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Era final de semestre na faculdade, e Luna estava excepcionalmente feliz, porque nas férias, iriam para a casa de sua avó materna, Geórgia, por quem nutria um amor incondicional.
Luna era muito parecida com sua avó. Foi dela, que Luna herdou sua extraordinária cabeleira ruiva, que já foi longa, média, e atualmente, encontrava-se curta, uma vez que a praticidade de cuidar do cabelo, uma vez curto, era imprescindível para quem vivia uma vida tão corrida como ela.
Luna estava no 4º semestre da faculdade de medicina, que sempre fora seu sonho, uma vez que queria ser como sua mãe, uma cirurgiã reconhecida e renomada. Catarine Ferraz Marini, era sua referência em tudo. Sua mãe se formou com honra, em medicina, se casou com Joseph Marini, um homem que conheceu em uma viagem que fez à Itália, que virou seu mundo de cabeça para baixo, e ressignificou todas as suas convicções de que não queria se casar, nem ter filhos, pois sua carreira, como ela mesma dizia, era sua única paixão.
Joseph, um legítimo italiano, alto, loiro, dos olhos azuis, não a deixou em paz, até conseguir alcançar seu objetivo: casar-se com aquela ruiva, de olhos azuis como o oceano, brasileira, por quem se apaixonou desde a primeira vez que a viu.
Luna nunca se apaixonou, porque tinha padrões altos. Ora, sua mãe foi passar as férias do seu último ano de faculdade na Itália, com suas amigas (esse foi o presente de formatura que pediu aos seus pais), e voltou de lá casada, com o amor de sua vida. A história de amor dos seus pais, é épica, e faz com que Luna não queira se entregar a qualquer um, por saber que merece um amor tão lindo e sagrado como os de seus pais, embora acredite que o amor não foi feito para ela.
Luna estava em sua semana de provas finais, e assim que acabasse o último horário de aula, da sexta-feira, iria de encontro aos seus pais, em casa, para viajarem direto para São Thomé das Letras, cidade do interior de Minas Gerais, onde sua avó residia, e sua mãe crescera.
Luna adorava a história daquela cidade, rodeada de misticismo, com pontos turísticos conhecidos como "Pedra da Bruxa", "Casa da Pirâmide", entre outros. Luna era apaixonada por histórias de seres místicos, embora soubesse que aquilo não era real, lhe proporcionava um estranho sentimento de familiaridade, que nem ela mesma conseguia explicar.