O contrato da minha vida  - CEO
img img O contrato da minha vida - CEO img Capítulo 6 Beatrice
6
Capítulo 8 Beatrice img
Capítulo 9 Beatrice img
Capítulo 10 Leonardo img
Capítulo 11 Leonardo img
Capítulo 12 Beatrice img
Capítulo 13 Beatrice img
Capítulo 14 Beatrice img
Capítulo 15 Beatrice img
Capítulo 16 Leonardo img
Capítulo 17 Beatrice img
Capítulo 18 17 img
Capítulo 19 Beatrice img
Capítulo 20 Leonardo img
Capítulo 21 Beatrice img
img
  /  1
img

Capítulo 6 Beatrice

Beatrice.

Eu sempre adorei rodas gigantes, mas prefiro aquelas que mantém um padrão aceitável de altos e baixos, já que a minha parece ter parado de girar, e não me dá sequer a opção de sair do carrinho.

É assim que eu me sinto, quando a cada minuto que passa, minhas mãos estão mais atadas que no anterior, e desde aquele maldito aniversário de namoro que teve como ponto alto a descoberta do quanto sou trouxa, todo o resto seguiu ladeira abaixo, culminando comigo tendo que trabalhar para o meu marido contratual, e esconder de toda e equipe que o CEO da empresa de uma hora pra outra se tornou tão próximo, para não me dar a alcunha de caça tesouros.

Nesse meio ainda tem mamãe, que graças a deus já está sendo tratada e em um hospital muito bom, eu só falei com ela por telefone, mas prometi ir visitá-la, aliás, preciso pegar o endereço do hospital com Leonardo.

Com toda a correria do dia, e sem querer ouvir mais gracinhas acerca do meu trabalho, resolvo ficar uma hora a mais para compensar a hora de atraso, e corroborando a minha maré de sorte, assim que coloco meus pés fora do prédio da Moretti, um dilúvio cai sob a minha cabeça e por um instante eu me sinto como os descrentes que duvidaram da loucura de noé, e se recusaram a entrar na arca, tendo como final, a morte por afogamento.

Dramática?

Muito!

Mas qualquer pessoa que estivesse no meu lugar, e tivesse um pouco mais de imaginação, seria capaz de escrever um drama daqueles dignos de Hamlet, de tanta confusão que eu me meto.

Sem ter nenhum guarda-chuva comigo, e feliz por ter decidido deixar minha pasta com o trabalho na empresa, me permito curtir as gotas que caem livres no meu rosto, e inicialmente funciona, até a ventania o frio infernais quase me fazerem paralisar no lugar. Me forço a continuar andando apesar de sentir meus dedos quase congelarem, e sorrio amargurada ao passar em frente a um pub de rock e ouvir o trecho da música do Guns espalmar a minha infelicidade contra o meu rosto, quando a estrofe combina perfeitamente com o que eu venho sentindo nos últimos dias:

Porque nada dura para sempre

E nós dois sabemos que corações podem mudar

E é difícil segurar uma vela

Na chuva fria de novembro

É tão irônico que chega a ser surreal, a dois dias eu estava trocando juras de amor com a pessoa que eu julguei que estaria comigo o resto da vida, e agora estou na rua, encharcada, e esperando encontrar um marido de mentira que mal me dirige a palavra, a não ser para me lembrar do nosso contrato, ou questionar as minhas intenções ao aceitá-lo.

Continuo andando com os braços cruzados junto ao corpo e tremendo de frio, quando vejo a minha frente uma poça enorme junto com o barulho de um carro vindo na minha direção, xingo baixo já esperando um banho, mas percebo o carro desacelerar, e quando o motorista baixa a janela eu fico boquiaberta:

-Entra Beatrice -Leonardo fala de uma maneira seca enquanto mapeia meu corpo com o olhar

-Não obrigada, o ponto de taxi é logo ali - respondo no mesmo tom grosso, mas minha voz não sai tão firme quanto eu gostaria já que eu estou tremendo por causa do frio.

-Faz parte do nosso contrato que você se mantenha saudável - ele me encara impaciente - você não vai querer quebrar, não é mesmo? - reviro os olhos e ele me devolve um sorriso vitorioso - entra logo.

Sem ter alternativa, entro no carro pensando no quanto eu sou otaria de achar que vou conseguir passar um ano inteiro na companhia desse cara grosso, que sequer consegue verbalizar uma frase sem mencionar esse maldito contrato, não fosse pela minha mãe, eu já o teria mandado pra o inferno.

Leonardo liga o aquecedor, eu encosto a minha cabeça na janela ainda tremendo um pouco, e fecho os olhos movida pelo cansaço, quando estou quase dormindo, sinto um calor gostoso invadindo meu corpo é entreabro meus olhos vendo o exato momento em que ele arruma o próprio Blazer sobre o meu corpo, agradeço sonolenta e ele me devolve o primeiro sorriso despretensioso desde que começamos toda essa loucura, e é com essa imagem que eu mergulho no meu mundinho particular ouvindo a melodia gostosa de Nando Reis,enquanto ele continua dirigindo em silêncio.

