SOB A PROTEÇÃO DO SULTÃO
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Capítulo 5 5

- Natalie! - Iman gritou. - Onde você está?

- Aqui atrás!

Ele não demorou para chegar até ela.

- Não faça isso - ele ordenou quando alcançou a porta do pequeno avião, parecendo um pouco sem fôlego, como se tivesse corrido.

- Não faça o quê? - Ela aceitou a garrafa de água que ele ofereceu enquanto entrava. - Se vamos ficar aqui por um tempo, não vou sentar no chão ou nos bancos duros de madeira. Aqui é mais gostoso.

- Seja como for, não gosto quando você desaparece.

- E eu não gosto quando você manda em mim. - A exaustão estava começando a tomar conta dela. - Você encontrou alguma coisa?

- Água suficiente para dois dias, se chegar a tanto, e alguns pacotes de comida na geladeira. Melhor comer agora, antes que estrague.

- Os sanduíches! - Natalie pegou um e desembrulhou. - Não tive chance de almoçar, porque alguém ficou me fazendo andar de lá pra cá feito uma barata tonta.

Iman mordeu seu sanduíche e se reclinou no assento, mastigando.

- Pra alguém que trabalha com hospitalidade você não é muito animada, sabia?

Ela riu.

- Não entrei nesse ramo pra conhecer pessoas. Eu queria viajar e esse era o único jeito. Faz pouco tempo que eu mudei para a aviação executiva. Os horários são mais estáveis e o dinheiro é melhor, mas não consigo mais passear e visitar pontos turísticos, pelo menos, não tanto quanto antes.

- Então, por que mudou?

- Porque tenho a chance de conhecer heróis elegantes como você - ela brincou. Ele revirou os olhos e ela mexeu com os controles à sua frente. Engoliu em seco. - É a minha mãe. Ela está no hospital há alguns meses. Câncer. Preciso de dinheiro pra pagar as despesas médicas, e preciso de horários melhores pra poder passar mais tempo com ela.

- Sinto muito - Iman disse, gentilmente, tocando o pulso dela. - Entendo o que você está passando. Meu pai também está doente. Câncer. É uma doença que dilacera a nossa alma, não é? Mandamos buscar os melhores médicos do mundo, mas não fez diferença... ah me desculpe, não devia ter dito isso.

Ele imediatamente retraiu a mão que a tocava.

- Por quê? - Natalie perguntou, irônica. Olhou bem nos olhos dele. - Porque ela está em um hospital público, sem nenhum recurso? Não se preocupe. É como você disse. O câncer é uma merda.

Ela não queria falar sobre a mãe, então ficaram em silêncio enquanto comiam. A comida, adequada ao passageiro ilustre, estava um nível acima do que ela estava acostumada. Não tinha certeza do que era. Não era bem frango, nem peru; tinha um sabor mais suntuoso. Faisão, talvez? E o molho não tinha sido tirado de nenhum pote comprado no mercado, isso ela podia jurar. Tomou um gole de água, ponderando que um vinho fino provavelmente harmonizaria melhor com aquela refeição. Não que ela soubesse harmonizar, é claro.

Inclinando a cabeça para trás, ela suspirou.

- Eu costumava ler livros e sonhar com aventuras, mas agora que estou vivendo uma, cheguei a uma conclusão.

- Qual?

- Aventuras são uma droga. - Ela riu. - Embora pudesse ter sido pior. Acho que não te agradeci por ter me tirado daquele avião, não é? Não pensei que você fizesse o tipo que põe a mão na massa, na verdade. Podia jurar que você mandaria um dos seguranças fortões resolver o problema.

- Você acha que eles são fortões? Quem sabe eu deva contratar outros, magrinhos. Não vão te distrair tanto - ele provocou.

Ela enrolou o plástico que envolvia o sanduíche e atirou no painel.

- Do que? Da situação? Acredite, prefiro muito mais me concentrar em homens bem torneados do que ficar presa em um hangar abandonado.

- Comigo - Iman resmungou. - Você é terrível para o ego de um homem, sabia?

- Ah, claro. Porque um príncipe lindo e exótico com certeza está carente de atenção!

- Você me acha lindo?

Natalie riu e balançou a cabeça.

