MALDITA SORTE
img img MALDITA SORTE img Capítulo 5 QUENTE
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Capítulo 6 HOMEM LINDO img
Capítulo 7 EXCLUSIVIDADE img
Capítulo 8 A MULHER DO SCOTT img
Capítulo 9 BEIJINHOS img
Capítulo 10 UM MONET, UM PICASSO, UM SALVADOR DALI img
Capítulo 11 O MAIOR MENTIROSO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE img
Capítulo 12 MAÇÃ PODRE img
Capítulo 13 BEM-VINDOS img
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Capítulo 5 QUENTE

Acordo a sentindo tremer, o frio é grande e a puxo mais para mim e arrumo as cobertas.

"Está dormindo?", pergunto baixinho.

"Não, acabou a adrenalina e estou com frio", ela diz sua voz tremendo.

Envolvo meus braços cobrindo os dela e tento fundir com ela. "Melhor assim?", pergunto.

"Como você pode ser tão quente num frio desse?", ela pergunta.

"Eu sou quente por natureza", eu rio do que ela disse.

"Idiota", ela bufa.

"Idiota quente", falo no ouvido dela.

Só escuto ela bufar e suspirar sacudindo a cabeça.

"Se quiser eu posso esquentar mais você", sim, estou sentindo os efeitos de ter uma mulher colada em mim!

Ela se vira e me encara mesmo no escuro. "Você tem problema não tem?"

"Como você pode pensar numa coisa dessa depois de um acidente e... pelo amor de Deus! Tem duas pessoas mortas bem ali!", acho que ela aponta para a cabine.

"Eu estou vivo por milagre, então vou aproveitar enquanto posso!", digo o que eu penso.

"Sinto muito pelos caras e por tudo que aconteceu, mas nada do que eu fizer, ou não fizer, vai mudar nada do que aconteceu, então eu vou continuar vivendo", ela me escuta silenciosa.

"Esqueça o que quer que você esteja pensando, vamos ficar vivos e sair daqui, mas agora, vamos dormir", ela diz se aconchegando de costas em mim.

"Já que você é um homem tão quente, vamos usar para algo útil todo esse fogo", ela diz puxando meus braços sobre os dela que estão gelados.

"Cara, vai ser uma longa noite", eu penso já sentindo o 'amiguinho' endurecer.

A Ária é muito sem noção, ela está com frio e me puxa e só falta vestir a minha pele.

Ela me acordou e me pediu para colocar a perna sobre a dela e quase me fez colocar outra coisa nela. Quando eu consigo dormir ela puxa meu braço, se torce, esfrega a bunda em mim, a minha mão no peito dela.

Amanhã vou cobrar juros de tudo isso!

Vejo o dia começar a clarear e sinto a Ária esfregando em mim de novo.

"Cara, que tortura!", eu penso, sentindo o cheiro dela, que me toca e ainda geme dormindo!

"Ária, vou ao banheiro", digo duas vezes antes dela acordar.

"Não demora!", ela diz fazendo bico, reclamando.

Saio e me posiciono escorado em uma árvore, deixando meus cinco amigos me ajudarem a aliviar a pressão, porque passar a noite com a Ária não foi nada do que pensei.

"Essa mulher se aproveitou de mim de todas as formas e ainda saí com fome!", estou indignado.

"Scott, Scott", ela me chama e não acredito.

"Preciso de privacidade", digo irritado.

"Ok, só queria ver se você está bem!", ela diz.

"Não graças a você", cuspo, estou com raiva, tentando me concentrar.

Escuto ela vindo e deixo ela me ver, eu já tinha avisado, afinal de contas ...

"Ops ...", ela abaixa os olhos e tenta sair de fininho.

"Já que veio, me ajuda aqui", estendo a mão para ela.

"Você está louco!", ela se vira, mas eu seguro o braço dela a puxando.

Estamos a centímetros um do outro e ela me olha nos olhos, a respiração rápida.

"Me ajuda", puxo a mão dela e ela se recusa com os olhos arregalados, tentando não olhar para baixo.

"Passou a noite esfregando em mim e agora não quer me ajudar?", a encaro.

Ela engole em seco, ficando vermelha.

Puxo a mão dela de novo e ela cede. Enlaço sua cintura e me apoio nela de lado, muito melhor que ficar encostado na árvore! Deixo a minha respiração pesada cair no pescoço dela gemendo, enquanto minha mão está sobre a dela no vai e vem rápido, até gozar.

Guardo o brinquedo e pego a mulher linda na minha frente que está atordoada e a puxo para um beijo. Ela tenta escapar, mas eu aprofundo o beijo até ela ceder.

Podemos estar no meio do mato, no meio do nada, mas eu não vou deixá-la escapar!

"Chega!", Ária bufa quando finalmente solto os lábios dela.

"Você é um bicho que não sabe se controlar?", ela diz tentando se afastar de mim, mas eu a sigo.

"Você tem razão Ária eu sou um bicho, um animal que não vai desistir enquanto não se saciar", penso e sorrio, pensando na expressão dela e na mão macia me ajudando.

Ela ergue uma poltrona e senta, colocando a cabeça entre os braços.

"Que foi?", pergunto.

"Essa situação toda... você não está preocupado?", ela levanta o rosto e me encara.

"Com certeza as equipes de resgate já devem estar nos procurando e logo vamos sair daqui", eu digo por que para mim isso é óbvio.

"Tenta ver se tem sinal no celular", ela diz, me olhando esperançosa.

Pego o celular e ligo, mas não tem torre. 56% de bateria.

"Desliga logo!", ela me diz aflita.

"Vamos dar uma volta e ver se achamos alguma coisa ou alguém", digo, tentando encorajar a Ária, mesmo estando relutante em achar outros mortos ou feridos.

Andamos bastante a não achamos nada e terminamos com medo de nos perder no meio daquele mato, porque tudo parecia exatamente igual.

A Ária encontrou a bolsa dela e nunca imaginei que uma mulher pudesse carregar tanta coisa numa bolsa.

Fomos arrecadando tudo que pudemos do avião e fizemos um inventário.

5 garrafas de meio litro de água, umas bolachas, cobertores, travesseiros, um canivete da Ária e outras bugigangas. Nem chocolate ela tem naquela bolsa, não acreditei, mas achamos o celular dela, quase completamente carregado, 94%. Ela pegou um pouco de água e umedeceu um absorvente e me pediu para limpar o corte dela.

É o tipo de coisa que me dá cãibras no estômago, mas tenho que fazer isso por ela.

"Obrigada Deus!", ela pega um pacote de bolacha e me oferece o outro.

Comemos em silêncio e ouço meu estômago roncar alto. Não como desde ontem e essas bolachinhas salgadas de avião não cobrem o furinho do dente do leão.

"Olha Scott, você tem que parar com essas idiotices", ela me olha séria e eu devolvo um olhar inquisitivo.

"Você sabe que essa brincadeirinha sua", ela indica minhas partes baixas com o queixo, "consome uma energia enorme, como se fosse uma corrida, e isso é algo que você não pode repor", ela me diz séria.

"Explica para ele depois de você esfregar a bunda nele a noite toda e passar a minha mão no seu peito", viro para a olhar nos olhos.

"Vou tentar não fazer isso hoje", ela fala baixo, com vergonha.

                         

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