O Cara ao Lado
img img O Cara ao Lado img Capítulo 3 3.
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Capítulo 32 32. img
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Capítulo 37 37. img
Capítulo 38 38. img
Capítulo 39 39. img
Capítulo 40 40. img
Capítulo 41 41. img
Capítulo 42 42. img
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Capítulo 48 48. img
Capítulo 49 49. img
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Capítulo 52 52. img
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Capítulo 57 57. img
Capítulo 58 58. img
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Capítulo 64 64. img
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Capítulo 3 3.

__Obrigada por preparar o jantar, querida!

Apenas sorrio de volta pra minha mãe. Acho que o Stan não falou nada pra ela.

Droga!

Por que esse nome não sai da minha cabeça? Jeremy Stan...

Aquele cara tem confiança demais em si mesmo. Já faz dois dias que ele veio aqui e me deixou toda apreensiva com aquele comentário.

Eu nem abri mais a minha janela, não quero correr o risco de ver ele daquela forma outra vez.

Minha mãe comentou algo sobre ele morar sozinho e trabalhar em uma empresa de publicidade.

Eu demonstrei o mínimo de interesse possível, até quando ela comentou que ele era uma excelente companhia.

...

__O Stan me convidou pra sair!

Juro que não acredito no que acabei de ouvir. Pergunto:

__O quê?

Ela continua:

__Pra comemorar a participação da empresa dele no nosso escritório.

Depois de um tempo, me viro pra ela que está olhando pra mim sob o ombro, enquanto seco os pratos que ela me passa.

__Ele não é muito novo pra você?

__Sam!

Minha mãe me olha incrédula e ri. Eu ainda estou séria.

Ela então diz:

__ Não é um encontro! Jenna também irá. E ele não é tão novo assim pra mim,mesmo que não haja interesse da minha parte.

...

Minha mãe está de frente ao espelho da sala colocando seu par de brincos pra sair com aquele cara, ela disse que não é um encontro, mas ela parece tão empolgada como se fosse.

A campainha toca e ela me pede pra atender. Eu abro a porta e ao me ver ele ergue os olhos que estavam olhando para baixo e sorri daquela forma outra vez, um sorriso pretensioso no canto da boca.

Ele está usando uma camisa cinza escura e seu cabelo está meio molhado e isso faz com ele fique mais gato do que nunca.

Minha mãe interrompe meu devaneio, vem até ele e o cumprimenta com um beijo no rosto como se fossem velhos amigos e ele diz que ela está linda.

Ela o pede para entrar, ele então se vira pra mim e diz um oi, seco e sem graça como ele sempre faz quando a minha mãe está por perto.

Minha mãe diz que vai até o quarto pegar a bolsa. Ele fica olhando ela subir as escadas com aquele sorriso que ele sempre tem.

Eu reviro meus olhos e saio em direção a cozinha, fazendo ele entender que não gosto disso que está acontecendo aqui.

Sinto que ele vem logo atrás de mim. Eu me viro e ficamos nos encarando como sempre. Ele desce seus olhos lentamente por todo o meu corpo outra vez.

Eu quero que ele pare de sorrir assim, mas a única coisa que consigo fazer, é perguntar:

__O que foi?

Ele se aproxima e diz:

__Eu que te pergunto o que foi! Por quê você está tão brava?

Eu apenas respondo:

__Eu não estou brava!

Mas ao dizer isso, fica evidente que eu estou sim,mas nem eu sei bem, o porquê.

Ele se aproxima ainda mais de mim com aquele olhar intenso e o sorriso que acaba comigo , um sorriso sexy e que faz minhas pernas ficarem trêmulas.

Eu então digo:

__Só acho que isso...

Ele sabe que me refiro a ele e minha mãe.

E continuo:

__ Está indo rápido demais!

Ele parece achar divertido o que acabei de dizer e em seguida diz:

__Não é o que você está pensando.

Ele percebe a forma como meu corpo está mudando sutilmente e eu odeio o quanto isso está evidente para ele.

