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Me identifico na portaria, e a segurança me indica a direção que devo seguir.
Chego ao tal estúdio, já que na entrada principal não havia portas, tomo a liberdade de entrar.
- com licença. - olho em volta mas não vejo ninguém - tem alguém aqui?
O ambiente era gélido, com paredes brancas e poucas mobílias. Algumas fotografias espalhadas pelo cômodo.
Ando até mais do que a metade do estúdio, mas concluo que não tem ninguém.
- que viagem perdida.. - sussurro a caminho da porta de saída, paro ao ver emoldurado na parede a imagem que amei na exposição de ontem e logo a baixo, havia uma miniatura da mesma, em uma mesinha de canto.
Tomo a ousadia de segura-la, e um sorriso toma meu rosto quando eu lembro toda reflexão que fiz ontem por conta de dois pontos de luz.
- oi, mi! - uma voz familiar me tira da transe, me viro em direção a ela e vejo o Diego fechar uma porta no fim o corredor e caminhar até mim, com o peito desnebido e a camisa largada no ombro.
Ele me cumprimenta com um beijo no rosto e eu sorrio sem graça. Não consigo evitar de olhar seu corpo, todo tatuado.
- ah, me desculpe. - ele sorri e pega a camisa do ombro, a vestindo. - pensei que não vinha mais, então entrei rapidinho para tomar um banho.
- você mora aqui? - reluto e torno olhar para seu rosto e sorri e assente apontando para onde acabara de sair
- moro sim, logo após aquela porta. - assinto e devolvo o quadro para seu devido lugar. - aceita alguma coisa para beber?
- não, obrigada!
- certeza? Eu faço o melhor café do universo.
- tenho sim, obrigada!
Ele caminha para um canto no estúdio e eu o sigo, até chegarmos em um bar. Ele me encara e sorri
- um shot de tequila? - também sorrio e nego com a cabeça imediatamente.
- com certeza não! - O deixo lá e dou uma volta analisando as obras - meu marido ia amar seu trabalho..
- sério? - ele aparece sorrindo
- sim, ele tem bom gosto. Ama comprar quadros
- ele certamente tem bom gosto, é óbvio! - ele me mede de cima a baixo me deixando sem graça - vem, vamos até minha sala - ele muda de assuntos e minha meus neurônios volta ao lugar. "Negócios" meu eu interior me lembra o único motivo pelo qual estou aqui.
Assinto e o sigo no corredor, ele entra uma porta antes da que dava acesso a sua casa e me dá passagem para entrar
O escritório era pequeno, mas era o suficiente para sua mesa e duas cadeiras na frente dela. paredes brancas, uma delas ela toda no vidro, que dava acesso a linda vista da cidade de São Paulo. Ele se senta e eu também me sento, ficando de frente pra ele. Deito minha pasta no colo e ergo meu olhar, o olhando e esperando que ele dê início a reunião.
- bom, na minha empresa fazemo..- dou início a reunião, mas ele me interrompe.
- deixa que eu adivinho sua proposta. Eu fotografo coisas incríveis, você licenciam para quem pagar mais e minhas fotos acabam em canecas, cadernos de escola e estampa de camisetas baratas. - ele debocha da realidade e bebe alguma coisa que havia pegado no bar
- acha que sou tão tosca a esse ponto? - tento controlar minha expressão, mas tenho a certeza de que eu estava uma fera. Ele fecha o sorriso e me vejo perdendo o contrato. - certo, se for muito boa a proposta das canecas eu libero. - ele torna a sorrir, negando
- posso dar uma lida no contrato? - assinto imediatamente, e retiro o contrato da pasta
- claro que pode. Aqui está. - lhe entrego - pode revisar com o seu advogado e fazer uma pesquisa sobre a empresa.
- relaxa. - ele sorri e folheia o contrato e meus olhos seguem sua mão que vai até a mesa e pega uma caneta. - já pesquisei tudo o que eu precisava saber..
Olho para ele abismada, não acredito. Ele estava assinando um contrato de milhões de reais, sem ao menos ler uma linha sequer
- assinado e entregue - ele sorri e me estende o contrato de volta - o magnífico Diego Bittencourt é meu mais novo cliente? - pergunto ao meu eu interno, e ele sorri. Assinto pegando o contato e verificando sua assinatura - vai ser mesmo meu cliente? - olho para ele abismada
Ele levanta e me estende a mão, recolho minhas coisas e me levanto apertando sua mão
- seu cliente e o que mais você quiser que eu seja! - percorro meu olhar por seu braço, peitoral e por fim seu rosto safado. Um choque percorre em meu corpo e noto que estou arrepiada
- é. é melhor eu ir.. - sorrio sem os dentes e solto sua mão. Caminho até a porta e ele me segue
- Mi? - ele me chama antes que eu pudesse abrir a porta, me viro para olhá-lo - você não é a primeira a me pedir para comercializar minhas fotos. Recusei todos antes de você.
Eu já sabia daquilo, e poderia jurar que comigo seria igual, mas por incrível que pareça ele me surpreendeu e me fez repensar tudo que disseram sobre ele ser um ogro
- sério? - tento pronunciar surpresa
- sério. - ele se aproxima ficando apenas a poucos centímetros de mim. Engulo em seco e respiro fundo - sabe por que eu escolhi você? - nego com a cabeça e ele me olha nos olhos
- por que?
- para você ficar em dívida comigo. - ergo a sobrancelha. Desentendida.
- qual seria a dívida e como eu posso pagá-lo? - engulo novamente em seco, seus olhos emanam desejo e novamente sinto arrepios. Tô ficando louca e preciso sair daqui imediatamente.
- quero fotografar você. - ele da outro passo, agora está a milímetros de mim.
- preciso pensar sobre isso. - levo minhas mão atrás do meu corpo e abro a porta. Saindo dali imediatamente. Ele me segue pelo corredor
- ainda está cedo, Mi. Fica mais um pouco. - nego com a cabeça, e prossigo caminhando sem olhar para trás
- tenho um almoço de negócios. - minto. - minha sócia vai entrar em contato com você para formalizar o contrato, tá?
- eu quero te fotografar nua, em cima da minha cama. Então, quando não estiver aqui, poderei me satisfazer só de te olhar
Me viro furiosa e lhe acerto o rosto com um tapa. Ele segura em meu punho e me aperta contra a parede. Forço para me soltar, mas ele resiste.
- para com isso! Eu sou casada! Por favor, me solta. - o encaro e ele se aproxima ainda mais
- relaxe, sei que você também quer. Está na sua cara, e eu posso sentir.
Ele roça seu rosto no meu e solta minhas mãos, fecho os olhos ao sentir sua respiração em mim. Torno a abrir os olhos e ele me encarava atentamente, com a testa colada na minha. Levo minha mão ao seu rosto e o puxo para um beijo Ele ferozmente me agarra e explora minha boca com a sua língua, sua mão segura forte a minha bunda, descendo para a coxa e a puxando para ele
- isso é errado! - separo o beijo, mas ele não me solta
- shii. - ele beija meu pescoço e torna apertar minha bunda - Mi, fala que me quer. Eu sei que você me quer! - ele roça seu pau dentre minha pernas e pude sentir o quanto ele me queria
- ah! - arfo. - eu quero!
ele sorri e me pega no colo, torna a andar até o fim do corredor, sem parar de me beijar ele abre a última porta me levanto até a sua casa e consecutivamente, para sua cama