A espera de um Olhar
img img A espera de um Olhar img Capítulo 4 Andrew.
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Capítulo 4 Andrew.

Quando escutei aquele nome me virei rapidamente pensando se seria possível ser a mesma pessoa que tanto procurava,quando nossos olhos se encontraram sabia que tinha muita sorte.

Pois ali estava na minha frente a garota que não saia dos meus pensamentos desde o nosso primeiro encontro, se é que se pode chamar assim aquele"encontrão", que apesar de tão rápido me fez sentir algo diferente e inexplicável com apenas seu olhar.

E daquele encontro,naquela tarde em diante não parava de pensar se a encontraria novamente até a noite na boate, onde a sorte me presenteou mais uma vez,com seus olhos,sua presença novamente tão passageira, mas me deixando uma lembrança sua: a pulseira que havia visto em seu braço enquanto limpava minha camiseta,e por algum motivo ela tinha perdido no corredor.

Mas agora tinha certeza que ela não era para ser "somente alguém que conheci por acaso" mas estava destinada a ser a Minha Lauren. A Garota do Sorvete.

Apesar de todo o Império da minha família, nunca quis ser melhor que ninguém, ao contrário, sempre fiz questão de ser como meu pai .Ele buscou sempre fazer o certo e ajudar o máximo de pessoas possível,principalmente gerando emprego para elas,o que era possível graças ao trabalho realizado por ele todos estes anos à frente da Prayste.

Devido ao nosso status diante da sociedade sempre fomos rodeados de pessoas interesseiras,principalmente mulheres querendo se dar bem,e de todas as formas tentavam chamar minha atenção,já que sou o filho herdeiro de uma grande fortuna e solteiro. Mas aprendi com o tempo a identificá-las para me proteger e também a nossa família..

Até tive alguns lances mas nenhum tinha sido capaz de me deixar tão interessado, a ponto de não parar de pensar em alguém o dia inteiro. Acho que seja isto que a fez ser tão especial.

É algo novo,e estava curioso para descobrir o que isso significava.

Além da minha família, tinha a companhia de Petrick. Sempre fomos amigos, desde de que nossos pais se associaram a muitos anos atrás quando ainda éramos crianças.Estávamos sempre juntos, pois além da empresa ainda moramos no mesmo condomínio.Somos quase irmãos, mas com algumas diferenças bem relevantes,como por exemplo a de ele ser mais desinibido.

Desde pequeno,sempre saia na frente,nas questões de comunicação,nunca teve vergonha de falar e fazer o que queria e aproveitava todos os benefícios monetários de sua família,para realizar suas vontades.

Ao contrário de mim que sempre fui mais na minha,não tinha vergonha,mas sempre que via uma oportunidade de me afastar dessas reuniões da alta sociedade,ia para algum lugar mais tranquilo,mesmo que fosse para ficar sozinho.

Já na adolescência, era sobre as meninas do colégio, Petrick sempre querendo arrumar uma namorada pra mim, dizendo que eu deveria aproveitar a beleza e a fortuna que Deus me deu, e quando isso não acontecia,pois quase sempre me negava a ficar com qualquer garota, ficava me zuando mostrando com suas conquistas o que estava perdendo.

Depois entramos na faculdade e como herdeiros,nos formamos em Administração,a diferença é que eu não queria assumir a empresa tão cedo devido a grande responsabilidade que é,não que não fosse capaz,mas ainda não me sentia preparado.Já Petrick sempre colocou como objetivo ocupar o lugar do pai na empresa,e se tornar o mais jovem presidente,mas se dependesse de seu pai Jordão,esta possibilidade estava bem distante,pois ainda achava que o filho precisava amadurecer muito para isso.

Mas apesar de tudo isso, não me importava, pois ele era um ótimo amigo,e não importa o que fosse,sempre estávamos nos apoiando.E mesmo depois de tantos anos ele ainda conseguia ser o melhor na questão mulheres e diversão, sempre soube se divertir mais, o que significava me levar junto para as noites mais badaladas na cidade,mesmo contrariado,como na noite que reencontrei Lauren.

