Tudo por Ela - Amor e Vingança
img img Tudo por Ela - Amor e Vingança img Capítulo 10 A cantora do bar
10
Capítulo 21 Preciso sentir você! img
Capítulo 22 Uma funcionária valiosa img
Capítulo 23 Tudo dependerá do seu desempenho img
Capítulo 24 Você sabe do que eu preciso img
Capítulo 25 Querendo ou não, você será minha! img
Capítulo 26 Você vai ser o meu papai img
Capítulo 27 Quem atacou a Marie img
Capítulo 28 Por favor, não me machuque! img
Capítulo 29 Io ti amo, Marie! img
Capítulo 30 Amor e a vingança 🎶 img
Capítulo 31 O divórcio img
Capítulo 32 O homem dos meus sonhos img
Capítulo 33 Ela não é sua, nunca foi! img
Capítulo 34 Eu quero voltar para a minha casa img
Capítulo 35 A obstinação do senhor Gambino img
Capítulo 36 Cinco anos antes... O primeiro encontro com Marie img
Capítulo 37 A primeira vez com Marie img
Capítulo 38 A despedida img
Capítulo 39 Eu não sou tua! img
Capítulo 40 Um suposto relacionamento img
Capítulo 41 A falsa notícia img
Capítulo 42 Deite-se na cama! img
Capítulo 43 Não sou uma prostituta img
Capítulo 44 A massagem relaxante img
Capítulo 45 Você me enganou img
Capítulo 46 Não sou a sua mulher! img
Capítulo 47 A decepção img
Capítulo 48 Eu continuo desejando você img
Capítulo 49 Você é parte de mim! img
Capítulo 50 Quero você agora mesmo! img
Capítulo 51 Pesadelo img
Capítulo 52 Desculpe, mas eu não te amo img
Capítulo 53 Você vai pagar pelo que fez img
Capítulo 54 As lembranças dolorosas img
Capítulo 55 A mulher do mafioso img
Capítulo 56 Tire as mãos de mim! img
Capítulo 57 Uma mistura de dor e ódio img
Capítulo 58 O sequestro de Bella img
Capítulo 59 O desespero de Marie img
Capítulo 60 O resgate img
Capítulo 61 A culpa é sua! img
Capítulo 62 Seja boazinha! img
Capítulo 63 O homem debilitado img
Capítulo 64 Eu posso cuidar de você img
Capítulo 65 Você é minha! img
Capítulo 66 Você vai desistir do casamento img
Capítulo 67 Você me abandonou! img
Capítulo 68 A nova secretária img
Capítulo 69 Saia logo daqui, Marie img
Capítulo 70 traída pelo homem que deveria protegê-la.  img
Capítulo 71 Uma armadura fria img
Capítulo 72 O fruto de uma noite na Grécia img
Capítulo 73 Mais um filho img
Capítulo 74 Precisamos conversar img
Capítulo 75 O ataque surpresa img
Capítulo 76 O acerto de contas img
Capítulo 77 Ele não é o seu filho! img
Capítulo 78 A máscara tenebrosa img
Capítulo 79 Eu nunca vou te machucar img
Capítulo 80 Você é tão arrogante img
Capítulo 81 Uma gatinha manhosa img
Capítulo 82 O olhar penetrante img
Capítulo 83 Senhora Gambino img
Capítulo 84 Vivo ou morto img
Capítulo 85 Nunca mais quero te ver img
Capítulo 86 A manobra para salvá-la img
Capítulo 87 O hospital img
Capítulo 88 O motivo do surto img
Capítulo 89 O jogo de sedução img
Capítulo 90 O instante de prazer img
Capítulo 91 O esconderijo img
Capítulo 92 Scusami, amore! img
Capítulo 93 Temos que fugir img
Capítulo 94 Eu não vou! img
Capítulo 95 Não conte ao Lorenzo img
Capítulo 96 Cuide bem do meu filho img
Capítulo 97 Não quero falar sobre ela img
Capítulo 98 A viagem para a Grécia img
Capítulo 99 Pretensamente dócil img
Capítulo 100 Você não vai! img
img
  /  2
img

Capítulo 10 A cantora do bar

Marie (narrando)

- O que vai cantar? - Um dos músicos murmurou a pergunta para mim.

- Love by grace, - respondi.

- Lara Fabian?

- Isso!

Era a música que eu costumava cantar para a minha filha dormir.

- Tomara que você saiba cantar, garota!

Eu apenas assenti com a cabeça, além das aulas de música, eu também estudei inglês no orfanato.