- Isso não é nada de mais pra você, não é? Você é provavelmente o rei da aventura e do escândalo.

- Nem um pouco - ele disse, virando para encará-la. - Meus irmãos? Absolutamente. Mas eu sempre fui o bom filho. O responsável. Quando meu pai morrer, serei coroado Sheik. Esperam muito de mim.

Ela olhou para ele, pensativa. Talvez tenha julgado mal. E quanto mais o olhava, mais sentia a tensão crescendo em volta deles.

- Acho que vou um pouco lá fora. Esfriar a cabeça - ela falou baixinho.

- Por quê? O que se passa nessa sua cabecinha? - ele perguntou, ao mesmo tempo em que estendeu o braço e acariciou o rosto dela.

- Pensei que escândalo não era do seu feitio.

Os dedos dele roçaram seus lábios, e ela resistiu ao desejo de lambê-los.

- E não é mesmo. - A voz dele ficou mais rouca. - Mas eu não acho que posso passar essa noite sem te tocar. Por isso, se você não quiser isso, me diga agora, e eu encontro um outro lugar pra dormir.

Aí estava. Sua maneira de escapar. Ela devia recusar educadamente e esperar até que eles fossem resgatados, mas por alguma razão não conseguia falar. Era uma aventura. Romance. A história que ela sempre pensou que nunca aconteceria com ela, e estava a apenas um beijo de distância.

Inclinando-se para frente, ela cedeu.

O beijo dele era tudo que ela sonhou que seria. Não foi o primeiro beijo desajeitado que ela tinha compartilhado com ex-namorados, nem o beijo apressado de um cara que queria transar. Era o beijo de um homem que conhecia a arte da sedução. Lento e metódico. Os movimentos da língua dele eram apenas uma prévia do que ele planejava fazer com ela. A pressão que ele exercia era repleta de excitação e antecipação. Arrepios de prazer subiam por sua espinha e ela se deixou levar. Querendo mais.

Precisando de mais.

Devagar, ele a girou e a empurrou para baixo, na poltrona, levantando suas pernas. Ele abriu os botões da camisa dela com destreza e, enquanto a retirava pelos ombros, tomou cuidado para não forçar o ferimento.

- Avise se eu te machucar - ele sussurrou.

- Não vai. - As palavras fluíram pela sua língua e ela acreditou nelas. Dava para confiar nesse homem. Ele não faria nada que pudesse machucá-la.

Beijando-a repetidamente no pescoço, ele gentilmente a levantou e desabotoou seu sutiã.

- Estou fantasiando com você desde a primeira vez que te vi - ele murmurou. - Você é simplesmente deslumbrante.

Os seios dela ficaram expostos e ele não perdeu tempo. Acariciando-a, sentindo seu gosto. Ela arqueou as costas, indo ao encontro da boca dele, e seus olhos se fecharam. O prazer vinha em ondas e ela gemeu suavemente.

Ele não teve pressa. Mordiscando, provocando, enquanto descia por seu corpo.

- Erga o quadril - exigiu.

O corpo dela reagiu automaticamente, e ele retirou sua saia com facilidade. Ela estava nua sob ele, forçando seu corpo contra o dele, ansiando por ele.

- Tão perfeita. - Os lábios dele roçavam sua barriga, enquanto ele falava. - O que você quer que eu faça com você, Natalie?

O que ela queria? Queria as mãos dele em seu corpo novamente, acariciando-a e abrindo suas pernas. Ela precisava dele onde pulsava por ele. Seu coração batia com força, o sangue fremindo em seus ouvidos. Pensar era difícil demais.

- Tudo - ela mal conseguiu dizer. - Quero que você faça tudo.

- Ah, querida. - A respiração dele atiçava seu sexo. - Eu quero fazer tudo.

Quando a língua dele deslizou nela, ela perdeu as estribeiras. Mergulhada em êxtase, ela enganchou as pernas sobre os ombros dele e deixou que ele se apropriasse dela. Seus dedos, sua língua, sua boca, seus dentes, cada movimento dele a trazia cada vez mais perto do limite.

- Iman - ela arquejou. - Ah! O que você está fazendo comigo?