Ele se aproxima ainda mais e eu acabo ficando encostada na parede abaixo da escada. Ele vem até bem perto de mim, olha pra minha boca, em seguida ergue seus olhos até os meus e então desvia seu rosto para que ele possa dizer em meu ouvido:

__E...Você sabe que eu prefiro... devagar.

Ao ouvir isso, fecho meus olhos e sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo. Que perfume tão bom é esse?

É frustrante como esse cara consegue fazer essas coisas com meu corpo sem ao menos me tocar.

Ele se afasta lentamente e ainda sorrindo, me olha nos olhos e em seguida me diz:

__Respire, Samantha.

Então eu percebo que estava prendendo minha respiração esse tempo todo e me odeio ainda mais por deixar tão transparente o quanto a proximidade dele me afeta.

Ele se afasta de mim mordendo um sorriso safado,porque percebe que a minha mãe está descendo as escadas.

Ela vem até mim, me beija e diz que não vai chegar tarde.

Ela se despede e quando olho pra ele novamente ele parece sorrir satisfeito com alguma coisa. Eu fecho a porta e encosto minha cabeça ali por um momento.

Esse cara ainda vai me deixar louca.

...

Já era mais de onze horas da noite quando minha mãe chegou em casa. Ela veio até meu quarto e disse boa noite.

Minutos depois quando ela já estava em seu quarto, ouvi o carro do Stan ser ligado, entreabri a janela e pude ver que ele estava saindo outra vez. A única coisa que consigui pensar depois disso foi:

__Cafageste!

...

Estou na sala vendo TV, de repente ouço vozes na porta da frente. Minha mãe entra conversando com alguém. Vejo que ela está acompanhada do Stan. Eu suspiro fundo.

Ela diz que vai até o escritório pegar os papéis, me deixando sozinha com ele. Já estou me preparando para as investidas dele.

Mas ele parece concentrado em uns papéis em suas mãos. Mas eu tenho certeza que ele só está fingindo.

Depois de um tempo, eu olho em sua direção, ele ainda está olhando para aqueles papéis. Ele olha na minha direção, porque eu o estou encarando,mas ele volta a olhar para os papéis me deixando toda confusa.

Minha mãe aparece e se despede de mim e eles vão em direção a saída outra vez.

...

Nos dias que se seguem, eu vejo pela janela, que ele sai todas as noites e volta sempre acompanhado de mulheres diferentes.

Não vou mais abrir essa janela, não quero correr o risco de ver ele e alguma dessas mulheres, daquela forma outra vez.

...

Minha mãe só vai voltar às seis e meia ou sete. Então decido sair pra correr, eu nunca tenho disposição pra isso, mas hoje eu estou afim. Coloco uma legging e um agasalho de moletom, porque parece que está frio lá fora.

...

Percebo que estou me distanciando de casa, mas encontro outras pessoas fazendo caminhada em direção oposta e me sinto bem melhor.

Alguém está se aproximando de mim e eu não consigo ver quem é, por causa do agasalho e do capuz na cabeça.

Algumas mulheres o cumprimentam do outro lado e eu me sinto mais tranquila.

Eu paro perto da entrada de um túnel e o cara também faz isso. Já me preparo pra pedir ajuda se ele tentar alguma coisa, mas ele retira o capuz e...

__Stan?!

Ele sorri e eu digo:

__Você me assustou!

Eu me encosto na parede do túnel, enquanto busco respirar normalmente outra vez.

Ele diz:

__Preciso falar com você.

Olho pra ele que está parado ali me olhando e me lembro que eu estou com muita raiva dele.

Há um silêncio por um tempo.

Então eu digo:

__Eu não gostei de como você me tratou hoje mais cedo.

Ele apenas diz:

__Eu também não.

Ele não diz mais nada. Eu continuo:

__Você é frustrante!

Ele apenas diz :

__ Eu sei.

Eu não esperava que ele fosse concordar comigo, então não sei o que dizer agora.

Então apenas digo:

__Olha, se você vai continuar com essas respostas vazias, acho melhor eu ir embora!

Quando vou me virar pra sair, ele segura meu braço me puxando pra perto dele.

Eu desvio meus olhos, mas ele segura meu queixo e me faz olhar em seus olhos.

Ele respira fundo e diz:

__Eu não consigo tirar você da minha cabeça!

Juro que o coração começou a ficar acelerado agora.

            
            

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