De repente, os músicos começaram a tocar. Os olhares curiosos se centralizavam em mim. O bar estava cheio de jovens e casais que esperavam algum som para entretê-los enquanto comiam e conversavam. A palma das minhas mãos transpiravam, eu estava bastante nervosa, pois havia algum tempo que eu não cantava.

Meu coração se agitou ao ouvir as pessoas conversando entre cochichos e me olhando de soslaio. Eu tive vontade de fugir dali, mas depois de olhar para o meu chefe, achei melhor mostrar que estava falando a verdade. Eu sabia cantar, só estava meio tímida e sem graça.

Os acordes da primeira canção começaram e antes mesmo que eu abrisse a minha boca para cantar, alguns clientes já estavam agitados e loucos para me expulsar.

- Uuuuh! - Alguém começou a vaiar. - Sai daí faxineira.

Olhei para o rapaz que me humilhou naquele dia em que tentei defender a garota que era assediada. Virei o meu rosto para o meu chefe. Ele começou a balançar a cabeça negativamente e acenou, chamando para me tirar do palco.

- Não sei porque fui acreditar nessa garota! - Ouvi ele comentando com a garçonete risonha.

Fechei os meus olhos para esquecer as pessoas à minha volta e senti os acordes da introdução daquela música penetrar a minha alma.

" I remember the rain on the roof that morning, (Eu me lembro da chuva no telhado naquela manhã)

And all the things that I wanted to say (E todas as coisas que eu queria dizer)".

Segurando o microfone continuei, continuei abrindo a minha boca para soltar a minha voz. Quando eu abri as minhas pálpebras, pude contemplar os clientes que me olhavam, chocados.

Coloquei tanta emoção ao cantar que estava dando o melhor de mim para permanecer naquele trabalho.

"I was brought here by the power of love. (Eu fui trazida aqui pelo poder do amor)

Love by grace (Amor abençoado)".

Ao terminar a música, senti um nó se formando em minha garganta. As pessoas presentes naquele local não imaginavam que tudo o que eu fazia era por amor à minha filha.

Olhei para o gerente que estava impressionado, ouvi ele comentando com o guitarrista que minha voz soava cem vezes melhor do que os cantores que já tinham se apresentado naquele bar.

Os clientes aplaudiam e pediam por mais, eu não sabia o que fazer e nem mesmo o que cantar. Abafei o som do microfone com a mão e disse que adoraria cantar La Solitudine de Laura Pausini.

Cantar realmente me fazia bem. Eu me sentia renovada e, ao mesmo tempo, proporcionando entretenimento aos clientes do bar. O meu chefe não estava zangado, apenas sorrindo e dizendo que para eu continuar.

No fim do expediente, a minha garganta estava seca e eu precisava comer alguma coisa. Os músicos guardavam os instrumentos enquanto eu voltava para a cozinha. Tomei dois copos de água e comi um pouco do guisado e do pão que a cozinheira guardou para mim.

Quando terminei de comer, Rosa me abraçou forte e disse que tinha orgulho de mim. Logo depois, ela me pediu para ajudá-la, pois a garçonete não conseguiu realizar metade das tarefas que eu fazia na cozinha. Eu lavei a louça e em seguida, peguei o esfregão para limpar o chão quando o gerente entrou.

- Por que escondeu esse talento por tanto tempo, Marie? - O meu chefe ergueu as mãos para o ar. - Nunca tive uma funcionária tão eficiente quanto você! - Ele tinha um sorriso bobo no rosto, estava bastante satisfeito com a minha apresentação.

Embora eu fosse tímida, eu nunca escondi nada, sempre cantarolava baixinho na cozinha como a cozinheira me aconselhou.

- Você ouviu, Rosa? - Ele virou-se para a cozinheira.

- Sim! A Marie canta feito um anjo.

Senti as minhas bochechas queimando de vergonha. Devia estar com a face vermelha.

- Marie, vim te oferecer outro emprego, mas de meio período.

Fiquei animada com a proposta, cantei para manter o meu emprego de ajudante de cozinha e já tinha outro trabalho em vista.

- O que tenho que fazer?

- Você será a cantora fixa do bar.

- Eu vou receber para cantar? - Ergui as minhas sobrancelhas.

- Sim! Posso dobrar o seu salário.

Além de me oferecer outro emprego, ainda receberia mais do que os serviços que eu fazia na cozinha.

- Você topa?

- Claro! - Aceitei de bom grado.

Meu objetivo era arrecadar dinheiro e poupar para ter a minha filha de volta.

