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Ele quase não parava de rir, eu não conseguia compreende o motivo de tanta graça, mas ele parecia está se divertindo. Depois de muito tempo tentando se controlar ela consegue falar.
- Qual interesse que você teria com aquele nerd fraco que eu era? - Ele realmente parecia não entender
- Eu era apaixonada por aquele nerd.- falei e notei a sua surpresa - Você continua bonito, sempre foi. Agora mais bronzeado, cabelo maior, mais forte e com tatuagem. Nem badboy, gosto, mas era apaixonada pelo nerd, consegue entender?
- Não. Você vivia cercada por todos. Era a mais cobiçada da escola, mas não dava cabimento para ninguém na escola. Como vou entender que era apaixonada por mim - Ele falou sem entender
- Continua lerdo. Não dava bola para ninguém porque estava apaixonada por você. Não sabia como você iria reagir e se afetaria nossa amizade. Então só fiquei quieta. Naquela época era melhor ter você como amigo do que correr o risco de perder você totalmente - meus olhos se encheram de lágrimas, me veio na mente como senti falta dele, acabei passando a mão em seu pescoço e o abraçado forte.
- Lê? Tá tudo bem? - Ele perguntou, mas não conseguia responder, só acenei a cabeça.
Fiquei um tempo abraçada com ele, até que ele me afastou
- Mas agora aqui não é mais Guilherme, você precisa saber disso. - Ele falou me encarand
- E se eu quiser o Gui, em vez do que tem na minha frente? - encarei ele com meus olhos transbordando
- Eu realmente não sei se existe alguma parte dele vivo. Não posso mentir ou iludir você. - Ele falou, eu sorri e voltei abraçar ele forte.
- Você tá parecendo um agarradinho. Como conversa assim? - Ele perguntou
- Eu tava com saudade. Deixa só eu matar um pouco dela e deixo você falar - Falei me aninhando nele
Ele não respondeu mais nada, apenas ficou acariciando minha cabeça enquanto eu o abraçada forte. Era com um fio de esperança encontrar com ele. Como se a vida tivesse voltado aos trilhos, eu me sentia em paz. Relaxei tanto que nem percebi que peguei no sono.
Acordei em uma cama imensa, ao lado tinham dois porta-retratos, um eu e ele na escola, outro dele com o que acho ser a família dele. Gui nunca foi de falar sobre sua família, acho que encontrei com a mãe dele uma vez apenas , mas não consigo lembrar seu rosto. O quarto tinha uma decoração bem escura. Uma janela enorme e uma porta para uma varanda. Me levantei e fui até a varanda.
O lugar era lindo, visto de cima era ainda mais bonito. Olhava tudo até que uma loira me chamou atenção. Ela andava apressado em direção a algum lugar. Reconheci logo, era Gui, ele estava conversando com alguém, ela chamou ele, quando ele virou, ela o beijou. Aquilo me incomodou, acabei derrubando um jarro antes de entrar para o quarto.
Entrei me deitei. Queria dormir. Não conseguia. Queria fugir, mas para onde iria? Minha melhor oportunidade realmente é o Gui. Mesmo ele não sendo aquele Gui que eu um dia me apaixonei, posso fazer o que ele diz, quando eu me organizar e tiver me vingado de todos, posso apenas me separar.
A porta se abre. Ele entra me olhando como se tivesse com medo da reação que eu teria. Eu por outro lado, depois daquele beijo, voltei a realidade. Preciso lutar pela minha vida e liberdade
- Pode falar. Estou pronta para terminar a conversa. Então Gui morreu, quem é você então? - falei seca
- Não quer falar primeiro do que acabou de ver? - Então ele sabia, mas de eu não tivesse visto? Ele estaria aqui?
- Pode deixar para lá. Foi bom para acordar e perceber que o Gui que eu amo morreu e eu tenho que cuidar da minha vida. Não me iludir com um amor de escola que nunca vai florescer. Agora, quem é você? - Falei mais fria que geladeira em fim de mês
Ele ficou em silêncio um tempo, como se tivesse pensando como reagir. E com a expressão de derrota decidiu então falar.
- Todos me chamam de Lúcifer, sou líder da máfia da região. Você pode continuar me chamando de Gui, quando estivermos só nos dois, na frente dos outros pode ser perigoso - Ele falou
Máfia? Líder? Eu com toda certeza fugi de um problema e cai lindamente em outro. Mas com a força máfia posso recuperar tudo me tiraram e me vingar por toda dor que elas me causaram, eu só teria que aceitar casar com ele. Será que eu consigo?
- Você está mais silenciosa do que o normal - ele reflete
- Quais seriam as minhas obrigações e o que eu não poderia fazer? - perguntei falando sobre o casamento
- Dentro da máfia, o máximo você me acompanharia em alguns eventos, mas você se envolveria o menos possível. E teria que obedecer às regras da máfia e minhas - disse pensativo
- E se for contra as regras? Você vai me matar? - falei friamente