Capítulo 5 5.

Eles ainda estão lá em baixo.

Falando sobre alguma coisa divertida, eu acho. Ou talvez seja só assunto do trabalho.

Eu só sei que estou com sede. Depois de esperar um pouco, resolvo descer, porque acho que eles ainda vão ficar aqui mais um pouco.

Eu desço e vejo que eles estão tomando vinho na mesa da cozinha.

Eu vou até a geladeira, pego uma garrafa de água e tento demonstrar pra todos ali presentes, que eu estou me sentindo bem com a presença dele.

Mas eu tenho certeza que eu não estou o convencendo muito. Eu deixo eles ali e vou em direção ao meu quarto outra vez. Eu ouço ele dizer que já vai.

Ele se despede da minha mãe e de Jenna e diz que pode ir até a saída sozinho.

Eu espero.

Ele se aproxima, me olha meio sem graça e diz:

__Boa noite, Samantha.

Eu apenas respondo:

__Boa noite, Stan.

...

O dia se arrasta lentamente e eu estou até sentindo falta da escola e isso é o cúmulo do tédio pra mim.

...

Minha mãe está no escritório e eu já subi pro meu quarto após o jantar.

Eu ouço o carro dele chegando.

Como eu realmente não tenho muita coisa pra fazer,eu vou até a minha janela abro a cortina de leve e olho na direção da casa dele.

Posso ver que ele está voltando da academia por causa da roupa que ele está usando.

Algum tempo depois, vejo que tem uma luz acesa em seu quarto. A janela dele não está aberta, mas mas a cortina sim,então vejo ele tirar a camisa e Deus...

Como eu vou conseguir ficar aqui parada?

Ele sai do meu campo de visão e eu choramingo.

Um tempo depois e ele reaparece outra vez. Ele está de camisa agora e isso é uma pena.

Ele tem o cabelo um pouco molhado, o que sugere que ele estava no banho e eu queria muito poder sentir seu cheiro agora.

Ele se senta na cama com o laptop no colo. Ele parece concentrado em digitar alguma coisa e eu penso que deve ser algo sobre seu trabalho.

Mas ele precisava mesmo morder o lábio daquele jeito enquanto está digitando?

Vê-lo ali naquela mesma cama, naquele mesmo quarto, me faz lembrar daquela noite em que o vi com aquela garota.

Eu eu queria ser aquela garota.

Eu mordo meus lábios e respiro fundo. Eu preciso muito falar com ele ou eu vou pirar.

...

Eu não consigo mais ficar aqui em casa, eu preciso falar com ele.

Eu pego as chaves e vou até lá, abro o portão que separa nossos quintais e logo estou no quintal da casa dele. Eu vejo através da porta de vidro da cozinha que ele está sentado no sofá da sala agora, com o laptop em seu colo.

Eu bato na porta e assim que ele me vê, parece surpreso e em seguida vem até a porta e a abre. Ele me olha e me pergunta se eu quero entrar, eu prontamente respondo que sim.

Ele me olha por um tempo e pergunta:

__O que você está fazendo aqui?

Isso soa não como repreensão, mas como se ele também quisesse ter ido atrás de mim primeiro.

Eu digo:

__Você não pode simplesmente me dizer aquilo tudo e depois ficar me evitando assim.

Ele sorri aquele sorriso de sempre, mas ele agora também parece frustrado com essa situação.

Eu me aproximo dele, que me olha sem graça e eu sei o que ele está pensando.

Então digo:

__Mas eu só vou fazer dezoito anos daqui a cinco meses.

Ele sorri aquele sorriso sexy outra vez mas dessa vez também é um sorriso triste.

__Então eu não vou tocar em você até daqui a cinco meses.

__Mas Stan...

Ele então me interrompe:

__Eu tive a oportunidade de conhecer o trabalho da sua mãe e ela é umas das melhores advogadas que eu já conheci.

Eu não sei onde ele quer chegar, então ele continua:

__Eu não estou preocupado em ir pra cadeia acusado de corrupção de menor e bem...eu deveria.

Ele ri meio sem graça. Eu também. Ele continua:

__Mas isso iria acabar com minha amizade com a sua mãe e me afastar de você e ... eu não quero nem imaginar isso.

Ele me olha triste e isso só me faz querer abraçar ele bem forte.

Ele tenta se afastar de mim indo para outra direção e eu vou atrás dele que acaba ficando de costas em uma parede logo atrás dele.

Eu me aproximo ainda mais do seu corpo sentindo sua ereção outra vez e eu adoro a sensação que isso me causa.

Eu fecho meus olhos enquanto me movimento suavemente contra o seu corpo e digo:

__ Você também quer isso tanto quanto eu, então por que não me beija?

Eu me concentro em sua respiração, porque ela tem o mesmo ritmo intenso e ofegante que a minha.

Eu me aproximo ainda mais e ele fecha os olhos mais uma vez mordendo o lábio inferior e isso me deixa meio hipnotizada.

Ele então me vira e agora eu estou de costas na parede.

Ele diz:

__Eu já disse que não posso fazer isso...

__Só por causa da minha idade?

Ele não diz nada apenas me olha com aquele olhar triste de novo.

Eu estou segurando sua camisa com força entre meus dedos outra vez e ele ainda parece lutar contra o desejo evidente em seus olhos.

Eu fecho meus olhos e imploro:

__Por favor...

Ele respira fundo e diz:

__Samantha...

Assim que ele fala meu nome assim,eu sinto que preciso muito beijar ele agora.

Eu me aproximo ainda mais e ele respira fundo outra vez.

Eu posso sentir sua respiração quente contra os meus lábios. Ele segura meu rosto com as duas mãos e seus lábios estão nos meus.

Seus lábios são macios e quentes e eu abro os meus para dar passagem a sua língua que dá voltas em minha boca encontrando a minha.

Nunca ninguém me beijou assim antes, suave, intenso e de maneira tão sexy.

Eu não quero que ele pense que isso de alguma maneira possa estar me fazendo mal, porque é tão bom.

Mas eu quero mais, quero que ele me toque em todas as partes do meu corpo e não somente segure meu rosto assim.

Eu quero suas mãos me apertando nos lugares certos, como sei que ele sabe fazer.

Então eu seguro sua mão enquanto o beijo e faço com que ela desça pra minha cintura a colocando por baixo da minha camiseta e ele segura firme ali.

Deixo escapar um gemido.

Ele se afasta devagar ainda de olhos fechados.

Droga!

Ele apenas diz:

__Acho melhor você ir pra casa.

Agora eu estou frustrada, mas pelo pesar em seus olhos, posso ver que não vou conseguir fazer ele me beijar de novo.

Eu me afasto dele e vou em direção a porta de saída. Eu olho pra ele mais uma vez antes de sair e ele ainda está encostado a parede onde estávamos antes.

Ele mantém os olhos fechados e ele ainda está olhando pra baixo, ele parece arrependido pelo que aconteceu.

Eu não quero que ele se sinta assim, que se arrependa do que aconteceu entre a gente, mas sinto que agora não é uma boa hora para argumentar.