Capítulo 4 Me ajude

Uma sensação de alívio percorreu a espinha de Celia à medida que a figura dos dois homens diminuía atrás dela.

Voltando sua atenção ao homem desconhecido ao seu lado, ela disse: "Obrigada, senhor."

Era impossível não notar a beleza daquele homem, que parecia descendente de um Deus grego. Entretanto, a frieza em seus olhos era capaz de congelar qualquer um de medo.

Celia não foi diferente, e isso pareceu trazê-la de volta à realidade. Mas não demorou muito para que o desconforto em seu corpo piorasse. Ondas avassaladoras de calor consumiram cada átomo de seu corpo.

O terno sobre seus ombros tinha um cheiro de colônia masculina misturado com tabaco. Ela apertou o tecido do terno com força, tentando reprimir o fogo que a consumia.

Embora o homem sentisse que algo estava errado com ela, ele não se moveu. Apenas permanecia em silêncio enquanto a observava.

Aos olhos dele, a mulher diante dele era bonita, pura e adorável. Foi então que seu olhar encontrou o dela. Não demorou muito para que ele percebesse o desejo estampado no olhar daquela mulher, o qual ela parecia estar lutando para reprimir. Mas havia uma tristeza camuflada naquele olhar. Como um bom observador, ele não pôde deixar de perceber isso.

Por algum motivo, as memórias do acidente de carro que seu irmão havia armado o atingiram.

Na época, ele tinha vinte anos quando se envolveu em um acidente de carro com sua mãe. A pancada o deixou inconsciente e, mesmo quando conseguiu abrir os olhos, tudo em volta dele estava embaçado. Mas ele se lembrava vagamente da garota que os levara para o hospital.

No entanto, infelizmente para ele, quando recuperou a consciência, a garota tinha ido embora, e sua mãe faleceu devido aos ferimentos graves.

Ao longo dos anos, ele vinha se empenhando em coletar provas para descobrir a verdade sobre o acidente de carro e, além disso, descobrir o paradeiro daquela garota.

Mesmo sem ter visto com clareza, ele nunca se esquecera daqueles belos olhos tristes. Havia algo único e inesquecível sobre eles.

Ao concluir que a garota agora provavelmente teria a mesma idade da mulher diante dele, ele não pôde deixar de se perguntar se elas eram a mesma pessoa.

Enquanto o homem estava perdido em meio aos seus pensamentos, o silêncio reinava dentro do carro.

Mas, no segundo seguinte, Celia jogou-se em seus braços, fazendo com que ele se deitasse no banco. O movimento repentino assustou até mesmo Briar, que estava concentrado na direção.

"Eu não aguento mais, estou com muito calor... Se.. será que... você pode me ajudar?"

Tomada pelo desejo crescente dentro dela, Celia não pôde mais se controlar.

Acariciando o peito musculoso do homem diante dela, ela usou suas mãos ágeis para tentar despi-lo. O mero contato com a pele do homem, enviou ondas de prazer por todo seu corpo.

Diante disso, o homem a encarou friamente. Para ele, estava claro que ela estava drogada.

Após pigarrear timidamente, Briar perguntou: "Chefe, e a reunião com o senhor O'Brien?"

"Remarque para outro dia. Dirija de volta para a mansão."

Briar não hesitou em seguir as ordens do chefe.

Após um longo caminho arborizado e três enormes portões, eles finalmente chegaram a uma mansão à beira-mar.

Celia, que estava aconchegada nos braços do homem desconhecido, encarou a enorme construção diante dela.

A mansão era a única residência na área. O design era clássico, com baixos-relevos nas paredes externas. Não havia dúvidas de que aquela mansão havia sido projetada por um arquiteto renomado.

Já a decoração interna, era mais requintada do que a externa. Haviam várias pinturas famosas penduradas em uma das paredes, adicionando uma sensação de charme vintage aos interiores modernos.

Ao avistar as inúmeras câmeras de segurança na casa, Celia percebeu que o homem diante dela não era qualquer um.

Mas, antes que ela pudesse ir mais fundo em seus pensamentos, o homem a levou para o banheiro, colocando-a na banheira em seguida. Assim que sentiu a água fria contra suas costas, Celia envolveu seus braços ao redor do pescoço dele.

"Está muito frio..."

Os olhos dela ainda queimavam de desejo.

"Não vai demorar muito, prometo."

Dizendo isso, o homem acariciou as costas dela para confortá-la, mas ela não estava disposta a deixá-lo sair dali. Sendo assim, ele não teve outra opção a não ser ligar o chuveiro, esperando que a água fria extinguisse o desejo ardente da mulher.

Dez minutos se passaram, mas Celia não apresentava sinais de melhora. Consequentemente, a resistência dela contribuiu para que o homem ficasse igualmente excitado.

Os botões superiores da camisa social dele ainda estavam abertos, revelando seu peitoral forte e bem esculpido.

Fascinada pela sensação sedosa da pele daquele homem, Celia não conteve a vontade de encostar o rosto em seu peito.

Embora ele tentasse afastá-la, ela foi rápida em agarrar um dos dedos do homem e colocá-lo na boca, prendendo-o entre seus lábios rosados e carnudos enquanto o chupava maliciosamente.

Enquanto lambia ao redor do dedo dele, ela o encarava de maneira sedutora.

Agora, o homem parecia perdido naquele olhar cativante e, como se não bastasse, ele a ouviu implorando: "Por favor, me ajude..."