A espera de um Olhar
img img A espera de um Olhar img Capítulo 5 Lauren.
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Capítulo 6 Andrew. img
Capítulo 7 Lauren. img
Capítulo 8 Lauren. img
Capítulo 9 Andrew. img
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Capítulo 11 Andrew. img
Capítulo 12 Lauren. img
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Capítulo 15 Andrew. img
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Capítulo 5 Lauren.

Após aqueles minutos de impacto, voltei minha atenção aos outros presentes à mesa.

Olharam o cardápio e pediram cafés especiais e algumas tortas doces para acompanhar. Anotei os pedidos, pedi licença e me afastei. Não sabia como reagir naquela situação, após descobrir que o homem que derrubei sorvete, bebida e dono do olhar mais apaixonante, era meu chefe,queria sair correndo dali ,pois não sei se aguentaria tamanha vergonha.

Tudo que pensava era que se ele contasse aos pais o que tinha acontecido, e sabendo que às vezes sou meio distraída decidirem me dispensar,aí sim estaria perdida.

Só podia ser brincadeira do destino o que estava acontecendo, como não tinha outra opção respirei fundo, e me encorajando voltei à mesa com os pedidos.

Tentei não olhar diretamente para ele. Servir a todos normalmente.

Assim que fiquei ao seu lado para servi-lo colocando sua xícara na mesa, me curvei e escutei um sussurro que me arrepiou inteira.

- Te encontrei, garota do sorvete! - Disse com a voz provocante.

Meu rosto deve ter corado,pois a senhora Vera me olhou como quem estava analisando,me levantei,perguntando se precisavam de mais alguma coisa,responderam que não.Então pedi licença novamente.

Após me afastar segui até a dispensa,pois precisava urgentemente tomar um ar,depois daquela tensão.

Liam me viu e perguntou se estava tudo bem ,respondi que sim, apenas estava nervosa por atender os donos da empresa ,mas logo voltei ficando perto da mesa para se acaso precisasse de algo, mas longe o suficiente para dar privacidade a eles.

Petrick também às vezes me olhava, mas diferente de Andrew,seu olhar era diferente sentia que me olhava com desejo o que me deixava bem desconfortável, por isso evitava olhá-lo diretamente o máximo possível.

Ficaram algum tempo conversando e assim que todos terminaram, o senhor Gregory fez um gesto com a mão indicando minha presença.Fui em direção a mesa com um discreto sorriso no rosto e perguntei se poderia ajudá-lo mas em algo, mas apenas falou.

-Obrigado pelo atendimento,foi muito gentil ,estava tudo uma delícia como sempre.Dê nossos agradecimentos a Paul já que não conseguiu retornar,e diga que qualquer problema que tiver peça para que ele nos comunique.Já vamos nos retirar, está dispensada.-Falou gentilmente.

-Darei sim.-Agradecendo, me retirei.

Sei que não deveria, mas não resisti me virando para ver Andrew novamente enquanto se levantavam.

Mas justo nesse momento ele também me olhou fazendo que nossos olhares se cruzassem mais uma vez.Disfarcei rapidamente após ter sido flagrada, e fui sentido ao banheiro ,precisava muito de um tempo para me recompor,pois meu coração estava a mil por hora,e infelizmente ali não tinha muito para onde correr.

Depois de alguns minutos voltei, mas todos já haviam ido embora, ficando mais aliviada e trabalhando tranquilamente naquelas horas restantes do dia.

Meu expediente acabava às 5:00 da tarde ,uma hora antes da empresa ser fechada, organizamos tudo, me troquei colocando minha calça jeans e meus tênis, não tão confortáveis quanto os sapatos do Café, pois ainda não tinha tido tempo de fazer compras,aproveitaria para fazer isso no meu dia de folga.Soltei meu cabelo dando uma rápida penteada,peguei minha bolsa e me despedi de todas que ainda estavam se trocando.Sai, passando meu cartão pela porta, dando uma boa tarde aos seguranças e seguia sentido a pousada aproveitando a caminhada.

