Capítulo 4 O sequestro

Eu passei a pior noite da minha vida,passei a noite inteira me martirizando por estar naquela situação, era muito mais fácil eu ter vindo por mim mesmo gastaria um pouco mais mas estaria bem.

___ Pare de chorar Ana não aguento mais você se lamentando - foi de forma ríspida que eu disse aquelas palavras mas não adiantava mais chorar estávamos na merda e precisávamos mudar a situação.Uma semana se passou e estava sendo horrível a condição que estávamos vivendo, eles nos deixamos em condições de miséria para pedirmos dinheiros nas ruas, por muitas vezes sentindo muito frio mais de uma coisa estavam certo isso era uma coisa que dava bastante dinheiro, eu voltava todos os dias com mais de 200 euros tentei por alguns dias esconder algum dinheiro para mim e entregar menos porém eles colocam pessoas para nos vigiar a todo tempo o dia que eu fiz isso ele me deixou sem comida por mais de 24 horas era horrível mais não tinha jeito, como se não fosse o pior passávamos a noite trabalhando com homens nojentos que queriam usar do nosso corpo eu era forçada a dançar usar roupas curtas que fediam a velho.

___ Lu você me empresta a saia que usou ontem ? Ela é um pouco mais decente do que eu tenho usado nesses últimos dias, estou cansada de usar roupa velha e acabada,acho que se eles querem que nós chamemos atenção eles tem que investir ___ Melhor não reclamar você tem dado sorte desde que chegou tem conseguido clientes que pagam um pouco melhor eu ainda não tive coragem de deitar com ninguém.

___ Lu você precisa perder esse medo, não vê que aqui só tem esse jeito de sairmos daqui ?

___ Eu sei hoje eu vou tentar -- Pra mim era difícil,toda vez que um homem chegava perto de mim eu me sentia um lixo acho que nunca mais vou conseguir amar meu corpo como antes, antes eu tinha orgulho do meu corpo lindo e limpo agora só vejo um pedaço de carne, na verdade os homens que frequentavam aquele lugar nos viam daquele jeito, hoje eu preciso mudar esse jogo pois fazer programa realmente era o meio mais fácil de sairmos dali, Ana que chegou com nada já conseguiu abater 3 mil da sua dívida se ela seguir assim em pouco tempo estará livre, espero que até lá ela esteja viva e saudável.

Me levantei pois depois que chegamos da boate quase nunca conseguia cair no sono sempre emendava o dia com a noite isso estava acabando comigo aos poucos o frio a fome não me deixavam descansar, eu acabava emendando o trabalho da noite com o da manhã depois voltava para descansar antes de encarar tudo novamente, as 6 da manhã em ponto o relógio geral despertou quem iria paras ruas se levantou havia por ali todo tipo de mulher que vieram na esperança de mudar de vida mudar a vida da família e acabou ali presa e não consegue mais sair dali outras se acostumaram e decidiram que aquele ali era o destino que tinha para elas. Peguei o máximo de roupa possível para ficar quente estava fazendo muito frio, meu rosto estava pálido olhos fundos e negros como se eu tivesse sido atacada nos dois olhos meu cabelo estava horrível parecia palha de aço, calcei as botas velhas que tinham ali elas não esquentavam nada mas era o que tinha corri para van para não perder a oportunidade de ir trabalhar, as vezes queriam ir muitas mulheres e umas acabavam ficando para trás e ninguém fazia revezamento era cada um por si, entrei e me aconcheguei no final da van Ana não viria estava dormindo, a noite pra ela tinha rendido por mais que ela já conseguiu abater uma parte da dívida era desumano o que ela fazia ela deitava com centenas de homens alguns nojentos sujos e fedidos mas pagavam isso que importava. Quando a van estacionou na praça desci no meu ponto e fui para o local onde sempre ficava, ali me rendia o dinheiro bom levei um pano para estender no chão frio e uma placa escrito de esmalte. " ME AJUDE" esse era o trabalho eu sentava ali e ficava olhando com cara de piedade para as pessoas, no estado que eu estava aquilo era de verdade como se eu fosse realmente uma pedinte, aquele dia estava frio demais vi em uma reportagem que ela o apiscie do inverno o estado que eu estava vivendo já estava fazendo mal para minha saúde eu estava muito gripada ....

