! E por acaso você falou sua fantasia pro Logan?

Hannah responde.

- Nem falei pra ele que vinha. Que bom que encontrou o Du. E vocês chagaram a muito tempo?

- Chegamos ainda agora e Logan logo depois. Essa é nossa irmã Carol. Ela é a caçulinha, mas hoje foi liberada pra sair com a gente.

Abraçando Carol Hannah fala.

- Prazer em te conhecer Carol. Parece que a beleza vem do ventre neh?! Rs. Bom vou apresentar o "clube dos 5" pra vocês. Fernanda, minha irmã de alma; Eduardo, meu protetor; Nina, esposa de Edu e minha docinho e Rebecca a minha parceira de copo e som. Esses 4 são minha vida, então pode contar com eles como se fossem eu.

Ficamos todos conversando bastante e descobri que Hannah é até madrinha de casamento de Eduardo. Eles realmente são muito amigos e por isso a confiança e conexão na dança.

As meninas decidiram voltar pra pista. Eu e Eduardo por falta de opção acompanhamos. Ao som de "Pouca Pausa" da Clau, eu dançava agarrado a Hannah.

Eram mãos e dedos passando pelas laterais do corpo e aos poucos esquecendo das outras pessoas. Coloquei ela de costas para mim e com os olhos fechados nossos movimentos foram ficando mais íntimos, enrolei meus braços em sua cintura ditando o ritmo de acordo com as batidas da música. Sentindo nossos corpos em uma conexão louca. Ela me olha por cima dos ombros ao sentir que meus lábios estavam perto do seu pescoço como que esperando sua permissão. Aquele olhar era o que faltava. Comecei dando beijos em seu pescoço, seus ombros e subindo até seu ouvido, quando dei uma pequena mordida em sua orelha e falei

– Estava a muito tempo esperando isso.

Com isso ela fecha os olhos e dá um leve suspiro que faz com que eu a vire de frente e beije sua boca. O beijo já começa intenso e com desejo, aos poucos vai ficando mais fundo, mais necessitado até que ela se afasta um pouco e diz com um sorriso safado

- Acho que ainda estamos em um lugar público e seu amigo precisa se acalmar.

Estávamos ofegantes depois daquele beijo que nos tirou de órbita. Acho que poderia ficar o dia inteiro sentindo seu gosto, seu calor.

Com as testas ainda encostadas, demos mais um beijo. Dessa vez foi delicado, calmo e com muito mais sentimento. Passo a língua em seu lábio inferior e dou uma leve mordida o puxando para mim. Aos poucos vamos diminuindo o beijo e ela me dá um sorriso, aquele mesmo sorriso da foto do Leo. O sorriso com sentimento, com alma e paixão. Foi a primeira vez que o vi pessoalmente.

Acho que o inferno tá voltando a esquentar, o gelo tá derretendo e fico mais feliz em saber que faço parte disso.

Depois disso não nos desgrudamos mais. Dançamos, cantamos e a cada toque, cada olhar eu acabo caindo mais na teia dessa mulher.

Carol já estava meio alta. Perguntei se ela tinha comido algo e ela responde que não. Que saco!

- Como que você bebe e não come nada garota!

- Ah Logan, não tava com fome. Deixa de ser chato.

Haja paciência! Me vendo nessa situação a minha gostosa diz que seria legal a gente sair da boate e ir para algum lugar comer. Já estou até chamando ela de minha. Sorrio percebendo isso. Todos concordam. A amiga dela Rebecca diz que fica feliz com um podrão cheio de bacon da barraquinha em frente a praia. Todos concordamos.

Já passam das 3 da manhã, todos comemos nossos lanches, conversamos, rimos e nos conhecemos mais. Soube um pouco mais do "clube dos 5" e fiquei admirado com a amizade deles. Todos diferentes e mesmo assim unidos. Carol deitada no meu ombro roncando, Vivi com a expressão de felicidade que não via a muito tempo, Hannah ensinando golpes aos risos para Rebecca e eu apreciando esse momento sem palavras, só curtindo. Não queria que a noite acabasse.

Fomos todos pra casa. Pelo estado de Carol achei melhor minhas irmãs dormirem na minha casa. Não queria problema para elas.