Distraída com as pessoas que estavam na praça, não escutei quando alguém chamou meu nome,mas assim que escutei aquela outra frase meus sentidos voltaram rapidamente.

-Ei,garota do sorvete! -Gritando mais alto.

No mesmo instante parei e olhei para trás, Andrew vinha correndo na minha direção.Imaginei como deveria estar desconfortável correndo com aquele terno bem alinhado a seu corpo.Mas só observava o vento soprando em seus cabelos,os últimos raios de sol brilhando em seu rosto,era tanta beleza que não tinha outra palavra para defini-lo senão,o de Perfeito.

Assim que me alcançou,parou na minha frente ofegante dizendo.

-Ei,acho que temos uma conversa pendente.-Disse recuperando o fôlego.

-Desculpe, estava meio distraída.-Falei sorrindo, mas envergonhada.

- Acho que ficar distraída é bem frequente.Pelo menos dessa vez acho que não teremos nenhum líquido pulando em mim! - Disse brincando com um sorriso lindo no rosto.

- Me desculpe senhor Andrew,não imaginava que você seria meu chefe,e nem que derrubaria coisas em você duas vezes, foi muito azar.-Falei tentando amenizar a situação.

-Discordo. Acho que foi sorte,pois se não tivesse acontecido não a teria te conhecido.

Meu rosto corou escutando aquela resposta, e antes que eu falasse algo ele continuou:

-Vamos deixar o senhor prá lá, fora da empresa sou apenas Andrew e já aproveitando para me apresentar oficialmente, já que ainda não tivemos esta oportunidade antes.

-Muito prazer! Sei que pode parecer mentira,devido aos últimos acontecimentos, mas juro que não sou assim sempre,distraída.- Falei tentando me explicar.

-Posso ser sincero,não me irritei nenhuma das vezes que isso aconteceu, ao contrário, às vezes adoro me sujar com coisas doces.-Falou com um tom de voz mais provocante.

Entendi como aquela frase tinha duplo sentido,então tentei me afastar falando.

-É um prazer conhecê-lo Andrew,mas agora preciso ir.-Falei me afastando, mas em vez dele ir embora continuou me acompanhando.

-Você pega ônibus,se quiser posso te dar uma carona,meu carro está na empresa é só voltar lá e pegá-lo.

Sem saber o que fazer, comentei:

- Agradeço, mas onde estou morando é aqui perto,por isso venho e volto caminhando, por coincidência fica apenas algumas quadras daqui.

-Se me permitir gostaria então de acompanhá-la.-Falou insistindo.

Sei que não deveria, mas no fundo sabia que não queria outra coisa se não a de estar perto dele,por isso respondi com um leve sorriso.

-Se insiste,não vou proibi-lo.-Falei educadamente.

-Então,faz tempo que está trabalhando na empresa?-Perguntou puxando conversa, enquanto caminhávamos.

-Na verdade,comecei algumas semanas atrás.Uma amiga,Meg,conhece a secretária do senhor Gregory,Karen,que me indicou para o Paul quando surgiu uma vaga no café ,me contratando.Ainda estou em experiência, mas estou super satisfeita trabalhando lá,mas juro que não sabia que você era o filho do dono.-Falei tentando me justificar.

-Relaxa,não pensei nessa possibilidade nem uma vez,até tentei te encontrar na boate novamente, mas já tinha sumido,acho que esta é sua especialidade.-Falou me olhando com divertimento.

Sorri com seu senso de humor,ele sabia tirar um sorriso meu.

-E está na cidade faz tempo.-Perguntou,curioso.

-Apenas um pouco mais de um mês,vim sozinha para cá.-Respondia cautelosamente.

Percebi que ficou mais interessado, perguntando em seguida.

-E o que faz uma garota como você vir parar sozinha numa cidade grande como esta.

-É uma longa história.-Falei tentando me desviar da conversa.Mas ele não desistiu.

-Adoraria escutá-la,já que temos tempo.-Disse insistindo novamente.