Naquela noite ele havia me convencido a acompanhá-lo junto com a filha do novo interessado em ser sócio da empresa para expandir seus negócios, e estavam na cidade para a reunião de negociação. Kelly, uma moça nova, super atraente sem dúvida, corpo bem cuidado ,cabelos loiros longos e ondulados, olhos claros, unhas bem feitas, daquelas que arranca suspiros de qualquer homem.

Mas mesmo com toda essa beleza não me senti atraído a ponto de me envolver com ela, como era a intenção de Petrick,ao convidá-la para sair conosco.Mas com toda certeza combinava com Petrick,principalmente por terem os mesmos interesses nas questões empresariais e na diversão,já que ela havia comentando que amava baladas.

Conversamos por algum tempo,e sentia que estava bem interessada em me agradar,não sabia ao certo se era para facilitar as negociações com o pai ou realmente tinha ficado interessada em mim,devido a estar sempre comentando sobre a empresa e as vantagens que todos teriam com o possível contrato.

Inventei uma desculpa de que precisava ir ao banheiro, o que de fato acabou acontecendo só que com outro propósito,e deixei Petrick em sua companhia.

Desci as escadas da área Vip,passando pela pista de dança,estava lotado, pessoas dançando e se beijando, uma verdadeira noite de diversão para muitos.

Fui sentido ao bar buscar uma bebida,foi quando a vi.E mesmo de longe pude reconhecê-la ,era quase impossível se analisarmos as possibilidades de isso acontecer numa cidade deste tamanho, mas estava lá em pé no balcão aguardando sua bebida e ela era linda assim como me lembrava, jovem de pele clara,cabelos lisos ,cor castanho claro naturais,toda produzida com vestido e salto.O que deixava seu corpo perfeito como se tivesse sido feita por encomenda,completamente diferente daquela menina simples daquele dia na praça,e mesmo assim a reconheceria em qualquer lugar.

Fui em sua direção imediatamente pois não queria perdê-la de vista,mas antes que pudesse chegar até ela o destino resolveu dar uma ajudinha, a fazendo esbarrar em mim novamente, derramando sua bebida,assim como da primeira vez.

E tudo que pensava era que não podia deixá-la ir desta vez.

Após nos olharmos e ela se desculpar, me acompanhou ao banheiro para que me ajudasse a limpar a camisa molhada, mas na verdade nem estava preocupado com isso,apenas queria mesmo era descobrir quem era ela .

Percebi que estava tímida e meio distraída devido aos últimos acidentes,mas só sorri, ainda não acreditando que isso realmente estava acontecendo.

Decidi perguntar de onde era, já que não tinha nada parecido com as mulheres desta cidade.Respondeu dizendo de onde era. E pela forma que respondeu percebi que não me conhecia .

Ser o filho do homem mais rico da cidade tem suas desvantagens,pois todos te conhecem, mas graças a Deus este não era o caso, me deixando aliviado.

Percebi que estava nervosa e sem jeito quando me tocou, por isso ofereci tirar a camisa para ajudá-la.

Via que me olhava discretamente tentando não mostrar o que pensava,eu até imaginava ao me ver daquele jeito, mas não a culpo, pois devido meus exercícios diário tenho um corpo em forma e bem definido, o que agradava muito as mulheres,e isso foi comprovado quando duas garotas passaram por nós me olhando nada discretas,percebi que também viram minha tatuagem nas costas que realmente chamava muita atenção delas e fizeram algum comentário, cochichando uma com a outra, vi que a deixou curiosa mas mesmo assim preferiu não prolongar a conversa.

O que me fez ficar mais curioso em saber mais sobre ela,perguntei então se estava acompanhada. Mas assim como da primeira vez,depois de me responder se afastou dizendo que ia procurar os amigos,fiquei sem desculpas para segurá-la, então aproveitei minha última oportunidade e perguntei.

- Ei,garota do sorvete! Não sei seu nome!

-Lauren - Disse sorrindo e saiu apressada.

Me olhei no espelho,sentindo meu coração disparado,e percebi que não devia desistir.

Sai alguns segundos depois,e quando passei pelo corredor vi algo refletindo num canto no chão,quando me aproximei vi que era a pulseira que Lauren usava,pois a tinha visto no seu braço minutos atrás,e desde momento confirmei que precisava achar essa garota,agora mais do que nunca.

