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Vinícius Moraes꧂
Bem agora estou me arrumando pra ir a uma boate, mas desta vez não a diversão e sim a trabalho, porque estou a dias investigando o caso de tráfico humano e esse estabelecimento em um lugares onde algumas moças desapareceram. A boate em questão é o Kaya's place, muito popular entre os jovens. Sou tirado dos meus pensamentos com o toque do celular.
Olhando para o identificador de chamadas, eu deslizo a parte verde e atendo.
Vinícius: Sim,Tavares, estou ouvindo.
Tavares: Não vou poder ir à boate, porque a sónia está passando mal.
Vinícius: Entendo, qualquer coisa avisa, desejo melhoras, parceiro.
Tavares: Certo, aviso, tome juízo. - Ri um pouco e desliga a chamada.
Sorrio comigo mesmo e enfio meu celular na minha calça jeans, ajeito um pouco a minha camiseta branca, agarro a jaqueta preta de couro na cama e a visto sem muita cerimônia.
Já pronto, abri a porta do meu modesto apartamento e saí.
****
A música na boate está tocando em um nível ensurdecedor, mas nem por isso paro de dançar a procura de qualquer pista ou informação sobre as desaparecidas. Ainda dançando ao som da música de David Guetta, e as luzes de néon piscando, contemplei de longe acima, uma mulher bonita de cabelos ruivos em um vestido sensual vermelho, conversando com uns homens tatuados, suponho que eles sejam mafiosos ou traficantes.
Talvez esta mulher saibe de algo. - Pondero pela forma que ela fala com os homens, ali na parte vip.
Sem demora, a observei sair de perto dos homens e um deles deu um tapa na bunda. A mesma sorri e desce as escadas indo em direção ao bar.
Assim, abri caminho até o bar, e fitei a mesma mulher que bebia tequila, alheia enquanto olhava o bartender.
- Oi...- Sussurrei em seu ouvido ao passo que desenrolava seus cabelos atrevidamente.
Ela estremeceu um pouco e redirecionou seu corpo, agora me olhando.
-Oi Gato! - Sorri e acaricia meu corpo. - Quer sair daqui? - Perguntou alto.
Assanhada!
- Claro, boneca! - Sorrio e ela puxa minha mão indo para fora do bar.
Não demoramos e chegamos a uma parte mais escura da boate e sem muita gente.
Prontamente, ataquei seus lábios, mergulhando minha língua ao fundo da sua boca, um gemido fica livre quando eu agarro forte seus quadris e puxou-os até minha virilha.
- Quem eram aqueles homens consigo na parte Vip? - Questiono distribuindo pequenos beijos em seu pescoço.
- Meus patrões... Eu procuro meninas que desejam ser modelos... Ah mais forte! - Ronrona e solta um gritinho quando mordo seu pescoço.
- Isso é bom... - Murmuro, voltando a sua boca - Dar uma chance às meninas.
- Não é gato, porque é fachada. - Fala ainda presa na neblina do desejo. - Elas são enganadas para serem traficadas.
Só mais um pouquinho, posso até saber um pouco das suas operações...
- Humm...
Meus dentes raspam de leve sua língua e sinto meu celular vibrar na calça.
Imediatamente, a empurro de leve, parando o beijo e ela solta um insulto.
- Continuaremos isso noutro dia. - Digo sem ao menos esperar a fala dela e me viro percorrendo apressado até a luminosidade.
Sem mais delongas, saio da boate, ao passo que enfio a mão no bolso e retiro o meu celular.
Já com a tela ligada, vejo 5 mensagens da minha mãe
Puxando mensagem vejo cinco da minha mãe, rapidamente digito uma mensagem em resposta às suas.
Vinícius: Te ligo mais tarde, agora não posso.
Marisa: Está bem, filho.
Subitamente sinto meu peito chocar-se com algo, meu telefone quase cai no chão e eu me movo para o lado por causa da colisão.
Quando olho pra pessoa com que choquei, a observo rastejando continuamente para trás assustada.
Me aproximo até ela querendo ajudar, mas ela só rasteja com pavor.
- Pare! Não se aproxime! - Berra mordendo o lábio inferior.
- Moça, não quero te machucar. - Falo sem desvios indo até ela.
Prontamente, esfrega o nariz um pouco ensanguentado, exclama e desmaia.
Me aproximo mais dela e a carrego em meus braços.
Tão bela! - Exclamo em meus pensamentos, ainda com os olhos cravados nela.
Nunca vi em minha vida cabelos tão bonitos, morenos claros quase loiros, lábios carnudos e rosados que dão uma imensa vontade de degustar e os olhos azuis arredondados agora fechados. O seu rosto é inocente, mas está manchado de indício de um choro.
O que será que aconteceu? Porque estava tão apavorada?
Estas perguntas giram na minha cabeça e adentro o táxi preocupado.
O carro percorre a estrada tranquilamente, enquanto meu coração está um turbilhão.
Porque estou tão preocupado, ela é só uma jovem desconhecida.