Percebi,que não seria fácil fazê-lo desistir então não tive outra escolha a não ser contar a ele.

Fiz um breve resumo da minha vida,mencionando a separação de minha mãe e a morte do meu pai,contei sobre a ter reencontrado e tentado viver com ela, mas que não tinha dado muito certo,tentei não entrar muito nos detalhes pois achava estranho falar tudo sobre mim,pois havia acabado de conhecê-lo e por mais que não parecesse naquele momento,ainda era meu chefe.

-Lamento ter passado por tudo isso,tão nova,e com tanto sofrimento.-Falou meio angustiado

-Tudo bem,procuro não ficar pensando muito nisso,e tento não me apegar ao passado,vivo o presente e busco o futuro.-Falei tentando demonstrar confiança.

Falei para que soubesse que estava tudo bem.E continuei:

-Mas sabe o que tem de bom nisso tudo,é saber que meu pai me deixou como herança a maior riqueza do mundo:Sua força.Pois me ensinou a não ter medo de buscar um sonho independente das barreiras que seriam impostas para alcançá-los e é neste ensinamento que me apego para não me deixa desistir, por isso estou aqui.

-Dá para ver que seu pai era um homem sábio.-Comentou amenizando sua expressão.

-Sim, muito e o admirava por tudo,principalmente por renunciar seus sonhos para me criar me dando o melhor que podia.

-Tenho certeza que de onde quer que ele esteja, está muito feliz. Pois conseguiu criar a filha da melhor maneira possível.

Olhei-o discretamente e vi que estava sorrindo enquanto falava e aquela tensão anterior foi se aliviando. Por incrível que pareça me senti à vontade com ele, mesmo não o conhecendo o suficiente me fez ficar mais encantada por ele.

Chegamos em frente à Pousada, parei na frente do portão e disse:

-É aqui que estou hospedada.

Ele olhou a pousada ficando encantado pela sua beleza antiga e comentou.

-Parece ser bem aconchegante,e fica bem perto da empresa mesmo.

-Sim, foi Meg novamente que me arrumou este lugar, ela tem sido um anjo desde que cheguei aqui.

-E como se conheceram.Claro se não for intromissão demais.-Falou meio receoso.

-Imagina,não me importo em contar.

Então mais uma vez fiz um resumo de como a conheci,comentando que era ela quem eu acompanhava naquela noite na boate. Sem percebermos já tinha escurecido totalmente devido a estarmos tão concentrados em nossa conversa. Então decidi tomar a frente.

- Me desculpe,mas preciso entrar. Logo será servido o jantar,e se me atrasar vou dormir de barriga vazia.- Falei brincando.

-Claro,eu que peço desculpas por estar te incomodando,e também preciso ir pegar meu carro na empresa.-Disse passando a mão na nuca constrangido.

-Obrigado pela companhia, foi muito bom conversar com você.-Falei estendendo a mão.

-Eu que agradeço,por me deixar te acompanhar,e agora pelo menos não precisa mais sair correndo de mim.-Disse pegando em minha mão, a acariciando levemente enquanto olhava em meus olhos.

E sem perceber,falei em voz alta o que estava pensando.

-E nem poderia.

Aquelas palavras o fizeram sorrir de uma maneira diferente.Então soltei minhas mãos das suas e rapidamente passei pelo portão o desejando uma boa noite e entrei.

Decidi não olhar para trás e seguir em frente,pois não aguentaria olhá-lo mais uma vez sem poder tocá-lo como realmente queria.

Depois de tomar um banho e jantar,voltei para o quarto, e ao me deitar fiquei pensando em tudo que tinha acontecido em apenas um dia,no toque de sua mão ao segurar a minha e naquele momento percebi que tinha encontrado o homem que esperava por todo esse tempo,mas com um grande empecilho entre nós.Pois estava apaixonada justo pelo meu chefe e sabia que isso seria impossível,principalmente agora sabendo de qual família pertence,não queria acreditar, mais uma coisa eu tinha certeza.

Estava ferrada,e pior completamente apaixonada.

                         

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