Tentei encontrá-la novamente na boate mas não achei,provavelmente já tinha ido embora. Alguns momentos depois Petrick me encontrou com Kelly, e percebendo minha camiseta molhada, perguntou o que tinha acontecido,expliquei que tinha sido um pequeno acidente mas estava tudo bem.

Acabamos ficando mais algum tempo e depois fomos embora, deixando primeiro Kelly no hotel onde estava hospedada, pois estávamos no carro de Petrick, e depois seguimos para o condomínio.

No caminho, Petrick só falava de como a noite tinha sido animada e como os negócios com o pai de Kelly poderiam ser vantajosos para a Prayste.

Mas eu só conseguia pensar no que tinha acontecido.Só que agora minha garota do sorvete tinha um nome,Lauren,e melhor ainda,eu tinha algo que a pertencia.

Assim que chegamos no condomínio Petrick parou na porta me olhando,pois percebeu que eu estava distraído e perguntou:

-Fala ai Andrew, aconteceu alguma coisa na boate? Ficou distraído o caminho todo!

-Nada, só um pouco cansado da noite mesmo,amanhã estarei novinho em folha -Respondi disfarçando, pois ainda não queria comentar sobre Lauren com ele,não até eu encontrá-la novamente.

Mas mesmo que ele não soubesse qual o real motivo, agradeci pela noite.

-Cara,você deve estar cansado mesmo,me agradecendo por uma balada!- Falou surpreso caindo na risada.

-Posso dizer que foi uma noite especial - Respondi,saindo do carro, desejando uma boa noite.

Ele respondeu da mesma forma, ainda confuso,com minha reação e foi embora.

Mas desta vez tinha que agradecê-lo pois se não tivesse me arrastado para a boate não teria a encontrado.

Nos dias seguintes até tentei descobrir algo sobre ela, mas era praticamente impossível, pois só tinha um nome e uma pulseira nada mais.

Devido às negociações com o novo empresário precisava estar presente na empresa mais regularmente, já que ia mesmo só em algumas reuniões ou na ausência do meu pai, o que logo mudaria pois devido a fragilidade de sua saúde, após uma grave infecção no pulmão, será obrigado a se afastar dessa rotina de reuniões e compromissos com outros empresários,mesmo que contrariado já que essa questão era a última coisa que desejava por enquanto.

Meu pai sempre me instruiu, dizendo que estaria pronto quando isso acontecesse,mas mesmo assim não me sentia dessa forma.O que me deixava mais entristecido era por estar sendo nestas circunstâncias,por razão de saúde e não por que ele decidiu.

Mas faria de tudo para honrar essa nova responsabilidade que estava prestes a assumir.

Naquela manhã em que dava início às negociações, acordei bem disposto, pratiquei minha corrida matinal como de costume ,voltei para casa,tomei um banho e coloquei meu traje bem alinhado me deixando formal para a ocasião.

Desci para tomar café com meus pais e claro minha mãe como sempre bem vestida, pronta para ser fotografada a qualquer momento, pois as revistas sempre estavam à procura de notícias sobre qualquer um de nós,independente se fossem boas ou ruins, eu odiava quando mentiam, principalmente sobre mim,publicando alguma foto minha com alguém, inventando um possível casamento o que só me fazia escutar de minha mãe que deveria tomar mais cuidado com quem eu andava,fazendo com que eu me sentisse uma criança que não sabe cuidar de mim mesmo,por isso evitava de sair em público com mulheres.Mas fazer o que, esta é minha mãe e eu a amo.

Falando nela....

-Hoje vamos todos à empresa, sem exceção -Disse minha mãe olhando diretamente para Clary.

-Poxa mãe, não sei porque tenho que ir nestas reuniões entediosas com vocês, é muito chato, tenho coisas mais importantes pra fazer,como postar minhas fotos.-Falou fazendo careta.

-Porque você também é uma Hansterford e deveria se interessar mais pelos assuntos da família ,e sabe muito bem que não participaremos da reunião,apenas ficaremos por lá marcando presença para a Sra.Logan que também estará presente,e aproveitar para dar uma fiscalizada, nos funcionários e no prédio.Devemos zelar pelo nome que carregamos,deveria saber disso.-Falou retrucando.

-Pior ainda, ter que participar de conversa de gente velha.-Clary falou inconformada.

-Menina por um acaso perdeu o respeito?-Falou levantando em protesto.

