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Não ousei questionar meu dono o acordo de secretária no fim era uma farsa uma esperança que eu havia achado para minha própria cabeça, não consegui comer mais nada a minha frente. A governanta até tentou me fazer comer um pouco mais, entretanto eu me levantei a ignorando. Andei por aquele lugar tentando encontrar uma saída havia muitos cômodos, biblioteca, salas e mais salas de escritório e outras com cômodos menores, assim como inúmeros quartos de visitas.
Quando coloquei a mão na porta para sair, ela estava trancada e conseguia ouvir o som forte da empregada que me acompanhava enquanto eu tentava achar uma saída. Dei mais um empurrão com força e quando ela abriu eu estava prestes a correr até o portão de ferro.
Cães latiram em minha direção dentes afiados corriam para mim, então eu corri gritando para que eles se afastassem eram dois deles grande e negros vindo como se eu fosse uma ladra. Não consegui ir muito longe, pois as pernas tremiam, que uma pequena pedra na minha frente fez com que eu caísse com tudo no chão ralando a mão e os braços, só tive tempo de tapar o meu rosto para que os cães não me machucassem muito. Então, eu senti aquela quentura, eles lambiam o meu rosto pulavam em cima de mim, então voltavam a passar aquela língua quente e fina em meu ouvido, então latiam perto de mim como se estivessem afim de brincar comigo. Levantei meu rosto vendo um pequeno focinho se encostando em meu nariz o outro cachorro simplesmente colocou a sua cabeça em meu cabelo jogando todo o corpo no chão eu estava incapaz de me mover.
-- Parece -- disse aquele voz rouco vindo de longe -- que meus cachorros gostam de você. Ao ouvir a voz do dono ambos os dois cachorros correram na direção dele. Fiquei um tempo caída no chão envergonhada esperando que ele não tivesse visto aquela cena, quando me levantei virei lentamente meu rosto na direção dele, ele abaixou perto dos dois cachorros e como um pai severo passou a mão na cabeça de cada um sem olhar em minha direção.
-- Pelo menos é bom com os animais. Disse gritando em sua direção ele levantou o rosto para mim com um pequeno sorriso voltando a encarar os dois cachorros à sua frente, desviei meu rosto tentando tirar a poeira de minha calça jeans, ele permaneci com os cachorros.
-- Lealdade -- disse ele se levantando vindo em minha direção um estalar de dedos e os dois cachorros se agacharam apontando o rosto para mim rosnando com o dentes afiados, eu dei um passo para trás e eles também deram um em minha direção, então parei olhando para o meu dono vindo, vindo em minha direção, enquanto eu tentava manter o corpo o mais quieto possível, esperei pelo pior, mas ele apenas estendeu a mão para mim -- apenas isto que prezo neles. Eu pensei em não segurar a sua mão, mas não conseguia tirar o olhar daqueles cachorros sobre mim, então contra a minha vontade e meu senso levantei a mão encostando na sua, aquela quentura invadiu meu corpo, ele me puxou para ele com um facilidade agarrando minha cintura em seguida os dois cachorros voltaram correndo brincando ao nosso lado enquanto ele me levava para o carro, o rosnado havia acabado e eles voltavam a ser cachorros brincalhões, eu tentava não encarar o rosto de Gregório enquanto andava ao seu lado, sendo mais arrastada por ele.
-- Para onde estamos indo ? O carro estava a alguns quilômetros longe de nós, ele não olhava para mim, mas também não me soltava a sua mão teve que ir para o meu ombro, a nossa diferença de altura não o deixava segurar a minha cintura sem ficar com o corpo completamente curvado para o lado.
-- Não queria ser a minha secretária -- disse ele em um tom mais severo sem olhar para mim -- já mudou de ideia ?
-- Não -- gritei o que fez ele parar me dando um olhar -- então, o acordo entre nós....
-- Promessa é dívida.
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-- Ela é apenas uma menina. Ela correu segurando com força a minha mão olhando pela janela esperando que sua filha voltasse, mas continue sorrindo passando a mão pelo cabelo rebelde, balançei a cabeça levantado o corpo quando o barulho da companhia na porta chamou a minha atenção, ela puxou com força a minha calça apertando por debaixo a minha pele eu desviei o rosto de sua choradeira tão consumido pelo ódio.
-- Deixe que eu resolva -- falei para ela que ainda tentava enxugar suas lágrimas -- é melhor não ser vista desse jeito. Ela correu para o quarto de sua filha o barulho da porta fez com que eu virasse em sua direção, mas dessa vez não ousou dizer ou fazer nada, apenas dessa vezes, então caminhei até a porta e abri na esperança que fosse ver o homem que traria meu dinheiro, eu só queria o meu dinheiro.
-- É você -- disse tentando manter um meio sorriso em sua direção -- o que você quer David ? Ele tinha uma expressão confusa em seu rosto, colocou a mão em seu coração, então voltou a olhar para mim havia medo e desespero em seu rosto.
-- Senhor -- disse ele apontando para frente de minha casa -- Camila -- repetiu parando como se estivesse lembrando a cena -- ela foi pega por um homem. Eu quis rir de seu medo e de sua covardia, mas eu era tão igual a ele, então suspirei pensando em qual mentira deveria lhe contar naquele momento.
-- Gregório -- disse eu fingindo um sorriso -- ela não deve ter contado -- falei olhando para trás verificando se a minha mulher ainda estava no quarto -- mas é o noivo dela.
-- Noivo ? Coloquei a minha mão em seu ombro percebendo tanto a sua confusão quanto a dor da traição, mas naquele momento queria que David fosse embora o mais rápido possível eu queria o meu dinheiro.
-- Sinto muito rapaz -- mas eu não sentia nada -- mas ela escolhe quem vai viver para o resto da vida, não acha ?
-- Ela não parecia feliz.
-- Briga de casal -- disse eu rindo -- os jovens são assim mesmo.