PETTER OKI

Todos esses dias se passaram e eu não tive nenhuma notícia dela, por mais que eu tentasse aquela mulher não saia da minha mente seu olhar marcante seu rosto perfeito tinha mexido comigo, coloquei todos que trabalham na área de investigação para procurar por ela e nada, já faz uma semana e eu não tenho notícias daquela mulher, o que consegui descobrir foi que ela e Leon não tem nada e nunca tiveram. Me levantei da cama onde apenas deitei por que dormi é coisa que não faço direito desde o dia que voltei para Berlim aquela mulher estava mexendo com meu psicológico, fui até o banheiro tomei um banho quente como todas as manhãs eu saia para correr aquela seria diferente eu precisava ir para empresa o mais rápido possível, sai do banho e logo vesti meu terno alinhado azul marinho me olhei no espelho e estava me sentindo muito estranho com cabelo grande precisava fazer uma visita ao salão, voltei para o quarto e vi minha noiva deitada em minha cama, não sei como falar com ela que eu não a amo, na verdade nunca escondi isso dela mas eu não quero mais continuar vivendo nessa farsa, sai do quarto em silêncio hoje a noite teria essa conversa com ela não queria engana-la. Desci as escadas da minha enorme casa que estava passando por uma reforma, desde que meus pais morrerem decidi que não iria me mudar ficaria aqui e quem sabe continuaria minha vida e construiria uma família aqui também, por mais que eu ache que nunca mais serei capaz de amar uma pessoa no fundo do meu coração eu penso assim, então pra deixar a casa mais moderna do jeito que eu idealizo estou reformando aos poucos para não perder a essência dessa casa maravilhosa.

___ Senhor Petter café está na mesa __ Dora me esperava no fim da escada com um sorriso no rosto, ela era minha babá quando bebe e estar na família a mais de 30 anos, já faz parte da família, a única pessoa que tem a minha melhor versão.

__ Não tenho tempo pra café

___ Alguém acordou de mal humor hoje, quer dizer você anda de mal humor já tem alguns dias.

___ Problemas no trabalho

____ Problemas no trabalho -- Ela me remendou engrossando a voz

___ Não estou pra brindeira dó, preciso ir que estou atrasado.

___ Vou avisar Miguel que está pronto.

__Dois minutos em frente a casa___ Eu tentava não ser grosseiro com as pessoas mais infelizmente meu jeito era ríspido. Fui até meu escritório que ficava ao lado da sala de estar para pegar minha pasta com os documentos que precisava pro dia. Voltei com os passos acelerados para adiantar tem alguns acionistas me esperando, quando sai o vento gelado bateu em meu rosto, tinha esqueci meu casaco porém não voltaria para buscá-lo quando chegasse em meu escritório estaria aquecido.

___Vamos Miguel.

__ Sim senhor, bom dia senhor

Entrei no carro para me aquecer o frio da Alemanha era de matar, por mais que já estivesse acostumado era de matar, Miguel seguiu com o carro pedi que ele fosse rápido pois já estava em cima da hora, mas para minha infelicidade o trânsito estava de matar.

____ Corta caminho Miguel, passa por trás naquela praça acredito que esteja mais tranquilo.

___ Sim senhor __ E assim ele fez entrou em uma rua estreita que nos deixaria próximo a avenida onde tinha uma praça o caminho seria um pouco mais distante mas era o que me deixaria mais rápido na empresa, eu estava sentado no banco de trás próximo a janela, observando as pessoas que caminhavam por ali, com o frio poucas pessoas saiam de casa ou saia apenas para o necessário. Vi alguns pedintes e fiquei indignado mesmo no frio essas pessoas na ruas, algumas com crianças; eu estava prestando atenção até que vi um rosto familiar,meu coração veio a boca e voltou

__ É ela __ Exclamei alto

___ Ela quem senhor ?

___ Pare o carro Miguel

___ Mas senhor não podemos parar

___ Pare agora estou mandando

Quando ele parou eu desci do carro não estava acreditando no que estava diante dos meus olhos, eu precisava chegar perto e ver que não era de verdade que eu estava confundindo, conforme eu me aproximava mas certeza eu tinha era ela, seu rosto estava abatido seus olhos tomado por olheira rosto magro parecia não estar de alimentando, seu olhar vago olhava pro nada.

___ Me ajuda __ Quando me aproximei seu olhar estava voltado para o chão ela disse essa frase parecia que era a única coisa que ela conseguia falar, quando parei em frente a ela, a mulher olhou meus sapatos e foi subindo seu olhar aos poucos até nossos olhos se encontrarem.

___ Você ___ ela suspirou alto __ Não me contive me agachei para ficar próximo a ela.

___ O que aconteceu com você ? Você precisa sair daqui. ___ Os olhos dela se encheram de lágrimas.

___ Infelizmente não posso preciso pagar minha dívida.

___ Que dívida ? Eu posso te ajudar.

___ Pra que você quer minha ajudar

___ Eu não posso te deixar aqui assim.

___ Eu tenho que ir___ Ela se levantou cabaleou parecia está tonta, mas ficou firme. Quando olhei para trás vi uma van com a porta se abrindo e um cara enorme saindo de lá.

__ Tchau Petter

Ela praticamente correu para dentro da van, como se estivesse fugindo de mim. Eu estava sem entender nada, a van deu partida e eu corri para o meu carro que estava ali estacionado.

___ Liga esse carro Miguel liga esse carro e segue aquela van