...

Lorenzo (narrando)

Com as minhas mãos enfiadas no bolso da calça, eu estava de costas para a minha mesa enquanto descortinava aquela imensidão azul através da enorme vidraça de meu escritório no sétimo andar. Um dos homens que seguia Marie já tinha me avisado há alguns dias que ela se enfiou em um bar e que parecia estar trabalhando naquele local. Ela sempre foi uma garota esforçada. Eu ainda não sabia os motivos que levaram-na a desperdiçar tanto tempo com aquele homem imbecil. Se ela quisesse, já teria destruído Lucca e recuperado a filha dela, mas parece que Marie gosta de conseguir as coisas de um jeito mais complicado.

Girei os meus calcanhares bem devagar quando ouvi a porta se abrindo. Minha secretária usava roupas muito justas que realçavam suas curvas. Respirei profundamente renegando os meus instintos. Era sempre com ela que eu relaxava todas as manhãs, mas Marie era a única que estava em meus pensamentos. Naquele dia, eu não estava muito a fim de transar, não com ela.

- O que quer? - perguntei grosseiramente.

Ela colocou os papéis sobre a mesa e tocou em meu peitoral.

- O seu tio e o conselheiro estão te esperando para a reunião.

- Estou indo!

- Você não me procurou hoje? - Abriu o botão da blusa, revelando o contorno dos seios fartos. - Nós podemos nos divertir após a reunião. Que acha?

Virei o rosto quando ela tentou me beijar.

- Preciso de carne nova!

- Você me magoou. - Ela se afastou e fez um biquinho.

- Dane-se! - Peguei o meu notebook antes de sair da minha sala. - Limpe essa mesa bagunçada e peça o meu almoço, - ordenei entre dentes.

A reunião mal tinha começado e eu já estava estressado, o meu tio só aparecia quando queria arrumar mais problemas. Entrei na sala de conferências, onde o tio Vittorio estava sentado ao lado do conselheiro de nossa família que trabalha conosco há mais de vinte e cinco anos.

Meu tio não estava com cara de quem estava feliz, eu sabia que tinha algo em minha administração que estava lhe incomodando.

- A que devo a sua ilustre visita? - Acomodei-me na cadeira de frente para eles.

- Viemos falar acerca da nova rota de navegação do tráfico de drogas.

- Qual é o problema? - Cerrei o meu punho direito sobre a mesa.

- O seu tio quer discutir sobre a divisão e lucros, ele não concorda com a porcentagem, - o conselheiro falou.

O meu tio Vittorio esteve na liderança de nosso clã por muitos anos, não fez muita coisa e ainda se recusava a se aposentar. No fundo, ele tinha medo da força que eu tinha. Eu sabia lidar com os nossos subordinados e administrava bem a empresa e o submundo do crime.

- O senhor não acha que já é hora de descansar? - perguntei ao homem com o rosto marcado pelo tempo.

Tio Vittorio pigarreou antes de me responder:

- Você ainda não está pronto!

- Claro que eu estou, os negócios cresceram durante a minha gestão.

- Não seja tão arrogante como o seu pai, Lorenzo. - Ele ergueu a voz até ficar rouco, estava furioso. - Sempre avisei o seu pai e ele nunca me deu ouvidos, estou te alertando para que você não acabe levando um tiro como ele. - Os grandes olhos marrons me encaravam.

Tio Vittório era o irmão mais velho de meu pai. Apesar de ser o primogênito, o meu avô achava que meu pai lidaria melhor com os negócios de nossa família. Segundo o meu pai dizia, o tio Vittório não possuía tino para os negócios e muito menos, discernimento para as tomadas de decisões.

O conselheiro saiu rapidamente em busca do meu tio. Torcia para que ele conseguisse acalmar aquele homem, pois não queria arrumar problemas com o homem mais velho de nosso clã.

Com o queixo apoiado contra o dorso da minha mão, eu permaneci em silêncio. Estava na cara que ele temia perder o trono para mim.

Abri o meu notebook e acessei a mensagem de um dos homens que seguiam Marie. Cliquei no vídeo e fiquei assistindo à garota cantando. A voz dela era suave e linda demais. Senti os pêlos dos meus braços arrepiando. Não sei por quanto tempo fiquei assistindo aquele vídeo, mas pensei muito enquanto repetia algumas vezes até ter uma brilhante ideia.

Tirei o celular do bolso do meu blazer e liguei para o meu assistente. Tinha que fazer alguma coisa antes que fosse tarde.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022