Levantando o quadril, ela se moveu contra a boca dele e gemeu. Tão perto. A língua dele massageou seu clitóris e ela gritou, quase batendo com o pé no painel de controle. O orgasmo a sacudiu com força, longamente, e ela ainda estava tremendo quando ele delicadamente a ergueu.

- Cuidado, ou vai se machucar - ele disse, rindo, ao puxá-la para o seu colo. - Você está bem?

- Mais.

Inclinando-se, ela o beijou com vontade, demoradamente. Ela sentiu o próprio gosto nos lábios dele e se afastou, surpresa.

Ele entendeu e sorriu.

- Gostou?

Natalie concordou com a cabeça, quase envergonhada, e voltou para experimentar de novo. Suas línguas se encontraram e ela podia sentir a ereção dele contra o seu corpo. A tensão começou a se acumular dentro dela mais uma vez, e ela friccionou seu corpo no dele até que era ele quem estava arquejando.

As mãos dele deslizaram por suas costas nuas enquanto ela desabotoava sua camisa. Ela precisava sentir a pele morna e macia dele em suas mãos; queria sentir aqueles músculos se agitarem a cada toque.

- Sem roupas - ela murmurou, abrindo a camisa dele.

- Você está sem roupas. - Ele riu e mordiscou sua orelha. - Gosto disso.

- Não - ela insistiu. - Quero você sem roupas.

- Erga o quadril.

Curiosa, ela obedeceu. Ele ergueu os braços dela e arqueou suas costas ao colocar outro mamilo retesado na boca, e ela gemeu e se contorceu.

- Iman, eu queria sentir o seu gosto!

- Desculpe, me distraí. - Ele passou a língua pelo seio dela uma última vez, antes de tirar a camisa. - Nós podemos sair do avião, para que eu consiga tirar a calça, ou... - A voz dele sumiu quando ela desabotoou sua calça e o colocou para fora. - Acho que isso resolve a questão.

Ele estava quente e duro entre as palmas das mãos dela, e ela o observou atentamente enquanto o acariciava. Seu rosto, antes tranquilo, se contorcia de prazer na medida em que ele grunhia e levantava o quadril. Mas ela não conseguiu brincar tanto quanto queria, pois ele afastou a mão dela e puxou seu quadril para baixo.

- Monte em mim, querida. Com força e o mais rápido que puder. Quero sentir você gozar no meu pau, Natalie.

As palavras dele foram a sua perdição, e ela lentamente se abaixou sobre ele. Centímetro por delicioso centímetro. Pulsando em volta dele, espremendo, ofegando ao apoiar suas mãos naquele tórax perfeito até estar completamente montada nele; o membro dele totalmente enterrado nela.

- Está me sentindo, Natalie? - ele sussurrou. - Porque eu estou te sentindo inteira, e acredite, não tem nada melhor.

Os sentimentos dela eram os mesmos. Ela estava longe de ser uma virgem, mas nunca tinha se sentido assim no sexo. Mal tinham começado e ela já estava se perdendo por ele. A paixão entre eles queimava, e Natalie abandonou todo o controle. Jogando a cabeça para trás, ela fechou os olhos e se mexeu com ele.

No hangar vazio, os sons que eles faziam ecoavam nas paredes. Gritos de prazer reverberavam pela noite enquanto ele a encorajava, exigia mais dela, a controlava e se deixava ser controlado.

Não havia nada de comum nisso. Ela tinha derretido nele, se tornado parte dele, e agora ele a levava mais alto do que ela jamais fora. Montada nele, ela gemeu e se mexeu mais rápido e mais forte. Cada músculo do corpo dela se retesou e ela desesperadamente procurou alguma coisa para segurar. Ela teve medo de sair voando e encarou Iman.

- Não me solte - ela murmurou.

Os braços dele a envolveram e ele a puxou sobre o peito, beijandoa.

- Estou te segurando, Natalie. Estou aqui. Agora se renda.

Ele moveu os braços e beliscou os mamilos dela. A terra sumiu e o grito primitivo de prazer que ela arrancou da garganta mal alcançou seus ouvidos; ela se desintegrou em milhões de pedaços. Ele não parou de se mexer, não soltaria dela até que seu próprio uivo irrompesse na escuridão; e então ele a segurou com tanta força que ela se perguntou se duraria para sempre.

                         

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