Olhando a quantidade absurda de prédios se agigantando pelo caminho, penso em quantas pessoas se amontoam dentro deles todos os dias enquanto lutam as próprias batalhas internas. Lembro da mamãe, tentando finalmente me convencer que estou fazendo o melhor pra ela como ela fez tantas vezes comigo quando eu precisei, e do nada a voz do papai me chamando de cristalzinho me faz soltar uma lágrima furtiva que eu enxugo imediatamente.

Percebo Leonardo desviar os olhos do transito bem a tempo de me ver chorar, e desvio o olhar novamente pra rua à minha frente, fechando os olhos e fingindo cochilar quando apenas divago na loucura em que se tornou a minha vida. Não sei exatamente em que ponto do caminho eu realmente cochilei, só sei que acordo com a voz dele que está estranhamente doce, reverberando nos meus ouvidos

-Beatrice, chegamos - A voz grossa dele me faz lentamente voltar a realidade, mas franzo a testa ao abrir os olhos e perceber que estamos em um lugar estranho

-Onde estamos? - pergunto em um sobressalto

-Em um hotel, não poderia chegar com você encharcada em casa sem ter uma boa explicação, então nos trouxe pra cá, vamos?

Subimos sendo observados por alguns curiosos, e após uma subida de 10 andares, o elevador se abre em um quarto enorme e muito bonito, que me deixa estática por um momento, voltando a mim apenas quando Leonardo, segurando meu ombro, me encoraja a entrar.

-você está encharcada, precisa tomar um banho pra não ficar resfriada - penso em negar, já que não tenho roupas aqui, mas ele parece perceber meu pensamento - Não se preocupe, suas roupas já estão sendo providenciadas, pode ir tranquila que eu levo as roupas até você quando chegarem.

-Obrigada - Sorrio sem graça e ele apenas assente sentando em uma poltrona enquanto eu sigo até o banheiro que já está com a banheira pronta em uma temperatura perfeita.

Tomo meu banho com calma e tento ao máximo esvaziar a minha cabeça, usando a velha técnica que uso sempre que preciso controlar a minha ansiedade:

-Inspira pelo nariz, segura, solta pela boca - começo a entoar meu mantra - inspira, segura e solta - repito isso várias vezes até finalmente não conseguir pensar em mais nada, mantendo a minha mente Silenciosa.

Assim que saio da banheira e me enrolo na toalha, Leonardo bate a porta avisando que minhas roupas chegaram, e eu abro a porta a fim de pegá-las, dando de cara com a parede de músculos com olhar capaz de desnudar até a alma, e eu, nervosa ao perceber seu olhar descarado nas minhas pernas, vou rapidamente até ele para pegar as roupas, mas assim que chego próxima a ele, escorrego e acabo levando o moreno comigo, e ele com uma agilidade impressionante, gira nossos corpos, fazendo-se abrigo afim de me impedir de cair direto no chão.

Meus seios sobem e descem movidos pela minha respiração descompassada, e a sensação dos nossos corpos se chocando fazem meus mamilos enrijecerem, Leonardo parece perceber já que alterna seu olhar entre meu colo exposto e meus lábios e entreabertos.

Ele parece estar lutando uma batalha interna, quando suas mãos hesitantes passeiam pelas minhas costas, e quando penso em levantar, ele sobre sua mão até a minha nuca, e sela nossos lábios com um beijo. Sua língua pede passagem, e eu cedo, soltando um gemido involuntário quando suas mãos grandes mapeiam meu corpo com urgência, parando na minha bunda e apertando com força.

Saio de cima dele com a respiração ofegante, e completamente nua, mas mal tenho tempo para pensar, quando ele, feito um predador à espreita da sua presa, me ergue em seus braços e praticamente me joga na parede fria, atacando meus lábios novamente.

Meu corpo agora em chamas, em nada lembra o corpo gélido de instantes atrás, quando agora o que me faz tremer é a sensação do toque dele na minha pele, que eriça todos os pelos do meu corpo.

Nos beijamos com urgência, e logo Leonardo abocanha meus seios, chupando um dos meus mamilos enquanto seus dedos beliscam o outro. Agora meus gemidos estão mais altos e ele parece gostar disso, já que sem a menor cerimônia ele desce a sua mão livra até meu baixo ventre, apenas para se certificar do meu nível de excitação, antes de soltar um sorriso orgulhoso e começar a circular meu clitóris com seu polegar.

Leonardo desce os beijos pela minha barriga, e eu quase posso sentir seu hálito quente na minha intimidade, mas o toque do seu celular, parecendo o badalar dos sinos lembrando a Cinderela do final do seu encantamento, nos fazem voltar a realidade. Ele me olha com certa dúvida, e ao pegar o celular, seu semblante muda e ele sai para atender, me deixando nua, excitada, e extremamente frustrada com a situação.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022