Não conseguindo mais me controlar, levo minha mão até aos seus cabelos sedosos e os afagocariosamente.
Quando repentinamente, vejo algo que não havia antes,
Sua bochecha direita está inchada e há uma impressão de palmar na mesma. Isso só pode significar uma coisa, foi agredida!
- Senhor, aqui estamos. - O motorista do táxi avisa.
- Obrigado, - Digo e o dou o dinheiro. - Pode ficar com o troco.
Com isso, saio do mesmo com a jovem em meus braços e caminho até o meu apartamento.
A coloco no meu ombro, ao passo que tiro a chave do bolso e destranco a porta do mesmo.
Já adentrado, vou ao quarto de hóspedes e a ponho na cama, em seguida a cubro com cobertor.
Logo depois, movo-me para fora do quarto e vou tomar uma ducha refrescante.
No dia seguinte...
Acordei as 5 horas da manhã como sempre, escovei os dentes e fui correr...
Voltei da corrida matinal suado e pegajoso, sem pensar em mais nada fui ao banheiro tomar um banho rejuvenescedor...
[•••]
Estava preparando o café da manhã para jovem que sem querer machuquei, quando repentinamente ouvi gritos vindo do quarto de hóspedes.
Preocupado, rapidamente desliguei o fogão elétrico e a passos largos fui no quarto de hóspedes.
Já dentro, observo todos os arredores do quarto e vejo que tudo está em perfeita ordem e inclusive ela está dormindo.
Acho que foi só minha imaginação graças a essa excessiva inquietação em relação a desconhecida. Mas só para confirmar melhor eu me aproximar...
E com isso, aproximo-me da linda moça deitada quando de repente contemplo ela de súbito arrancando o cobertor de si e agarrando o abajur prestes a lançá-lo a mim.
- Ei, pare não lhe farei mal! - Gritei assustado com seus repentinos movimentos.
- Quem é você? - Gritou me olhando com desconfiança.
- Sou o Vinicius Moraes, um policial - Falei aproximando-me dela pra tentar acalmá-la.
- Não chegue perto! Se não te mato! - Vociferou tremendo com abajur na mão.
Enfiei minha mão no bolso, tirei minha carteira funcional e mostrei-a.
Ela abaixou o abajur aos poucos até deixá-lo na cômoda ao lado e afastou-se até a beirada da cama.
Respeitando seu espaço, sentei-me na cama e a fitei até quebrar o silêncio pesado.
- Fui o homem que derrubou-te ontem, e por isso desculpas. - Disse e prosseguiu - Mas, quando a levei comigo vi que seu rosto estava inchado e havia uma impressão palmar, podes por favor me contar o que aconteceu? - Perguntei lembrando da raiva que senti quando vi aquilo no seu rosto angelical e sedutor.
O que eu tô pensando, ela tem idade da minha irmã nova. Vinícius pare com esses pensamentos!
A mesma olha para o tecto e um silêncio constrangedor se instala.
- Pode não contar se não quiser--
- Não, vou! - Diz interrompendo-me antes que termine minha fala. - Meu pai, ordenou que eu vestisse um vestido curto que ele comprou a algum tempo e depois, trouxe em casa um desconhecido dizendo que era meu marido... - Lágrimas enchem seus olhos e um soluço a escapa. - Sabe, eu sempre fiz tudo o que o papai mandava, eu lavei, limpei, cozinhe e até dancei com pouca roupa para seu amigo, mas - Diz tentando limpar as lágrimas que caiam descontroladamente - Eu não queria me casar com aquele homem e com homem nenhum! Por isso neguei e fugi mesmo sendo esbofeteada...
Sem mais ou menos a abraço com meu coração ardendo de fúria, e ela continua chorando, contando tudo o que o cretino do seu pai já fez.
Eu juro pela minha vida que farei o seu pai pagar por tudo que a fez ou eu não me chamo Vinícius Nascimento Moraes!
Sinto seu corpo amolecer depois de quase uma hora chorando enquanto eu ouvia toda sua angústia.
Prontamente a coloco pra dormir em uma posição confortável e irado saio do apartamento indo para a delegacia.
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- Foi empurrada? - Indaguei, olhando sério para garota que estava com corpo machucado e o pescoço quebrado em cima de um carro.
- Sem ferimentos de defesa, o pervertido lá em cima diz que ela saltou da janela sem motivos. - Respondeu Tavares. - Que prontamente afastou os cabelos da jovem e expôs o pescoço.
- Scorpione - Li em voz alta e em seguida juntei os pontos na minha cabeça - Essa garota foi traficada! - Ponderei ao ver a marca do escorpião, um dos maiores traficantes humanos do mundo.
- Sim, o que significa que esta garota está ligada ao nosso caso... - Disse ele e eu acenei com cabeça.
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Nota da Autora: Oi, pessoal!
Vou ficar um tempo sem atualizar a história, mas assim resolver alguns assuntos, voltarei a ativa.
Não prometo quando ou nada.
BJ's!