-Desculpa, vou subir e me arrumar.Já que não tenho outra escolha,.. - Clary falou irritada se retirando.

-E nada de roupa extravagante- Falou minha mãe, advertindo.

Meu pai e eu sorrimos discretamente,presenciando a cena.

-Esta menina ainda vai me deixar enrugada - Falou minha mãe nervosa,terminando seu café.

Minha mãe sempre orgulhosa pelas conquistas de meu pai,esteve ao seu lado nos melhores e piores momentos,acredito que seja por isso que estão juntos a tantos anos de casados,sempre se preocupou com os negócios e em manter o padrão de alta qualidade,se a Prayste tem a estrutura que tem hoje é sem dúvida porque ela planejou cada detalhe,desde a decoração ao uniforme dos funcionários, era ela que sempre dava o ponto final nestas questões.

Meu pai sempre a deixou fazer o que quisesse, pois confiava e conhecia a mulher com quem tinha se casado.

Ele por outro lado vivia concentrado nos jornais,atento às notícias, dados de valores, procurava oportunidades nos negócios o tempo todo e não era mais por questão de dinheiro pois tínhamos até demais ,mas por que era apaixonado pelo trabalho e sempre foi um bom investidor no comércio nacional e internacional.

Acabamos o café e saímos.

Ao chegar na Prayste,encontramos com a família Logan. Todos estavam presentes,Kelly que já tinha conhecido na noite na boate, William,seu pai que estava interessado em entrar para nossa companhia e sua esposa Marrye, muito elegante por sinal,que os acompanhava,mas o mais engraçado era que ela me lembrava alguém,no momento não consegui definir quem seria,mas sabia que tinha traços bem familiares.Mas logo afastei esses pensamentos já que não eram daqui da cidade,provavelmente era só coisa da minha cabeça.

Então os acompanhamos até a entrada principal e seguimos para a sala de reuniões,que ficava em um outro andar e lá encontramos Petrick e Jordão Miller,que como segundo maior associado também participaria da reunião.

Minha mãe e Clary,acompanharam Marrye até uma outra sala reservada especialmente para esse tipo de ocasião,encontrando-se também com Sara Miller que já estava às esperando. Elas aproveitavam essas longas reuniões como desculpa para conversarem,coisas de mulher.

Foram horas de negociações,pois tinham muitas coisas a serem tratadas. William e Kelly,estavam decididos a entrar como sócios para a Prayste pois a todo momento debatiam algumas questões e valorizavam outras.

Ficamos admirados por Kelly ser tão nova,mas já estar tão envolvida nos negócios do pai.Pelo que me contou na noite na boate estava no último ano de faculdade de Administração e assim como nós continuaria com os negócios do pai.

Então analisamos todas as questões e no final acabamos chegando a um acordo de sociedade que resultou no contrato assinado, tornando-os assim os novos sócios de nossa empresa.

Depois de tudo resolvido, convidamos William e sua família para conhecerem nosso Café,mas recusaram a oferta devido a um outro compromisso na cidade,deixando para uma outra oportunidade.Então seguimos todos para o primeiro andar descendo pelos elevadores,nos despedimos de todos os Logan,e seguimos junto com os Miller para o Café.

Assim que entramos, Paul nos recebeu,guiando-nos à mesa reservada.

Comprimentei Jessie,pois gostava de conversar com os funcionários e conhecê-los pois dessa forma não teríamos apenas funcionários, teríamos amigos,e gosto de manter essa relação com eles,o que não agrada muito minha mãe, que vive dizendo que devemos manter nossas posições, e cada um deve ficar no seu lugar para não ter problemas futuros,mas não me importava com o que ela pensava,e sim com o que eu penso e isso pra mim bastava.

Petrick e eu ficamos um ao lado do outro conversando sobre a reunião,quando escutei uma voz diferente e um nome bem familiar,imediatamente me virei para olhá-la,e a sorte novamente tinha me dado mais uma ajudinha.

Ali estava Lauren ,a garota do sorvete bem à minha frente.

Quando nossos olhos se encontram, vi a mesma intensidade que estava nos meus.

O mesmo olhar que me fez querer encontrá-la novamente depois daquele encontro na boate,e tudo que pensava agora era ,que desta vez seria diferente,não a deixaria escapar.

            
            

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